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Legislação Extravagante

Professor: Gladson Miranda

LEI Nº 9.296/1996 (ESCUTA TELEFÔNICA). judicial e sob supervisão do MP, executar interceptações
telefônicas, sobretudo quando houver suspeita de
envolvimento de autoridades policiais civis nos delitos
OBS1: As questões foram retiradas da Material Edital em investigados, não sendo a execução dessa medida exclusiva
Questões da Polícia Civil da Editora Vestcon, que aborda da autoridade policial, visto que são autorizados, por lei, o
todas as matérias constantes do Edital de Agente da Polícia emprego de serviços e a atuação de técnicos das
Civil do DF. concessionárias de serviços públicos de telefonia nas
interceptações. (CESPE/Delegado de Polícia Federal –
OBS2: As questões mais complexas serão resolvidas nos DPF/2013/Questão 74)
aulões de exercícios que serão divulgados no meu
facebook:
https://www.facebook.com/GladsonMiranda
7 - Autorizadas por juízo absolutamente incompetente, as
interceptações telefônicas conduzidas pela autoridade
policial são ilegais, por violação ao princípio constitucional
1- Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal do devido processo legal. (CESPE/Delegado de Polícia
(STF), a degravação de mídia eletrônica referente a diálogos Federal – DPF/2013/Questão 75)
colhidos em interceptação telefônica durante investigação
policial deve ser integral, e não apenas dos trechos 8 - Não se admite a interceptação telefônica quando o fato
relevantes à causa. (CESPE/DEPEN – Agente Penitenciário investigado constituir infração punida, no máximo, com
Federal/2013/Questão 54) pena de detenção. (CESPE/DPE-AL/Defensor Público de 1ª
Classe/2009/Questão 119)
2- Segundo entendimento dominante no STF, são lícitas as
provas produzidas em interceptações telefônicas decretadas 9 - Não se admite a interceptação de comunicações
por decisões judiciais, quando tais decisões forem telefônicas quando o fato investigado constitui infração
amparadas apenas em denúncia anônima. (CESPE/DEPEN – penal punida, no máximo, com pena de detenção.
Agente Penitenciário Federal/2013/Questão 55) (CESPE/DPE-ES/Defensor Público/2009/Questão 55)

3- O presidente de uma comissão parlamentar mista de 10 - Os Tribunais têm entendido que a alegação de legítima
inquérito, após as devidas formalidades, ordenou, de forma defesa pela vítima de crime, em caso de registros telefônicos
sigilosa e reservada, a interceptação telefônica e a quebra desautorizados, somente é admissível em se tratando de
do sigilo de dados telefônicos de testemunha que se escuta telefônica e não de interceptação. (UNEMAT/SAD
reservara o direito de permanecer calada perante a MT/Delegado de polícia/Nível superior/2010 /Questão
comissão. Nessa situação, a primeira medida é ilegal, visto 61/Assertiva B)
que a interceptação telefônica se restringe à chamada
reserva jurisdicional, sendo permitida, por outro lado, a 11 - A gravação telefônica realizada sem a autorização
quebra do sigilo de dados telefônicos da testemunha, judicial é prova ilícita. (UNEMAT/SAD MT/Delegado de
medida que não se submete ao mesmo rigor da primeira, polícia/Nível superior/2010 /Questão 61/Assertiva D)
consoante entendimento da doutrina majoritária.
(CESPE/Delegado de Polícia Federal – DPF/2013/Questão 48) 12 - (CESPE/TRF 1/Juiz Federal Substituto/Nível
Superior/2011). Em relação ao afastamento do sigilo fiscal,
4- Ao instaurar imediatamente inquérito policial e requerer bancário e de dados, bem como à interceptação das
as interceptações telefônicas para averiguar as acusações comunicações telefônicas, assinale a opção correta.
contra seus comandados, o delegado em questão agiu
corretamente, em obediência ao princípio da moralidade a) A autoridade policial, ao verificar que da gravação da
administrativa. (CESPE/Delegado de Polícia Federal – interceptação telefônica permitida judicialmente constem
DPF/2013/Questão 72) partes que não interessam diretamente à prova dos fatos
sob investigação, bem como intimidades da vida privada da
5 - Apesar de a lei prever o prazo máximo de quinze dias pessoa sobre a qual recai a medida cautelar, está autorizada
para a interceptação telefônica, renovável por mais quinze, pela lei de regência a inutilizar as referidas partes da
não há qualquer restrição ao número de prorrogações, gravação, durante o inquérito, devendo comunicar o
desde que haja decisão fundamentando a dilatação do incidente ao MP.
período. (CESPE/Delegado de Polícia Federal – b) Admite-se, na forma da legislação de regência, o
DPF/2013/Questão 73) afastamento de sigilo bancário por comissão de inquérito
administrativo destinada a apurar responsabilidade de
6 - Segundo o entendimento do STF, é permitido, em servidor público, por infração praticada no exercício de suas
caráter excepcional, à polícia militar, mediante autorização atribuições ou que tenha relação com as atribuições do

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cargo, mediante prévia autorização do Poder Judiciário, 11-F


independentemente da existência de processo judicial em 12-B
curso, constituindo a violação do sigilo das operações de
instituições financeiras delito de competência da justiça
federal.
c) A lei que disciplina o sigilo das operações de instituições
financeiras assegura que a quebra de sigilo pode ser
decretada quando necessária para apuração de ocorrência
de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do
processo judicial, impondo-se às instituições financeiras o
dever de informar, mensalmente, ao órgão de fiscalização
tributária da União, as operações financeiras efetuadas
pelos usuários de seus serviços e cujo montante global
movimentado ultrapasse o limite previamente estabelecido,
sem que se constitua ofensa ao sigilo bancário, incluindo-se
as operações financeiras efetuadas pelas administrações
direta e indireta da própria União, dos estados, do DF e dos
municípios.
d) Nos termos da lei que rege as interceptações telefônicas,
uma vez deferido o pedido de interceptação pelo juiz
competente, a autoridade policial conduzirá os
procedimentos de intercepção, dando ciência ao MP, que
poderá acompanhar a sua realização, e, caso ocorra a
gravação da comunicação interceptada na diligência, nos
termos expressos da norma, será determinada a sua
transcrição, devendo a gravação da conversa ser realizada
por peritos oficiais, como estabelece o CPP.
e) Conforme jurisprudência dos tribunais superiores, é
desnecessária a gravação integral dos diálogos obtidos por
meio das interceptações telefônicas autorizadas
judicialmente, impondo-se, entretanto, a realização de
perícia de voz para a validação da prova, de modo a
demonstrar que a gravação registrada pertence ao
investigado ou réu, sendo esta a comprovação material da
existência do delito, na forma do CPP, não se admitindo que
a convicção do juiz acerca dos fatos ocorra por outro meio
que não seja o exame pericial.

GABARITO

LEI9.296/1996
1-V
2-F
3-V
4-F
5-V
6-V
7-F
8-V
9-V
10-V

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