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PROCESSO DO TRABALHO – M 1 1

FONTES DO DIRETO PROCESSUAL DO TRABALHO


 Fontes Materiais: São chamadas pré-legislação ou pré-jurídicas. São exemplos fatos
sociais, acontecimentos, fatos históricos, momentos políticos, etc.
 Fontes Formais: São leis, decretos, portarias, costumes, etc.
O costume figura como fonte formal, por previsão legal ???; ex: o costume da JT em
manter a audiência de conciliação e a audiência de instrução separadas, apesar da CLT
estabelecer a audiência Una. Assim, para o Direito o Direto Processual do Trabalho,
costume é uma forma fonte formal.
A Jurisprudência, tendo em vista o Art. 489, § 1º, inc 6º do CPC, considera a
jurisprudência uma fonte formal.

PRINCÍPIOS
 Norma – disposição (leis): regulam situações especificas, descrevem fatos.
 Norma – principio (principio): regulam situações inespecíficas, possuem um grau
mais elevado de abstração. Seu objeto são os valores.

FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS


 Função Normativa: princípios que asseguram o próprio direito.
 Função Supletiva: atua como integração do direito, suprindo lacunas da lei.
 Função Informativa: Auxiliar o aplicador da lei, manter a interpretação da lei.

Princípio da Isonomia
 Visa assegurar igualdade na relação processual. Ex.: Art. 821 da CLT e §§ 3º e 4º do
art. 790 da CLT.
 Distribuição dinâmica do ônus da prova, veio na reforma trabalhista (§§ 1º a 3º do art.
81 da CLT).
 O Bom Juiz é tudo que um juiz não pode ser, ou seja, Parcial. Isso atenta contra a
isonomia.

Princípio do Contraditório
 Exterioriza-se no art 9º do CPC, sendo aplicado subsidiariamente ao Processo do
Trabalho. Não podem existir decisões supresa ou armadilha, como regra. A exceção é a
liminar em tutela provisória (de evidência – inaudita altera pars). O Juiz da vista a
parte contraria, dos pedidos da outra parte. Isso também ocorre durante as audiências.

Princípio da Ampla Defesa


 Exterioriza-se no art 5º da CF. É uma faculdade, e não uma obrigação. Se citado, o
faculta-se ao réu fazer sua defesa. Caso não exerça-se o direito de defesa, gera-se a
revelia.
 A defesa na JT deve ser apresenta até antes da audiência, por escrito, ou de forma oral,
durante a audiência.
 Prioridade na tramitação , seja para autor ou réu, é para: pessoas com mais de 60 anos
(art. 1048 do CPC), portadores de doenças graves (art. 1048 do CPC), portadores de
deficiência (art. 69-A da Lei 9784/98) e ações contra massas falidas (art . 79 da Lei
11.101/2015).
 O prazo mínimo, entre a citação e a audiência, na JT, é de 5 dias. Para pessoas jurídicas
de direito público, o prazo é de 20 dias (prazo em quadruplo).

Princípio da Imparcialidade do Juiz


 Exterioriza-se no art 5º, XXXVIII da CF, que estabelece que não haverá juízo ou tribunal
de exceção. O Juiz deve ser neutro, não devendo existir o Juiz protetor do trabalhador,

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ou seja, ser apenas o Juiz. Isso atentaria contra o principio da imparcialidade. Caso
venha ocorrer, gera suspeição e impedimento do juiz.

Princípio da Motivação das Decisões


 Exterioriza-se no art 11º do CPC, que diz que todas as decisões serão motivadas, e que
as audiências serão publicas, salvo em caso de segredo de justiça. É fundamentado no
art. 489, § 1º do CPC.

Princípio da Oralidade
 Exterioriza-se nos art. 840 (possibilidade de ajuizamento da reclamação verbal), caput
do art. 847 (possibilidade de apresentação de defesa oral), art. 795 (lançamento de
protestos), e art. 850 (adução das razões finais oralmente), todos da CLT.
 Art. 840 – Possibilidade fazer uma RT diretamente no balcão da JT por servidor, que
toma a termo as alegações da parte autora.
 Art. 847 – Se as alegações não forem feitas por escrito antes da audiência, terão que
ser feitas oralmente durante a audiência.
 Art. 795 – Direito de Protestos pelo advogado, sob pena de preclusão do direito que é
negado. Os protestos devem ser ratificados nas alegações finais. Ex.: requerer que os
protestos sejam registrados na ata da audiência, constando o indeferimento e o
protesto.

Princípio da Concentração dos Atos Processuais em Audiência


 Na CLT é prevista audiência Uma. Entretanto pelo “costume”, adota-se audiência de
conciliação e audiência de instrução e julgamento. Na instrução se ouve o reclamante,
o reclamado, e as testemunhas do reclamante e as testemunhas do reclamado. Em caso
de perícia, ocorre posterior a audiências.
 Em caso de confissão de crime (de caráter trabalhista), o Juiz deve oficiar ao MPT para
apuração da conduta. Testemunha que mente no depoimento, pode ser presa em
flagrante, e responder pelo crime. Testemunha pode ser contraditada. Caso o
advogado discorde, deve consignar os protestos na ata da audiência.
 Para testemunha do reclamante, quem pergunta primeiro é o advogado do reclamante.
E no caso de testemunha do reclamado, quem pergunta primeiro é o advogado do
reclamado.
 Caso ocorra indeferimentos durante a audiência, deve-se consignar protestos na ata.
 Alegações finais, caso não ocorram protestos, podem ser feitas por remissivas. Em caso
de protesto, as alegações devem ser feitas oralmente, enfrentando todos os protestos
(???)

Princípio da Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias


 Em regra, na JT, não se recorrer das decisões interlocutórias, por não existir o agravo
de instrumento, sendo necessário consignar protestos. Isto vale para a fase de
instrução. Para a fase de execução, cabe agravo de petição.

Princípio do Julgamento Extra Petita


 Na JT, existe a possibilidade de sentença extra petita em alguns casos, sem configurar
nulidade. Ex.: O advogado pode não pedir a Justiça Gratuita, sendo que a mesma pode
ser deferida de oficio pelo juiz, na sentença (art. 790 § 5º da CLT ????).

Princípio da Gratuidade da Justiça


 De acordo com o artigo 790 da CLT, que teve alteração com a Reforma Trabalhista no §
3º ???, permite-se o deferimento da Justiça Gratuita, de oficio, pelo Juiz.

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Princípio do Jus Postulandi


 Permite a postulação da Ação, sem advogado.

Princípio da Execução Ex Oficio


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