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Necessidade e Funcionalidade da Existência Humana -

NFEH
Atividade de Área – AA
Núcleo de Birigui – N BGU

ANO 6
Coordenadora: Kelli Franzoe Passelli

Equívocos sobre corrupção


Afinal, quem é corrupto?
Considerações sobre o Comportamento Infantil na Fase Adulta

A corrupção é um dos assuntos mais discutidos pela população brasileira na atualidade


devido aos vários fatos que estão se tornando visíveis a partir da investigação de
comportamentos dos políticos representantes desta população. No entanto, a corrupção é
abordada, na sua maioria das vezes, como um crime que deve ser extinguido ou, pelo menos,
minimizado da sociedade. Por isso, utilizamos o conceito “equívoco” – algo que pode ter mais de
uma interpretação – para instigar nosso interesse em aprofundar nesse assunto que vai além do
conceito de um crime na intenção de se colocar ordem para um convício em sociedade.
A partir dos conceitos existentes e de nossas auto-observações com relação aos
comportamentos humanos, trouxemos a proposta de aprofundar o olhar para a corrupção
refletindo sobre o que leva à situação de algo se corromper e se há uma finalidade para que algo
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se corrompa ou seja corrompido. Mas, para isso, é necessário também que voltemos nosso olhar
para nós mesmos, para a observação de nossos comportamentos e anseios.
Considerando a corrupção como o ato ou efeito de corromper ou de se corromper,
decomposição ou adulteração, podemos observar que muitas coisas na natureza são
corrompidas ou se corrompem como, por exemplo, uma fruta que se leva para casa com a
intenção de se alimentar, mas não a utilizou para este fim e ela se decompôs. Neste caso,
podemos dizer que a fruta não cumpriu com sua função de alimentá-lo.
Ao transferirmos o ato de corromper para o comportamento humano, podemos observar
situações que criamos para chegarmos a determinado fim ou alcançarmos determinado objetivo
mas que, em algum momento do percurso, nos desviamos deste objetivo – perdemos o foco – e a
situação que criamos começa a se corromper ou adulterar, indicando que não está cumprindo
mais com sua finalidade. Não está cumprindo mais com a função para a qual foi criada. Podemos
observar este comportamento tanto nas pessoas de nossos representantes políticos, que estão
perdendo o foco do objetivo comum desviando o percurso de investimentos financeiros públicos,
quanto em nossa rotina diária ao investirmos recursos financeiros em situações ou objetos que
não usufruímos como, por exemplo, pagar mensalidade de academia e não comparecer ou não
realizar os exercícios de maneira funcional. Seria isso uma autocorrupção? Nesse caso, estamos
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perdendo o foco do objetivo de cuidar da saúde podendo, inclusive, termos a ilusão de que
estamos cuidando.
Em ambas situações expostas anteriormente, podemos observar que uma situação, um
sistema ou um objeto não cumpriram com o objetivo a que foram criados ou organizados e, é
justamente nesta linha de raciocínio que pretendemos aprofundar mais ainda a reflexão nesse
assunto. O foco da nossa reflexão está em associar a necessidade e funcionalidade da existência
humana e a corrupção. Para tanto, vamos refletir sobre nossos comportamentos na fase adulta
em que estamos.
Antes de falarmos sobre fase adulta, vamos resumidamente definir o ser humano,
conforme a construção do conhecimento nos ambientes do Sistema Tempo de Ser (STS). Para tal
sistema, o homem é um ser constituído de três dimensões ou áreas: psíquica, psicológica e
fisiológica. As três áreas devem estar em sincronia e harmonia, sendo a área psíquica a mais
próxima do que chamamos de “Eu”, do ser em si.
Em síntese, o homem é um ser psíquico (inconsciente), composto de inteligência
(mecanismos psíquicos) e de sensibilidade (capacidade de sentir), com padrões psicológicos e
manifestações fisiológicas. Ele é a manifestação mais aprimorada do ser psíquico, com padrões
de comportamento específicos e um corpo (cérebro) que o diferencia dos outros animais. Em sua
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existência, o ser humano passa por fases – infância, puberdade, adolescência, adulta, velhice –
em que cada uma apresenta características naturais específicas, fisiológicas e psicológicas.
Consideramos que nossa dimensão mais íntima e invisível, a psíquica (ser), é inconsciente de si
mesma e que a transição por todas as fases da existência humana, são para que ocorra o
processo de autoconsciência do ser em si mesmo a partir do exercício do autoconhecimento.
Como seres humanos, nos organizamos em um sistema para possibilitar a nossa
convivência e ao observarmos nosso comportamento na fase adulta como cidadãos que tem a
possibilidade de escolher seus representantes políticos na organização de uma sociedade
democrática podemos nos perguntar: será que realmente vivemos a democracia e exercemos
nossa cidadania? Desde o início de um processo eleitoral até a administração exercida pelo
representante eleito, podemos observar várias atitudes dos seres humanos envolvidos neste
processo, como por exemplo: (1) esperar que o governante compreenda e faça o que eu quero e
necessito; (2) ficar reclamando quando não concordo com a administração do governante e não
oferecer nenhuma proposta; (3) acreditar e confiar plenamente no governante que eu contribuí
para que fosse eleito.
Considerando os exemplos anteriores, podemos perceber as seguintes características: no
exemplo 1, a dependência e o egocentrismo; no exemplo 2, a fragilidade; no exemplo 3, o coletor
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não seletivo e a confiança irrestrita em alguém que considero superior. Todas estas
características são naturais do comportamento humano na fase infantil, aproximadamente de 0 a
8 anos, enquanto as características naturais do ser humano na fase adulta são, ou pelo menos
deveriam ser: plena responsabilidade por suas ações; criar por si mesmo; autonomia emocional,
dentre outras. Com isso, reformulamos a questão do parágrafo anterior: será que realmente
vivemos a democracia e exercemos nossa cidadania com comportamentos infantis?
A partir destas observações, podemos considerar que estamos em corpos (fisiológico) de
adultos manifestando comportamentos (psicológico) infantis. Assim, observamos que estas duas
dimensões do ser humano não estão em sincronia ou harmonia, pois crescemos fisiologicamente,
mas ainda somos imaturos emocionalmente, carentes internamente de algo que buscamos
incessantemente em tudo o que é externo a nós, menos em nós mesmos.
Considerando as descrições da presença de comportamentos infantis na fase adulta, a
necessidade e funcionalidade da existência humana para a possibilidade de autoconsciência
psíquica (consciência de si) e a corrupção como um indicativo de que algo não está cumprindo
com sua função para determinada finalidade, encerramos com as seguintes questões:
 Manter o comportamento infantil na fase adulta é uma forma de corrupção?
 A existência humana está cumprindo com o seu objetivo?
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Todas essas questões e tantas outras são discutidas durante as atividades do STS que é
uma instituição educacional criadora da pedagogia de educação de essencialidades, método que
estimula o autoconhecimento para o desenvolvimento da autoaprendizagem e autoeducação e
consequente exercício da autonomia – comportamento natural da fase adulta.

Autoria: Daniene T. Cassavara e Maurício Ribeiro

Referências
CARVALHO, Cláudia. ZACARIAS, Cláudia. Prisioneiros da infância. São Paulo: Ed. COMGE-STS,
2012.
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CARVALHO, Cláudia. ZACARIAS, Cláudia. Crescer dói?! São Paulo: Ed. COMGE-STS, 2014.
COSTA, Lucas da. WILDEMBERG, Marlete. Inteligência Mediúnica: novos horizontes da
sensibilidade. São Paulo: Ed. COMGE-STS, 2012.
COSTA, Lucas da. WILDEMBERG, Marlete. Educação de essencialidades: um caminho para
autoaprendizagem. São Paulo: Ed. COMGE-STS, 2017.
Atividade Integração e fundamentos. Sistema Tempo Ser. Disponível em:
<http://portal.tempodeser.org.br/_media/birigui/pedagogica/atividades/integracao/2015-04-13/if_-
_modulo_2_ua_2.pdf>. Acesso em: 06 mar 2018.
Atividade Integração e fundamentos. Sistema Tempo Ser. Disponível em:
<http://portal.tempodeser.org.br/_media/birigui/pedagogica/atividades/integracao/2015-04-27/if_-
_modulo_3_ua_1-2_e_3.pdf>. Acesso em: 10 mar 2018.
Atividade Integração e fundamentos. Sistema Tempo Ser. Disponível em:
<http://portal.tempodeser.org.br/_media/birigui/pedagogica/atividades/integracao/2015-11-09/if_-
_modulo_7_ua_2_e_3.pdf>. Acesso em: 15 mar 2018.
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Plano Político Pedagógico. Sistema Tempo Ser. Disponível em:


<http://portal.tempodeser.org.br/ppp/cap2#modelo_pedagogico_do_sts>. Acesso em: 20 mar
2018.
Equívoco. Disponível em: < https://www.priberam.pt/dlpo/equivoco> Acesso em: 10 abr 2018.
Corrupção. Disponível em: < https://www.priberam.pt/dlpo/corrup%C3%A7%C3%A3o> Acesso em
10 abr 2018.
Sabe quantos políticos existem no Brasil . Disponível em
http://www2.uol.com.br/guiadolitoral/materias/sabe_quantos_politicos_existem_no_brasil-4311-
2017.shtml > Acesso em 14 abr 2018.
Eleições 2016 – UOL. Disponível em: https://eleicoes.uol.com.br/2016/noticias/2016/07/25/144-
milhoes-de-eleitores-vao-as-urnas-nas-eleicoes-de-2016.htm Acesso em 14 abr 2018.
As fases da vida. Disponível em <https://www.estudokids.com.br/fases-da-vida-
infanciaadolescencia-idade-adulta-e-velhice/> Acesso em: 01 abr 2018

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