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CURSO DE DIREITO
GOIÂNIA – GO
2015
MARCOS ROBERTO GUNDIM
GOIÂNIA – GO
2015
MARCOS ROBERTO GUNDIM
Data da Defesa:
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________
Profª. Mestre Marina Zara de Faria Nunes
Faculdade Padrão
GOIÂNIA- GO
2015
Agradeço a Deus todo poderoso, por me proporcionar saúde,
alegria, sabedoria e paz.
Aos meus Pais Marleni de Fatima Rezende e Valdivino Gundim
Filho (in memoriam), ao meu Padrasto Paulo Naves de
Rezende ao qual tenho como Pai, a minha namorada, noiva e
esposa Polliana Bento Gondim, aos meus irmãos Charles,
Ricelli, Geovanna, Luís Fernando e Nagella.
Aos meus amigos que sempre me ajudaram, e em especial a
todos os meus Professores que me guiaram, desde minha
iniciação ate os dias de hoje, profissionais estes que são a
razão de todo o desenvolvimento positivo deste País, que lutam
sozinhos, contra o mal maior deste País, que é a ignorância.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I - ESBOÇO HISTÓRICO
INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- 7
1 DIREITO ROMANO--------------------------------------------------------------------------------- 8
1.1 IDADE MÉDIA-------------------------------------------------------------------------------------- 9
1.2 CÓDIGO NAPOLEÔNICO---------------------------------------------------------------------- 9
1.3 BRASIL COLÔNIA, IMPÉRIO E REPÚBLICA-------------------------------------------- 10
1.4 CONCEITO DE FALÊNCIA-------------------------------------------------------------------- 13
1.4.1 Significado da expressão falência--------------------------------------------------------- 13
1.5 CONCEITO---------------------------------------------------------------------------------------- 13
1.5.1 Natureza jurídica------------------------------------------------------------------------------- 14
1.6 DA LEGITIMIDADE------------------------------------------------------------------------------ 15
1.6.1 Polo passivo------------------------------------------------------------------------------------ 15
1.6.2 Polo ativo---------------------------------------------------------------------------------------- 16
a) Falência requerida pelo credor----------------------------------------------------------------- 16
b) Autofalência----------------------------------------------------------------------------------------- 17
c) Falência requerida pelo conjuguê sobrevivente, os herdeiros e o inventariante, na
falência do espólio------------------------------------------------------------------------------------ 17
d) Legitimidade do sócio ou acionista----------------------------------------------------------- 17
1.7 PRÉ-REQUISITOS PARA A EXISTENCIA DA FALÊNCIA---------------------------- 18
a) Insolvência----------------------------------------------------------------------------------------- 18
b) Impontuabilidade---------------------------------------------------------------------------------- 19
c) Protesto---------------------------------------------------------------------------------------------- 19
d) Não cumprimento de obrigação líquida------------------------------------------------------ 20
e)Duplicata sem aceite acompanhada da nota de entrega da mercadoria----------------
------------------------------------------------------------------------------ 20
f) Atos indicativos e caracteriscos de falência------------------------------------------------- 21
CAPÍTULO II
2 COMPETÊNCIA JUDICIAL--------------------------------------------------------------------- 23
2.1 DO PROCEDIMENTO PROCESSUAL----------------------------------------------------- 24
2.2 DO JUIZO UNIVERSAL------------------------------------------------------------------------ 25
2.3 DAS ALEGAÇOES DA DEFESA------------------------------------------------------------ 27
2.4 – MATERIAS QUE PODERÃO SER ARGUIDAS NA CONSTESTAÇÃO--------- 28
CAPITULO III
3 DA SENTENÇA------------------------------------------------------------------------------------ 30
3.1 SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA----------------------------------------- 32
3. 2 SENTENÇA DENEGATÓRIA DE FALÊNCIA-------------------------------------------- 33
3.3 DOS RECURSOS NO PROCEDIMENTO FALIMENTAR----------------------------- 33
3.3.1 Pressupostos recursais---------------------------------------------------------------------- 34
3.3.2 Efeitos recursais------------------------------------------------------------------------------- 34
3.4 DOS RECURSOS DE APELAÇÃO E O AGRAVO NO PROCEDIMENTO
FALIMENTAR------------------------------------------------------------------------------------------ 35
3.5 DOS EFEITOS DA FALÊNCIA-------------------------------------------------------------- 36
3.5.1 Efeitos da falência para os credores----------------------------------------------------- 36
3.5.2 Efeitos da falência para o falido----------------------------------------------------------- 37
3.6 DO ENCERRAMENTO DO PROCESSO FALIMENTAR------------------------------ 39
3.6.1 Prestação de contas do administrador judicial----------------------------------------- 39
3.6.2 Do encerramento da falência por sentença-------------------------------------------- 40
3.7 DA EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES------------------------------------------------------ 40
3.7.1 Do requerimento pelo falido---------------------------------------------------------------- 40
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
1 DIREITO ROMANO
E os que caírem em pobreza sem culpa sua, por receberem grandes perdas
no mar, ou na terra em seus tratos e comércios lícitos, não constando de
algum dolo, ou malicia, não incorrerão em pena alguma crime. E neste caso
serão os autos remetidos ao prior e cônsules do consulado, que os
procurarão concertar e compor com seus credores, conforme a seu
regimento.
A palavra falência veio do verbo latino fallere, que tinha sentido pejorativo,
com o significado falsear, faltar, faltar com a palavra, com a confiança, cair, tombar,
incorrer em culpa, cometer uma falha, quebra, quebrado, pobre, arruinado, sem
dinheiro.
1.5 Conceito
mesmo lhe colocar em um futuro próximo no lugar do ora falido, e com esse instituto
controlar a balança econômica empresarial.
1.5.1 Natureza Jurídica
1.6 Da legitimidade
sociedade empresária, e por fim que possua crédito liquido, que preencha os
requisitos executórios, características estas contidas nos títulos executivos
extrajudiciais e judiciais previstos nos artigos 585 e 475 – n do CPC.
b) Autofalência
A Lei 11.101/2005 em seu artigo 94, I,II,III trata dos requisitos para a
propositura do pedido de falência, então vejamos o que leciona;
a) Insolvência
Estado em que o passivo supera o ativo, momento este em que devedor não
inspira mais confiabilidade econômica, desta forma os credores não visualizam uma
outra forma de reaver, ou ate mesmo minimizar os seus prejuízos, apos a
impontualidade do devedor, se não através de uma ação de falência.
b) Impontuabilidade
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c) Protesto
Atos praticados pelo devedor, que faça ligação direta ou que deixe a
entender ao meio econômico, ocultar-se, não cumprir com obrigação assumida em
recuperação judicial, liquidar mercadorias, tentativa de transferência a terceiro,
alienação de bens livres, são vários os sintomas da ruína, quebra, desta forma fica
claro a insolvência do mesmo.
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CAPÍTULO II
2 COMPETÊNCIA JUDICIAL
Assim, o processo terá seu tramite normal, não sofrendo nenhuma alteração,
restando ao juízo dos feitos da fazenda oficiar ao juízo da falência, solicitando a
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Desta forma, entende-se que juízo universal tratara e puxara para a sua
competência o que e preceituado pela lei falimentar, ou seja, ações que estão
ligadas diretamente com a massa falida, não se esquecendo que ações que possam
seguir procedimento originário se encontrem com ação falimentar futuramente, nos
haveres de seus créditos.
CAPÍTULO III
3 DA SENTENÇA
O artigo 267 trata das decisões que serão prolatadas pelo juiz, sem a
resolução do mérito, assim entendemos que a matéria em si não foi apreciada,
tratando tao somente de alguma falha processual.
No artigo 269 encontraremos o oposto, visto que, neste ato de sentença
será resolvido o mérito, e assim analisado todo os momentos processuais ate ali,
chegando o magistrado a um convencimento sobre a matéria discutida.
Analisemos o artigo 269 do CPC que trata de tal decisão;
Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de
2005)
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; (Redação dada
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - quando as partes transigirem; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; (Redação
dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
No processo falimentar os atos praticados pelo juiz podem nos levar a uma
certa confusão, atos tais como sentença, decisões interlocutórias que são aquelas
que não colocam fim ao processo e os despachos.
A sentença declaratória, como o nome bem diz declara a falência, figurando
assim não como de costume o final do processo, mas sim o inicio da execução
falimentar, ou seja, a sentença declarou a falência, iniciando ali o processo
falimentar, passando assim a ter característica de decisão interlocutória por não
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Art. 101. Quem por dolo requerer a falência de outrem será condenado, na
sentença que julgar improcedente o pedido, a indenizar o devedor,
apurando-se as perdas e danos em liquidação de sentença.
das decisões, sendo facultado a parte vencida o direito de se opor a uma decisão
interlocutória ou sentença.
Segundo leciona Almeida (2008, p.115) “o termo recurso, pois, indica o
pedido de reforma de uma decisão prolatada, isto e, proferida , pronunciada”.
Para Monteiro apud Almeida (2008. p,115) “provocação a novo exame dos
autos para emenda ou modificação da primeira sentença”.
Assim, o duplo grau de jurisdição um dos princípios recursais se materializa,
levando os fundamentos e argumentos do recurso a uma instancia superior
hierarquicamente superior a primeira.
Os princípios recursais são; Duplo grau de jurisdição; Singularidade;
taxatividade; fungibilidade e a proibição da roformatio in prejus. Amparado pelos
princípios caberá a parte vencida preencher os pressupostos recursais.
Almeida (2008,p.122) conceitua recurso da seguinte forma “recurso e o meio
de que se vale a parte, objetivando a reforma de uma sentença que lhe tenha sido,
no todo ou em parte, desfavorável”.
O efeito recursal a ser aplicado e analisado pelo juiz ad quo, que poderá ser
o efeito devolutivo que se encontra presente em todos os recursos, que e a
devolução da matéria debatida pelo recurso, com reexame feito pelo juízo ad quem.
O efeito suspensivo trava os efeitos da sentença ate que seja resolvido o
recurso, esse efeito encontra-se presente, em principio, em todos os recursos, a não
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ser que lei estabeleça o contrário, caso dos recursos de Exceção de apelação (art.
520 CPC);Recurso Especial; Recurso Extraordinário e Agravo – com exceção do art.
558.
Entendendo assim, que todo o recurso terá o efeito devolutivo, no qual a
matéria retornara a ser analisada, só que desta vez por instancia superior em forma
de recurso, e os efeitos da sentença produzira efeitos o que não acontece com a
aplicação do efeito suspensivo, que como o nome bem descreve, suspende tais
efeitos ate que seja analisado o recurso.
Sumula 25 do STJ
Nas ações da Lei de Falência o prazo para a interposição de recurso conta-
se da intimação da parte.
Trata dos Recursos contidos na legislação especial, mas que usam de forma
subsidiaria o Código de Processo Civil, peculiaridades de decisões que podem levar
ao erro, visto que, em regra geral da sentença caberá Apelação, na legislação
falimentar existe como visto a possibilidade de usar o Agravo levando em
consideração a natureza da decisão ataca, ou seja, uma decisão interlocutória,
sentença que não coloca fim ao processo, mas que inicia o processo falimentar.
assim o desejarem.
§ 1o O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se
retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há
menos de 2 (dois) anos, quanto às dívidas existentes na data do
arquivamento da alteração do contrato, no caso de não terem sido solvidas
até a data da decretação da falência.
§ 2o As sociedades falidas serão representadas na falência por seus
administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as
mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido.
podendo praticar quaisquer atos referentes a bens ou direitos que possam prejudicar
o processo falimentar e consequentemente aos créditos dos credores.
O artigo 104, III da lei Falimentar da outro duro golpe ao falido, impondo que
este não possa se ausentar do lugar onde se processa a falência, sem motivo justo
e expressa comunicação ao juízo, e sem deixar um bastante procurador, sansão
este imposta para que o falido contribua de forma direta e verbal com o andamento
processual, devendo examinar e participar de diverso atos processuais, como;
examinar as declarações de créditos, assistir ao levantamento e verificação de
balanço.
Art. 104 III – não se ausentar do lugar onde se processa a falência sem
motivo justo e comunicação expressa ao juiz, e sem deixar procurador
bastante, sob as penas cominadas na lei;
Podendo ser pessoa natural ou pessoa jurídica que será nomeado pelo juiz
na sentença que decretar a falência, entendendo que se trata de um braço do juiz,
que estará presente em todas as fases processuais e que terá suas obrigações e
responsabilidade perante a massa falida
Assim, fica demostrado que a prescrição será de 5 (cinco) anos se não tiver
cometidos crimes falimentares e de 10 (dez) anos se os tiverem cometidos, ambos a
contar do encerramento da falência.
Outra forma de extinção das obrigações do falido, trata da mais simples de
compreensão, ou seja, da quitação dos débitos que originaram a falência.
Por fim, o rateio de mais de 50% do debito, estará assim de conformidade
com a legislação vigente, extinta as obrigações do falido, montante este que vira da
realização do ativo, podendo ser completado pelo próprio falido, requerendo por fim
a extinção de suas obrigações.
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O pedido de extinção das obrigações devera ser feita pelo próprio falido, que
pedira ao juiz da ação de falência a extinção de suas obrigações, conforme leciona o
artigo 159:
Art. 159. Configurada qualquer das hipóteses do art. 158 desta Lei, o falido
poderá requerer ao juízo da falência que suas obrigações sejam declaradas
extintas por sentença.
§ 1o O requerimento será autuado em apartado com os respectivos
documentos e publicado por edital no órgão oficial e em jornal de grande
circulação.
§ 2o No prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação do edital, qualquer
credor pode opor-se ao pedido do falido.
§ 3o Findo o prazo, o juiz, em 5 (cinco) dias, proferirá sentença e, se o
requerimento for anterior ao encerramento da falência, declarará extintas as
obrigações na sentença de encerramento.
§ 4o A sentença que declarar extintas as obrigações será comunicada a
todas as pessoas e entidades informadas da decretação da falência.
§ 5o Da sentença cabe apelação.
§ 6o Após o trânsito em julgado, os autos serão apensados aos da falência.
CONCLUSÃO
Vido, Elisabete - Prática empresarial ; coordenação Marco Antonio araujo Jr., Darlan
Barroso. - 4. ed. rev. E atual. - São Paulo : Editora Revista de Tribunais, 2013.