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ATUALIZAÇÃO DAS NR NA CTPP -

COMISSÃO TRIPARTITE PARITÁRIA


PERMANENTE

Luiz Carlos Lumbreras Rocha


SRTE/RJ
Revisão das NR – 2010 - 2016

• Realizadas 58 alterações compreendendo:


➢ 3 Novas Normas NR 34, NR35 e NR36
➢7 Normas existentes completamente
reestruturadas NR 8, NR12, NR13, NR19,
NR20, NR23, NR25, NR26
➢Inclusão de sete Anexos NR12, NR 16, NR30,
NR35, NR36
➢Seis situações de arbitramento
Revisão das NR – 2016-17
Publicadas 18 Portarias compreendendo:
• Cinco portarias relativas à NR12 ou alterando outras normas em
decorrência da NR12, Port. 511 alterando a NR36 – máquinas para a
indústria de abate e processamento.
• Duas alterando a NR28.
• Duas alterando a NR34 – Inclusão do desmanche e revisão de
radiação ionizantes.
• Cinco portarias alterando pontualmente as NR 4, NR 6, NR 10, NR11
e NR22.
• Inclusão do anexo 2 da NR9 – Exposição ocupacional ao Benzeno
em postos revendedores de combustíveis – PRC.
• Alteração da NR35.
• Diretrizes e Requisitos para o EAD – NR20
Processo de Regulamentação
Definição de prioridades

Formulação de texto técnico básico

Consulta pública

Discussão tripartite

Análise final

Publicação

Acompanhamento da implementação
Revisão das NR

Processos em andamento:
• Norma para limpeza urbana – terminada a fase
de consulta pública encontra-se em fase de
elaboração da proposta de Norma
• NR24 – Em fase de elaboração de proposta de
Norma.
• NR18 – processo de alteração da Norma deve ser
feito por etapas, previsão de publicação do texto
sobre Instalações Elétricas – item 18.21
• NR35 – Inclusão do anexo de Escadas – em fase
de laboração do texto técnico básico.
Revisão do processo de Diálogo Tripartite
Desafios
• Dar celeridade ao processo
• Incluir outros atores sociais – Tripartite plus
• Revisar o procedimento
✓ Incluir projeto para subsidiar a demanda
✓ Avaliação de impacto da regulamentação
✓ Estudo técnico-científico
• Criar uma estrutura harmônica de normas
✓ Norma para elaboração de normas – estrutura
✓ Norma de redação.
✓ Regras de aplicação e interpretação de normas
HIERARQUIA DA ESTRUTURA NORMATIVA

Normas Gerais

Normas Específicas

Normas Setoriais

7
NR 35 – Revisão do item 35.5

• Alteração da denominação do item para Sistemas


de Proteção contra Quedas;
• Harmonização com os conceitos da NBR 16.489;
• Inclusão dos princípios tratados na Nota Técnica
195, positivando a responsabilização do
fabricante quanto às informações sobre os
equipamentos de proteção;
• Inclusão dos conceitos presentes de forma
implícita no item 35.5, como os conceitos de
Zona Livre de Queda e de força máxima de 6 kN
transmitida durante uma queda.
Retenção de Restrição de
queda movimentação
coletiva, passiva
pessoal, ativa
NR 35 – Revisão do item 35.5 – Sistemas de
Proteção contra quedas
35.5.1 É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra
quedas sempre que não for possível evitar o trabalho em altura.
35.5.2 Características do sistema

b) Seleção do sistema de acordo com a análise de risco


c) Seleção por profissional qualificado em segurança do trabalho
e) Atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência
às normas técnicas internacionais aplicáveis
f) Ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma
sistemática de inspeção
NR 35 – Revisão do item 35.5 – Sistemas de
Proteção contra quedas
35.5.3 A seleção do sistema de proteção contra quedas deve
considerar a utilização:
a) de sistema de proteção coletiva contra quedas - SPCQ;
b) de sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ, nas
seguintes situações:
b.1) na impossibilidade de adoção do SPCQ;
b.2) sempre que o SPCQ não ofereça completa proteção contra os
riscos de queda;
b.3) para atender situações de emergência.

O SPCQ deve ser projetado por Profissional Legalmente Habilitado


NR 35 – Revisão do item 35.5

35.5.4 O SPIQ pode ser de restrição de movimentação, de


retenção de queda, de posicionamento no trabalho ou de
acesso por cordas.

35.5.5 O SPIQ é constituído dos seguintes elementos:


a) sistema de ancoragem;
b) elemento de ligação;
c) equipamento de proteção individual.
NR 35 – Revisão do item 35.5

35.5.5.1 Características do SPIQ:


a) Certificado;
b) Adequado à utilização pretendida;
c) Utilizados considerando os limites de uso;
d) Ajustados ao peso e à altura do trabalhador.
NR 35 – Revisão do item 35.5
35.5.5.1 Características do SPIQ:
b) Adequado à utilização pretendida;

“trava-quedas, retráteis ou guiados, são projetados e


ensaiados para uso unicamente na vertical. No uso fora dos
limites especificados, há risco de o equipamento não
bloquear a queda, de ocorrerem quedas pendulares, de
ocorrer distância de queda livre antes do bloqueio superior
à obtida no ensaio, ou ainda de que a força de retenção seja
maior do que 6 kN.”
NR 35 – Revisão do item 35.5
35.5.5.1 Características do SPIQ:
c) Utilizados considerando os limites de uso;
35.5.7 O SPIQ deve ser selecionado de forma
que a força de impacto transmitida ao
trabalhador seja de no máximo 6kN quando de
uma eventual queda.
NR 35 – Revisão do item 35.5
35.5.5.1 Características do SPIQ:
c) Utilizados considerando os limites de uso;
35.5.5.1.1 O fabricante e/ou fornecedor de EPI deve
disponibilizar informações quanto ao desempenho dos
equipamentos e os limites de uso, considerando a
massa total aplicada ao sistema (trabalhador e
equipamentos) e os demais aspectos previstos no item
35.5.11 (análise risco)

Nota Técnica 195/2015/CGNOR/DSST/SIT


35.5.11 Elementos
adicionais para a análise
de risco quando da
utilização de um SPIQ:

a) que o trabalhador deve


permanecer conectado ao
sistema durante todo o
período de exposição ao
risco de queda;
35.5.11 Elementos
adicionais para a análise
de risco quando da
utilização de um SPIQ:

b) distância de queda
livre;
e) a zona livre de queda;
35.5.11 Elementos
adicionais para a análise
de risco quando da
utilização de um SPIQ:

b) distância de queda
livre;
e) a zona livre de queda;
f) compatibilidade entre
os elementos do SPIQ
35.5.11 Elementos adicionais para a análise de risco quando
da utilização de um SPIQ:
35.5.11 Elementos adicionais para a análise de risco quando
da utilização de um SPIQ:
NR 35 – Revisão do item 35.5
35.5.11.1 Recomendações para uso do talabarte
a) quando aplicável, acima da altura do elemento de
engate para retenção de quedas do equipamento
de proteção individual;
b) de modo a restringir a distância de queda livre;
c) de forma a assegurar que em caso de ocorrência de
queda o trabalhador não colida com estrutura inferior.
NR 35 – Revisão do item 35.5
35.5.11.1.1 Restrições de uso do talabarte (exceto
quando especificado pelo fabricante e considerando as
limitações e uso)
a) conectado a outro talabarte, elemento de ligação
ou extensor;
b) com nós ou laços.
NR 18 – Proposta de Revisão
Inclusão da Construção pesada
• Abarcando a Construção em detrimento de
CNAES específicos da Construção de edifícios;
• Inclusão do trabalho realizado pelo GT da
Construção pesada;
• Inclusão de informações levantadas pelo GMAI
NR 18 – Proposta de Revisão
Enxugamento do texto
• Evitando repetições de dispositivos na própria
norma;
• Adequando o texto aos dispositivos presentes em
normas regulamentadoras sobre temas específicos –
Espaços Confinados, Trabalho em Altura etc
• Retirando dispositivos já regulados por normas
técnicas
• Retirando itens que não possuem natureza
normativo regulamentar, como funcionamento do
CPN e procedimentos do Órgão fiscalizador em caso
de análise de acidentes.
NR 18 – Proposta de Revisão
Compatibilização do texto e conceitos
com sistema normativo
• Evitando conceitos conflitantes com normas
regulamentadoras mais recentes.
• Harmonizando conceitos presentes em normas
técnicas
NR 18 – Revisão do item 18.21
• Remissão à NR10 tanto para instalações elétricas
definitivas quanto temporárias.
• Inclusão da hierarquia das medidas de proteção previstas
no item 10.2.8
• Harmonização dos conceitos de capacitação
• Harmonização com os conceitos das NBR
➢ Condutores
➢ Quadros elétricos (classe de proteção – IP)
➢ Aterramento
• Previsão de SPDA em canteiros de obra.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
PORTARIA N.º 872, DE 06 DE JULHO DE 2017

Pressupostos

• Estabelece diretrizes e requisitos mínimos para ensino na


modalidade EAD e semipresencial.
• Aplicável somente às capacitações previstas na NR20
• Contemplar diferentes possibilidades pedagógicas
• Construção de Projeto Pedagógico da Capacitação
• Responsabilidade do empregador quanto à formação e a
capacitação dos empregados
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial

• Estabelece diretrizes e requisitos mínimos para ensino na


modalidade EAD e semipresencial.

➢ Estruturação pedagógica
➢ Condições operacionais
➢ Condições tecnológicas
➢ Condições administrativas

• Pode ser realizado pela própria empresa ou por empresa


contratada
• A demonstração do atendimento dos requisitos estabelecidos pelo
Anexo é responsabilidade do empregador.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial

• Aplicável somente às capacitações previstas na NR20


• Compreende atividades práticas, que devem estar previstas no
projeto pedagógico.
• Deve atender à carga horária e conteúdo mínimos previstos na
NR20
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Projeto Pedagógico

• Validado a cada dois anos ou quando houver mudança na NR


• Mantido no empregador e na empresa executora da capacitação.
• Disponível para a Auditoria Fiscal do Trabalho, Representação
Sindical e membros da CIPA do estabelecimento.
• Mantido pelo prazo mínimo de dois anos
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Gerais do Projeto Pedagógico

➢ objetivo geral da capacitação;


➢ estratégia pedagógica da capacitação, incluindo abordagem
quanto à parte teórica e prática, quando houver;
➢ conteúdo programático teórico e prático, quando houver;
➢ objetivo de cada módulo;
➢ público alvo;
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Específicos do Projeto Pedagógico
Material didático

➢ Deve ser disponibilizado aos empregados todo o material


didático necessário para participar da capacitação, conforme
item 20.11.18 da NR-20 (meio impresso, eletrônico ou
similar).
Instrumentos para potencialização do aprendizado
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Específicos do Projeto Pedagógico

Avaliação de aprendizagem

➢ A verificação de aprendizagem deve ser realizada de acordo com a


estratégia pedagógica adotada para a capacitação, estabelecendo a
classificação com o conceito satisfatório ou insatisfatório.
➢ A avaliação da aprendizagem se dará pela aplicação da prova no formato
presencial, obtendo, dessa forma, o registro da assinatura do empregado,
ou pelo formato digital, exigindo a sua identificação e senha individual.
➢ Quando a avaliação da aprendizagem for online, devem ser preservadas
condições de rastreabilidade que garantam a confiabilidade do processo.
➢ O processo de avaliação da aprendizagem deve contemplar situações
práticas que representem a rotina laboral do empregado para a adequada
tomada de decisões com vistas à prevenção de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Específicos do Projeto Pedagógico

➢ NR20 - a emissão do certificado se dará para os trabalhadores


que, após avaliação, tenham obtido aproveitamento
satisfatório.
➢ 20.11.17.1 O certificado deve conter o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local, nome do(s)
instrutor(es), nome e assinatura do responsável técnico ou do
responsável pela organização técnica do curso.
➢ 20.11.17.2 O certificado deve ser fornecido ao trabalhador,
mediante recibo, e uma cópia arquivada na empresa.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Específicos do Projeto Pedagógico

Relação de instrutores
➢ 20.11.14 Proficiência no assunto

Responsável Técnico

➢ indicação do responsável técnico pela capacitação, observando o


disposto nos itens 20.11.15 e 20.11.16 da NR-20;
➢ 20.11.15 Os cursos de Integração, Básico e Intermediário devem ter
um responsável por sua organização técnica, devendo ser um dos
instrutores.
➢ 20.11.16 Os cursos Avançados I e II e Específico devem ter um
profissional habilitado como responsável técnico.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Específicos do Projeto Pedagógico

Infraestrutura operacional de apoio e controle


➢ Devem ser disponibilizados recursos necessários e ambiente
exclusivo, que favoreça a concentração e a absorção do
conhecimento pelo empregado, para a realização da
capacitação.
➢ Deve ser mantido canal de comunicação para esclarecimento
de dúvidas, possibilitando a solução das mesmas, devendo tal
canal estar operacional durante o período de realização do
curso.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Condições Operacionais e Tecnológicas

• Ambiente exclusivo: Espaço físico distinto do posto de


trabalho que disponibilize ao empregado os recursos
tecnológicos necessários à execução do curso e condições de
conforto adequadas para a aprendizagem.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Condições Operacionais e Tecnológicas

• Somente serão válidas as capacitações realizadas na modalidade de


ensino à distância ou semipresencial que sejam executadas em um
Ambiente Virtual de Aprendizagem apropriado à gestão,
transmissão do conhecimento e à aprendizagem do conteúdo.
• Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): Espaço virtual de
aprendizagem que oferece condições para interações (síncrona e
assíncrona) permanentes entre seus usuários. Pode ser traduzida
como sendo uma "sala de aula" acessada via web. Permite integrar
múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de
maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e
objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções, tendo
em vista atingir determinados objetivos.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Elementos Específicos do Projeto Pedagógico

Carga horária, conforme a NR20


➢ estimativa de tempo mínimo de dedicação diária ao curso;
➢ prazo máximo para conclusão da capacitação;
➢ o período de realização do curso deve ser exclusivamente
utilizado para tal fim para que não seja concomitante com o
exercício das atividades diárias de trabalho.
➢ 20.11.1 Toda capacitação prevista nesta NR deve ser realizada
a cargo e custo do empregador e durante o expediente
normal da empresa.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Condições Administrativas

• Após o término do curso, as empresas devem registrar a


realização do mesmo, mantendo o resultado das avaliações de
aprendizagem e informações sobre acesso dos participantes
(logs).
• O histórico do registro de acesso dos participantes (logs) deve
ser mantido pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos após o
término da validade do curso.
NR-20 Ensino à Distância ou semipresencial
Responsabilidade do empregador quanto à formação e a capacitação
dos empregados

• Autuação do empregador, desconsiderando o curso realizado,


quando:

➢ As atividades práticas não estejam em conformidade com a NR20


ou não estejam descritas no projeto pedagógico.
➢ Projeto Pedagógico em desconformidade com o item 3.1 do anexo
III
➢ Falta do resultado das avaliações de aprendizagem ou registro
informatizado de acesso dos participantes durante o curso –
mantidos por dois anos após o término da “validade” do curso.
Muito Obrigado!

lumbrera@compuland.com.br

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