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Nome: Georgya Cristyna Zaramela Vieira

Grupo: IC da terça-feira
Professor: Veridiana
Período: 3 bimestre
Questão norteadora: Qual a finalidade da visita domiciliar e como deve ser a atitude do
profissional visitador?
Teoria:
A visita domiciliar é utilizada pelas equipes de saúde da família para humanizar e
integralizar o atendimento ao usuário do SUS (OLIVEIRA; SOUZA, 2013). Seus objetivos
incluem conhecer os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença (dinâmica
familiar, características do domicílio, fatores de risco, etc.), promover ações de promoção à
saúde e estimular a independência da família atendida (OHARA; RIBEIRO, 2008).
A visita domiciliar ocorre em três etapas: planejamento, execução e avaliação da visita
(TAKAHASHI; OLIVEIRA, 2001). O planejamento busca priorizar o atendimento a famílias
em maior situação de risco. A execução ocorre pela entrevista dos membros da família pelo
profissional visitador, buscando-se o estabelecimento de um vínculo. Na avaliação, será
elaborado um plano de ação para resolver os problemas encontrados durante a visita.
Descrição da prática:
A simulação foi de uma visita domiciliar cujo objetivo era cadastrar os novos moradores
da residência no e-SUS. A família era constituída por um casal de idosos, entretanto, dois meses
atrás sua filha e sua neta passaram a morar com eles. Dois estagiários foram fazer a visita, eles
conversaram mais com o casal pois sua filha estava no trabalho e a neta é uma adolescente
tímida que não quis conversar.
Durante a conversa, percebeu-se que a família estava passando por diversos problemas.
A filha se mudou por conta do divórcio com seu marido e trabalha constantemente para ajudar
na renda. O casal de idosos usam remédio crônico para diabetes e hipertensão de forma
desregulada, sendo que o homem é extremamente sedentário e tabagista. Os únicos suportes da
família são a igreja e a UBS.
Reflexão teoria/prática:
A visita domiciliar possibilita um atendimento mais humanizado e integral, além de
possibilitar que os profissionais percebam com mais clareza os problemas daquela família que
vão além de sua doença. Um exemplo disso foi como os estagiários presenciaram as condições
de moradia da família, além de ver sua alimentação desregulada. Isso seria muito difícil de
saber em um a consulta no consultório de uma UBS.
Essa maior variedade de informações possibilita uma abordagem mais integral do
problema, facilitando sua resolução. Os profissionais, ao entender a realidade do paciente e de
sua família, podem criar planos de ação mais eficazes e que consigam ser postos em prática
naquele domicílio. Isso ocorre pois há um conhecimento pleno dos determinantes e
condicionantes daquela família específica.
Além disso, a visita domiciliar possibilita a criação de um vínculo maior com o usuário.
Na simulação isso ocorreu quando o casal de idosos ofereceram comida para os estagiários.
Isso é muito importante para a criação de confiança em relação aos profissionais o que leva a
uma maior adesão aos tratamentos e, consequentemente, a uma maior resolutividade dos
problemas.
Vale lembrar que o profissional visitador não pode assumir uma postura de
superioridade durante a visita, mas apresentar empatia e se igualar ao paciente. Além de
melhorar a relação médico-paciente, isso permite que o profissional se coloque de no lugar da
família e entenda seus problemas e dificuldades diárias que podem dificultar seu tratamento e
assim, o plano de ação pode ser melhor adaptado.
Auto aprendizado:
Aprendi com a simulação a importância de entender e presenciar a realidade dos
pacientes, pois além de criar um maior vínculo, aumenta a resolutividade dos problemas. Para
isso torna-se necessária a empatia na hora da visita domiciliar, pois só assim os determinantes
e condicionantes podem ser compreendidos e abordados de uma maneira que a família consiga
aderir.
Além disso, percebi a importância da visita em caso de pessoas encamadas ou que por
algum outro motivo não consigam ir até a UBS para o seu atendimento. O atendimento no
domicílio, além de ser mais humanizado, evita estresse para o paciente pois este fica em um
ambiente confortável perto da família. Outra vantagem é que isso diminui a saturação e a fila
para leitos de UPAs e hospitais.
Referências:
OHARA, E.C.C., RIBEIRO, M.P. Assistência domiciliária. In: Ohara ECC, Saito RXS (Eds.).
Saúde da Família: considerações teóricas e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2008

OLIVEIRA, N. L.; SOUZA E. C. F. de. A visita domiciliar: lócus privilegiado das ações de
educação em saúde com vistas ao cuidado integral. In: Anais do II Congresso Virtual
Brasileiro - Gestão, Educação e Promoção da Saúde, 2013. Convibra Saúde, 2013

TAKAHASHI, R.F.; OLIVEIRA, M.A.C. A visita domiciliária no contexto da Saúde da


Família. In: Brasil. Instituto para o Desenvolvimento da Saúde. Universidade de São Paulo.
Ministério da Saúde. Manual de Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde, 2001

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