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CAPITALIZAÇÃO

Fim da Previdência pública e sua substituição por uma previdência privada.

Em todos os países em que ela foi adotada a capitalização deixou milhões de idosos miseráveis
e gerou custos insustentáveis para o Estado.

O QUE É CAPITALIZAÇÃO

Hoje a previdência funciona assim: os trabalhadores ativos, as empresas e o estado contribuem


para bancar a aposentadoria dos trabalhadores inativos. Esse modelo é chamado de repartição.

Capitalização: cada trabalhador uma poupança individual, que é administrada por uma espécie
de banco que são fundo de pensão, e depois ele se aposenta com o dinheiro que ele conseguiu
juntar.

POR QUE QUE ELA É RUIM?

Impactos sociais: O princípio da previdência é distributivo, ou seja, visa diminuir as


desigualdades fazendo com que os jovens contribuam para os idosos, com que os saudáveis
contribuam pelos doentes e assim por diante.

Ao substituir o modelo de repartição pelo modelo de capitalização, esse pilar solidário, que é o
coração da previdência, é destruído, dando lugar para o cada um por si.

Obviamente os mais prejudicados com isso são os mais pobres.

Em países como o Brasil que há um grande número de desempregados e trabalhadores


informais, as pessoas tem muita dificuldade de juntar dinheiro para aplicar todos os meses na
capitalização. Isso faz com que os trabalhadores, ao se aposentarem, recebam benefícios muito
baixos, e que muitas vezes não duram até o final da vida.

No Chile, onde há o regime de capitalização, quase 80% dos aposentados recebem menos de 1
salário mínimo, e 44% dos idosos estão abaixo da linha da pobreza (5,50 dólares por dia - 660
reais por mês).

No entanto, em muitos casos os trabalhadores simplesmente não conseguem se aposentar!

No México e na Colômbia que também adotaram o modelo de capitalização, 7 em cada 10


trabalhadores não possuem cobertura previdenciária.

E tem mais, as maiores prejudicadas são as mulheres porque tem mais dificuldades em
permanecer em empregos formais.

No Chile, 62% das pessoas que estão sem aposentadoria são mulheres.

Além disso, outro risco muito grave é de esse fundo de pensão quebrar quando ele é mal
administrado ou quando tem crise econômica, deixando milhões de trabalhadores sem
aposentadoria.

Mas quanto a previdência é pública esse risco não existe.

Implementar a capitalização custa muito caro para os cofres públicos. Isso acontece porque os
trabalhadores da ativa, quando são inseridos na capitalização, param de contribuir para os
trabalhadores aposentados e juntam somente para a própria aposentadoria.
E para que os trabalhadores inativos não percam seus benefícios, o Estado é obrigado a repor
essa perda de receitas.

Há quase 40 anos o Chile adotou o modelo de capitalização, mas até hoje o Estado precisa pagar
2,5% do seu PIB anual para cobrir os custos da transição. (PIB BRASILEIRO 2018 1,7 TRILHAO DE
REAIS)

Os países que adotam o modelo de capitalização, somando os custos de todos os anos, gastam
cerca de 1 PIB inteiro.

Ainda não existem cálculos definitivos sobre quanto será esse custo de transição no Brasil, mas
muitos especialistas dizem que esse custo pode ser ainda maior que nos outros países.

Ou seja, muito mais que o tal 1 trilhão de reais que o Paulo Guedes quer economizar com a
reforma da previdência.

A capitalização trouxe problemas sociais e econômicos tão graves que 18 dos 30 países que
adotaram esse modelo voltaram para a repartição.

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