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Centro de Tecnologia e Urbanismo

Departamento de Engenharia Elétrica

Priscila Pagliari Pinheiro

Controle e automação residencial com uso do PIC


18F4550

Londrina
28 de fevereiro de 2016
Centro de Tecnologia e Urbanismo
Departamento de Engenharia Elétrica

Priscila Pagliari Pinheiro

Controle e automação residencial com uso do PIC 18F4550

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de En-


genharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina, como requisito
parcial à conclusão do Curso de Engenharia Elétrica.

Orientador: Prof. Dr. Aziz Elias Demian Junior

Londrina
28 de fevereiro de 2016
Ficha Catalográfica

Priscila Pagliari Pinheiro


Controle e automação residencial com uso do PIC 18F4550 - Londrina, 28 de fe-
vereiro de 2016 - 93 p., 30 cm.
Orientador: Prof. Dr. Aziz Elias Demian Junior

I. Universidade Estadual de Londrina. Curso de Engenharia Elétirca. II. Controle e


automação residencial com uso do PIC 18F4550.
Priscila Pagliari Pinheiro

Controle e automação residencial com uso do PIC 18F4550

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Departamento de Engenharia Elétrica da Uni-
versidade Estadual de Londrina, como requi-
sito parcial à conclusão do Curso de Engenharia
Elétrica.

Trabalho aprovado. Londrina, ____ de Fevereiro de 2016:

Prof. Dr. Aziz Elias Demian Junior


Orientador

Prof. Dr. Walter Germanovix


Convidado

Prof. Dr. Leonimer Flávio de Melo


Convidado

Londrina
28 de fevereiro de 2016
Dedico este trabalho aos meus pais, avós e irmã, Ivanilde e Pinheiro, Carmen e Belmiro,
Paola, que sempre incentivaram-me e, principalmente, a meu namorado Jean, que sempre
acreditou em mim.
Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse ao longo de
minha vida e não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é
o maior mestre que alguém pode conhecer. Agradeço aos meus pais que sempre mostraram o
caminho correto e nunca deixaram de incentivar os estudos e uma fornecer uma boa educação.
Em especial a meu companheiro de jornada Jean, que sempre esteve a meu lado apoiando-
me durante a graduação e enfrentando junto a mim todas as dificuldades encontradas, à minha
amiga Jessica, que também sempre esteve presente nos melhores e piores momentos, e à minha
amiga Érika pelas risadas durante o curso. Agradeço ao meu orientador, prof. Aziz Elias De-
mian Junior, por ter aceito orientar-me nesse projeto, com seu conhecimento e ideias para poder
melhor direcionar-me. Agradecimentos especiais ao prof. Walter Germanovix por sempre arru-
mar um tempinho para todos os seus alunos, mesmo durante as conversas de corredor, sempre
procurando ajudar e passar seu conhecimento e, por último, à meus professores que auxiliaram
no processo pedagógico que hoje resulta em todo o conhecimento adquirido por mim. À meus
familiares e amigos mais próximos que de alguma forma durante o meu curso, ajudaram para
que hoje esse trabalho fosse concretizado.
"Eu acho que o mundo seria um lugar melhor se dessem medalhas para grandes professores,
em vez de darem apenas para os soldados que matam os inimigos na guerra". Matthew Quick
em "Perdão, Leonard Peacock"
Priscila Pagliari Pinheiro. 28 de fevereiro de 2016. 93 p. Trabalho de Conclusão de Curso em
- Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

Resumo

Automação pode ser definida como uma tecnologia que utiliza-se de comandos pré-programados
para operar um processo. Aplicado esse conceito no cotidiano doméstico temos o surgimento
da domótica, à qual a tecnologia facilita algumas tarefas habituais que antes ficariam a cargo de
seus moradores. O presente trabalho pauta o desenvolvimento de um controle de acionamentos
com uso de transmissão wireless com a utilização de radiofrequência 433 MHz devido sua faci-
lidade de uso. O sistema foi desenvolvido com uma interface gráfica amigável, em um display
de resolução 84x48, para que o usuário tenha facilidade de interagir com o ambiente a seu re-
dor. Para o projeto foi utilizado um microcontrolador PIC18F4550, fabricado pela Microchip,
responsável pelo gerenciamento de acionamentos dos ambientes desejados.
Palavras-Chave: Automação Residencial. RF 433 MHz. Domótica. Display Gráfico
. 28 de fevereiro de 2016. 93 p. Monograph in - Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

Abstract

Automation can be defined as a technology that makes use of preprogrammed commands to


operate a process. Applied this concept in the domestic daily life, we have the rise of domotic,
which technology facilitates some common tasks that previously were the responsibility of its
residents. This paper guides the development a control drive with the use of wireless transmis-
sion using radio frequency 433 MHz because of its ease of use. The system was developed with a
friendly graphical interface, in a 84x48 resolution display, so that the user has facility to interact
with the environment around them. For the project it was used a PIC18F4550 microcontroller,
manufactured by Microchip, responsible for managing drives the desired environments.
Key-words: Home Automation. 433 MHz RF. Domotic. Graphic Display
Lista de ilustrações

Figura 1 – Diagrama de Blocos do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19


Figura 2 – Linguagem C e suas derivações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 3 – Interface do software MikRoC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 4 – Pinagem PIC18F4550 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Figura 5 – Diagrama de blocos do controlador PCD8544 . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 6 – Imagem monocromática para exemplificação de conversão . . . . . . . . . 29
Figura 7 – Imagem convertida em código C para uso no display 84x48 . . . . . . . . . 30
Figura 8 – Tipos de Antena para Transmissão/Recepção RF . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 9 – Exemplo de sinalização OOK com mensagem unipolar . . . . . . . . . . . 33
Figura 10 – Pinagem DS1302 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Figura 11 – Sistema de envio dos pacotes de informação . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Figura 12 – Fluxograma da lógica do sistema receptor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Figura 13 – Lógica utilizada na verificação do checksum . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Figura 14 – Lógica de funcionamento do sistema em uma instalação elétrica residencial 45
Figura 15 – Circuito interno a um módulo relé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Figura 16 – PIC18F4550 no simulador Proteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Figura 17 – LM35 no simulador Proteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Figura 18 – Push Buttons no simulador Proteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Figura 19 – Display no simulador Proteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Figura 20 – Módulos RF no simulador Proteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Figura 21 – Simulação de Acionamentos - Situação 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Figura 22 – Simulação de Acionamentos - Situação 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Figura 23 – Simulação de Acionamentos - Situação 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Figura 24 – Planta-baixa utilizada como modelo para automação . . . . . . . . . . . . . 59
Figura 25 – Lista de acionamentos da residência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Figura 26 – Inicialização do display . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Figura 27 – Menu Ajuda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Figura 28 – Submenu Cozinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Figura 29 – Submenu Lavabos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Figura 30 – Submenu Sala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Figura 31 – Submenu Quartos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Figura 32 – Submenu Garagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 33 – Submenu Corredor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 34 – Submenu Lavanderia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 35 – Submenu Varanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Figura 36 – Submenu Alarme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Figura 37 – Submenu Configurações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Figura 38 – Submenu Sair . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 39 – Tela de descanso do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 40 – Aspecto final da placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Figura 41 – Posição dos componentes no esquemático do circuito . . . . . . . . . . . . 69
Figura 42 – Visualização 3D da placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Figura 43 – Características da case Patola modelo PB-108/2 . . . . . . . . . . . . . . . 71
Figura 44 – Modelo do controle de automação (Módulo de Transmissão) . . . . . . . . 72
Figura 45 – Confecção da placa de circuito impresso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Figura 46 – Placa pronta para solda dos componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Figura 47 – Solda do soquete do microcontrolador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Figura 48 – Molde para recorte da case colada sobre a superfície . . . . . . . . . . . . . 76
Figura 49 – Processo de montagem da case . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Figura 50 – Case com todos os componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Figura 51 – Case finalizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Figura 52 – Controle em funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Figura 53 – Antena receptora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Figura 54 – Antena receptora helicoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Figura 55 – Teste de Acionamentos - Situação 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Figura 56 – Teste de Acionamentos - Situação 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Figura 57 – Teste de Acionamentos - Situação 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Figura 58 – Teste de Acionamentos - Situação 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

Lista de tabelas

Tabela 1 – Comparação Entre Dispositivos Empregados na Automação Residencial . . 18


Tabela 2 – Descrição da Pinagem do PIC18F4550 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Tabela 3 – Descrição da Pinagem do PCD8544 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Tabela 4 – Descrição da Pinagem do DS1302 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Tabela 5 – Comandos básicos do Display Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Lista de quadros

Quadro 1 – Simulação de Acionamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55


Quadro 2 – Teste de Acionamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Lista de abreviaturas e siglas

ABS Acrylonitrile Butadiene Styrene

AM/PM Ante Meridiem/Post Meridiem

ANSI American National Standards Institute

ASK Amplitude-Shift Keying

CI Circuito Integrado

CLP Controlador Lógico Programável

EEPROM Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory

Gfk Gesellschaft für Konsumforschung

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IR Infrared

LCD Liquid Crystal Display

LED Light Emitting Diode

NiCd Níquel-Cádmio

OOK On-Off Keying

PIC Peripheral Interface Controller

RF Radiofrequência

RTC Real-Time Clock

SRAM Static Random Acess Memory

TUE Tomada de Uso Específico

TUG Tomada de Uso Geral

USB Universal Serial Bus


Sumário

I JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS DO TRABALHO 16

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.1 Histórico da Automação Residencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2 Automação Residencial Hoje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.3 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.4 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.5 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.5.1 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.6 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.1 Linguagem C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2 Software MikRoC Pro for PIC○ R
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3 Microcontrolador Microchip PIC18F4550 . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4 Display Gráfico com Controlador PCD8544 . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.4.1 Exemplo de Uso do Display Gráfico com Controlador PCD8544 . . . . . 29
2.5 Módulo Transmissor e Receptor de Radiofrequência em 433 MHz . . . 31
2.5.1 Antena para Transmissor e Receptor de Radiofrequência em 433 MHz . 32
2.5.2 Modulação ASK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.6 LM35 - Sensor de Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.7 DS1302 - Módulo Real Time Clock . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

III EXPERIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CIRCUITO


DE AUTOMAÇÃO 36

3 PROGRAMAÇÃO E SIMULAÇÃO NO PROTEUS . . . . . . . . . . . 37


3.1 Display Gráfico com Controlador PCD8544 . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.2 Bibliotecas no software MikRoC Pro for PIC○ R
. . . . . . . . . . . . . . . 38
3.3 Módulo Transmissor e Receptor de Radiofrequência em 433 MHz . . . 40
3.3.1 Escolha do protocolo de comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.3.2 Desenvolvimento do sistema de comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.3.2.1 Sistema de Envio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.3.2.2 Sistema de Recepção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
SUMÁRIO 15

3.3.3 Projeto da antena receptora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47


3.4 Simulação no Proteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.4.1 Simulação do PIC18F4550 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.4.2 Simulação do LM35 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.4.3 Simulação dos Push Buttons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.4.4 Simulação do Display . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3.4.5 Simulação do Módulo RF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.4.6 Simulação dos Acionamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3.5 Desenvolvimento da Interface . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3.5.1 Lista de acionamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3.5.2 Interface com o usuário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.6 Roteamento da placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
3.7 Projeto da case . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

IV RESULTADOS E CONCLUSÕES 73

4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4.1 Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4.1.1 Confecção da placa de circuito impresso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4.1.2 Montagem da case de transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
4.1.3 Teste do controle de transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
4.2 Recepção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4.2.1 Antena Receptora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4.2.2 Teste dos Acionamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
5.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
5.2 Sugestões para projetos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

APÊNDICE A – ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO . . . . . . . . . . . 92


Parte I

Justificativa e Objetivos do Trabalho


17

1 Introdução

1.1 Histórico da Automação Residencial


Quando analisamos a história recente vemos que a evolução tecnológica vivenciada nos
últimos três séculos teve como estopim o surgimento da máquina a vapor com a Revolução In-
dustrial em 1750, Inglaterra. Outros importantes eventos históricos que devem ser considerados
são:(ENGENHARIA, 2013)

∙ 1876 - Comunicação entre dois cômodos com a utilização do telefone, por Alexander
Graham Bell;

∙ 1879 - Invenção das lâmpadas com filamento de carbono, por Thomas Alva Edson;

∙ 1888 - Transmissão de códigos pelo ar por meio de ondas de rádio, por Heinrich Hertz;

∙ 1904 - Invenção da válvula, por John Ambrose Fleming, o que permitiu o desenvolvi-
mento da eletrônica no século XX;

∙ 1947 - Surgimento do transistor, que põem um fim a era das válvulas;

∙ 1977 - Lançado pela Apple o computador Apple II. Primeiro microcomputador com te-
clado integrado e capacidade de gerar gráficos coloridos;

∙ 1989 - Início da era da rede de internet e da telefonia celular.

Como pode-se ver, em pouco mais de 110 anos, houve uma evolução gigantesca entre
o telefone até a tecnologia celular. O mesmo ocorreu com a automação residencial, houve um
salto tecnológico entre a automação industrial que houve nos dispositivos CLPs (Controladores
Lógicos Programáveis), datados da década de 60 até o surgimentos dos primeiros edifícios com
automação, na década de 80.
Com o surgimento dos primeiros módulos com protocolo X-10, década de 70, nos EUA,
foi possível fazer a comunicação entre dispositivos diversos. Esse protocolo utilizava a rede
elétrica como canal de comunicação entre os diversos dispositivos, o que permitia o controle
remoto destes sem a alteração na infraestrutura elétrica da residência.
Um pouco adiante, década de 80, pensou-se em usar os computadores pessoais como
central de automação, porém devido a seu elevado consumo, entre outros, foi logo descartado
dando lugar para o desenvolvimento de dispositivos dedicados através da utilização de micro-
processadores e microcontroladores.
Inúmeras tecnologias foram incorporadas à automação residencial ao longo dos anos
como, por exemplo, os controles remotos programáveis infravermelho e radiofrequência. Os
Capítulo 1. Introdução 18

controles remotos infravermelho universais são capazes de interpretar diferentes protocolos uti-
lizados por diferentes fabricantes. A tecnologia de radiofrequência difere da infravermelha por
não necessitar visada direta entre o controle remoto e o dispositivo controlado.

1.2 Automação Residencial Hoje


Há alguns anos era difícil imaginar uma casa automatizada, inteligente e que tornasse o
dia a dia mais prático e simples. O que antes só era possível em ficção científica, como acender
a luz a distância, fechar as cortinas, controlar a temperatura e visualizar câmeras internas, hoje
é realidade.
De acordo com a pesquisa realizada pela empresa alemã de consultoria GfK (Gesells-
chaft für Konsumforschung, atualmente Growth from Knowledge), 90% dos brasileiros já têm
consciência do que é uma casa inteligente e outros 57% acreditam que nos próximos anos, a
automação residencial terá um forte impacto em suas vidas. No entanto, o número de residên-
cias que contam com tecnologias de controle ainda é pequeno: 300 mil dentre os 63 milhões de
lares no Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Acredita-se que a automação residencial ganhará forças nos próximos anos, principal-
mente porque as construtoras precisam oferecer imóveis diferenciados para conquistar clientes
mais exigentes. O ingresso de jovens na vida adulta com possibilidade de compra também fa-
vorece um cenário mais tecnológico para o mercado.
Atualmente, para obter um apartamento inteligente, um imóvel sem paredes no estilo
loft, é necessário desembolsar entre R$ 500 mil e R$ 700 mil. (BRAZILIENSE, 2015)
Na tabela abaixo encontra-se o comparativo de algumas tecnologias empregadas na im-
plementação da automação residencial:

Tabela 1 – Comparação Entre Dispositivos Empregados na Automação Residencial

Z-Wave ZigBee X10


Ano de Criação 2001 2004 1975
Modo de Comunicação RF RF RF/Rede Elétrica
Comunicação em Duas Vias Sim Sim Não
Alcance de Transmissão 120m 60m 30m
Habilidade de Trabalho com Repetidores Sim Sim Não
Número de Dispositivos Certificados >600 <500 >500
Fonte: (WITHANAGE et al., 2014)

Visto isso, é possível explorar a automação com o emprego de novas tecnologias ou


mesmo a combinação entre elas, como por exemplo a utilização de sistema Android, presente
em diversos smartphones, com a tecnologia Bluetooth. No presente trabalho é explorado o em-
prego e utilização de módulos de radiofrequência em 433 MHz para controle de acionamentos
diversos.
Capítulo 1. Introdução 19

O diagrama de blocos da Fig. 14 descreve a montagem a ser realizada durante o projeto:

Figura 1 – Diagrama de Blocos do Projeto

Fonte: Elaborado pela autora

1.3 Justificativa
A motivação do trabalho deriva da necessidade de explorar novas maneiras de imple-
mentar um sistema inteligente de acionamentos em uma casa, preferencialmente busca-se um
sitema de baixo custo, visto que os sistemas atuais no mercado demandam um alto investimento
por parte do consumidor.

1.4 Motivação
Tem-se por motivação deste trabalho o desejo de obter experiência no desenvolvimento
de um projeto de automação residencial, desde a programação da interface até a montagem de
uma case onde está localizado o circuito de transmissão responsável pelos acionamentos.

1.5 Objetivos Gerais


O objetivo geral do presente trabalho é desenvolver um sistema de automação residen-
cial capaz de controlar diversos acionamentos de lâmpadas e equipamentos (on/off) de determi-
nados ambientes.
O trabalho visa o baixo custo do protótipo final de modo a ser acessível para implemen-
tação do usuário.

1.5.1 Objetivos Específicos


Para os objetivos específicos:

∙ Desenvolver o projeto com a utilização do PIC 18F4550;


Capítulo 1. Introdução 20

∙ Utilização de um visor gráfico para interface com o usuário;

∙ Utilização de um módulo de transmissão RF (Radiofrequência) em 433 MHz para comu-


nicação com os dispositivos a serem acionados;

∙ Desenvolvimento de um menu interativo para fácil manuseio do usuário;

∙ Desenvolver a rotina de acionamentos;

∙ Minimizar o custo do circuito;

∙ Realizar simulações;

∙ Realizar testes em bancada;

∙ Montagem do protótipo final.

1.6 Organização do Trabalho


Para a organização do trabalho:

1. Capítulo 1: Problematização, justificativa e uma das possíveis soluções para o problema


apresentado. Definição dos objetivos gerais a ser alcançados no decorrer do projeto.

2. Capítulo 2: Descrição e fundamentação detalhada dos componentes essenciais utilizados


na montagem do projeto.

3. Capítulo 3: Descrição do processo de desenvolvimento, apresentação de métodos da mon-


tagem do circuito, hardware e simulações realizadas, além de todos os equipamentos e a
estruturação dos softwares.

4. Capítulo 4: Apresentação dos resultados e aplicação do sistema desenvolvido.

5. Capítulo 5: Finalização do trabalho, apresentação da conclusão, aplicação e indicações


para possíveis trabalhos futuros à serem implementados.
Parte II

Fundamentação Teórica
22

2 Fundamentação Teórica

2.1 Linguagem C
Segundo (PEREIRA, 2003, p. 18), a utilização da linguagem C para a programação
de microcontroladores PIC (Peripheral Interface Controller) é uma escolha natural pois, atual-
mente, a maioria dos microcontroladores disponíveis no mercado contam com compiladores de
linguagem C para o desenvolvimento de softwares.
A linguagem C é uma das mais bem sucedidas linguagens de alto nível já criadas e é
considerada uma das linguagens de programação mais utilizadas de todos os tempos. A lingua-
gem de alto nível é aquela que está relativamente próxima da linguagem humana, diferente do
código de máquina.
A linguagem C surgiu em 1972 nos laboratórios AT&T Bell por Dennis Ritchie. Pos-
teriormente Ritchie, com co-autoria de Brian Kernighan, lança o livro The C Programming
Language que serviu de tutorial da programação em C. Finalmente em 1989 a linguagem foi
padronizada pela ANSI (American National Standards Institute).
Para (BACKES, 2013), a linguagem C influenciou, direta ou indiretamente, muitas lin-
guagens desenvolvidas posteriormente, como C++, Java, C♯ e PHP. A Fig. 2 mostra uma breve
história da evolução da linguagem C e de sua influência no desenvolvimento de outras lingua-
gens de programação.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 23

Figura 2 – Linguagem C e suas derivações

Fonte: (BACKES, 2013, p. 3)


Capítulo 2. Fundamentação Teórica 24

2.2 Software MikRoC Pro for PIC○


R

O MikroC PRO for PIC é um software da Microelektronika de programação para dis-


positivos PIC da Microchip○ R
. Dispõe de várias bibliotecas de hardware e software além de
ferramentas adicionais e exemplos de códigos que facilitam seu uso. (MIKROC, 2015)
Algumas bibliotecas do software utilizadas ao longo do desenvolvimento do projeto são
citadas abaixo:

∙ Button library: Essa biblioteca fornece rotinas para detectar quando um botão é pressio-
nado e é também utilizada na eliminação de ruídos provenientes do contato (debouncing)

∙ EEPROM library: Biblioteca para execução de leitura/escrita em determinado endereço

∙ UART library: Biblioteca utilizada para comunicação com outros dispositivos através do
protocolo RS-232

∙ PWM library: Utilizada para modificar a frequência de trabalho desejada

O software também foi escolhido pela facilidade de edição do projeto como escolha do
PIC, frequência, entre outros. A Fig. 3 mostra a interface do programa.

Figura 3 – Interface do software MikRoC

Fonte: Print Screen do software MikRoC

Esse programa é compatível com os microcontroladores Microchip○


R
famílias 12, 16,
18 e 32.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 25

2.3 Microcontrolador Microchip PIC18F4550


O microcontrolador PIC 18F4550 é ideal para utilização em projetos de baixa potência
e aplicações que necessitem das conexões I2 CTM , SPITM , UART. Esse microcontrolador possui
13 canais A/D, e entradas I/O PORT’s, para conexões com periféricos, subdivididas entre A, B,
C, D e E.
Por muitas razões práticas, vários pinos I/O possuem duas ou três funções e, se confi-
gurada para uma função, não poderá ser usada como pino de entrada/saída, por exemplo.
A Fig. 16 mostra a pinagem do PIC e a tabela 2 descreve, brevemente, as características
de cada um.

Figura 4 – Pinagem PIC18F4550

Fonte: (MICROCHIP, 2009)


Capítulo 2. Fundamentação Teórica 26

Tabela 2 – Descrição da Pinagem do PIC18F4550


PINO Nome Tipo Função
1 MCLR/VPP In-In Reset externo e programação CSP
2 RA0/AN0 I/O e input A/D I/O digital e entrada AD0
3 RA1/AN1 I/O e input A/D I/O digital e entrada AD1
4 RA2/AN2/Vref- I/O e input A/D I/O digital e entrada AD2
5 RA3/AN3/Vref+ I/O e input A/D I/O digital e entrada AD3 e referência alta do A/D
6 RA4/TOCKI I/O e input TMR0 I/O digital e entrada TMR0
7 RA5/AN4/SS/LVDIN I/O e Inputs I/O digital, entrada do AD4, entrada do SPI e Detector de LV
8 RE0/RD/AN5 Fonte I/O digital, Leitura da Porta Paralela e entrada do AD5
9 RE1/WR/AN6 Fonte I/O digital, Escrita da Porta Paralela e entrada do AD6
10 RE2/CS/AN7 Fonte I/O digital, Seleção da Porta Paralela e entrada do AD7
11 VCC Fonte Positivo da Fonte de Alimentação
12 GND Fonte Negativo da Fonte de Alimentação
13 OSC1/CLK1 Input Entrada do Cristal e entrada do Clock externo
14 OSC2/CLK2/RA6 I/O e Inputs I/O digital, Saída do Cristal e saída do Clock externo
15 RC0/T10S0/T1CK1 I/O Out e In I/O digital, saída do 2 oscilador e entrada do contador externo Timer1/Timer3
16 RC1/T10S1/CPP2 I/O In e Out I/O digital, entrada do 2 oscilador e saída do Módulo CCP2
17 RC2/CCP1 I/O e Out I/O digital e saída do Módulo CCP1
18 RC3/SCK/SCL I/O, I/O e I/O I/O digital, in e out do Clock serial para modo SPI e in/out do Clock serial para modo I2C
19 RD0/PSP0 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
20 RD1/PSP1 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
21 RD2/PSP2 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
22 RD3/PSP3 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
23 RC4 / SDI / SDA I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
24 RC5 / SD0 I/O e I/O I/O digital e saída de dados SPI
25 RC6 / TX / CK I/O e I/O I/O digital, Transmissão UART e Clock de sincronismo UART
26 RC7 / RX / DT I/O e I/O I/O digital, Recepção UART e Dados do UART
27 RD4 / PSP4 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
28 RD5 / PSP5 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
29 RD6 / PSP6 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
30 RD7 / PSP7 I/O e I/O I/O digital e Porta de Comunicação Paralela
31 GND Fonte Negativo da Fonte de Alimentação
32 VCC Fonte Positivo da Fonte de Alimentação
33 RD0 / INT0 I/O e In I/O digital e entrada de Interrupção Externa 0
34 RD0 / INT1 I/O e In I/O digital e entrada de Interrupção Externa 1
35 RD0 / INT2 I/O e In I/O digital e entrada de Interrupção Externa 2
36 RB3 / CCP2 I/O e I/O I/O digital Módulo CCP2
37 RB4 I/O e In I/O digital e entrada de Interrupção por Mudança de Estado
38 RB5 / PGM I/O e In I/O digital, Interrupção por Mudança de Estado e Habilita ICSP baixa tensão
39 RB6 / PGC I/O e In I/O digital, Interrupção por Mudança de Estado e ICSP in-circuit Debuger
40 RB7 / PGD I/O e In I/O digital, Interrupção por Mudança de Estado e ICSP in-circuit Debuger
Fonte: (MICROCHIP, 2009)
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 27

2.4 Display Gráfico com Controlador PCD8544


O PCD8544 é um controlador/driver de baixa potência para o display gráfico de 48 li-
nhas e 84 colunas. Todas as funções necessárias para o funcionamento do display são fornecidas
por um único chip, isso inclui o fornecimento de tensão para o LCD (Liquid Crystal Display)
resultando no mínimo de componentes externos necessários e na baixa potência de consumo.
O interfacemamento do PCD8544 com o microcontrolador é feito através de uma interface
serial.(SEMICONDUCTOR, 1999)
A Fig. 5 mostra o diagrama de blocos do controlador e a tabela 3 descreve os pinos
mostrados no diagrama.

Figura 5 – Diagrama de blocos do controlador PCD8544

Fonte: (SEMICONDUCTOR, 1999)


Capítulo 2. Fundamentação Teórica 28

Tabela 3 – Descrição da Pinagem do PCD8544

Nome Função
𝑅0 a 𝑅47 Saída do driver para as linhas do LCD
𝐶0 a 𝐶83 Saída do driver para as colunas do LCD
𝑉𝑆𝑆1 , 𝑉𝑆𝑆2 Referência 0V
𝑉𝐷𝐷1 , 𝑉𝐷𝐷2 Alimentação
𝑉𝐿𝐶𝐷1 , 𝑉𝐿𝐶𝐷2 Alimentação do LCD
𝑇1 Teste 1 - Entrada
𝑇2 Teste 2 - Saída
𝑇3 Teste 3 - Entrada/Saída
𝑇4 Teste 4 - Entrada
𝑆𝐷𝐼𝑁 Entrada de dados serial
𝑆𝐶𝐿𝐾 Entrada declock serial
𝐷/𝐶 Dados/𝐶𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑆𝐶𝐸 Habilitar chip
𝑂𝑆𝐶 Oscilador
𝑅𝐸𝑆 Entrada do reset externo
𝑑𝑢𝑚𝑚𝑦1,2,3,4 Não conectado
Fonte: (SEMICONDUCTOR, 1999)
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 29

2.4.1 Exemplo de Uso do Display Gráfico com Controlador PCD8544


O controlador PCD8544 foi largamente utilizado nos displays dos celulares Nokia mo-
delos 5110 e 3310. Com a vasta escala de utilização desse controlador em displays 84x48 exem-
plos de uso são facilmente encontrados.
Exemplo disso é o software MikRoC Pro for PIC○ R
que possui uma ferramenta que
pode ser inicializada seguindo TOOLS → GLCD BITMAP EDITOR → Nokia 3310 que
converte imagens monocromáticas no formato bitmap para uma matriz 84x48. Essa ferramenta
facilita a declaração de imagens para ser usada na programação visto que necessita ser feita
ponto-a-ponto.
A Fig. 6 é uma imagem monocromática usada para conversão com o uso da ferramenta
diponível no software MikRoC.

Figura 6 – Imagem monocromática para exemplificação de conversão

Fonte: Elaborado pela autora

A Fig.7 mostra o código da conversão realizada pelo software:


Capítulo 2. Fundamentação Teórica 30

Figura 7 – Imagem convertida em código C para uso no display 84x48

Fonte: Print Screen do código gerado pelo software MikRoC

Mesmo com a utilização da ferramenta de conversão, os comandos de desenhos são


limitados visto que o software não possui bibliotecas que facilitam o desenho de retângulos,
círculos e linhas para esse controlador. Ao programador, cabe desenvolver funções adicionais
que façam gráficos mais complexos e não somente a programação de pixels ponto-a-ponto como
mostrada.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 31

2.5 Módulo Transmissor e Receptor de Radiofrequência em


433 MHz
Os módulos transmissor e receptor de RF tem as mais variadas aplicações como trans-
missão de dados wireless, controle remoto para portão, chaves de carro e, nesse caso, automa-
ção residencial. Esse módulo opera na frequência 433,92 MHz com um erro de ± 0,25 MHz.
(ELECTRONICS, 2010; ELECTRONICS, 2008)
As principais especificações desses módulos são:

∙ Modulação: ASK (Amplitude-Shift Keying);

∙ Alimentação: 3-12V 𝑇𝑥 e 5V 𝑅𝑥 ;

∙ Seletividade 𝑅𝑥 : -108 dBm;

∙ Potência 𝑇𝑥 : 14 dBm;

∙ Temperatura de operação: entre -20𝑜 𝐶 a +85𝑜 𝐶;

∙ Corrente: 8mA 𝑇𝑥 e 2,2mA 𝑅𝑥 ;

∙ Alcance (área aberta): 350m (12V), 230m (5V) e 160m (3V);

∙ Alcance (área interna): 40m a 110m.

Para um melhor funcionamento do módulo transmissor e receptor é recomendável o uso


de antena no projeto.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 32

2.5.1 Antena para Transmissor e Receptor de Radiofrequência em 433


MHz
Se um equipamento ocupa uma faixa de frequência mais elevada no espectro, significa
que o comprimento de onda diminue e, com isso, a dimensão da antena utilizada. Na frequência
de trabalho utilizada recomenda-se, a princípio, três tipos de antena como visto na Fig. 8.

Figura 8 – Tipos de Antena para Transmissão/Recepção RF

Fonte: (MIKRO, 2015)

Segue uma breve descrição das antenas apresentadas:

∙ Helicoidal: basicamente a antena helicoidal tem forma de uma solenóide. Essa antena é
conectada em um extremo ao módulo e seu outro extremo, aberto. A principal vantagem
dessa antena é sua reduzida dimensão porém não pode ser posicionada próxima a condu-
tores. Essa antena limita-se a recepção e transmissão em uma estreita faixa de frequência
pois pequenas alterações em suas características de construção alteram completamente
sua faixa de frequência. (ELETRONICO, 2013a; ELETRONICO, 2013b)

∙ Impressa: essa antena possui o formato de um laço impressa diretamente na placa. Suas
vantagens são baixo custo de fabricação, flexibilidade no ângulo de radiação, ganho e po-
larização. Porém, como a antena helicoidal, também apresenta pequena largura de banda
e baixo rendimento. (IBYTES, 2015a)

∙ Monopolo: Utilizada em uma vasta faixa de frequências é principalmente empregada de-


vido a seu padrão de radiação omnidirecional, ou seja, não necessita ser orientada para
manter os sinais constantes quando há mudança em seu posicionamento. Esse antena
precisa obrigatoriamente ter um plano de terra, pois é do plano de terra que deriva sua
polarização. (IBYTES, 2015b)
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 33

2.5.2 Modulação ASK


Modulação via chaveamento da portadora senoidal (liga-desliga) utilizando um sinal
binário unipolar, como mostra a Fig. 9. (ABRAO, 2015)

Figura 9 – Exemplo de sinalização OOK com mensagem unipolar

Fonte: (ABRAO, 2015)

O sinal OOK (On-Off Keying) é idêntico à modulação AM/DSB-SC tendo como mo-
dulante um sinal unipolar binário. Um exemplo é a transmissão via rádio de código morse.
OOK é a técnica de modulação pioneira, curiosamente, precedeu os sistemas de comunicação
analógicos.
Ela é indicada em situações onde exista pouco ruído interferindo na recepção do sinal,
ou quando o custo baixo é essencial para o projeto. Exemplos de aplicação são:

∙ Transmissão via fibras ópticas;

∙ Transmissão de dados em infravermelho;

∙ Controles remotos por radiofrequência e por infravermelho.

A banda mínima necessária para a transmissão de informação varia do resultado entre


a diferença da frequência da portadora e do sinal de informação até a soma entre a frequência
fundamental da portadora com a frequência do sinal de informação.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 34

2.6 LM35 - Sensor de Temperatura


O LM35 é uma série de CI’s (Circuito Integrado) sensor de temperatura a qual a saída
em Volts é linearmente proporcional a temperatura em graus Celsius. O LM35 possui uma van-
tagem sobre os sensores calibrados em Kelvin pois não necessita a subtração de uma constante
de tensão na saída para obter a escala centígrada. O LM35 não precisa de qualquer calibração
externa para fornecer uma acurácia de ±1/4𝑜 𝐶 em temperatura ambiente e ±3/4𝑜 𝐶 na faixa de
−55 a +150𝑜 𝐶.
Como o LM35 necessita de apenas 60𝜇A para seu correto funcionamento, a perda por
aquecimento para o ambiente é menor que 0, 1𝑜 𝐶. Suas principais características são (SEMI-
CONDUCTOR, 2000):

∙ Calibração direta em graus Celsius;

∙ Fator de escala linear +10, 0𝑚𝑉 /𝑜 𝐶;

∙ Acurácia de 0, 5𝑜 𝐶 em 25𝑜 𝐶;

∙ Faixa de medição entre −55𝑜 𝐶 a +150𝑜 𝐶;

∙ Baixo custo devido processo de fabricação;

∙ Opera entre 4 e 30V;

∙ Corrente menor que 60𝜇A para funcionamento;

∙ Baixa perda de potência para o ambiente;

∙ Baixa impedância de saída, 0,1Ω para 0,1mA.


Capítulo 2. Fundamentação Teórica 35

2.7 DS1302 - Módulo Real Time Clock


O chip DS1302 contém um relógio/calendário em tempo real e 31 bytes de SRAM (Static
Random Access Memory). O chip comunica-se com o microprocessador com uma interface
serial simples. O RTC (Real-Time Clock) fornece os segundos, minutos, horas, dia, data, mês e
ano. No fim do mês a data é automaticamente ajustada para meses com menos de 31 dias até
o ano 2100, isso inclui a correção para os anos bissextos. O relógio opera tanto no formato 24
horas quanto no modo 12 horas com indicador AM/PM (Ante Meridiem/Post Meridiem).
Interfacear o DS1302 com o microprocessador é muito simples com o uso de comuni-
cação serial síncrona e só requer três ligações (CE, I/O, SCLK). O DS1302 foi projetado para
operar em baixas potências e reter dados de data e hora com menos de 1𝜇W.
A Fig. 10 mostra a pinagem do chip DS1302 e a tabela 4 descreve suas funções.

Figura 10 – Pinagem DS1302

Fonte: (INTEGRATED, 2015)

Tabela 4 – Descrição da Pinagem do DS1302


PINO Nome Função
1 𝑉𝐶𝐶2 Fonte primária na configuração dual de alimentação. Quando 𝑉𝐶𝐶2 > (𝑉𝐶𝐶1 + 0.2𝑉 ), 𝑉𝐶𝐶2 alimenta o DS1302
2 𝑋1 Conexão para o cristal de Quartzo de 32.768KHz
3 𝑋2 Conexão para o cristal de Quartzo de 32.768KHz
4 𝐺𝑁 𝐷 Referência 0V do DS1302
5 𝐶𝐸 Entrada. Deve ser mantido em alto durante a leitura ou escrita
6 𝐼/𝑂 Pino de dados bidirecional para a interface com 3 ligações
7 𝑆𝐶𝐿𝐾 Entrada. SCLK é usado para sincronizar os dados na interface serial
8 𝑉𝐶𝐶1 Alimentado com baterial para manter os dados
Fonte: (INTEGRATED, 2015)
Parte III

Experimento e Desenvolvimento do
Circuito de Automação
37

3 Programação e Simulação

3.1 Display Gráfico com Controlador PCD8544


O primeiro passo após a escolha do projeto a ser desenvolvido foi a seleção de um
display para interface com o usuário. Visto o objetivo de implementar um projeto de baixo
custo os displays touchscreen não foram cogitados. Dentre várias opções de display gráfico
foram encontradas algumas opções viáveis:

∙ Display 16x02: usualmente fabricado com o controlador/driver HD44780 é um display


que adapta-se ao mais diversos projetos, sendo eles feitos em PIC, Arduíno, Raspberry,
entre outros. Possui 16 pinos para conexão sendo eles distribuídos entre comunicação,
alimentação, backlight e contraste. Tem baixo custo e pode ser encontrado em diversas
cores porém limita-se a 32 caracteres alfa numéricos;

∙ Display 20x04: possui as mesmas características do display 16x02 com a diferença que
este apresenta limitação de 80 caracteres alfa numéricos;

∙ Display 84x48: largamente utilizado pela Nokia em seus aparelhos celulares modelos
5110 e 3310. Possui 8 pinos de conexão, o que diminue a quantidade de pinos necessários
para a comunicação com o microprocessador.

∙ Display 128x64: pode ser encontrado com o controlador/driver KS0108 que é somente
compatível com a resolução 128x64. Possui 20 pinos de conexão incluso a comunicação
paralela.

Apresentadas algumas características, a escolha deu-se pelo display 84x48 por diversos
fatores, dentre eles o custo, dimensões e o fato de o projeto não necessitar de uma resolução
maior do que esta.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 38

3.2 Bibliotecas no software MikRoC Pro for PIC○


R

Ao inicializar o software MikRoC Pro for PIC○


R
é seguido os seguintes passos:

New → New Project → Device Name: PIC18F4550 → Device Clock: 8MHz;

Ao realizar esses passos é possível adicionar bibliotecas existentes, mas visto que o dis-
play escolhido não possui bibliotecas disponibilizadas no software, foi necessário o desenvolvi-
mento de algumas ao longo do projeto para facilidade de programação. Dentre elas encontram-
se:

∙ Declarações: inclui a pinagem do LCD e botões no PIC, definições dos ambientes a


serem acionados, estado das portas (ligado/desligado), definições do alarme, endereços
na EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory) do PIC;

∙ Tela: definições do LCD utilizado como funções de escrita de caracteres, inicialização,


contraste;

∙ Imagens: contém todas as matrizes de imagens utilizadas no projeto.

Algumas das funções recorrentes na programação do display são listadas na tabela 5:

Tabela 5 – Comandos básicos do Display Gráfico

Nome Comando Função


Inicia_Tela_Nokia void Inicia_Tela_Nokia() Inicializa o LCD
Posicao void posicao(y,x) Posiciona na coluna y e linha x
Imagem void imagem(desenho) Insere o código da imagem
Priscila_escreve void Priscila_escreve(y,x,texto,cor) Posiciona o texto na coluna y e linha x

O acionamento do display e dos botões contida na biblioteca encontra-se a seguir:


Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 39

/ * Pinagem da T e l i n h a LCD */
s b i t Nokia_Clk at RD7_Bit ;
s b i t Nokia_Data at RD6_Bit ;
s b i t Nokia_DC at RD5_Bit ;
s b i t Nokia_RST at RD4_Bit ;
s b i t Nokia_SCE at RD3_Bit ;
s b i t Nokia_Clk_Direction at TRISD7_Bit ;
s b i t Nokia_Data_Direction at TRISD6_Bit ;
s b i t Nokia_DC_Direction at TRISD5_Bit ;
s b i t Nokia_RST_Direction at TRISD4_Bit ;
s b i t Nokia_SCE_Direction at TRISD3_Bit ;

/ * Pino dos Botoes * /


s b i t key_cima a t PORTB . B0 ;
s b i t key_baixo a t PORTB . B1 ;
s b i t k e y _ e s q u e r d a a t PORTB . B2 ;
sbit key_direita a t PORTB . B3 ;
s b i t key_ok a t PORTB . B4 ;

Com a correta configuração dos pinos do LCD a serem utilizados na comunicação com
o microcontrolador, ao utilizarmos o comando Inicia_Tela_Nokia o display estará pronto para
receber os demais comandos.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 40

3.3 Módulo Transmissor e Receptor de Radiofrequência em


433 MHz
3.3.1 Escolha do protocolo de comunicação
Com a intenção de fazer o controle dos estados da casa sem fio, foi escolhido dentre
algumas opções aquela que achou-se um viável custo benefício. Tendo em vista o projeto de
acionamento em baixo custo foram separados alguns componentes que poderiam cumprir essa
função, os escolhidos foram:

1. Módulo Bluetooth HC-SR05/SR06;

∙ O primeiro método analisado foi acionamento via Bluetooth, porém, esse compo-
nente não satisfaria todas as condições visto que ele possui um baixo alcance, de
até 10 metros em ambiente fechado, e também suporta apenas um usuário por vez.
Apesar dessa comunicação possuir malha fechada, isto é, capacidade de responder
se a informação chegou ao seu destino com sucesso, um dos fatores cruciais que
eliminou a escolha desse protocolo de comunicação é a necessidade de pareamento
com o receptor. Caso haja mais de um sistema de controle na casa, nesse caso, mais
de um usuário, se este por sua vez não se desconectasse do receptor no final de cada
uso os demais usuários ficariam impedidos de parear com o receptor visto que já há
um pareamento ativo.

2. LED Emissor/Receptor Infravermelho;

∙ Tendo em vista o baixo custo e a facilidade de programação, um dos itens cogitados


foi a transmissão via infravermelho, porém este também não iria ser aceitável no
sistema de automação residencial pois essa comunicação possui baixíssimo alcance,
e apenas uma barreira é o suficiente para fazer com que o receptor deixe de receber
os dados do sistema transmissor.

3. Módulo Xbee/Zigbee;

∙ Um dos componentes com protocolos wireless mais robustos existentes no mer-


cado, o sistema de comunicação via Xbee/Zigbee não deixa nada a desejar, possui
um ótimo alcance em meio aberto ou fechado, possui diversos modelos, alguns até
com acoplamento próprio para antenas caso necessite de um ganho na recepção ou
transmissão. O fator principal que excluiu o Xbee/Zigbee como protocolo a ser uti-
lizado foi o preço. Apesar dele oferecer inúmeras vantagens, introduzi-lo no sistema
deixaria o projeto encarecido.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 41

4. Módulo de Radiofrequência 433 MHz;

∙ O módulo de radiofrequência, dentre todos analisados, foi o escolhido. Além de


ser um componente encontrado facilmente no mercado, é um componente de bai-
xíssimo custo. Esse módulo possui um alcance de até 160 metros em área aberta e
alcance de 40m à 110m em área interna. Apesar de ser uma comunicação simplex,
isto é, somente envia ou somente recebe, é considerado viável sua utilização no pro-
jeto, isso graças ao grande alcance de sua comunicação quando acoplado a devida
antena receptora. Outra grande vantagem é que o módulo receptor está sempre apto
à receber sinais, seja de um ou de mais usuários, com isso é necessário a criação de
uma codificação pessoal com checksum para saber se os dados que o receptor rece-
beu realmente é oriundo do módulo transmissor já que a comunicação RF 433MHz
é muito comum em alarmes veiculares e portões de garagens. Outra preocupação
que atentou-se foi de que como ele aceita mais de um usuário, acredita-se que não
seria capaz de um transmissor interferir no outro, sabendo que o tempo de processa-
mento é muito rápido e cada sinal do transmissor não se trata de uma varredura em
frequência, e sim apenas um pulso em um dado instante.

3.3.2 Desenvolvimento do sistema de comunicação


3.3.2.1 Sistema de Envio

Como já era conhecida, a lógica de programação adotada para o controle transmissor de-
veria ser focada no reconhecimento da informação enviada sem grandes perdas ou interferência
de forma que a mensagem chegasse correta a ser compreendida no sistema receptor.
Com esses ideiais em mente, primeiramente foi projetado o envio, seguindo o seguinte
raciocínio como mostra a Fig. 11:
Figura 11 – Sistema de envio dos pacotes de informação

Fonte: Elaborado pela autora

Então as células foram separadas da seguinte maneira:

∙ Start - S:

A célula S é responsável pelo envio de 1 byte na qual tem a finalidade de acionar a inter-
rupção externa presente no sistema receptor, isto é, é enviado um sinal para "acordar"a recepção
e desencadear o sistema de leitura. Para garantir que não haja quaisquer erro nessa detecção,
esse byte tem a única finalidade de sinalizar, sendo descartado logo depois de detectado.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 42

∙ Cômodo - C:

A célula C representa o byte do cômodo ou ambiente. Com isso é possível fazer sub-
divisões sem precisar ficar enumerando vários acionamentos, uma grande importância de criar
subdvisões entre cada cômodo da casa é a organização da lógica do código, que através desse,
faz com que o microcontrolador possa percorrer e listar somente o ambiente desejado.
Na programação é rotineiro utilizar um caracter para facilitar a visualização, como por
exemplo na função de envio de informação:
/ * Chamada da f u n c a o de e n v i o * /
R F _ E n v i a r ( u n s i g n e d char Ambiente , u n s i g n e d char A c i o n a m e n t o ) ;

Para o envio de acionamento na cozinha, poderia ser escrito da seguinte forma:


/ * E n v i a n d o comando do comodo c o z i n h a * /
R F _ E n v i a r ( "C" , 5 ) ;

Sendo C o caracter responsável pela cozinha, e 5 o respectivo acionamento dentro deste


ambiente. Durante a realização do código, foi comum se colocar os bytes como a primeira letra
de cada ambiente, sendo C de cozinha, S de sala, G de garagem, e assim por diante.
Nota-se que o Start da transmissão não é solicitado na função, uma vez que ele é sempre
enviado com quaisquer acionamentos que se deseja.

∙ Acionamento - A:

Esse byte representa o acionamento a ser realizado em determinado ambiente, sendo


que normalmente são listados de 0 a 15, trazendo a informação de ON ou OFF de determinado
aparelho ou TUG (Tomada de Uso Geral), presente nesse cômodo.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 43

3.3.2.2 Sistema de Recepção

Com o sistema de envio pronto, foi adotado os seguinte método de análise e requisição
de dados pelo sistema receptor, como mostra o fluxograma da Fig. 12.

Figura 12 – Fluxograma da lógica do sistema receptor

Fonte: Elaborado pela autora

Ao iniciar, rapidamente todos os LED’s (Light Emitting Diode) são testados, isso faz
a validação de que todos os pinos utilizados do microcontrolador estarão em pleno funciona-
mento.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 44

Logo em seguida o sistema entrará em standby deixando de executar suas principais


funções e apenas ficará monitorando um único pino, este pino que estará sendo monitorado é
o pino 𝑅𝑥 da comunicação serial, pois o microcontrolador a todo momento estará aguardando
uma interrupção externa.
Uma vez recebida a interrupção externa, será dado início ao processo de leitura da serial,
assim irá aguardar o byte do ambiente, byte do acionamento e o byte do checksum. Para o byte
do checksum foi realizado a soma do byte de ambiente com o byte de acionamento e comparado
com o valor do checksum, como segue a Fig. 13:

Figura 13 – Lógica utilizada na verificação do checksum

Fonte: Elaborado pela autora

É importante notar no sistema que a soma do byte de ambiente com o byte de aciona-
mento nunca excederá o total de um único byte.
Desde que o checksum esteja correto, o sistema irá executar os dados recebidos, ele irá
entrar em um loop de verificação das informações, sendo primeiro a verificação do ambiente,
logo em seguida, qual acionamento a ser executado.

Em uma instalação elétrica residencial, após receber a informação do acionamento de-


sejado, o sistema funcionará conforme mostrado na Fig. 14.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 45

Figura 14 – Lógica de funcionamento do sistema em uma instalação elétrica residencial

Fonte: Elaborado pela autora

O sistema receptor por si é instalado junto ao quadro geral de distribuição e, junto a


ele, encontra-se um microcontrolador responsável pelo monitoramento dos interruptores da re-
sidência. Esse microcontrolador acoplado junto ao sistema de recepção irá enviar os mesmos
comandos que o transmissor envia para o receptor, desta forma, a recepção saberá como tratar
ambos os dados, sejam oriundos do controle RF ou dos interruptores pressionados.
A vantagem de se adiconar um microcontrolador que monitora os interruptores, é que a
residência inteira estará ligada em "paralelo"com o controle transmissor, isso evita que necessite
um sistema receptor em cada cômodo, assim um único receptor é necessário para todos os
ambientes, evitando gastos adicionais, adição de vários dispositivos espalhados e maior custo-
benefício para o usuário final.
Nota-se, ao passar os fios pelos conduítes até os interruptores, é extremamente recomen-
dado que sejam cabos blindados, uma vez que o diferencial de tensão existente entre as TUG’s,
TUE’s (Tomada de Uso Específico), e interruptores, podem extinguir o sinal de passagem entre
microcontrolador e interruptor.
Após um comando recebido e executado pelo sistema de recepção, este irá enviar um
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 46

sinal alto para o módulo relé, que permutará entre os canais No (Normalmente aberto) e Nc
(Normalmente fechado) curtando a junção do pino comum, com a fase da residência, como
claramente é observado na Fig. 14.
É importante notar que foi utilizado um módulo relé ao invés de um relé convencional,
pois este por sua vez torna-se mais versátil em instalações residenciais, uma vez que não pre-
cisaria uma placa com quantidades limitadas, assim possibilitando a criação de dois ou mais
acionamentos com apenas um comando, caso deseje o usuário final. Este módulo pode ser,
facilmente, montado conforme a Fig. 15.

Figura 15 – Circuito interno a um módulo relé

Fonte: Elaborado pela autora

O esquema mostrado é muito utilizado comercialmente, sendo um circuito simples e


robusto na realização de acionamentos que envolvem tensões acima de 12 𝑉𝐷𝐶 comandados
por microcontroladores.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 47

3.3.3 Projeto da antena receptora


A antena é primordial em qualquer comunicação realizada por radiofrequência, desse
modo é necessário o projeto de uma antena para o módulo de recepção para que a transmissão
de dados seja feita de maneira efetiva.
Inicialmente, é necessário saber o comprimento de onda de transmissão para que a an-
tena seja projetada, o que é dado por:

𝑐
𝜆= (3.1)
𝑓

𝜆 = Comprimento da onda transmitida


𝑐 = Velocidade da Luz no vácuo
𝑓 = Frequência de transmissão

Temos dois dados necessário, 𝑐 = 8 × 108 𝑚/𝑠 e 𝑓 = 433, 92 𝑀 𝐻𝑧, substituindo em


(3.1):

8 × 108
𝜆= = 0.6913 𝑚 (3.2)
433, 92 × 106
Usualmente, pode-se utilizar antenas com 1/4 do comprimento de onda calculado:

𝜆
= 0, 1728 𝑚 (3.3)
4
Pelos cálculos mostrados têm-se que o comprimento mínimo de uma antena para a
frequência trabalhada é 0,17 m, porém, essa dimensão pode ser reduzida com a utilização de
uma antena helicoidal. Não obstante, ao trabalhar com a antena helicoidal, deve-se considerar
que ela não pode ser posicionada próxima a condutores e, também, limita-se a funcionar em
uma estreita faixa de frequência devido suas características de construção.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 48

3.4 Simulação no Proteus


Com a utilização do software Proteus que agrega simulação e design de circuitos foi
possível realizar os testes iniciais da programação. O arquivo .hex gerado pelo MikRoC pode
ser testado no Proteus carregando-o diretamente no componente a ser simulado, no caso, o PIC.

Os principais componentes utilizados na montagem do esquemático são listados a se-


guir:

∙ Display Nokia 3310: Esse componente não é encontrado para simulação de modo que
é necessário o seu download e instalação na biblioteca do Proteus. O modelo utilizado
no Proteus pode ser encontrado no site Microcontrolandos1 . Após a correta instalação,
pode-se selecioná-lo seguindo Component Mode → Pick Devices → NOKIA3310.

∙ LM35: Encontrado em Component Mode → Pick Devices → LM35.

∙ PIC 18F4550: Encontrado em Component Mode → Pick Devices → 18F4550.

∙ Push Buttons: Component Mode → Pick Devices → Button.

∙ Módulo RF: Do mesmo modo que o display, o módulo RF não é encontrado diretamente
no simulador de modo que é necessário fazer seu download e instalação. O modelo utili-
zado encontra-se, também, no site Microcontrolandos2 . Após instalado, pode-se encontra-
lo seguindo Component Mode → Pick Devices → Modulo RX e Component Mode →
Pick Devices → Modulo TX.

Componentes como resistores, capacitores, cristais e LED’s foram adicionados con-


forme a necessidade durante as simulações realizadas.

1
http://microcontrolandos.blogspot.com.br/2013/05/pic-nokia-3310.html
2
https://microcontrolandos.blogspot.com.br/2013/10/pic-modulo-rf.html
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 49

3.4.1 Simulação do PIC18F4550


A Fig. 16 mostra o PIC no simulador Proteus:

Figura 16 – PIC18F4550 no simulador Proteus

Fonte: Print screen do software Proteus

Para correto funcionamento do componente, o pino 1 (𝑀 𝐶𝐿𝑅) é ativado em nível ló-


gico baixo, de modo que quando essa porta é alimentada com a mesma tensão do circuito, estará
desativada.
O valor do cristal oscilador utilizado no projeto é de 8 Mhz ligado aos pinos 13 e 14,
porém para simulação não é necessário adiocioná-lo bastando configurar o dispositivo pelo
próprio simulador como segue:

Edit Properties → Processor Clock Frequency → 8MHz


Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 50

3.4.2 Simulação do LM35


A Fig. 17 mostra o sensor de temperatura no Proteus:

Figura 17 – LM35 no simulador Proteus

Fonte: Print screen do software Proteus

Para simulação, o valor da temperatura desejada pode ser setada no próprio Proteus uti-
lizando as setas ↑ e ↓ presentes no componente. No entanto, para que o PIC leia o sinal analógico
da temperatura é necessário passá-lo pelo conversor analógico/digital e fazer o equacionamento
da conversão tensão ↔ graus Celsius da seguinte maneira:

∙ Conversor A/D: Resolução de 10 bits ⇒ (210 − 1) ⇒ 1023 leituras possíveis

∙ Escala sensor: +10𝑚𝑉 /𝑜 𝐶


Se 10 mV ↔ 1 𝑜 𝐶, pode-se fazer uma relação com a tensão de alimentação do PIC e a
resolução do A/D:

𝑇 𝑒𝑛𝑠˜ 𝑎𝑜 × 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐴𝑛𝑎𝑙´


𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎ç˜ 𝑜𝑔𝑖𝑐𝑎 × 100
𝑇 𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎(𝑜 𝐶) = (3.4)
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢ç˜
𝑎𝑜

∙ Se a tensão de alimentação for igual a 5 V, então:

𝑇 𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎(𝑜 𝐶) = 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐴𝑛𝑎𝑙´


𝑜𝑔𝑖𝑐𝑎 × 0, 48875 (3.5)
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 51

Por exemplo, para um temperatura ambiente próxima de 25 𝑜 𝐶 a leitura do A/D será o


valor 51.

𝑇 𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎(𝑜 𝐶) = 51 × 0, 48875 = 24, 9𝑜 𝐶 (3.6)

Para uma uma melhor precisão de leitura do LM35, são obtidas 𝑁 =10 leituras do con-
versor A/D e calculada a média aritmética.
∑︀𝑁
𝑜 𝑖=1 𝑇 𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖
𝑇 𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑀 𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎( 𝐶) = (3.7)
𝑁
Essa técnica utilizada é chamada de buffer de leitura e consiste em ler muitas vezes o
valor de um sensor, ou de uma variável, em um curto espaço de tempo, e depois criar uma média
deste valor.
Essa média é necessária visto que o próprio sensor tem margens de erro na hora de
transmitir uma informação, além de que a temperatura é algo extremamente instável, portanto
o buffer tende a corrigir estes tipos de erros, criando uma média mais precisa diminuindo a
margem de erro do sensor.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 52

3.4.3 Simulação dos Push Buttons


A interface com o usuário foi desenvolvida para ser navegada com apenas 5 botões (↑,
↓, ←, →, 𝑂𝐾). Não é necessário a adição de outros botões pois em cada menu/submenu haverá
a opção "sair"que quando acionada com o botão 𝑂𝐾 faz com que o usuário retorne para o menu
anterior. A Fig. 18 mostra o esquemático dos botões no simulador:

Figura 18 – Push Buttons no simulador Proteus

Fonte: Print screen do software Proteus

Para o correto funcionamento dos botões é necessário a remoção do bounce e a adição


de filtros que, neste caso, foi programado internamente. Ao pressionar um botão fazemos com
que seus contatos "choquem-se"causando uma trepidação antes de estabilizar e isso causa um
erro da leitura do estado do botão. O bounce pode ser detectado e corrigido de dois modos:

1. Delay: Assim que uma mudança no estado do botão é detectada é utilizado um pequeno
delay. Se ao término do tempo delimitado para o delay a mudança persistir, então real-
mente houve alteração no estado do botão. A desvantagem desse método é que mesmo
para botões similares o tempo de trepidação quando ocorre o contato é diferente, além
de que durante o tempo de delay o PIC ficará bloqueado não executando nenhuma outra
função.

2. Variável auxiliar: Nesse modo é criado uma variável para guardar o tempo em milisegun-
dos. Quando ocorre uma mudança no estado do botão, essa variável é atualizada com o
tempo atual e, caso a diferença entre o tempo atual e essa variável seja maior que o tempo
do bounce, o botão não estará mais instável de modo que pode-se averiguar se a mudança
realmente ocorreu.

O MikRoC possui a biblioteca button que utiliza flags que aguardam o estado anterior.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 53

3.4.4 Simulação do Display


Como mencionado anteriormente, o simulador Proteus não possui o componente LCD
Nokia 3310 de modo que é necessário a instalação de sua biblioteca a parte. Após a intalação,
seu esquemático no Proteus é mostrado na Fig. 19.

Figura 19 – Display no simulador Proteus

Fonte: Print screen do software Proteus

Com esse componente é possível verificar o funcionamento dos menus de acionamento,


botões e demais itens do circuito sem que seja necessário a montagem em protoboard.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 54

3.4.5 Simulação do Módulo RF


Com o uso dos módulos de transmissão e recepção, na simulação, é possível verificar se
os dados serão transferidos corretamente. Após a correta instalação da biblioteca, o esquemático
dos módulos no Proteus é mostrado na Fig. 20.

Figura 20 – Módulos RF no simulador Proteus


(a) Módulo 𝑇𝑋

(b) Módulo 𝑅𝑋

Fonte: Print screen do software Proteus

Com esses componentes é possível fazer várias combinações de acionamentos, para


teste da lógica de programação, antes de montá-los em protoboard.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 55

3.4.6 Simulação dos Acionamentos


Para conferir a lógica de programação dos acionamentos, foram testados três sequências
aleatórias. As Fig. 21, 22 e 23 mostram as sequências testadas.

Foram acionadas as seguintes sequências em cada imagem, conforme Quadro 1:

Quadro 1 – Simulação de Acionamentos

Figura Ambiente → Acionamento


Cozinha → Luzes
21 Lavanderia → Luzes
Varanda → Luzes
Suíte 2 → Luzes
22 Suíte Master → Luzes
Corredor → Luzes
23 Sala → Luzes, Ar-Condicionado

Pode-se ver que todas as lógicas testadas em simulação funcionaram como esperado,
logo deu-se seguimento aos próximos passos do projeto.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus
Figura 21 – Simulação de Acionamentos - Situação 1

Fonte: Print screen do software Proteus

56
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus
Figura 22 – Simulação de Acionamentos - Situação 2

Fonte: Print screen do software Proteus

57
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus
Figura 23 – Simulação de Acionamentos - Situação 3

Fonte: Print screen do software Proteus

58
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 59

3.5 Desenvolvimento da Interface


3.5.1 Lista de acionamentos
O projeto de automação foi realizado visando um modelo de moradia com um número
razoável de cômodos. A Fig. 24 mostra a planta-baixa de um apartamento com 13 cômodos
entre cozinha, área de serviço, circulação, varanda, quartos, lavabos e banheiros.
Figura 24 – Planta-baixa utilizada como modelo para automação

Fonte: Construtora Plaenge

Com essa planta-baixa os acionamentos foram listados para cada cômodo, incluso alarme
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 60

e portão eletrônico. A Fig. 25 apresenta a lista de acionamentos pensados para maior comodi-
dade do morador.

Figura 25 – Lista de acionamentos da residência

Fonte: Elaborado pela autora

A lista de acionamentos pode ser modificada conforme a necessidade do consumidor


com a possibilidade total de 30 acionamentos. Porém, ao acrescer multiplexadores ao sistema
de recepção é possível aumentar para mais de 100 o número de acionamentos.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 61

3.5.2 Interface com o usuário


O desenvolvimento da interface foi pensada para ser o mais amigável possível com
o usuário final. Desse modo, os acionamentos foram divididos por ambientes em vários sub-
menus, além de um menu de ajuda com as informações necessárias sobre a função de cada
push-button como acionamento e navegação do menu.
Ao ser ligado, o display mostrará rapidamente algumas informações antes que o usuário
possa navegar nas opções do menu de acionamentos. A Fig. 26 mostra a sequência de imagens
mostradas ao usuário.

Figura 26 – Inicialização do display


(a) Logo UEL (b) Informações gerais (c) Tela inicial

Fonte: Print screen do software Proteus

O display permanecerá na tela mostrada na Fig. 26(c) a espera do comando do usuário


e, nesta tela, pode-se selecionar o menu Iniciar ou menu Ajuda pressionando o botão OK.
A seguir é descrito a função de cada menu detalhadamente.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 62

Menu Ajuda

Ao selecionar esse menu através da tela inicial, é mostrada uma série de informações ao
usuário como informações gerais e função de cada botão de navegação (↑, ↓, ←, →, 𝑂𝐾). A
Fig. 27 mostra a sequência de informações mostradas ao usuário.

Figura 27 – Menu Ajuda


(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

Fonte: Print screen do software Proteus

Para sair desse menu basta pressionar OK na tela apresentada na Fig. 27(f) que o display
retornará para a tela inicial.

Menu Iniciar

Nesse menu constam todos os cômodos listados da casa juntamente com os itens que
poderão ser acionados. Ao navegar pelo menu de seleção o usuário percorrerá, na sequência, as
seguintes opções pressionando os botões ↑ e ↓:

Cozinha → Lavabos → Sala → Quartos → Garagem → Corredor → Lavanderia → Varanda


→ Alarme → Configurações → Sair

Ao entrar em cada opção disponível, temos:


Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 63

{︃
Luzes
1. Cozinha →
Coifa

Figura 28 – Submenu Cozinha


(a) (b)

⎧ {︁


⎪ Lavabo → Luzes

⎪ {︁
Lavabo Serviço → Luzes





⎪ {︃
⎨ Luzes
2. Lavabos → Banho Master →


⎪ {︁ Hidromassagem

Banho 2 → Luzes





⎪ {︁
⎩ Banho 3 → Luzes

Figura 29 – Submenu Lavabos


(a) (b)
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 64


⎨ Luzes


3. Sala → Ar-Condicionado

⎩ Cortina

Figura 30 – Submenu Sala


(a) (b)

⎧ ⎧
⎨ Luzes

⎪ ⎪

⎪ ⎪

Suite Master → Ar-Condicionado




⎪ ⎪
Cortina

⎪ ⎪




⎪ ⎧
⎨ Luzes

⎪ ⎪

⎨ ⎪
4. Quartos → Suite 2 → Ar-Condicionado
⎪ ⎪


⎪ ⎩ Cortina


⎪ ⎧

⎨ Luzes

⎪ ⎪

⎪ ⎪

Suite 3 → Ar-Condicionado




⎪ ⎪


⎩ ⎩ Cortina

Figura 31 – Submenu Quartos


(a) (b)
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 65

{︁
5. Garagem → Portão

Figura 32 – Submenu Garagem


(a) (b)

{︁
6. Corredor → Luzes

Figura 33 – Submenu Corredor


(a) (b)

{︁
7. Lavanderia → Luzes

Figura 34 – Submenu Lavanderia


(a) (b)
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 66

{︁
8. Varanda → Luzes

Figura 35 – Submenu Varanda


(a) (b)

{︁
9. Alarme → Estado

Figura 36 – Submenu Alarme


(a) (b) (c)

(d) (e)
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 67

⎧ {︁


⎪ Luz de Fundo → Estado

⎪ {︃

⎪ Horas
Alterar Hora →






⎨ {︁ Minutos
10. Configurações → Contraste → Valor

⎪ ⎧
⎨ Som Transmissor

⎪ ⎪

⎪ ⎪

Som → Som Receptor




⎪ ⎪

⎩ ⎩ Toque

Figura 37 – Submenu Configurações


(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

Os valores do ajuste do contraste são mostrados em hexadecimal pois são tabelados pelo
fabricante.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 68

11. Sair

Figura 38 – Submenu Sair


(a)

Caso o usuário não pressione nenhum botão por 1 minuto o sistema passará a exibir um
relógio em formato grande na tela e, também, a temperatura medida no ambiente que encontra-
se o controle. Caso o tempo passe de 1:30 minuto, o backlight do LCD será desligado e com
mais 30 segundos o sistema entrará no modo standby passando a não mostrar informações na
tela. A Fig. 39 mostra o modo de descanso do sistema.

Figura 39 – Tela de descanso do sistema


(a) (b)
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 69

3.6 Roteamento da placa


O roteamento da placa, após várias simulações, foi realizada com o uso do próprio
software Proteus. Como não foi utilizado um número expressivo de componentes para o projeto
foi possível a utilização de apenas um layer, como mostra a Fig. 40.

Figura 40 – Aspecto final da placa

Fonte: Print screen do software Proteus

A Fig. 41 mostra a posição dos componentes na placa.

Figura 41 – Posição dos componentes no esquemático do circuito

Fonte: Print screen do software Proteus

O softwate Proteus possui uma ferramenta de visualização 3D da placa de modo que


é possível conferir melhor o posicionamento dos componentes antes da fabricação da placa. A
Fig. 42 mostra a o modelo 3D da placa roteada.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 70

Figura 42 – Visualização 3D da placa


(a) Top view (b) Back view

(c) Front view (d) Right view

O display foi posicionado de modo a ficar no meio da placa para melhor encaixá-lo
na case projetada. A placa foi projetada com dimensões 6,5x4,7 cm e, com isso, foi possível
acondicioná-la em um gabinete injetado em ABS (Acrylonitrile Butadiene Styrene) encontrado
comercialmente em vários tamanhos.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 71

3.7 Projeto da case


Após o roteamento da placa foi escolhido o gabinete injetado da fabricante Patola, mo-
delo PB-108/2, por seu baixo custo e suas dimensões. A Fig. 43 mostra as características da
caixa escolhida.

Figura 43 – Características da case Patola modelo PB-108/2


(a) (b)

(c) (d)

Fonte: (PATOLA, 2016)

Conhecida as dimensões da caixa, do display e botões escolhidos, foi utilizado o soft-


ware AutoCAD para projetar um molde para o protótipo final do controle. Os botões foram
posicionados de modo que fosse possível acondicionar a placa do circuito logo abaixo do dis-
play.
A Fig. 44 mostra o projeto da case.
Capítulo 3. Programação e Simulação no Proteus 72

Figura 44 – Modelo do controle de automação (Módulo de Transmissão)

Fonte: Print screen do software AutoCAD

Os botões foram distanciados de modo que ao serem pressionados os outros próximos


não fossem pressionados por acidente.
Parte IV

Resultados e Conclusões
74

4 Resultados

4.1 Transmissão
4.1.1 Confecção da placa de circuito impresso
A placa de circuito impresso utilizada no projeto foi feita manualmente com o uso do
método de transferência de calor. Com as trilhas e malhas devidamente roteadas no Proteus,
o circuito foi impresso em papel couchê com uso de impressora laser e transferido para uma
placa de fenolite com uso de calor, nesse caso, utilizou-se um ferro-de-passar para transferir a
tinta do papel couchê para a placa, como mostrado na Fig. 45.

Figura 45 – Confecção da placa de circuito impresso


(a) (b)

(c)

Após a transferência da tinta para a placa de fenolite, foi utilizado percloreto de ferro
para a corrosão do cobre não utilizado. O resultado é mostrado na Fig. 46.
Capítulo 4. Resultados 75

Figura 46 – Placa pronta para solda dos componentes

Com a placa corroída e perfurada, os componentes foram soldados para a montagem da


case do controle de acionamentos. O processo de solda é mostrado na Fig. 47.

Figura 47 – Solda do soquete do microcontrolador

Após o término do processo de solda, a placa está pronta para ser testada juntamente
com os botões e display.
Capítulo 4. Resultados 76

4.1.2 Montagem da case de transmissão


Após a confecção da placa do circuito, a caixa do protótipo final do controle foi mon-
tada. Inicialmente foi impresso o molde, em escala 1:1, com os recortes a serem feitos na case
e colada diretamente sobre a superfície, como mostra a Fig. 48.

Figura 48 – Molde para recorte da case colada sobre a superfície

O recorte do display foi feito com a utilização de uma micro retífica da marca Dremel
modelo 4000 enquanto o acabamento foi feito com o uso lixas e uma lima comum. Para o
encaixe dos botões, a case foi perfurada gradativamente com brocas de espessuras que variam
de 3 mm a 9,5 mm, até o perfeito encaixe, em uma furadeira de bancada Ferrari modelo FGC-
16.
A Fig. 49 mostra as várias etapas da montagem da case.
Capítulo 4. Resultados 77

Figura 49 – Processo de montagem da case


(a) (b) (c)

(d)

Dentro da caixa foi posicionada a placa, o buzzer, o LED que indica que o sistema está
ligado, uma bateria de 3,7V e um módulo carregador de bateria TP4056. A Fig. 50 mostra a
caixa antes do posicionamento dos componentes.

Figura 50 – Case com todos os componentes

O LED foi posicionado logo acima da chave on/off do sistema de modo que ao pres-
Capítulo 4. Resultados 78

sionar a chave, o usuário tenha a confirmação visual que o sistema está ligado. O buzzer foi
posicionado do lado superior direito da caixa de modo que ao pegá-la com uma só mão o som
não seja abafado e, por último, o módulo de carregamento de bateria mini UBS (Universal Se-
rial Bus) foi posicionado no canto inferior de modo a não atrapalhar o uso do controle quando
em carregamento.
A Fig. 51 mostra a montagem do controle finalizada.

Figura 51 – Case finalizada


Capítulo 4. Resultados 79

4.1.3 Teste do controle de transmissão


Com a case montada, fez-se o teste ligando-a e acessando o menu para verificar seu
funcionamento, como mostra a Fig. 52. O sistema funcionou como esperado com a utilização
de uma bateria de NiCd (Níquel-Cádmio) de 3,7V/700mAh apresentando uma autonomia de
aproximadamente 20h antes de precisar ser recarregada.
A recarga do controle é feita via cabo mini-USB/USB podendo ser conectada direta-
mente a entrada USB do computador demorando cerca de 3h para ser completamente carre-
gado, ou com o uso de um carregador de celular, onde demora aproximadamente 1h30 para ser
completamente carregada, enquanto isso o controle pode ser utilizado normalmente durante o
carregamento da bateria.
A entrada mini-USB do módulo de carregamento pode ser alimentada com tensões entre
4V a 6V pois há circuitos de proteção presentes no módulo que impedem a sobrecarga da
bateria.
Capítulo 4. Resultados 80

Figura 52 – Controle em funcionamento


(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

(g) (h) (i)

(j) (k) (l)


Capítulo 4. Resultados 81

4.2 Recepção
4.2.1 Antena Receptora
A antena receptora, necessária para melhor funcionamento do projeto, pode ser simples-
mente um fio rígido de cobre com o comprimento adequado à onda transmitida. No entanto, a
sua dimensão de aproximadamente 17 cm, calculada na equação (3.3), como mostra a Fig. 53,
somente é viável para fins de testes em protoboard.

Figura 53 – Antena receptora

Uma solução para a dimensão da antena é utilizá-la em seu formato helicoidal. Comer-
cialmente a antena helicoidal RF 433MHz é encontrada nas dimensões 11,3 mm e 29,8 mm.
Essa diferença dá-se principalmente pela espessura do cobre utilizado em sua fabricação, mais
comumente utilizado para este fim o cobre de 0,5 mm de diâmetro.
Escolhida a dimensão maior, 29,8 mm, a antena helicoidal foi confeccionada manual-
mente para teste com um fio de cobre de 0,7 mm de diâmetro dando-se 24 voltas (conforme
Fig. 8) em torno de uma chave philips de 3,4 mm de diâmetro. A Fig. 54 mostra a antena
confeccionada.
Capítulo 4. Resultados 82

Figura 54 – Antena receptora helicoidal

Idealmente, as antenas helicoidais apresentam ganho médio de 2,15 dBi e impedância


característica de 50Ω.
Capítulo 4. Resultados 83

4.2.2 Teste dos Acionamentos


Para finalização do trabalho algumas sequências de acionamento foram testadas com
LED’s. As Fig. 55, 56, 57 e 58 mostram as sequências acionadas.

Foram acionadas as seguintes sequências em cada imagem, conforme Quadro 2:

Quadro 2 – Teste de Acionamentos

Figura Ambiente → Acionamento


Nesta imagem são acionados todos os pontos ao mesmo tempo para fins de teste
55 como exemplo, se algum terminal do microcontrolador apresenta defeito e se as
ligações feitas estão corretas.
56 Sala → Luzes, Ar-Condicionado, Cortina
Lavanderia → Luzes
Varanda → Luzes
57
Corredor → Luzes
Alarme → Acionado
Suíte 2 → Luzes, Ar-Condicionado, Cortina
58
Suíte 3 → Luzes, Ar-Condicionado
Capítulo 4. Resultados
Figura 55 – Teste de Acionamentos - Situação 1

84
Capítulo 4. Resultados
Figura 56 – Teste de Acionamentos - Situação 2

85
Capítulo 4. Resultados
Figura 57 – Teste de Acionamentos - Situação 3

86
Capítulo 4. Resultados
Figura 58 – Teste de Acionamentos - Situação 4

87
Capítulo 4. Resultados 88

Como visto, tanto em simulações quanto em testes realizados com montagem do cir-
cuito, a lógica do projeto funcionou como esperado. Todas as sequências mostradas nas ima-
gens anteriores foram acionadas em aproximadamente 4 metros, com o alcance máximo testado
de aproximadamente 35 metros.
Visto isso, pode-se dizer que o sistema não apresenta atrasos perceptíveis entre o envio
do sinal do módulo 𝑇𝑥 , presente no controle, ao módulo 𝑅𝑥 , responsável pela correta interpreta-
ção do sinal sendo, assim, possível implementá-lo com módulos relés dentro de uma instalação
elétrica residencial.
89

5 Conclusões

5.1 Conclusão
O presente trabalho apresentou uma solução para acionamentos sem fio de lâmpadas,
condicionadores de ar, entre outros equipamentos presentes em uma casa. A realização desse
projeto envolveu conhecimentos em eletrônica analógica, eletrônica microprocessada, transmis-
são/recepção de dados e leitura de sensores de temperatura.
Sendo apresentadas várias opções de componentes que realizariam o objetivo proposto,
foi escolhido o RF 433 MHZ devido vários fatores, entre eles estão custo, facilidade de progra-
mação, alcance de transmissão entre os módulos 𝑇𝑥 e 𝑅𝑥 , além de não sofrer grande atenuação
perante paredes, móveis e outros obstáculos, atendendo desse modo todas as características
desejadas inicialmente.
Em termos de alcance, foi possível operar o sistema em cerca de 60 metros em área
aberta e cerca de 35 metros em ambiente fechado, considerando a aplicação em uma casa, essas
distâncias são suficientes para seu correto funcionamento.
Neste projeto foi utilizado o microcontrolador PIC 18F4550 por, também, apresentar
um baixo custo e uma vasta possibilidade de ferramentas que auxiliam sua programação e si-
mulação, exemplo disto é software Proteus, que simula o arquivo .hex sem que seja necessário
gravar o PIC a cada nova modificação no código.
Com isto, conclui-se que o trabalho atingiu os objetivos inicialmente propostos, haja
vista que todos os 25 pontos de acionamentos puderam ser ativados e desativados de forma in-
dependente. No entanto, não foi realizado o teste com o acionamento de módulos relés sendo o
acionamento realizado LEDs suficiente para teste e comprovação da lógica de recepção/trans-
missão.

5.2 Sugestões para projetos futuros


∙ Leitura remota de grandezas físicas, como temperatura e umidade, para cada ambiente da
casa;

∙ Integração do sistema desenvolvido com módulo Bluetooth, dessa forma pode-se sincro-
nizar o sistema com smartphones e tablets;

∙ Adição de LEDs IR para controle de canais de televisão, home theater e temperatura de


ar-condicionado;

∙ Adição de transceptor para que o sistema possa operar em half-duplex.


90

Referências

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Referências 91

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92

APÊNDICE A – Esquemático do
Circuito
A B C D E F G H J K

0 0

MICROCONTROLADOR PIC

U1
2 15
LM35 RA0/AN0 RC0/T1OSO/T1CKI RESET
3 16
BAT_MONITOR
4
5
RA1/AN1
RA2/AN2/VREF-/CVREF
RA3/AN3/VREF+
RC1/T1OSI/CCP2/UOE
RC2/CCP1/P1A
RC4/D-/VM
17
23
SCLK
I/O BLOCO DO SISTEMA RECEPTOR
R26 6
RA4/T0CKI/C1OUT/RCV RC5/D+/VP
24
7 25
1 1

1
1M RA5/AN4/SS/LVDIN/C2OUT RC6/TX/CK RF_TX
14 26
RA6/OSC2/CLKO RC7/RX/DT/SDO SUITE 2 - LUZES 330
X2 13
OSC1/CLKI
BAT_MONITOR CRYSTAL
33 19
RB0/AN12/INT0/FLT0/SDI/SDA RD0/SPP0 LCD_BACKLIGHT SUITE 2 - AR-CONDIC. 330

2
34 20
RB1/AN10/INT1/SCK/SCL RD1/SPP1 SOM
R27 ESQUERDA
35
RB2/AN8/INT2/VMO RD2/SPP2
21
C1 1M DIREITA
36
RB3/AN9/CCP2/VPO RD3/SPP3
22
LCD_SCE SUITE 2 - CORTINA 330
37 27
0.1uF CONFIRMA RB4/AN11/KBI0/CSSPP RD4/SPP4 LCD_RES
38 28
BAIXO RB5/KBI1/PGM RD5/SPP5/P1B LCD_D/C
39 29
CIMA
40
RB6/KBI2/PGC RD6/SPP6/P1C
30
LCD_SDIN SUITE 3 - AR-CONDIC. 330
RB7/KBI3/PGD RD7/SPP7/P1D LCD_SCLK

8
RE0/AN5/CK1SPP
9
SUITE 3 - CORTINA 330

2 C2 RE1/AN6/CK2SPP
10 2
RE2/AN7/OESPP
18 1
VUSB RE3/MCLR/VPP COZINHA - LUZES 330

1nF PIC18F4550

COZINHA - COIFA 330

LAV. SERVICO - LUZES 330

U4
LAVABO - LUZES 330
2 15
RA0/AN0 RC0/T1OSO/T1CKI
3 16
RA1/AN1 RC1/T1OSI/CCP2/UOE
4 17
BANHO MASTER - LUZES 330
5
RA2/AN2/VREF-/CVREF RC2/CCP1/P1A
23
3 RA3/AN3/VREF+ RC4/D-/VM 3
6 24
RA4/T0CKI/C1OUT/RCV RC5/D+/VP OSC2
7 25
BANHO MASTER - HIDRO

1
330 RA5/AN4/SS/LVDIN/C2OUT RC6/TX/CK
14 26
OSC2 RA6/OSC2/CLKO RC7/RX/DT/SDO RF_RX
OSC1
13
OSC1/CLKI X3
BANHO 2 - LUZES CRYSTAL
RECEPTOR RF 433MHZ RELÓGIO
330
33 19
RB0/AN12/INT0/FLT0/SDI/SDA RD0/SPP0

2
34 20
RB1/AN10/INT1/SCK/SCL RD1/SPP1 OSC1
35 21
BANHO 3 - LUZES 330
36
RB2/AN8/INT2/VMO RD2/SPP2
22
U5 37
RB3/AN9/CCP2/VPO RD3/SPP3
27
MODULO RX RB4/AN11/KBI0/CSSPP RD4/SPP4
38 28
SALA - LUZES 330
39
RB5/KBI1/PGM RD5/SPP5/P1B
29
RB6/KBI2/PGC RD6/SPP6/P1C
40 30
RB7/KBI3/PGD RD7/SPP7/P1D
microcontrolandos

4 U6 SALA - AR-CONDIC. 330


8
RE0/AN5/CK1SPP 4
2 8 9
X1 VCC1 C3 RE1/AN6/CK2SPP
1 10
SALA - CORTINA
1

VCC2 330 RE2/AN7/OESPP


18 1
OUT
GND

GND
GND
ANT
VCC

VCC

VUSB RE3/MCLR/VPP
X1
CRYSTAL RST
5
RESET BATERIA SUITE MASTER - LUZES 330
1nF PIC18F4550
7
SCLK SCLK 3.3V
2

3 6
X2 I/O I/O

DS1302
SUITE MASTER - AR-CONDIC. 330
RF_RX

SUITE MASTER - CORTINA 330

5 GARAGEM - PORTAO 330


5

CORREDOR - LUZES 330

LAVANDERIA - LUZES 330

VARANDA - LUZES 330

ALARME
BUZZER
330

6 SUITE 3 - LUZES 330 6

LS1

SOM

SPEAKER

DISPLAY 84X48
LCD1

7
LCD_BACKLIGHT
NOKIA3310
TRANSMISSOR RF 433MHZ 7
LED SINALIZADOR
SENSOR TEMPERATURA U3 BOTÕES
MODULO TX
R29
microcontrolandos
220

U2 cima
1 R28
VOUT

VDD+
RES#

SCE#

SCLK
GND-

SDIN

LED1
D/C

220
DATA
GND

ANT
VCC

LED-YELLOW
8 31.0 8
8
7
6
5
4
3
2
1

esquerda confirma direita

LCD_RES VOUT
2
LM35
LED POWER
LCD_SCE LED-YELLOW
RF_TX
LCD_D/C baixo
LCD_SDIN
3 LM35
LCD_SCLK
LCD_BACKLIGHT

9 FILE NAME: ProjetoRF_Todos_os_Leds.pdsprj


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20/01/2016
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