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CÁLCULO III
Matemática
XXXX OLIVEIRA, G. L.
Cálculo III - Física/Gilvan Lima de Oliveira – Teresina:
UFPI/UAPI
2010.
149p.
Incluir bibliografia
1 – xx
CDU: ????
MINIST RO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
ÍNDICE GERAL
Apresentação
1.1 Introdução
2.1 Introdução
3.1. Introdução
Cálculo III
4.1. Introdução
5.1. Introdução
5.2. Representação de uma Superfície
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 7
APRESENTAÇÃO
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 9
UNIDADE 1
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 10
ÍNDICE
1.1. Introdução
1.3. Domínio
1.4. Gráfico
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 11
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 12
RESUMO
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 13
1.1. Introdução
Você sabe o que é A necessidade de se trabalhar com funções de várias
SBM?
variáveis é algo inevitável. Ela surge naturalmente desde a
busca por se entender fenômenos físicos considerados simples
na natureza até a administração complexa de uma grande
empresa. Por exemplo, na primeira situação, a velocidade de
deslocamento de uma partícula numa trajetória retilínea a uma
velocidade constante, a incidência de luz num corpo sólido e
Fundada em 1969,
durante a realização muitas outras sitações. Na outra situação, sabemos que o lucro
do VII Colóquio de uma empresa depende de vários fatores como: número de
Brasileiro de
Matemática, em Poços funcionários, salários desses funcionários, o capital investido
de Caldas, a SBM é pela empresa, enfim, o lucro da empresa dependerá de muitas
uma entidade civil, de
caráter cultural e sem variáveis que o administrador deve levar em consideração.
fins lucrativos voltada A idéia em todas essas situações é modelar
principalmente para
estimular o matematicamente a situação que se quer estudar e lançar mão
desenvolvimento da de tudo que for possível dessa noção matemática fabulosa que
pesquisa e do ensino
da Matemática no é a de função.
Brasil. Entre suas Nessa unidade abordaremos as noções básicas de
ações atuais
destacam-se: o funções de várias variáves reais com valores no conjunto dos
estímulo ao ensino de números reais.
qualidade em todos os
níveis, através da
produção e divulgação 1.2. Funções de Várias Variáveis Reais
de textos matemáticos;
a promoção de Seja n um número natural, o qual vamor supor n 2 .
reuniões científicas
Uma grandeza variável z se denomina função de n variáveis
periódicas e o
incentivo ao reais x1 , x 2 , ... , x n , se a cada vetor (x1 , x2 , , xn ) n ,
intercâmbio entre
profissionais de corresponde um único valor real de z . Nesse caso, os números
Matemática do Brasil e reais x1 , x 2 , ... , x n são ditos variáves independentes e z a
do exterior.
Fonte: SBM variável dependente.
A notação que usaremos para representar tal
Cálculo III
Acesse o site:
dependência funcional será:
www.sbm.org.br
z = f (x1 , x2 , , xn )
Universidade Federal do Piauí 14
h= x2 − y2
V ( x, y ) = y 2 x 2 − y 2
1
3
Cálculo III
Figura 1
Universidade Federal do Piauí 15
Figura 2
x y
determinar: (a) f (− 2,1) (b) f ,
y x
Solução:
(a) f (− 2,1) =
(− 2)2 − 12 =
3
=−
1
3 (− 2) 1 −6 2
(b) Nesse caso, fazendo as devidas substituições
teremos:
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 16
2
x y
2
x2 y2
− −
x y y x y2 x2
f , = =
y x x y 3
3
y x
portanto,
x y x4 −y4
f , = 2 2
y x 3x y
1.3. Domínio
Como sabemos do ensino médio, o domínio de uma
função correponde ao conjunto no qual a variável dependente
pertence e que faz sentido obtermos a imagem de qualquer
ponto ali existente.
Como não poderia deixar de ser, é essa a mesma
concepção que trazemos para função de várias variáveis reais.
Ou seja, para uma função f : D n → , o domínio de f é o
D = (x, y ) 2 ; x 2 + y 2 0 = 2 − (0,0)
Cálculo III
z = 1− x2 − y2
1− x2 − y2 0 x2 + y2 1
Ou seja, o domínio será:
D = (x, y ) 2 ; x 2 + y 2 1
que corresponde ao disco fechado centrado na origem e de raio
1
Figura 3
1.4. Gráfico
Definição. Seja z = f (x, y ) uma função definida no subconjunto
O que são gráficos? D 2 . O gráfico de z = f (x, y ) é um subconjunto de 3
definido como segue:
G = (x, y, z ) 3 ; z = f (x, y )
São elementos
matemáticos que causam
impacto visual capazes
de mostrar informações
não evidentes nas
Cálculo III
expressões algébricas ou
verbais.
Figura 04
O que costumamos chamar de gráfico de uma função é
sua representação geométrica. Mas não é bem assim, o gráfico
Universidade Federal do Piauí 18
MathGV 3.1 superfície. Mas não vamos nos aprofundar nesse tocante, pois
isso foge aos objetivos dessa apostila.
Traçador de gráficos que Exemplo 6. O esboço gráfico da função f : 2 → definida
representam funções
matemáticas. pela lei f (x, y ) = 2x + 3 y é um plano em 3 , que passa pela
Figura 05
Exemplo 7. O esboço gráfico da função f : 2 → definida
Cálculo III
Figura 06
Universidade Federal do Piauí 19
Figura 07
Solução:
Pela definição temos que, a função dada deverá escrita
como:
f (tx, ty) = 3(tx) 2 + 5(tx)(ty) + (ty) 2
Cálculo III
f (tx, ty) = 3t 2 x 2 + 5t 2 xy + t 2 y 2
f (tx, ty) = t 2 f ( x, y)
Solução:
Esta função pode ser escrita na forma que
é a equação de um plano. Para encontrar os pontos onde
este plano intercepta os eixos, é só fazer:
e obtendo
e obtendo
e obtendo
Portanto o gráfico de é:
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 21
3r 2 + 5 y
2. Calcule f (2,3,−1) , sendo f (x, y, z ) = .
s−z
x2 + y2
3. Dada a função f (x, y ) = , obter:
xy
1 1
a) f (− y,− x) b) f , c) f (xy,−1)
x y
2 xy + 1
b) f (x, y ) = f) f (x, y, z ) = x + y + z
ln (xy)
d) f (x, y ) =
1 1
+ h) f (x, y, z ) = 1 − x 2 − y 2 − z 2
x − y xy
x− y
6. Seja f ( x, y ) =
x + 2y
a) Determine o domínio.
Cálculo III
b) Calcule f (2u + v, v − u ) .
Universidade Federal do Piauí 22
y x2 + y2
f = , (xy 0)
x y
9. Achar f (x, y ) , supondo que:
f (x + y, x − y ) = xy + y 2
10. Se f for uma função com uma variável e g uma função
de duas variáveis, então a composição f g será a
função de duas variáveis definida por
( f g )( x, y ) = f ( g ( x, y )) . Qual será o domínio de f g ?
b) f ( x, y ) = x 4 + y 4
a) f ( 4 3 ,4)
b) f ( x, y ) , ( x, y ) (0,0)
UNIDADE 2
Limite e Continuidade
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 24
ÍNDICE
2.1. Introdução
2.3. Continuidade
2.3.1. Definição
2.3.2. Propriedades Operatórias
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 25
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 26
RESUMO
Cálculo III
2.1. Introdução
Universidade Federal do Piauí 27
2.2.1. Definição:
Diz-se que o número real L é o limite da função
z = f ( x, y ) , quando o ponto P = ( x, y ) tende para o ponto
lim f ( x, y) = L
x →a
y →b
lim f (x, y ) = L
x →a
y →b
3x + y, ( x, y ) (1,2)
f ( x, y ) =
0, ( x, y ) = (1,2)
Quando x → 1 e y → 2 , temos que f ( x, y) → 3(1) + (2) = 5 e,
dessa forma, suspeitamos que lim f ( x, y) = 5 . A demonstração
x →1
y →2
Desigualdade 0 ( x − 1) 2 + ( y − 2) 2 3x + y − 5 ;
Triangular
de fato, inicialmente observamos que:
3x + y − 5 3 x − 1 + y − 2 4 (x − 1) + ( y − 2)
2 2
Logo, dado 0 , escolhendo 0 = , tem-se que:
4
3x + y − 5 4 (x − 1)2 + ( y − 2)2 4 =
4
Isso mostra que lim f ( x, y) = 5 . Nesse caso, observe que
x →1
Cálculo III
y →2
lim f ( x, y ) = 5 f (1,2) = 0
x →1
y →2
lim ( y senx ) = 0
x→
4
y →0
2
y sen x y x − + y 2
4
Portanto, dado 0 , escolhendo 0 = , segue-se que se:
2
0 x − + y 2 = y sen x
4
Observe que para o limite
lim f ( x, y ) = L
x →a
y →b
2 xy 2x 2
lim = lim = 1.
x →0
y →0
x 2 + y 2 x →0 2 x 2
2 xy − 2x 2
lim = lim = −1
x →0
y →0
x 2 + y 2 x →0 2 x 2
2 xy
Cálculo III
Observação Importante:
Universidade Federal do Piauí 30
x − y
lim lim
x →0 y →0 x + y
= lim (− 1) = −1
x →0
e
x − y
lim lim
y → 0 x →0 x + y
= lim (1) = 1
x →0
Dessa forma os limites iterados são distintos e, portanto, o limite:
x− y
lim
x →0 x+ y
Cálculo III
y →0
f
Então as funções f + g , f − g , f g e admitem limite no
g
ponto P0 = (a, b) D e, além disso, vale:
lim f ( x, y )
x →a
f y →b L
• lim ( x, y ) = = , ( M 0) .
x →a g
y →b lim
x →a
g ( x, y ) M
y →b
2.3. Continuidade
2.3.1. Definição:
Diz-se que uma função z = f ( x, y ) é contínua num ponto
Cálculo III
lim f ( x, y ) = f (a, b) .
x →a
y →b
Universidade Federal do Piauí 32
real f ( P0 ) = f (a, b) .
(2x + 3 y − 2) − (2a − 3b − 2)
Cálculo III
x−a (x − a )2 + ( y − b)2
De forma inteiramente análoga, tem-se que:
y −b (x − a )2 + ( y − b)2
Na desigualdade, 2( x − a) + 3( y − b) , via Desigualdade
Triangular, segue-se que:
2( x − a) + 3( y − b) 2 x − a + 3 y − b
Portanto, daí resulta:
2( x − a) + 3( y − b) 5 (x − a ) + ( y − b)
2 2
2( x − a) + 3( y − b) 5 (x − a ) + ( y − b) , basta que
2 2
vez que,
façamos
2( x − a) + 3( y − b) 5 (x − a ) + ( y − b ) ,
2 2
Teorema:
Sejam f , g : D 2 → funções contínuas no
P = (a, b) D , isto é::
lim f ( x, y ) = f (a, b) e lim g ( x, y ) = g (a.b)
x →a x →a
y →b y →b
f
Então as funções f + g , f − g , f g e também são contínuas
g
em P = (a, b) D e, além disso, vale:
• lim ( f + g )( x, y) = lim f ( x, y) + lim g ( x, y) = f (a, b) + g (a, b);
x →a x →a x →a
y →b y →b y →b
lim f ( x, y)
x →a
f y →b f ( a, b)
• lim ( x, y) = = , ( g (a, b) 0)
x →a g
y →b lim g ( x, y) g (a, b)
x →a
y →b
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 35
x2 1 1
lim f (x, y ) = lim f ( x, x) = lim 2 = lim = , para
x →0 x → 0 x → 0 x +x x → 0 2 2
y →0
( x, y) S 2
Solução:
O domínio de f é o subconjunto D 2 de todos os
pontos ( x, y) 2 tais que x 2 + y 2 25 . Geometricamente
esse conjunto representa a região exterior limitada pela
circunferêcia x 2 + y 2 = 25 .
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 37
sen(xy) 2x − y
b) lim d) lim 2
x →0 x + y 2
y →1
x →0 x y →0
4 x + y − 3z
3. Existe lim ? Justifique sua resposta.
x →0 2 x − 5 y + 2 z
y →0
z →0
x2 − y2
4. A função f ( x, y ) = 2 tem limite em (0,0) ? Justifique
x + y2
sua resposta.
f ( x + h, y + k ) − f ( x, y ) − 2 xh − k
5. Calcule lim onde
x →0 (h, k )
y →0
f ( x, y) = x 2 + y .
6. Dê exemplo de duas funções f e g descontínuas, tais
que a soma f + g seja contínua.
7. Dê exemplo de duas funções f e g descontínuas, tais
f
que a função quociente seja contínua.
g
a) f ( x, y) = x 2 + y 2 − xy
x2 + y2
b) f ( x, y ) =
xy − 1
Universidade Federal do Piauí 38
x2
b) f (x, y ) =
x− y
a) f (x, y ) =
x
x− y
b) f (x, y ) = log( x 2 + y 2 )
13. Investigue a continuidade de cada uma das funções nos
pontos indicados:
a) f (x, y ) = , (0, 0)
x
3x + 5 y
1
( )
b) f (x, y ) = x 2 + y 2 sen 2 , para todo (x, y ) 2
2
x +y
14. Mostre que a função
2 xy
2 , x2 + y2 0
f (x, y ) = x + y
2
0, x2 + y2 = 0
é contínua em relação a cada uma das variáveis x e y
em separado, porém não é contínua no ponto (0, 0) em
relação ao conjunto destas variáveis.
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 39
UNIDADE 3
Derivação Múltipla
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 40
ÍNDICE
3.1. Introdução
3.2. Derivadas Parciais
3.3. Derivadas Direcionais
3.4. Diferencial de uma Função
3.4.1. O Gradiente de uma Função Diferenciável
3.4.2. Propriedades do Vetor Gradiente
3.5. Acréscimo Total de uma Função
3.6. Diferencial Total de uma Função
3.7. Aplicação da Diferencial Total em Aproximações
3.8. Derivação de Funções Compostas
3.8.1. Caso de uma só Variável Independente
3.8.2. Caso de Diversas Variáveis Independentes
3.9. Curvas de Nível e Superfícies de Nível
3.9.1. Interpretação Geométrica da Curva de Nível
3.9.2. Coeficiente Angular da Curva de Nível
3.10. Derivadas Parciais de Ordens Superiores
3.11. Máximos e Mínimos Relativos
3.12. Multiplicadores de Lagrange
3.13. Atividades de Aprendizagem
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 41
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 42
RESUMO
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 43
3.1. Introdução
Neste capítulo, estenderemos a noção de derivadas
ordinárias introduzida para função real de variável real. Em
linhas gerais, a idéia é usar tal noção para uma das variáveis em
estudo, mantendo-se constante as demais variáveis da função
objeto. Tal procedimento será chamado de derivação parcial o
qual discutiremos a seguir.
Observação:
1. Para designar as derivadas parciais definidas acima,
podemos fazê-lo de várias formas, como segue:
f
(a, b) = 1 f (a, b) = f ' x (a, b) = D1 f (a, b) .
x
2. Na definição acima, para o cálculo da derivada
f
( a, b) , derivamos a função com respeito à variável
x
x , enquanto que a variável y é considerada
constante. Fato semelhante ocorre, na obtenção da
f
derivada (a, b) , só que nesse caso, deriva-se a
y
função com respeito à variável y , enquanto que a
variável x é mantida constante.
teremos:
f
( x, y ) = 1
1
x x y
cos 2
y
Universidade Federal do Piauí 45
f x
( x, y ) = 1
− 2
y x
cos 2
y
y
Caso Geral
No caso geral, para uma função f : D n → definida
f f (a + tei ) − f (a)
= lim
xi t →0 t
quando tal limite existe.
Observação:
Como está escrito no livro “Curso de Análise”, vol 2, do
f
Prof. Elon Lages Lima, o símbolo terá para nós o mesmo
x i
f f
significado que , , etc. O que é importante neles não é o
y i z i
f
= 3x 2 y + yz
x
f
= x 3 + 2 yz 2 + xz
y
f
= 2 y 2 z + xy
z
Exemplo 6. Achar as derivadas parciais da função f ( x, y) = x y .
Solução:
f
= yx y −1
x
f
= x y ln x
Elon Lages Lima y
(Maceió, 9 de
julho de 1929) é Exemplo 7. Se f ( x, y, z ) = ln( xy + z ) , determinar o valor da
um professor
f
brasileiro, mestre e expressão: (1; 2; 0) + f (1; 2; 0) + f (1; 2; 0).
doutor (PhD) pela x y z
Universidade de Solução: Para o cálculo do valor da expressão, vamos achar as
Chicago, ganhador
por duas vezes do derivadas solicitadas em cada parcela da expressão dada:
Prêmio Jabuti da f
Câmara Brasileira ( x, y , z ) = y
do Livro por livros x xy + z
f
que escreveu e
( x, y , z ) = x
recebeu o prêmio y xy + z
Anísio Teixeira do f
Ministério da ( x, y , z ) = 1
Educação e do z xy + z
Desporto. Portanto, o valor da expressão será:
f
Saiba mais: (1; 2; 0) + f (1; 2; 0) + f (1; 2; 0) = 1 + 1 + 1 = 2
x y z 2 2
http://pt.wikipedia.org/w
iki/Elon_Lages_Lima Exemplo 8. Se x = r cos e y = r sen , calcular o valor do
determinante:
x x
r
y y
r
Cálculo III
x
= cos
r
x
= −r sen
y
= sen
r
y
= r cos
Daí o valor da determinante será:
x y x y
− = cos (r cos ) − (− r sen ) sen = r
r r
f f (a + tei ) − f (a ) f
(a ) = lim = (a )
Cálculo III
ei t →0 t xi
A maioria dos livros de Cálculo, quando vão definir
derivada direcional, o fazem supondo v = 1. Isso é
Universidade Federal do Piauí 48
f
desnecessário, uma vez que (a ) depende linearmente do
v
vetor v n ; de fato,
f f (a + tv ) − f (a ) f (a + tv ) − f (a )
(a ) = lim = lim
(v ) t →0 t t →0 t
isto é,
f
(a ) = f (a )
(v ) v
Observação: A dependência linear referida na seção anterior
não implica em garantirmos que
f
(a ) = f (a ) + f (a )
(v + w) v w
Isso, em geral, é falso! (Ver [Elon])
Exemplo 9. A temperatura de qualquer ponto (x, y ) no plano
Solução:
Inicialmente, observemos que a direção que forma um
ângulo de 60 com o eixo positivo das abscissas é dada pelo
1 3
vetor v = (cos 60 , sen 60 ) = , . Nesse caso basta calcular:
2 2
1 3
T (2,1) + t , − T (2,1)
T 2 2
(2,1) = lim
v t →0 t
Ou seja,
t 3
− T (2,1)
t
T 2 + ,1 +
Cálculo III
T 2 2
(2,1) = lim
v t → 0 t
Universidade Federal do Piauí 49
t 3
− T (2,1)
t
T 2 + ,1 +
T 2 2
(2,1) = lim
v t →0 t
t 3
− T (2,1)
t
T 2 + ,1 +
T 2 2
(2,1) = lim
v t → 0 t
t t 3
100 2 + 1 +
2 2
2
− 40
t t 3
2
2 + + 1 +
T 2 2
(2,1) = lim
v t →0 t
Portanto:
T
(2,1) = lim ( )
25 3 − 40 t + 60 3 − 30
= 12 3 − 6
v t →0 (
t2 + 2 + 3 t + 5 )
parciais
f
(a ) , f (a ) , f (a ) , ..., f (a ) e, além disso, para
x1 x 2 x3 x n
f
f (a + v ) − f (a ) = (a ) v1 + f (a ) v2 + + f (a ) vn + r (v )
x1 x 2 x n
r (v )
onde lim = 0.
Cálculo III
v →0 v
Universidade Federal do Piauí 50
Observações Importantes:
1. Do ponto de vista matemático, o “crucial” nessa definição
r (v )
é o limite lim = 0 . Ao se estudar a diferenciabilidade
v →0 v
de uma função, o que devemos verificar (direta ou
indiretamente) é o valor deste último limite.
r (v )
2. A condição lim = 0 significa, mais do que lim r (v ) = 0
v →0 v v →0
f
(a ) = df (a ).v = f (a ) vi
n
f (a ), v =
v i =1 xi
particular, que:
f
f (a ), ei = (a ) ,
ei
Universidade Federal do Piauí 51
ou seja,
f
f (a ) = (a ), f (a ),..., f (a )
x1 x2 xn
f
(a ) f (a ) .
v w
3. O gradiente de f no ponto a D n é perpendicular à
superfície de nível de f que passa por esse ponto.
Geometricamente, isto quer dizer que, para qualquer
curva diferenciável no ponto a D n , temos que o
vetor gradiente é perpendicular ao vetor tangente ao
caminho considerado nesse ponto.
x (
x +y )
f ( )
(x, y ) = 100 x x +2 y 2− 2200 xy
2 2 2
y (
x +y )
Assim sendo, o vetor gradiente para esta função, no ponto (2,1)
será:
f (2,1) = (− 12, 24)
Portanto, a direção solicitada é aquela que faz um ângulo cuja
tangente é tg = −2 , isto é, um ângulo de − arc tg 2 . O valor
máximo dessa derivada é dada pela norma do vetor gradiente,
isto é:
f (2,1) = (− 12)2 + 24 2 = 12 5.
direcional
v
existe no intervalo aberto (0,1) tal que
Universidade Federal do Piauí 53
f
f (a + v ) − f (a ) = (a + v )
v
Uma conseqüência muito importante do teorema acima, é
a que se segue:
Corolário: Seja D n aberto e conexo. Se f : D n →
f
possui derivadas direcionais em todo ponto x D e (x ) = 0 ,
v
para qualquer vetor v n , então f é constante.
Prova: Ver ([Elon]).
Agora estamos em condições de definir diferenciabilidade
de funções f : D n → .
, isto é:
Universidade Federal do Piauí 54
função.
Universidade Federal do Piauí 55
f
df (a )v = (a ) = f (a ) v1 + f (a ) v2 + + f (a ) vn
v x1 x 2 x n
Esta é a definição geral de diferencial de uma função.
Observe que a diferencial nada mais é do que um funcional
linear e, como vimos em Álgebra Linear, os funcionais lineares
possuem uma representação matricial com relação a alguma
base do espaço vetorial a qual se insere, no nosso caso o
espaço vetorial em questão é o espaço euclideano n .
Mostra-se que o funcional linear df (a ) se exprime como
f
uma combinação linear dos funcionais dxi , sendo (a ) os
xi
coeficientes dessa combinação. Ou seja,
f
df (a ) = (a ) dx1 + f (a ) dx2 + + f (a ) dxn
x1 x 2 x n
z z
z x + y
x y
(− 0,1)
10 24
f df = 0,4 +
10 + 24
2 2
10 + 24 2
2
ou seja,
4 − 2,4 1,6
f df = = 0,0615 cm
26 26
Cálculo III
lei Q(K , L ) = 90 K 2 L
1 1
3
unidades, onde K é o capital investido,
medido em unidades de R$ 1.000,00, e L é o número de
operários-hora. O capital investido atualmente é de R$
10.000.000,00 e trabalham no local cerca de 1.000 operários-
hora diáriamente. Determinar a variação na produção resultante
do acréscimo de R$ 2.000,00 no capital investido e do acréscimo
de 3 operários-hora.
Solução: Aplicando a fórmula de aproximação,
Q Q
Q K + L
K L
Com K = 10.000 , L = 1.000 , K = 2 e L = 3 , obteremos:
1 1 3 2 1 1
Q 90 L K + 90 K L
2 K 3 3
L2
Ou seja,
1 1 1 1
Q 90 3 1.000 2 2 + 90 10.000 3
2 10.000 3 3
1.000 2
Realizando as operações, obtemos:
1 1 1 1
Q 90 100 2 + 90 100 3 = 90 + 90 = 180
2 100 3 100
Dessa forma, a produção aumentará de
aproximadamente 180 unidades.
dz 4t 2 + 2e 2t
= 4
dt t + e 2t
dz
Exemplo 14. Achar a derivada , supondo que z = xe y , onde
dt
y = ln x .
Solução: Nesse caso, basta que façamos x = t na fórmula
acima e resultará:
dz 1
= e y 1 + xe y e y
dt t
Cálculo III
dz
= t + t2
dt
3.8.2. Caso de Diversas Variáveis Independentes
Suponhamos agora que z = f (x, y ) seja uma função
diferenciável das coordenadas x e y , as quais são, por sua vez,
funções diferenciáveis de duas outras variáveis independentes
u e v isto é:
x = (u, v), y = (u, v) .
Nessas condições aa derivadas parciais de z = f (x, y ) com
respeito às novas variáveis independentes u e v são expressas
da seguinte maneira: (ver ([Elon])
z z x z y
= +
u x u y u
e
z z x z y
= +
v x v y v
Observação:
Observe que em todos os casos examinados sempre será
válida a fórmula, conhecida por alguns autores como a
propriedade de invariância da diferencial total:
z z
dz = dx + dy
x y
u
2
z 2uv v 1
= v+
u u
2 2
u v
(uv ) 2
+ (uv )2 +
v v
ou seja, após as simplificações, temos:
z
(u, v ) = 2
u u
z
Para obtenção da derivada parcial , teremos:
v
z 2x 2y u
= 2 u+ 2 −
v x + y 2
x + y2 v2
u
Fazendo as devidas substituições das funções x = uv e y =
v
obtemos:
u
2
z 2uv v u
= u+ − 2
v 2 2
v
(uv )2 + u (uv )2 u
+
v v
Simplificando resulta
z
(u, v ) = − 42
v v v +1 ( )
z dz
Exemplo 15: Achar e , supondo que:
x dx
y
z = arctg e y = x 2
x
z
Solução: Parar o cálculo da derivada parcial basta que
x
procedamos como segue:
z 1 y
= − 2
x y x
2
1+
x
ou seja,
Cálculo III
z y
=− 2
x x + y2
Universidade Federal do Piauí 61
dz
Por outro lado para a obtenção da derivada ordinária ,
dx
faremos uso da fórmula do Caos 1 desta seção, a saber:
dz z dx z dy
= +
dt x dt y dt
De fato, fazendo x = t , teremos:
dz z z dy
= +
dx x y dx
Logo,
(2 x )
dz y 1
=− 2 + 2
dx x +y 2
x + y2
Simplificando, obteremos
dz 2x − y
= 2
dx x + y 2
dz 2 x − x 2 dz 2 − x
= 2
=
dx 2x dx 2x
Exemplo 16. Mostre que se z = f (x + ay ) , onde f é uma função
diferenciável, então,
z z
=a
y x
Solução:
Da forma como foi definida a função z , devemos observar que
f é uma função real de variável real. Portanto, a
diferenciabilidade a que se refera questão é de fato a
derivabilidade que conhecemos para funções de em .
Assim sendo segue-se que:
z (x + ay )
= f ' (x + ay )
y y
ou seja,
Cálculo III
z
= af ' (x + ay )
y
Por outro lado,
Universidade Federal do Piauí 62
z (x + ay ) z
= f ' (x + ay ) = f ' (x + ay )
x x x
z z
Logo, segue-se que: =a .
y x
Exemplo 17. Demonstrar que se
(
u = f x2 + y2 + z 2 , )
onde x = r cos cos , y = r cos sen e z = rsen , então
u u
=0 e = 0.
Solução: Da mesma forma como na questão anterior, f é uma
função real de variável real; portanto, segue-se que:
u
( )
= f ' x 2 + y 2 + z 2 2 x (− rsen cos ) + 2 y (− rsen sen ) + 2 z r cos
temos x 2 + y 2 + z 2 = r 2 e, separadamente,
f (x, y ) = x 2 + y 2 .
Solução: A equação das curvas de nível da função dada tem a
forma x 2 + y 2 = k , onde k . Observe que o número real k ,
Universidade Federal do Piauí 63
para esse caso, deve ser não-negativo, uma vez que é soma de
quadrados. Geometricamente, essas curvas de nível são
círculos concêntricos, centrados na origem, de raio dado por k
. (ver figura abaixo)
Figura 08
Figura 09
Cálculo III
df 10 36 360
=− =− = −2,4
dx 5 30 150
36
Ou seja, para compensar o acréscimo proposto ao número e
operários qualificados, o dono da fábrica deverá reduzir o
número de operários não-qualificados de aproximadamente 2.
z z z z
x , x , y e y
x y x y
Estas serão denotadas, respectivamente, por:
2 z 2z 2z 2z
, , e
x 2 yx xy y 2
Tais derivadas são chamadas de derivadas parciais de segunda
2z 2z
ordem de z = f (x, y ) . As derivadas e são ditas
yx xy
derivadas mistas de segunda ordem.
Em geral, as derivadas mistas não são iguais, porém se
supussermos que a função f : D n → seja duas vezes
diferenciável num ponto a D , então
2 z 2 z
( a) = ( a)
yx xy
Ou seja, o resultado da derivação múltipla não depende da
ordem de derivação. (Teorema de Schwarz). Para os alunos que
desejarem maiores explicações analíticas sobre tal resultado
Cálculo III
(
xy x 2 − y 2 )
, se x 2 + y 2 0
2
f ( x, y ) = x + y 2
0, se x2 + y2 = 0
Solução:
Nos pontos (x, y ) (0,0) , a função f possui derivadas
parciais repetidas de todas as ordem. Na origem, se usarmos a
definição de derivada parcial via limite, veremos que:
2 f 2 f
(0,0 ) = (0,0) = 0
x 2 y 2
Quanto às derivadas mistas, observe inicialmente que nos
pontos (x, y ) onde y 0 , temos f (0, y ) = 0 , portanto,
f
(0, y ) = lim (
xy x 2 − y 2 )
= −y
x (
x →0 x x 2 + y 2 )
Daí segue-se que:
f
f
2
f
(0, y )
(0,0) = (0,0) = lim x = −1
yx y x y →0 y
De forma análoga, mostra-se que:
2 f
(0,0) = 1
xy
Ou seja, as duas derivadas parciais de segunda ordem mistas,
na origem, não são iguais. O aluno deve perceber que isto ocorre
necessariamente pelo fato de que tais derivadas, na origem, não
são contínuas.
Esse exemplo, e outros bastante elaborados, encontram-
Cálculo III
f
Como a derivada parcial (a, b ) representa o coeficiente
x
f
angular desta reta tangente, então devemos ter (a, b ) = 0 .
x
Analogamente, a curva formada pela interseção da superfície
z = f (x, y ) por um plano x = a possui um máximo relativo em
y = b ; logo, possui uma reta tangente horizontal em y = b . Veja
a figura abaixo:
f
Como a derivada parcial (a, b) representa o coeficiente
y
f
angular desta reta tangente, então devemos ter (a, b) = 0 .
y
Cálculo III
Observação:
f f
1. Se as derivadas parciais e são definidas em
x y
todos os pontos de uma região do plano XOY , então
todos os extremos relativos da função z = f (x, y ) na
região ocorrem somente nos pontos críticos.
2. Como veremos a seguir, embora todos os extremos
realtivos da função ocorram somente nos pontos
críticos, isto não garante que todo ponto crítico da
função é necessariamente um extremo relativo da
mesma. De fato, veremos que tem ponto crítico de
certas funções que não são nem máximos relativos e
nem mínimos relativos.
Exemplo 22: Abaixo está o gráfico da função dada pela lei
f (x, y ) = y 2 − x 2 . Observe que o ponto (0,0) ele não é nem
máximo e nem mínimo relativo; de fato, percorrendo o gráfico na
direção do eixo dos x' s , temos que o ponto (0,0) é um máximo
f
relativo, portanto (0,0) = 0 . O mesmo ponto é um mínimo
x
relativo se percorrermos o gráfico na direção do eixo dos y' s ,
f
portanto teremos (0,0) = 0 . Logo, (0,0) é um ponto crítico, mas
y
não é um extremo relativo. Como sabemos, para o ponto crítico
ser um extremo relativo, esse tem de ser do mesmo tipo em
todas as direções. Esses pontos críticos que não máximo
relativo nem mínimo relativo são denominados de pontos de
sela.
E agora, como devemos proceder para de posse desses
Cálculo III
2 f 2 f
• Se (a, b) 0 e (a , b ) 0 (ou (a, b ) 0 ), então, f
x 2 y 2
possui um máximo relativo no ponto (a, b) .
2 f 2 f
• Se (a, b) 0 e (a , b ) 0 (ou (a, b ) 0 ), então, f
x 2 y 2
possui um mínimo relativo no ponto (a, b) .
f f
=0 e =0
x y
Assim sendo, teremos:
f
= 4x 3 − 4x + 4 y = 0
x
f
= 4 y 3 + 4x − 4 y = 0
y
Resolvendo esse sistema, obtemos os seguintes pontos
estacionários:
P1 = (0, 0) , (
P2 = − 2 , 2 , ) e P3 = ( 2, − 2 )
Uma vez que as derivadas parciais de segunda ordem
são:
2 f
= 12 x 2 − 4
x 2
2 f
= 12 y 2 − 4
y 2
2 f
=4
xy
Temos que:
( )( ) (
(x, y ) = 12 x 2 − 4 12 y 2 − 4 = 16 3x 2 − 1 3 y 2 − 1 − 16 )( )
Então para cada um dos pontos críticos, segue-se que:
• Para o ponto P1 = (0, 0) , temos que:
(0,0) = 0
Logo P1 = (0, 0) não é extremos relativo.
• (
Para o ponto P2 = − 2 , 2 , : )
( )
− 2 ,− 2 = 16 121 − 16 = 1920 0 e
2 f
x 2
(
− 2 , 2 = 11 0 )
( )
Logo P2 = − 2 , 2 , é um mínimo relativo.
• Para o ponto P = ( 2 , − 2 ) :
3
Cálculo III
( )
2 ,− 2 = 16 121 − 16 = 1920 0 e
2 f
x 2
( )
2 ,− 2 = 11 0
Logo P3 = ( )
2 ,− 2 , é um mínimo relativo.
Universidade Federal do Piauí 75
Multiplicadores de Lagrange
Suponha que f = f (x, y ) e g = g (x, y ) sejam duas
funções cujas derivadas de primeira ordem sejam contínuas.
Para encontrar-mos o máximo e o mínimo relativos de
f = f (x, y ) , com a função sujeita à restrição g (x, y ) = c , para
alguma constante c , introduza uma nova bariável
(Multiplicador de Lagrange) e resolva simultaneamente às três
equações:
f
f
(x, y ) = g , (x, y ) = g e g (x, y ) = c
x x y y
O extremo relativo desejado será encontrado entre os
pontos (x, y ) que são soluções do sistema especificado.
senador, conde do
império e grande x 2 + 4 x 2 = 5 x 2 = 1 x = 1
oficial da Legião de
Honra.
Saiba mais:
http://pt.wikipedia.org
/wiki/Joseph-
Louis_Lagrange
Universidade Federal do Piauí 77
( )
f (x, t ) = (x − t ) + x 2 − t + 2 , que fornece o quadrado da
2 2
11 − 5 7 2
, da reta. A extensão do canal é, portanto, .
8 8 8
Exemplo 26. Os pontos A e B estão situados em diferentes
Cálculo III
f ( , ) =
a b
+
v1 cos v 2 cos
sujeita à restrição: a tg + b tg = c .
Usando o Método de Lagrange, teremos:
a
v sec tg = a sec
2
1
b
sec tg = b sec
2
v2
a tg + b tg = c
Cálculo III
Da primeira equação temos:
Universidade Federal do Piauí 81
1 sen
tg = sec =
v1 v1
Da segunda equação temos:
1 sen
tg = sec =
v2 v2
Logo resulta que:
sen v1
=
sen v2
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 82
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 83
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 84
d) f ( x, y ) =
2x
a) f (x, y ) = 3x + y
x + y2
2
c) f (x, y ) = ln
y
f) f (x, y, z ) = z xy
x
y xz
d) f (x, y ) = ln sec h) f (x, y, z ) = arctg 2
x y
2z
6. Dada a função z = 2 xy + y 2 , determinar .
yx
Cálculo III
y
7. Demonstrar que a função z = arctg satisfaz a
x
Equação de Laplace
Universidade Federal do Piauí 85
2z 2z
z = 2 + 2 = 0
x y
(Função Harmônica)
x u y v x v u y
= e =
u v x y v u y x v u x y y x u v
x y
assim como = 1 .
y u x u
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 86
UNIDADE 4
Integrais Múltiplas e
Curvilíneas
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 87
ÍNDICE
4.1. Introdução
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 88
RESUMO
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 89
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 90
4.1. Introdução
Em geral na Matemática, Física, Química e outras áreas,
a elaboração de modelos matemáticos requer como domínios de
suas funções objetos, conjuntos mais complexos do que os
segmentos de reta, ou união desses, os quais foram
anteriormente estudados quando tratamos das funções de uma
só variável, com valores no conjunto dos números reais.
Agora a idéia é seguir adiante com regiões planas,
Cálculo III
Notação:
O valor do limite indicado na definição acima será
denotado por:
( )
( ) f (x, y )dy ,
2 x
onde na integral x é considerada uma
1 x
grandeza constante
2. O campo de integração D 2 é composto pelos pontos
(x, y ) tais que y1 y y2 e 1 ( y ) x 2 ( y ) , onde
1 = 1 ( y ) e 2 = 2 ( y ) são duas funções contínuas (veja
a figura).
( )
y1 y
( )
1
D
Universidade Federal do Piauí 93
2 (y)
onde na integral ( ) f (x, y )dx ,
1 y
y é considerada uma grandeza
constante
Caso o domínio de integração não pertence a nenhum
dos dois casos discutidos anteriormente, o que se faz é dividir
esse domínio em partes, de forma que cada uma delas
corresponda a algum dos casos citados.
Para esclarecer melhor o que foi dito, vamos praticar:
Exemplo 1. Calcular o valor da integral:
(x )
+ 2 y dx dy ,
2
onde D = (x, y ) 2 ; 0 x 1 e 0 y 2
Solução: Para esse caso, a integral pode ser calculada como
segue:
(x ) (x )
1 2
2
+ 2 y dx dy = 2
+ 2 y dydx
0 0
D
Daí, teremos:
(x
D
2
)
+ 2 y dx dy =
1
0
(x y+ y )2 2
2
0
1
(
dx = 2 x 2 + 4 dx
0
)
Portanto, segue-se que:
(x ) ( )
1
2 14
2
+ 2 y dx dy = 2 x 2 + 4 dx = +4=
D 0
3 3
Solução:
2 2 2
(a ) (1 − sen )d
a
1 a2
r dr d = − a 2 sen 2 d =
2 2
0 a sen
2 0
2 0
sen(2 )
2
2 a 2 2 2
+
a a
Cálculo III
r dr d = cos
2
d =
0 a sen
2 0
2
2 4
0
isto é,
Universidade Federal do Piauí 94
2 a
0 asen
rdrd =
2
a2
x dx dy
R
(xy) ( )
1 1 1 1 1
x dx dy = x dy dx =
R 0 x 0
x
dx = x − x 2 dx
0
x x 2 3
x dx dy = 2−3
1 1 1
= − =
2 3 6
R
0
f ( x, y ) dy dx
( )
R
Universidade Federal do Piauí 95
( )
R
1 − x 2 − y 2 dy dx
Universidade Federal do Piauí 96
1 − x 2 − y 2 = 1 − (r cos ) − (r sen ) = 1 − r 2
2 2
( )
R
1 − x 2 − y 2 dy dx = 0 0
1 − r 2 r dr d
Ou seja,
( )
1
2
1 3
2 d
− 1− r
2
1 − x 2 − y 2 dy dx =
( )
R 0
2 0
ou seja,
2
1 2
1 − x − y dy dx = 3 d = 3
2 2
( )
R 0
y dx dy
R
(r cos − a )2 + (r sen )2 = a2
isto é,
Cálculo III
2 a cos
y dx dy = 2
R
0 0
sen r 2 drd
3 2
8a
y dx dy = sen cos d
3
R
3 0
8a 3 cos
2
4
R y dx dy = 3 −
4 0
Ou seja,
8a 3 1 2 3
y dx dy =
R
= a .
3 4 3
1 1− x
(1 − x − y ) dy dx
0 0
Portanto, teremos:
1− x
1 1− x 1 y 2
(1 − x − y ) dy dx = y − xy −
dx
0 0 0
2 0
Ou seja,
1
1 3
( )
1 1− x 1
( ) ( ) − −
1 1
− − = − = =
2
1 x y dy dx 1 x dx 1 x u.a.
0 0
2 0
2 0
2
portanto,
( )
1
1
1
r dr = 4abc − 1− r
3
2 = 4 abc
3
2
V = 4abc 1 − r 2
0
3 0
A integral dupla
f (x, y )dy dx
R
Universidade Federal do Piauí 99
Daí temos:
2
2r 2 2
A = ab ab ab
2
d =
2 0
d =
2
2 = ab
0
0
Observação:
Observe que se a = b , então a elipse tornar-se-á um
círculo de raio a e, portanto, sua área será A = a 2 , que nada
mais é do que a área do círculo de raio a .
Exemplo 9. Determinar a área limitada pela reta r cos = 1 e pela
circunferência r = 2 . (considera-se a superfície que não contém
Cálculo III
o pólo)
Solução: Pela simetria da região limitada pelas curvas dadas,
temos que a área A pedida será:
Universidade Federal do Piauí 100
3 2
22 4
A = 2 r dr d A = 2 A=
0 0
3 2 3
Exemplo 10. Achar a área limitada pelas curvas expressas em
coordenadas polares r = a(1+ cos ) e r = a cos , onde a 0 .
Solução: Fazendo um esboço das duas curvas r = a(1+ cos )
e r = a cos , onde a 0 , concluiremos que o valor da área
solicitada é dada por:
a (1+ cos ) a cos
A = 2 r dr d − 2 2 r dr d
0 0 0 0
Ou seja,
A = a 2 (1 + cos ) d − a 2 2 cos 2 d
2
0 0
sen(2 ) sen(2 )
2
A=a 2
+ 2sen + + −a 2
+
2 4 0 2 4 0
5 2
Isto é, A = a 2 + − a 2 = a .
2 4 4
Notação:
Universidade Federal do Piauí 101
2
x yzdxdydz
( )
D
isto é,
x 2 y (x + y )dydx
2 x
yzdxdydz =
2
x
0 0
( ) D
3y 2 y
2 3
x yzdxdydz =
2
2
x + x dx =
2 5 5
2
x dx
0 0 6
(D )
3 0
ou seja,
2
5 x 6
x yzdxdydz = 320 80
2
= =
6 6 36 4
(D )
0
onde:
1) As funções , e são funções contínuas, com
derivadas parciais de primeira ordem, também contínuas;
2) As funções , e estabelecem uma correspondência
biunívoca contínua em ambos os sentidos, entre os
pontos do campo de integração D do espaço
tridimensional OXYZ com os pontos de um outro campo
D ' do espaço O'UVW ;
3) O determinante jacobiano
x x x
u v w
D( x, y, z ) y y y
J= =
D(u, v, w) u v w
z z z
u v w
não muda de sinal no campo D ' , quando é válida:
f (x, y, z )dxdydz = f (u, v, w), (u, v, w), (u, v, w) J dudvdw
( )
D ( )
D'
( )
D
x 2 + y 2 + z 2 dxdydz
Solução:
Nesse caso, via coordenadas esféricas, de acordo com a
figura acima, teremos as seguintes variações:
Universidade Federal do Piauí 104
0 2 , − e 0 r 1
2 2
Daí, teremos:
2 1
x 2 + y 2 + z 2 dxdydz = r.r cos drdd
2 2
0 − 0
( )
D 2
( )
D
4 0 −2
n
lim
n→+
f (x , y )s = f (x, y )ds
i i i
si →0 i =1
a
a
f (x, y )ds
xy ds = xy ds + xy ds + xy ds
OA AB BO
xy ds = x.0 dx + x(1 − x)
0 0
2dx + 0. y dy
1
Ou seja,
1
x x 2 3
xy ds = 2
2−3
2
=
6
0
(x + y )ds
onde é o contorno do quadrado x + y = 2 .
Solução:
Orientando a curva no sentido anti-horário, temos que
as parametrizações de serão:
Primeiro Quadrante: x = 1 − t , y = t , com 0 t 1;
Segundo Quadrante: x = −t , y = 1 − t com 0 t 1;
Terceiro Quadrante: x = t , y = −t − 1 , com − 1 t 0 ;
Quarto Quadrante: x = t , y = t − 1 , com 0 t 1.
Daí segue-se que:
1 1 0 1
(x + y )ds =
0
2 dt + (1 − 2t ) 2 dt + (− 1) 2 dt + (2t − 1) 2 dt
0 −1 0
(x + y )ds = 2 2.
Cálculo III
(x + z ) ds
(x + z ) ds = (t + t )
1
3
1 + 18t 2 + 9t 4 dt
0
( )
1
1 4 3
(x + z ) ds = (t + t )
1
3
1 + 18t 2 + 9t 4 dt = 9t +18t +1 2
2
0
54 0
Ou seja,
(x + z ) ds = (28) − 1 = 56
3
2 7 −1
54 54
P(x, y )dx + Q(x, y )dy = P(x, (x)) + Q(x, (x)) ' (x)dx
a
como segue:
b
P(x, y )dx + Q(x, y )dy = P( (t ), (t )) ' (t ) + Q( (t ), (t )) ' (t )dt
a
Universidade Federal do Piauí 108
(x ) (
− 2 xy dx + 2 xy + y 2 dy , )
2
(x ) ( ) ( ) ( )
1
2
− 2 xy dx + 2 xy + y 2 dy = x 2 − 2 x 3 + 2 x 3 + x 4 .2 x dx
0
(x ) ( ) ( )
1
2
− 2 xy dx + 2 xy + y dy = 2 x 5 + 4 x 4 − 2 x 3 + x 2 dx
2
0
isto é,
Cálculo III
(x ) ( ) 29
2
− 2 xy dx + 2 xy + y 2 dy = .
30
Universidade Federal do Piauí 109
y dx + x 2 dy
2
Ou seja,
y
2
dx + x dy = − ab
2
( 2
) sen t dt + a b cos
3 2 3
t dt
0 0
Integrando, encontraremos:
cos 3
t sen t
3
y dx + x dy = − ab
2 2
(
2
) −cos t − + (a b) − sent −
2
3 0 3 0
3
seguinte maneira:
x = a cos t , y = a sen t , com 0 t 2
Assim sendo, obteremos
Universidade Federal do Piauí 110
Proposição
Se a curva está compreendida totalmente em um
determinado conjunto simplesmente conexo S e as funções
Universidade Federal do Piauí 111
campo S .
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 112
isto é,
x y
F (x, y ) = 7 x dx + (x − 2 y ) dy = x + xy − y 2 + F (0,0)
7 2
0 0
2
F (x, y ) − F (0,−1) =
1 x
dx + dy
0 (x + 1) 2
−1 (x − y )2
Cálculo III
y
x
x
1 +
F (x, y ) − F (0,−1) = −
+
x − y
x 1 0 −1
ou seja,
x x
F (x, y ) − F (0,−1) = −
1
+ 1 + −
x + 1 x − y x + 1
resultando na expressão:
F (x, y ) − F (0,−1) =
x
x− y
Portanto, o valor da integral no trajeto ligando os pontos
P0 = (0; − 1) e P1 = (1; − 1) , sem ser cortado pela reta y + x = 0 , é:
(1; 0 )
xdy − ydx
= F (1; 0) − F (0; − 1) =
1
(
) (x − y )
0; −1
2
1− 0
=1
(S )
Isto é,
( )
I = 2 x 2 + y 2 dx + (x + y ) dy = 2(x − y )dxdy
2
(S )
Isto é,
x 1− x
1 y 2 2
y 2
I = 2 xy − dx + 2 xy−
dx
0
2 0 1 2
0
( )
1 2
I = x 2 dx + − 3x 2 + 4 x − 1 dx
0 1
segue-seque:
Universidade Federal do Piauí 116
x
(− x +2x − x)
3 2
I = 3 2
+
3
1
0
+ (− 8 + 8 − 2) − (− 1 + 2 − 1) I = − .
1 5
I=
3 3
x dy − y dx = 2
( )
dxdy = 2 A
S
x2 y2
Exemplo 22. Calcule a área da elipse + = 1 , onde a e b
a2 b2
são dois números reais e positivos.
Cálculo III
2
isto é,
2 2
A=
1
2 0
( ) 1
ab cos 2 + sen 2 d = ab d = ab
2 0
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 118
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 119
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 120
Integrais Duplas
1. Calcular as seguintes integrais reiteradas indicadas
abaixo:
2
(x )
1 1 a
+ xy − 2 dxdy rdrd
2
a) c)
0 0 0 asen
2 x2 1− x 2
x 1
b) 2
1 x y
dydx
d)
0 0
1 − x 2 − y 2 dydx
f ( x, y )dxdy
( )
S
y
4
a) dydx
0 cos x
1+ cos x
y
2
b) senxdydx
0 0
2
xy dxdy
( )
S
=1
Universidade Federal do Piauí 121
Integrais Triplas
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 122
1 1− x y 1 1− x 2 2 y
b) (1 − y )dzdydx
0 0 0
d) (xy) dzdydx
0 0 0
(x + y + z ) 2
dxdydz
( )
S
e pela esfera x 2 + y 2 + z 2 3 .
4. Determinar o volume do elipsóide:
x2 y2 z2
+ + =1 (0 c b a )
a2 b2 c2
Integrais Curvilíneas
1. Calcular xyds ,
onde é o contorno do quadrado
x + y =1.
2. Calcular xyds ,
onde é um quadrto da elipse
x2 y2
+ = 1 , situado no primeiro quadrante.
16 9
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 123
x2 y2
3. Determinar a massa do contorno da elipse + = 1 , se
16 9
Cálculo III
Universidade Federal do Piauí 124
y.
(2 − y )dx + xdy
y dx + x dy
2 2
Cálculo III