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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – POLO GUAÍRA - SP

CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

6º SEMESTRE

AMARILDO DE OLIVEIRA PIMENTEL RA: 3383550344

DESAFIO PROFISSIONAL

Disciplinas Norteadoras:
Contabilidade Internacional; Contabilidade Avançada I, Competências Profissionais;
Contabilidade Gerencial e Noções de Atividades Atuariais.

TUTORA EAD: CIPRIANO MARTINEZ

GUAÍRA – SÃO PAULO

2019.
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – POLO GUAÍRA - SP
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

6º SEMESTRE

DESAFIO PROFISSIONAL

Disciplinas Norteadoras:

Contabilidade Internacional; Contabilidade Avançada I, Competências Profissionais;


Contabilidade Gerencial e Noções de Atividades Atuariais.

TUTORA EAD: CIPRIANO MARTINEZ

Trabalho desenvolvido para o curso de


Contabilidade Internacional; Contabilidade
Avançada I; Competências Profissionais;
Contabilidade Gerencial e Noções de
Atividades Atuariais; apresentado à
Anhanguera Educacional como requisito
para a Avaliação na Atividade Desafio
Profissional do 6º semestre, com orientação
do tutor EAD Cipriano Martinez.

GUAÍRA - SÃO PAULO


2019
LISTA DE SIGLAS

AC – Ativo Circulante
ANC – Ativo Não Circulante
BP – Balanço Patrimonial
CCL – Capital Circulante Líquido
CPV – Custo dos Produtos Vendidos
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa
DMPL – Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
IR – Imposto de Renda
LMG – Limite Máximo de Garantia
MEP – Método de Equivalência Patrimonial
PL – Patrimônio Líquido
PC – Passivo Circulante
PNC – Passivo Não Circulante
UT – Unidades Tarifárias

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - DRE Arezzo Indústria e Comércio S/A..............................................................09


Tabela 2 – Balancete de Verificação do Investimento na Controlada X...........................13
Tabela 3 – Projeção Otimista do EBITIDA em Milhares de Reais....................................14
Tabela 4 – Projeção Pessimista do EBITIDA em Milhares de Reais.................................15
Tabela 5 – Análise Vertical Intra Grupos do BP em Milhares de Reais...........................16
Tabela 6 – Análise Vertical por Grupos do BP em Milhares de Reais..............................17
Tabela 7 – Análise Horizontal do BP em Milhares de Reais..............................................19
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................................05
2 – DESENVOLVIMENTO...................................................................................................06
2.1 – MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO..................................06
2.1.1 – Depreciação Linear.....................................................................................................06
2.1.2 – Depreciação pelos Saldos ou Cotas Decrescentes.....................................................07
2.1.3 – Depreciação por Unidades Produzidas.....................................................................07
2.2 – INVESTIMENTOS NA EMPRESA X...........................................................................10
2.3 – PROJEÇÕES DO EBITIDA...........................................................................................13
2.4 – ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.............................................15
2.4.1 – Análise Vertical do Balanço Patrimonial..................................................................16
2.4.2 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial.............................................................18
2.4.3 – Índices de Liquidez.....................................................................................................20
2.4.3.1 – Liquidez geral............................................................................................................20
2.4.3.2 – Liquidez corrente.......................................................................................................21
2.4.3.3 – Liquidez seca.............................................................................................................21
2.4.3.4 – Liquidez imediata......................................................................................................22
2.4.4 – Índices de Endividamento..........................................................................................22
2.4.4.1 – Composição do endividamento.................................................................................22
2.4.4.2 – Grau do endividamento.............................................................................................23
2.4.4.3 – Índice de imobilização do patrimônio líquido...........................................................23
2.4.5 – Índices de Rentabilidade............................................................................................24
2.4.5.1 – Margem líquida.........................................................................................................24
2.4.5.2 – Retorno do patrimônio líquido..................................................................................25
2.4.5.3 – Retorno do ativo........................................................................................................25
2.4.6 – Outras Análises da Combinação de Índices.............................................................25
2.5 – CONTRATAÇÕES DE SEGURO EMPRESARIAL....................................................27
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................32
Anexo A – BP Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais...........................34
Anexo B – DRE Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais........................35
Anexo C – DVA Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais........................36
Anexo D - DFC Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais.....................37
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1 – INTRODUÇÃO

Este trabalho visa esclarecer à empresa Arezzo Indústria e Comércio S/A, que após a
uniformização das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais de contabilidade,
especificamente pela utilização do CPC Nº 27, o qual reitera o disposto pela IAS Nº 16
quanto aos critérios de reconhecimento, avaliação, depreciação, alienação e divulgação dos
ativos imobilizados, a existência da possibilidade de utilização do critério de depreciação que
melhor representar a utilização desses ativos, ainda no tocante a uniformização das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais, avalia – se a possibilidade de investimento a
ser realizado pela empresa, utilizando a conceituação determinada pelo CPC Nº 15, reiterando
o disposto pela IRFS Nº 3, que disciplina os critérios utilizados para o reconhecimento e
mensuração dos investimentos realizados em uma combinação de negócios.
Realizam – se também projeções sobre as vendas da empresa utilizando – se de
situações propostas em um determinado projeto avaliando especificamente a evolução do
EBITIDA da empresa sob essas situações propostas. Ainda na esteira da realização desses
cálculos procede – se a análise das demonstrações financeiras da empresa Arezzo Indústria e
Comércio S/A, através da utilização de técnicas como a análise vertical, horizontal e do
cálculo de vários tipos de índices, sejam eles índices de liquidez, índices de rentabilidade ou
ainda índices de endividamento esclarecendo e interpretando os resultados obtidos em todas
esses cálculos. Além disso, esclarece – se ainda quanto à possibilidade de contratação de um
seguro empresarial por parte da empresa, demonstrando quais os possíveis tipos de seguros
que a empresa pode contratar, bem como suas coberturas e cálculos dos valores dos prêmios a
pagar, referenciando – se nos conceitos definidos e exemplificados no Livro Seguros,
Matemática Atuarial e Financeira de Gustavo Henrique Wanderley de Azevedo, 2ª ed.
Editora Saraiva.
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2 - DESENVOLVIMENTO

Após o esclarecimento dos objetivos do presente relatório e a discriminação de seus


tópicos, inicia – se a exemplificação e resolução dos mesmos, sempre com a utilização das
normas pertinentes aos fatos em análise, além da verificação da situação da empresa,
principalmente pela análise de alguns de seus indicadores.

2.1 – MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

De acordo com o CPC Nº 27 - ATIVO IMOBILIZADO, define - se Depreciação


como a perda de valor de um bem decorrente de seu uso, do desgaste natural ou de sua
obsolescência durante sua vida útil até sua respectiva baixa. , e de acordo com o RIR/99, o
valor referente à depreciação do Ativo Imobilizado pode ser deduzido da base de cálculo do
IR, ou seja, deve ser lançado diretamente no resultado do exercício, aumento – se assim o
lucro da empresa, nota – se com isso a importância dessa possibilidade e a necessidade de se
encontrar o valor correto que deve ser considerado como Depreciação para cada tipo de
Ativo Imobilizado, podendo este cálculo ser realizado por três métodos; Depreciação Linear
ou Linha Reta, Depreciação por Unidades Produzidas e Depreciação pelos Saldos ou Cotas
Decrescentes.
Para exemplificar, utilizando – se os dados constantes no Anexo A – BP Arezzo
Indústria e Comércio S/A em milhares de reais, o qual indica um saldo final da conta ativo
imobilizado de R$ 73.052.000,00 no exercício 2016, e considerando ainda para esse ativo
imobilizado uma vida útil de cinco anos e um limite de produção de 600.000 unidades
produzidas durante esse mesmo período, realiza - se o cálculo da depreciação desse ativo
imobilizado para o Exercício de 2017 pelos três métodos mencionados acima;

2.1.1 - Depreciação Linear

O método da Depreciação Linear ou Linha Reta consiste em encontrar o valor


depreciável dividindo – se o resultado da diferença do custo total líquido do ativo menos seu
valor residual, pelo período de vida útil do Ativo, que pode ser calculado mensal ou
anualmente, entendendo – se como custo total líquido do ativo o seu custo de compra mais
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os gastos para deixa - lo em condições de utilização menos os impostos recuperáveis


incorridos em sua compra, más no caso em questão utiliza – se o saldo da conta Ativo
Imobilizado no exercício 2016 ficando seu cálculo assim exemplificado;
Depreciação Linear = R$ 73.052.000,00 ÷ 5 = R$ 14.610.400,00.
Portanto a empresa pode lançar em sua DRE do exercício 2017 pelo método da
depreciação linear um valor de R$ 14.610.400,00 a título de despesas com depreciação anual
do ativo imobilizado.

2.1.2 - Depreciação pelos Saldos ou Cotas Decrescentes

No método da Depreciação pelos Saldos ou Cotas Decrescentes, encontra - se o valor


depreciável multiplicando - se o resultado da diferença do custo total líquido do Ativo
menos seu Valor Residual com a fração do número decrescente de seu ano de vida útil pela
respectiva soma dos números dos anos de sua vida útil, ficando seu cálculo assim
exemplificado;
Depreciação pelos Saldos Decrescentes = R$ 73.052.000,00 x 5/15 = R$
24.348.232,00
Onde o número cinco representa o número de anos da vida útil do ativo em ordem
decrescente como em 5, 4, 3, 2, 1 e o número quinze representa a soma desses anos de vida
útil sendo 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15.
Portanto com a utilização do método de depreciação pelos saldos ou cotas
decrescentes, a empresa pode lançar em sua DRE do exercício 2017 um valor de R$
24.348.232,00 a título de despesas com depreciação do ativo imobilizado.

2.1.3 - Depreciação por Unidades Produzidas

Já no método de Depreciação pelas Unidades Produzidas, encontra – se o valor


depreciável do imobilizado multiplicando – se o resultado da divisão da quantidade de
unidades produzidas no ano pela expectativa do número de unidades produzidas durante a
vida útil do imobilizado pelo custo total líquido do ativo menos seu valor residual.
Como têm – se uma expectativa de produção de 600.000 unidades durante os cinco
anos de vida útil do ativo imobilizado deduz – se que a produção normal do ano será de
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120.000 unidades produzidas, nesse caso têm – se que;


Depreciação por Unidades Produzidas = (120.000 / 600.000) x 72.052.000,00 =
14.610.400,00.
Portanto com a utilização do nesse método de depreciação por unidades produzidas a
empresa pode lançar em sua DRE do exercício 2017 um valor de R$ 14.610.400,00 a título
de despesas com depreciação do ativo imobilizado.
Após os referidos cálculos e explicações, demonstra – se ainda como realizar uma
Nota Explicativa obrigatória, referente à informação da alteração na política contábil da
empresa quanto ao método de depreciação utilizado para depreciar seu ativo imobilizado que
era pelo método da Depreciação Linear e passou a ser pelo método da Depreciação pelos
Saldos Decrescentes, pois como seus ativos imobilizados são de alta tecnologia, eles perdem
valor e utilidade muito rapidamente salientando que as Notas Explicativas são partes
integrantes das demonstrações contábeis e serão inscritas em seu final com a estrutura
demonstrada a seguir;
Notas Explicativas as Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2017
Nota 1 – Principais Práticas Contábeis Adotadas
a) Imobilizado: Os Saldos das Contas do Ativo Imobilizado do exercício 2017 foram
registrados pelo custo líquido de aquisição ou construção, levando em consideração sua vida
útil e a utilização dos bens (Resolução CFC Nº 1.177/09 (NBC – TG 27) deduzidos da
depreciação calculada agora pelo método dos saldos decrescentes, uma vez que os ativos
imobilizados da empresa em sua grande maioria são ativos de alta tecnologia, depreciando seu
valor contábil muito rapidamente já nos primeiros anos de utilização devido sua obsolescência
tecnológica, fato este que condicionou a mudança do método de depreciação linear utilizado
em 2016 para o método dos saldos decrescentes utilizado neste exercício de 2017.
Agora a título de exemplo elabora – se uma nova DRE da Cia Arezzo S/A para o
exercício de 2017 aproveitando – se os dados do Anexo B – DRE Arezzo Indústria e
Comércio S/A, demonstrando assim o impacto da mudança do método de depreciação linear
que resultaria em uma despesa com depreciação do imobilizado de R$ 14.610.400,00 para o
método de depreciação dos saldos decrescente que gerou uma despesa com depreciação do
imobilizado de R$ 24.348.232,00 aumentando – se então essa despesa de depreciação do
período em aproximadamente R$ 9.737.832,00 que para cálculo exemplificativo será
adicionada a DRE da Arezzo Indústria e Comércio S/A de 2017, como se segue na Tabela 1
abaixo;
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Tabela 1 - DRE Arezzo Indústria e Comércio S/A em Reais


Descrição 2017
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.360.474.000
(-) Custo dos bens e serviços vendidos (736.706.000)
(=) RESULTADO BRUTO 623.768.000
(-) Despesas Operacionais (450.135.000)
Despesas com Vendas (334.215.000)
Despesas Gerais e Administrativas (113.816.000)
Outras Despesas Operacionais (2.104.000)
Aumento da Despesa pela Mudança de Método de Depreciação (9.737.832)
(=) RESULTADO ANTES DO FINANCEIRO 163.895.168
(+) Receitas Financeiras 33.847.000
(-) Despesas Financeiras (24.547.000)
(=) LAIR 173.195.168
(-) Provisão para IR e CSLL (26.947.866)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 146.247.302

Verifica – se assim que com a utilização da depreciação pelos saldos decrescentes


apura – se um resultado do exercício um pouco menor, caindo de R$ 154.470.000,00 para
R$ 146.247.302,00 apresentando então uma redução de R$ 8.222.698,00 no lucro, ao passo
que o valor pago a título de IR e CSLL diminuiu de R$ 28.463.000,00 para R$
26.947.866,00 propiciando que a empresa pague menos R$ 1.515.134,00 em impostos sobre
o lucro, o que compensa e muito a redução no resultado do exercício, vale lembrar que como
a depreciação é uma despesa que não afeta o caixa, isto é, não representa um desembolso de
valores para a empresa, esse valor depreciado soma – se ao lucro no momento do cálculo da
DFC, ou seja, aumenta as disponibilidades de caixa e todos os índices que utilizam esse
parâmetro.
Notadamente percebe – se uma evolução sobre o tema Depreciação, que antes tinha –
se que seguir a tabela fixa de depreciação proposta pela Receita Federal que discrimina a
vida útil de várias categorias de bens, assim como a porcentagem da depreciação admitida
por ano, e com a adoção das Normas do CPC 27 – Ativo Imobilizado as empresas têm a
oportunidade de escolher o método de depreciação que melhor reflete os gastos e a
utilização de seus ativos e ainda atribuir um valor residual que o ativo pode ser alienado ao
final de sua vida útil, como no caso da Arezzo Indústria e Comércio S/A, que possui ativos
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de alta tecnologia e podem ser depreciados pelo método dos saldos decrescentes, já que os
mesmos possuem uma desvalorização acelerada já nos primeiros anos de utilização devido a
sua obsolescência tecnológica, visto que rapidamente teremos máquinas mais modernas,
mais rápidas e mais econômicas, que propiciarão resultados muito melhores que estas, as
quais terão que ser rapidamente repostas sob risco de a empresa perder competitividade em
meio à concorrência, isto é, a máquina seria reposta e ainda não teria sido depreciada
adequadamente de acordo com seu uso.

2.2 – INVESTIMENTOS NA EMPRESA X

Agora avalia – se um possível investimento da empresa na aquisição de uma


participação em outra empresa, assim como a sua contabilização caso ocorra o investimento,
sempre considerando a legislação vigente disposta no CPC 15 – Combinação de Negócios,
que define uma combinação de negócios como:

Combinação de negócios é a operação ou outro evento em que o adquirente obtém o


controle de um ou mais negócios, podendo obter este controle de diversas formas,
como por exemplo: (a) pela transferência de caixa, equivalentes de caixa ou outros
ativos (incluindo ativos líquidos que se constituam em um negócio); (b) pela
assunção de passivos; (c) pela emissão de instrumentos de participação societária;
(d) por mais de um dos tipos de contraprestação acima; ou (e) sem a transferência de
nenhuma contraprestação, inclusive por meio de acordos puramente contratuais.

Posto isso, identifica – se que a Arezzo Indústria e Comércio S/A recebeu uma
proposta para aquisição de 80% das ações de uma Empresa X (qualquer) pelo valor de R$
135.000,00 sendo que na data da proposta o patrimônio líquido da Empresa X é de R$
150.000,00 e o valor justo de seus Ativos líquidos é de R$ 180.000,00.
Diante das especificações da proposta deve – se agora identificar qual o tipo de
combinação de negócios ocorrerá se a empresa aceitar o investimento sendo que tal
procedimento está disciplinado pelo CPC 18 – Investimentos em Controladas e Coligadas que
define essas possíveis combinações de negócios como:

Coligada é a entidade sobre a qual a investidora mantém influência significativa,


sem chegar a controlá-la. Influência significativa significa existência do poder de
participar nas decisões financeiras e operacionais da investida. É presumido que
exista influência significativa quando a entidade possui 20%, ou mais, das ações ou
das quotas com direito a voto da investida.
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Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade


tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.

Nota – se, após verificação das definições, que a operação se tratará de um


investimento realizado pela empresa Arezzo Indústria e Comércio S/A, que será a
controladora em uma empresa controlada, já que a investidora está adquirindo 80% de todo o
patrimônio líquido da outra empresa, que será controlada.
Antes de iniciar a avaliação e contabilização do investimento necessita – se ainda
esclarecer os termos Ágio e Deságio que são definidos de acordo com CPC 15 – como:

Ágio é o valor pago a mais em relação ao valor justo dos ativos líquidos da investida
e Deságio é o valor pago a menos em relação ao valor justo dos ativos líquidos da
investida sendo a contabilização da compra do investimento reconhecida
inicialmente pelo Custo de Aquisição, segregado em Equivalência Patrimonial, Mais
Valia de Ativos e Ágio, se houver.

Após definir que se trata de um investimento em controlada e analisar os valores


envolvidos na negociação verifica – se tratar de uma compra vantajosa (Deságio), pois o valor
pago será menor que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, sinalizando um bom
negócio, ao mesmo tempo verifica – se também a Mais Valia dos Ativos Líquidos da Empresa
X, pois a participação referente ao valor justo dos ativos líquidos é superior ao valor contábil
dessa participação, sendo contabilizados no momento da aquisição desse investimento, como
demonstrados nos lançamentos a seguir;
Fato 01, aquisição do investimento.
D – Investimentos na Controlada X (Avaliados pelo MEP) - R$ 120.000,00
D – Mais Valia dos Ativos da Controlada X - R$ 24.000,00
C – Caixa – R$ 135.000,00
C – Ganho por Compra Vantajosa da Participação na Controlada X – R$ 9.000,00
Histórico: Referente à aquisição à vista no valor de R$ 135.000,00 de 80% de
participação da Empresa X; com reconhecimento de ganho de compra vantajosa pela
diferença entre o valor pago de R$ 135.000,00 e o valor de R$ 144.000,00 referentes à
participação de 80% no Valor Justo dos Ativos Líquidos da Empresa X que eram de R$
180.000,00; reconhecimento do investimento pelo valor contábil da participação de R$
120.000,00 referentes a 80% do PL da Empresa X que era de R$ 150.000,00; reconhecimento
do Mais Valia dos Ativos adquiridos da Controlada X pela diferença entre o valor justo da
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participação nos ativos líquidos de R$ 144.000,00 e o valor contábil da participação de R$


120.000,00 referentes a 80% do PL da Empresa X que era de R$ 150.000,00.
No final do exercício, a Controlada X obteve um lucro contábil de R$ 30.000,00
aumentando seu PL para R$ 180.000,00 e diante disso realiza – se agora o lançamento da
participação da investidora Cia Arezzo S/A nesse lucro contabilizado pela Controlada X.
Fato 02, Reconhecimento da participação da investidora no lucro da Controlada X.
D – Investimentos na Controlada X (Avaliados pelo MEP) - R$ 24.000,00
C – Receita de Equivalência Patrimonial na Controlada X - R$ 24.000,00
Histórico: Reconhecimento pela investidora de R$ 24.000,00 referentes à sua
participação de 80% dos lucros auferidos pela Controlada X que foram de R$ 30.000,00.
Após todos esses lançamentos, a título de demonstração realiza – se também a
contabilização desses fatos nos razonetes de contas como no Livro Razão e um balancete de
verificação.

Caixa Investimentos na Controlada X

135.000 (01) (Avaliados pelo MEP)


(01) 120.000
(02) 24.000

Ganho de Compra Vantajosa na Receita de Equivalência


Participação da Controlada X Patrimonial na Controlada X
9.000 (01) 24.000 (02)

Mais Valia dos Ativos Líquidos


da Controlada X
(01) 24.000
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Tabela 2 – Balancete de Verificação do Investimento na Controlada X


Conta Débito Crédito
Caixa 135.000
Investimentos na Controlada X (Avaliados pelo MEP) 144.000
Ganho de Compra Vantajosa na Participação da Controlada X 9.000
Receita de Equivalência Patrimonial na Controlada X 24.000
Mais Valia dos Ativos Líquidos da Controlada X 24.000
Saldo Total 168.000 168.000

Agora demonstra – se em um Plano de Contas hipotético da Arezzo Indústria e


Comércio S/A os saldos das Contas Analíticas e Sintéticas que representam esse Investimento
dentro do Ativo Não Circulante da empresa, como abaixo;
1.2.2 – Investimentos...........................................................................................168.000
1.2.2.1 – Investimentos na Controlada X.............................................................168.000
1.2.2.1.1 – Investimentos na Controlada X (Avaliados Pelo MEP).....................144.000
1.2.2.1.2 – Mais Valia dos Ativos Líquidos da Controlada X...............................24.000

2.3 – PROJEÇÕES DO EBITIDA

Considerando o avanço das vendas online, a empresa recebe um projeto para


aproveitar esse novo canal de vendas, projeto este que indica a empresa para aumentar o
incentivo a suas vendas por meio de portais eletrônicos para com isso conseguir um aumento
nas vendas líquidas da ordem de 10%, uma redução dos custos dos produtos vendidos em
10%, uma diminuição das despesas administrativas em 5% e também uma redução das
despesas de vendas em 12%.
Más para uma melhor avaliação desse projeto faz – se necessário o cálculo do
EBITIDA, onde primeiramente encontra - se do lucro operacional da empresa que nada mais é
que o lucro gerado pela receita operacional líquida descontando dos custos,
das despesas administrativas, comerciais e operacionais, ou seja, exclui-se qualquer
movimentação financeira e soma – se com esse lucro operacional os valores gastos com
depreciação e amortização, como demonstrado abaixo;
EBITDA = Lucro Operacional Antes do Imposto de Renda e Receitas/Despesa
Financeira + Depreciação + Amortização.
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Para uma correta comparação com os cenários de vendas propostos deve – se


primeiramente elaborar o EBITIDA da empresa no último exercício findo, utilizando – se
para isso os dados do Anexo B - DRE Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de
Reais, onde se verifica que o lucro operacional da empresa, ou seja, o resultado antes do
financeiro, do IR e da CSLL em 2017 era de R$ 173.633.000,00. Agora para chegar – se ao
EBITIDA faz – se necessário a soma desse valor com os valores gastos a título de depreciação
e amortização, demonstrados no Anexo C – DVA Arezzo Indústria e Comércio S/A, no qual
verifica – se que o valor gasto com depreciação e amortização perfaz um montante de R$
32.632.000,00.
Diante dos valores encontra – se que em 2017 a empresa obteve um EBITIDA no
valor de R$ 206.265.000,00 (173.633.000 + 32.632.000).
Agora conforme projeto para as vendas online já mencionado, considerando um
aumento nas vendas líquidas da ordem de 10%; a redução dos CPV em 10%; a diminuição
das despesas administrativas em 5% e ainda uma redução das despesas de vendas em 12%
elabora – se uma projeção do EBITIDA da empresa para o ano de 2018 utilizando esse
cenário otimista, como na Tabela 3 abaixo;

Tabela 3 – Projeção Otimista do EBITIDA em Milhares de Reais


DESCRIÇÃO 2017 Estimativa 2018
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.360.474 +10% 1.496.521
(-) Custo dos bens e serviços vendidos (736.706) -10% (663.035)
(=) RESULTADO BRUTO 623.768 833.486
(-) Despesas Operacionais (450.135) (409.452)
Despesas com Vendas (334.215) -12% (294.109)
Despesas Gerais e Administrativas (113.816) -5% (108.125)
Outras Despesas Operacionais (2.104) (2.104)
(=) RESULTADO ANTES DO FINANCEIRO 173.633 424.034
Depreciação, Amortização e Exaustão 32.632 32.632
EBITIDA 206.265 456.666

Após encontrar a EBITIDA no cenário otimista projetado, realiza – se o cálculo do


EBITIDA em um cenário mais restritivo, pessimista, invertendo as porcentagens previstas no
projeto otimista para o aumento das vendas online, como demonstrado na Tabela 4 abaixo;
15

Tabela 4 – Projeção Pessimista do EBITIDA em Milhares de Reais


DESCRIÇÃO 2017 Estimativa 2018
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.360.474 -10% 1.224.427
(-) Custo dos bens e serviços vendidos (736.706) +10% (810.377)
(=) RESULTADO BRUTO 623.768 414.050
(-) Despesas Operacionais (450.135) (501.046)
Despesas com Vendas (334.215) +12% (374.321)
Despesas Gerais e Administrativas (113.816) +5% (119.507)
Outras Despesas Operacionais (2.104) (2.104)
(=) RESULTADO ANTES DO FINANCEIRO 173.633 (86.996)
Depreciação, Amortização e Exaustão 32.632 32.632
EBITIDA 206.265 (54.364)

Nota – se que ao analisar o cenário otimista da empresa, verifica – se que o EBITIDA


saltou de R$ 206.265.000,00 para R$ 456.666.000,00 perfazendo um aumento da ordem de
121,40% enquanto que ao considerar o cenário pessimista, ou seja, invertendo as
porcentagens esperadas, o EBITIDA se torna deficitário, caindo de R$ 206.265.000,00
positivos para R$ 54.364.000,00 negativos, com isso verifica – se que a viabilidade desse
projeto se condiciona a busca continua pelos índices previstos, ou seja, a empresa tem que
buscar a todo custo esse aumento nas vendas, combinado com a redução no custo dos
produtos, nas despesas gerais, administrativas e com vendas, pois se não for assim o projeto
gera um grande prejuízo operacional.

2.4 – ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Os usuários internos e externos das demonstrações contábeis podem realizar vários


tipos de análises e cálculos ao observar tais demonstrações com objetivo de comparação entre
os exercícios para fazer projeções, verificar sua solvência, rentabilidade ou ainda detectar uma
queda ou melhora de desempenho.
De acordo com os dados disponibilizados no Anexo A - BP Arezzo Indústria e
Comércio S/A em relação a 2016 e 2017 a pedido da diretoria da empresa calculam – se
vários desses índices e realiza – se várias dessas análises, dentre os quais se destacam;
16

2.4.1 – Análise Vertical do Balanço Patrimonial

A análise vertical mostra a relação entre as contas analíticas, as quais recebem


diretamente os lançamentos e o seu grupo de contas, ou contas sintéticas que são contas
gerais, as quais agrupam o saldo de outras contas analíticas, como na Tabela 6 abaixo;

Tabela 5 - Análise Vertical Intra Grupos do BP em Milhares de Reais


CONTA/ANO 2017 % 2016 %
ATIVO CIRCULANTE 855.237 100% 706.229 100%
Disponibilidades 10.156 1,19% 5.020 0,71%
Aplicações Financeiras 327.764 38,32% 237.824 33,68%
Valores a Receber 336.954 39,40% 315.304 44,65%
Estoques 113.489 13,27% 110.478 15,64%
Outros Ativos Circulantes 66.874 7,82% 37.603 5,32%
ATIVO NÃO CIRCULANTE 194.662 100% 200.919 100%
Ativo Realizável à Longo Prazo 44.908 23,07% 41.001 20,41%
Investimentos 2.925 1,50% 905 0,45%
Imobilizado 67.636 34,75% 73.052 36,36%
Intangível 79.193 40,68% 85.961 42,78%
PASSIVO CIRCULANTE 356.825 100% 201.830 100%
Obrigações Sociais e Trabalhistas 39.722 11,13% 27.863 13,81%
Fornecedores 104.416 29,26% 66.445 32,92%
Obrigações Fiscais 19.527 5,47% 18.637 9,23%
Empréstimos e Financiamentos 163.729 45,89% 78.970 39,13%
Outros Passivos de Curto Prazo 29.431 8,25% 9.915 4,91%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 28.114 100% 35.619 100%
Empréstimos e Financiamentos 18.016 64,08% 27.079 76,02%
Provisões de Longo Prazo 8.866 31,54% 7.209 20,24%
Outros Passivos de Longo Prazo 1.232 4,38% 1.214 3,41%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 664.960 100% 669.699 100%
Capital Social 330.375 49,68% 310.008 46,29%
Reservas de Capital 44.369 6,67% 39.554 5,91%
Reservas de Lucros 292.202 43,94% 321.999 48,08%
17

Verificam – se na análise vertical acima informações relevantes quanto ao ativo, como


a informação de que as disponibilidades e as aplicações financeiras de curto prazo
representavam juntas 78,33% do AC em 2016 e 77,72% em 2017, ou seja, a
representatividade das disponibilidades e aplicações em relação ao ativo circulante, diminuiu
de 2016 para 2017.
Observa – se também que o imobilizado mais o intangível representavam 79,14% do
ativo não circulante em 2016 e 75,43% em 2017, demonstrando uma melhora, já que a
empresa diminuiu um pouco o valor empregado, ou seja, parado nesses grupos.
Já em relação ao passivo, verifica – se que os valores comprometidos com
fornecedores, obrigações fiscais, empréstimos e financiamentos com vencimento no curto
prazo somavam 81,28% do passivo circulante em 2016 e 80,62% em 2017; enquanto que os
valores comprometidos com empréstimos e financiamentos de longo prazo eram de 76,02%
do passivo não circulante em 2016 e 64,08% em 2017 sendo ainda que as provisões de longo
prazo representavam 20,24% do passivo não circulante em 2016 e 31,54% em 2017.
E em relação ao patrimônio líquido observa – se que o capital social representava
46,29% desse patrimônio líquido em 2016 e 49,68% em 2017 e nesse mesmo grupo as
reservas de lucros representavam 48,08% do patrimônio líquido em 2016 e 43,94% em 2017.
Verifica – se também a análise vertical dos grupos do balanço patrimonial em relação
ao ativo total e passivo total, como na tabela abaixo;

Tabela 6 - Análise Vertical por Grupos do BP em Milhares de Reais


Grupo/Ano 2017 Porcentagem 2016 Porcentagem
Ativo Total 1.049.899 100% 907.148 100%
Ativo Circulante 855.237 81,46% 706.229 77,85%
Ativo Não Circulante 194.662 18,54% 200.919 22,15%
Passivo Total 1.049.899 100% 907.148 100%
Passivo Circulante 356.825 33,98% 201.830 22,49%
Passivo Não Circulante 28.114 2,68% 35.619 3,92%
Patrimônio Líquido 664.960 63,33% 669.699 73,82%

Observa – se nesta análise vertical que a empresa não está travada pela aplicação de
recursos no ativo não circulante, pois seu ativo circulante representava 77,85% do ativo total
em 2016 e 81,46% em 2017 enquanto que o ativo não circulante representa 22,15% em 2016
e 18,54% em 2017. Já na análise do passivo verifica – se uma preocupação, pois o passivo
18

circulante da empresa representava 22,49% do passivo total em 2016 e 33,98% em 2017


enquanto o passivo não circulante representava 3,92% do passivo total em 2016 e 2,68% em
2017 indicando que a maior parte das obrigações da empresa é de curto prazo, quanto ao
tamanho do patrimônio líquido observa – se uma boa posição já que o mesmo representava
73,82% do passivo total em 2016 e 63,33% do passivo total em 2017, apesar de ter encolhido.
Na análise vertical demonstra – se ainda, principalmente para aos gestores a
possibilidade de financiamento por capitais de terceiros em longo prazo, pois este grupo do
passivo não circulante está erroneamente pouco utilizado, pois o correto seria que a maior
parte das obrigações de uma empresa seja de longo prazo, liberando os recursos da empresa
que estão comprometidos com as obrigações de curto prazo.
No mesmo modelo de análise, observa – se pela análise vertical a possibilidade da
empresa financiar suas atividades com recursos próprios advindos das reservas de lucros que
em 2017 era de R$ 292.202.000,00 representando 43,94% do seu patrimônio líquido.
Quanto a opção de investimento, destaca – se após análise do BP da Arezzo Indústria e
Comércio S/A, que uma boa opção seria aumentar o valor de seus investimentos, referente ao
subgrupo investimentos do ativo não circulante, que em 2017 representava apenas 1,50% de
seu ativo não circulante. Também observa – se pela análise vertical, que as contas a receber
no curto prazo representavam 39,40% do ativo circulante da empresa em 2017, ou seja, um
percentual bem expressivo de contas que a empresa ainda tem que receber, indicando a
possibilidade de encurtar esse prazo de recebimento, o que provocaria uma diminuição do
saldo de contas a receber e um aumento em suas disponibilidades, que melhorariam seu
capital circulante líquido e até a imagem da empresa perante os usuários das informações
contábeis que observariam mais dinheiro em caixa.

2.4.2 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial

A análise horizontal demonstra a relação entre as informações das demonstrações


contábeis de um período para outro, verificando sua evolução, ou seja, esta análise mostra ao
gestor ou a qualquer usuário das demonstrações contábeis, a informação se determinada
conta ou grupos de contas aumentaram ou diminuíram de um período para o outro,
propiciando uma melhor informação sobre a evolução dos números apresentados pela
empresa, esta análise se solidifica apoiada no princípio da comparabilidade, sendo a análise
horizontal do BP da Arezzo Indústria e Comércio S/A, demonstrado na Tabela 6 abaixo;
19

Tabela 7 - Análise Horizontal do BP em Milhares de Reais


CONTA Evolução 2017 2016
ATIVO TOTAL / PASSIVO TOTAL +15,74% 1.049.899 907.148
ATIVO CIRCULANTE +21,10% 855.237 706.229
Disponibilidades +102,31% 10.156 5.020
Aplicações Financeiras +37,82% 327.764 237.824
Valores a Receber +6,87% 336.954 315.304
Estoques +2,73% 113.489 110.478
Outros Ativos Circulantes +77,84% 66.874 37.603
ATIVO NÃO CIRCULANTE -3,11% 194.662 200.919
Ativo Realizável à Longo Prazo +9,53% 44.908 41.001
Ativo Permanente -6,36% 149.754 159.918
Investimentos +223,30% 2.925 905
Imobilizado -7,41% 67.636 73.052
Intangível -7,87% 79.193 85.961
PASSIVO CIRCULANTE +76,79% 356.825 201.830
Obrigações Sociais e Trabalhistas +42,56% 39.722 27.863
Fornecedores +57,15% 104.416 66.445
Obrigações Fiscais +4,78% 19.527 18.637
Empréstimos e Financiamentos +107,33% 163.729 78.970
Outros Passivos de Curto Prazo +196,83% 29.431 9.915
PASSIVO NÃO CIRCULANTE -21,07% 28.114 35.619
Empréstimos e Financiamentos -33,47% 18.016 27.079
Provisões de Longo Prazo +22,99% 8.866 7.209
Outros Passivos de Longo Prazo +1,48% 1.232 1.214
Lucros e Receitas a Apropriar -117% 0 117
PATRIMÔNIO LÍQUIDO -0,71% 664.960 669.699
Capital Social +6,57% 330.375 310.008
Reservas de Capital +12,17% 44.369 39.554
Reservas de Lucros -9,25% 292.202 321.999
Ajustes de Avaliação Patrimonial -100% 0 (1.862)
20

Analisando – se as informações da tabela 6, verifica – se algumas informações novas e outras


já esperadas devido ao que foi evidenciado pela análise vertical do BP, dentre as informações
demonstradas na análise horizontal do BP da Arezzo Indústria e Comércio S/A, verifica – se a
diminuição do ativo não circulante, devido principalmente a evolução dos grupos do imobilizado e do
intangível, que caíram 7,41% e 7,87% respectivamente e se sobrepuseram ao aumento de 223,30%
nos investimentos, também confirma – se a menor representatividade do patrimônio líquido em
relação ao passivo total observada na análise vertical pelo fato de que as reservas de lucros terem
diminuído 9,75% de 2016 para 2017 e se sobrepôs ao aumento das reservas de capital e do capital
social de 12,17% e 6,57% respectivamente, diminuindo assim em 0,71% o patrimônio líquido de
2017.
Percebe- se também que o passivo não circulante diminuiu 21,07% de 2016 para 2017, queda
esta devida principalmente a diminuição dos empréstimos e financiamentos de longo prazo que
diminuíram 33,74% e se sobrepuseram ao aumento de 22,99% das provisões de longo prazo.
Situação inversa observa – se no passivo circulante que aumentou expressivos 76,79% de
2016 para 2017, porcentagem expressiva esta, devida ao fato que todas as contas deste grupo
tiveram aumentos consideráveis; como as obrigações sociais e trabalhistas que aumentaram
42,56%; os fornecedores que aumentaram 57,15%; os empréstimos e financiamentos de curto
prazo que aumentaram 107,33% e outros passivos de longo prazo que aumentaram 196,83%.
Já no ativo circulante verifica – se um aumento de 21,10% de 2016 para 2017, devido
principalmente; ao aumento de 37,82% nas aplicações financeiras de curto prazo, ao aumento
de 77,84% em outros ativos circulantes e o aumento de 102,31% nas disponibilidades de
caixa.

2.4.3 – Índices de Liquidez

Os índices de liquidez fornecem aos usuários das demonstrações contábeis, sejam eles
credores, investidores, diretores ou governo, informações sobre a solvência da empresa, isto é,
se a empresa, a partir de valores que compõem seu Ativo, consegue cumprir com as
obrigações assumidas representadas por seu Passivo. Dentre esses índices destacam – se;

2.4.3.1 – Liquidez geral

A Liquidez Geral representa a capacidade de a empresa pagar seus compromissos de


curto e longo prazo, ou seja, seu passivo circulante e não circulante, com a soma de seu ativo
21

circulante com o realizável em longo prazo como demonstrado na fórmula abaixo para 2016 e
2017;
LG (2016) = (AC + RLP) ÷ (PC + PNC) = (706.229 + 41.001) ÷ (201.830 + 35.619) =
747.230 ÷ 237.449 = 3,15
LG (2017) = (AC + RLP) ÷ (PC + PNC) = (855.237 + 44.908) ÷ (356.825 + 28.114) =
900.145 ÷ 384.939 = 2,34
Verifica – se com a observação deste indicador que a empresa diminuiu sua liquidez
geral de 3,15 para 2,34 demonstrando uma diminuição da capacidade de pagamento de suas
obrigações no curto prazo utilizando seu AC mais seu RLP.

2.4.3.2 – Liquidez corrente

A Liquidez Corrente representa a capacidade de a empresa pagar seus compromissos


de curto prazo, ou seja, seu passivo circulante, com seu ativo circulante, como demonstrado
na fórmula abaixo para 2016 e 2017;
LC (2016) = AC ÷ PC = 706.229 ÷ 201.830 = 3,50
LC (2017) = AC ÷ PC = 855.237 ÷ 356.825 = 2,40
Verifica – se com a observação deste indicador que a empresa diminuiu sua liquidez
corrente de 3,50 para 2,40 demonstrando uma diminuição da capacidade de pagamento de
suas obrigações no curto prazo utilizando para isso seu AC.

2.4.3.3 – Liquidez seca

A Liquidez Seca representa a capacidade de a empresa pagar seus compromissos de


curto prazo, ou seja, seu passivo circulante, com seu ativo circulante menos os valores de seus
estoques, como demonstrado na fórmula abaixo para 2016 e 2017;
LS (2016) = (AC – Estoques) ÷ PC = (706.229 - 110.478) ÷ 201.830 = 595.751 ÷
201.830 = 2,95
LS (2017) = (AC – Estoques) ÷ PC = (855.237 - 113.489) ÷ 356.825 = 741.748 ÷
356.825 = 2,08
Verifica – se com a observação deste indicador que a empresa diminuiu sua liquidez
seca de 2,95 para 2,08 demonstrando uma diminuição da capacidade de pagamento de suas
obrigações no curto prazo utilizando para isso seu AC diminuído de seus estoques.
22

2.4.3.4 – Liquidez imediata

A Liquidez Imediata representa a capacidade de a empresa pagar seus compromissos


de curto prazo, com a soma de suas disponibilidades, ou seja, caixa e banco mais suas
aplicações financeiras de liquidez imediata como demonstrado na fórmula abaixo para 2016 e
2017;
LI (2016) = (Disponibilidades + Aplicações Financeiras Imediatas) ÷ PC = (5.020 +
237.824) ÷ 201.830 = 242.844 ÷ 201.830 = 1,20
LI (2017) = (Disponibilidades + Aplicações Financeiras Imediatas) ÷ PC = (10.156 +
327.764) ÷ 356.825 = 337.920 ÷ 356.825 = 0,95
Verifica – se com a observação deste indicador que a empresa diminuiu sua liquidez
imediata de 1,20 para 0,95 demonstrando não só uma diminuição, más a falta de capacidade
para pagamento de suas obrigações no curto prazo utilizando apenas suas disponibilidades.
Observa – se que em todos esses índices houve uma piora considerável, acendendo um
sinal de alerta para investidores e principalmente para credores, que esperam receber suas
contas e percebem por esses índices que a empresa está diminuindo sua capacidade de
solvência.

2.4.4 – Índices de Endividamento

Estes índices demonstram a dependência da empresa em relação ao capital de


terceiros, assim como sua formação, sendo mais utilizados;

2.4.4.1 – Composição do endividamento

Este índice, também chamado de perfil da dívida demonstra a relação entre o passivo
circulante e a soma do passivo circulante com o passivo não circulante, ou seja, qual o
percentual das obrigações de curto prazo em relação a todas as obrigações, como demonstrado
abaixo para 2016 e 2017.
CE (2016) = [PC ÷ (PC + PNC)] x 100 = [201.830 ÷ (35.619 + 201.830)] x 100 =
[201.830 ÷ 237.449] x 100 = 0,8499 x 100 = 84,99% ≈ 85%
CE (2017) = [PC ÷ (PC + PNC)] x 100 = [356.825 ÷ (28.114 + 356.825)] x 100 =
[356.825 ÷ 384.939] x 100 = 0,9269 x 100 = 92,69% ≈ 93%
23

Verifica – se ao observar este índice que a empresa aumentou sua dependência do


capital de terceiros no curto prazo de 85% para 93%, ou seja, a situação não era boa com a
dependência do capital de terceiros em 85% e veja que ela aumentou para 93% o que se torna
muito ruim para a empresa, provocando uma dificuldade no fluxo de caixa uma vez que a
empresa tem que pagar todas essas contas de curto prazo diminuindo também seu capital
circulante líquido.

2.4.4.2 – Grau do endividamento

Este índice demonstra a relação existente entre o endividamento da empresa por


capitais de terceiros e seu ativo total, indicando quanto de cada R$ 1,00 de seu ativo é
financiado por capitais de terceiros, sendo para 2016 e 2017 demonstrados como na fórmula
abaixo;
GE (2016) = (PC + PNC) ÷ Ativo Total = (201.830 + 35.619) ÷ 907.148 = 237.449 ÷
907.148 = 0,26
GE (2017) = (PC + PNC) ÷ Ativo Total = (356.825 + 28.114) ÷ 1.049.899 = 384.939
÷ 1.049.899 = 0,37
Verifica – se ao observar este índice que a empresa aumentou a utilização do capital
de terceiros para financiamento do seu ativo de 0,26 para 0,37 demonstrando que no ano de
2017 para cada R$ 1,00 do seu ativo R$ 0,37 é financiado por capitais de terceiros, ou seja,
um aumento de 42,31% no financiamento do ativo por capitais de terceiros.

2.4.4.3 – Índice de imobilização do patrimônio líquido

Este índice nos mostra quanto do PL da empresa está aplicado no antigo ativo
permanente, que seria hoje equivalente aos grupos do imobilizado, investimentos e intangível
do ativo não circulante, ou seja, quanto dinheiro do PL está engessado, parado nesses ativos
não circulantes, sobrando menos dinheiro para o AC, sendo que para 2016 e 2017 são
demonstrados como abaixo;
IPL (2016) = (Ativo Permanente ÷ PL) x 100 = (159.918 ÷ 669.699) x 100 = 0,2388 x
100 = 23,88
IPL (2017) = (Ativo Permanente ÷ PL) x 100 = (149.754 ÷ 664.960) x 100 = 0,2252 x
100 = 22,52
24

Verificando assim que a empresa diminuiu seu índice de imobilização do patrimônio


líquido, de 23,88% em 2016 para 22,52% em 2017, indicando que sobrou mais dinheiro no
ativo circulante da empresa.

2.4.5 – Índices de Rentabilidade

Estes índices mostram o quanto a empresa obteve de rentabilidade, ou seja, quanto que
o dinheiro aplicado em ativos, no PL ou em sua própria produção retornou livre para empresa
em forma de lucro, sendo mais utilizados;

2.4.5.1 – Margem líquida

A Margem Líquida é representada pela divisão do valor da receita líquida de vendas


pelo valor do lucro líquido, sendo o resultado multiplicado por cem, expressando quanto de
cada real líquido recebido a empresa obtém de lucro, indicando assim a eficiência e
rentabilidade em suas operações.
Após a definição da Margem Líquida, e observando os dados do Anexo B - DRE
Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais, realizam – se os cálculos da Margem
Líquida para os anos de 2016 e 2017 como demonstrados abaixo;
ML (2016) = (Lucro Líquido ÷ Receita Líquida) x 100 = (116.149.000 ÷
1.239.110.000) x 100 = 0,0937 x 100 = 9,37
ML (2017) = (Lucro Líquido ÷ Receita Líquida) x 100 = (154.470.000 ÷
1.360.474.000) x 100 = 0,1135 x 100 = 11,35
Percebe – se então que a margem líquida da empresa aumentou de um índice de 9,37%
em 2016 para 11,35% em 2017, indicando assim uma melhora de 21,13 % [(1,98 ÷ 9,37) x
100] na sua margem líquida, ou seja, de cada real líquido recebido a empresa obtém R$ 0,21
de lucro, demonstrando assim para os usuários das demonstrações financeiras uma melhora na
eficiência de suas operações e na rentabilidade da empresa.
Vale destacar que essa melhora na Margem Líquida acompanhou um pouco o aumento
significativo que teve o lucro líquido apurado que teve um aumento de 32,99% nesse período,
saltando de R$ 116.149.000,00 em 2016 para R$ 154.470.000,00 em 2017.
25

2.4.5.2 – Retorno do patrimônio líquido

Este índice indica o percentual do retorno representado pelo lucro líquido alcançado
pela empresa nas suas operações em relação ao montante total aplicado pelos proprietários e
acionistas da própria empresa, sendo para 2016 e 2017 demonstrados abaixo;
Retorno do Patrimônio Líquido (2016) = (Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido) x 100
= (116.149 ÷ 669.699) x 100 = 0,1734 x 100 = 17,34
Retorno do Patrimônio Líquido (2017) = (Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido) x 100
= (154.470 ÷ 664.960) x 100 = 0,2323 x 100 = 23,23
Percebe – se então que o retorno ou rentabilidade do patrimônio líquido da empresa
aumentou de 17,34% em 2016 pra 23,23% em 2017, indicando um aumento de 33,97% neste
índice, o que se deve muito ao fato do lucro líquido ter aumentado enquanto que o patrimônio
líquido diminuiu no período.

2.4.5.3 – Retorno do ativo

O Retorno do Ativo indica o quanto que a empresa obtém de retorno em relação ao


montante investido em seu ativo total, ou seja, é a porcentagem representada pelo lucro
líquido alcançado pela empresa nas suas operações normais em comparação com o montante
de todos os seus ativos, ou seja, a soma de aplicações em disponíveis, estoques, imobilizados,
intangíveis, investimentos etc. e seu cálculo para 2016 e 2017 são demonstrados abaixo;
Retorno do Ativo (2016) = (Lucro Líquido ÷ Ativo Total) x 100 = (116.149 ÷
907.148) x 100 = 0,1280 x 100 = 12,80
Retorno do Ativo (2017) = (Lucro Líquido ÷ Ativo Total) x 100 = (154.470 ÷
1.049.899) x 100 = 0,1471 x 100 = 14,71
Verifica – se que o retorno ou a rentabilidade do ativo total da empresa aumentou de
12,80% em 2016 pra 14,71% em 2017, indicando um aumento de 14,92% neste índice.

2.4.6 – Outras Análises da Combinação de Índices

Dos índices já calculados anteriormente infere – se várias interpretações, dentre as


quais pode – se destacar uma estreita contradição entre o aumento de 15,77% no ativo total
verificado na análise horizontal do período e o pequeno aumento no lucro líquido ou margem
26

líquida de 1,53% no mesmo período, levando a uma pergunta simples, como o ativo total
aumentou tanto com um aumento tão pequeno na margem líquida? E sua resposta também é
evidenciada pela análise horizontal, onde verifica – se que no período considerado suas
obrigações aumentaram 62,11% subindo de R$ 237.449.000,00 para R$ 384.939.000,00
indicando que o aumento do ativo total da empresa foi financiado pelo capital de terceiros
(aumento das obrigações).
Em outra análise possível, percebe – se que a diminuição do índice de imobilização
do PL poderia ter ser melhor ainda se o PL não tivesse encolhido 0,71% o que provocou uma
representatividade maior do imobilizado perante um PL menor, observa – se também que essa
redução do PL está explicada no ANEXO A – BP Arezzo Indústria e Comércio S/A em
Milhares de Reais, onde verifica – se uma diminuição nas reservas de lucro que em 2016 eram
de R$ 321.999.000,00 e em 2017 terminaram com um saldo final de R$ 292.202.000,00 onde
parte deste lucro, no valor de R$ 24.398.000,00 conforme ANEXO D - DFC Arezzo Indústria
e Comércio S/A foram distribuídos como dividendos e juros sobre capital próprio.
Outro índice importante para a empresa e para os credores é o Capital Circulante
Líquido ou Capital de Giro Próprio, que é o valor que sobra do ativo circulante ao descontar –
se o valor do passivo circulante, ou seja, o montante que fica a disposição da empresa para se
auto financiar após pagar suas contas que vencem no curto prazo, o qual pelos saldos dos
grupos constantes no ANEXO A – BP Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de
Reais, para os anos de 2016 e 2017 são demonstrados como abaixo;
CCL (2016) = AC - PC = 706.229.000 - 201.830.000 = 504.399.000
CCL (2017) = AC – PC = 855.237.000 - 356.825.000 = 498.412.000
Verifica – se então que a empresa diminuiu seu Capital Circulante Líquido ou Capital
de Giro Próprio, que era de R$ 504.399.000,00 em 2016 e foi para R$ 498.412.000,00 em
2017, demonstrando que a empresa está com menos dinheiro sobrando para se sustentar no
curto prazo, indicando assim a possibilidade de ter que recorrer a empréstimos ou
financiamentos para financiar suas operações, más ressalta – se que no caso em questão a
empresa continua com saldo positivo no Capital Circulante Líquido, o que ocorreu foi apenas
uma pequena diminuição de 1,20% no seu Capital Circulante Líquido, o que não compromete
tanto a empresa perante os usuários das demonstrações financeiras, significa porém um sinal
de alerta a ser monitorado nos próximos períodos afim de que não deixe transparecer
nenhuma dúvida quanto sua capacidade de solvência para seus credores e até para os
investidores.
27

2.5 – CONTRATAÇÕES DE SEGURO EMPRESARIAL

No mercado atual as empresas têm que se preparar para várias situações adversas que
podem ocorrer, principalmente quando essas situações têm grande potencial, ou seja, são
prováveis saídas de recursos da empresa para quitar essas prováveis obrigações e para que a
empresa não seja pega de surpresa com uma dívida inesperada, elas recorrem aos seguros
empresariais como; o Seguro Empresarial para Proteção de Patrimônio, Seguro de
Responsabilidade Civil, Seguro para Estagiários, Seguro de Frota, Seguro Saúde e
Odontológico, Seguro de Vida em Grupo, Seguro de Previdência Empresarial e o Seguro
Capital de Giro.
Dentre esses vários tipos de seguros a empresa se interessa especialmente por um
seguro que cubra danos causados a terceiros por seus funcionários no exercício de seu
trabalho ou danos a terceiros decorrentes de defeitos de seus produtos, sendo esse seguro
pretendido um dos elencados acima, trata – se do Seguro de Responsabilidade Civil Geral,
que também pode ser descrito como a responsabilidade que cada cidadão tem de cumprir suas
obrigações de pessoa física ou jurídica de assumir e reparar danos causados a outras pessoas
ou ao seu patrimônio, e geralmente, funciona como medida de ressarcimento, esse tipo de
seguro possui vários tipos de coberturas específicas que podem ser escolhidas ou não pela
empresa contratante do seguro, sendo elas;
- Cobertura de operações de estabelecimentos comerciais e/ou industriais, a qual
ampara o segurado pelos danos causados a terceiros decorrentes do uso e conservação dos
imóveis ou ativos utilizados pela empresa assim como danos a terceiros decorrentes do
trabalho de seus funcionários nas operações normais da empresa.
- Cobertura empregador, a qual ampara o segurado pelos danos causados aos
funcionários em decorrência de morte e/ou invalidez acidental no exercício de sua atividade.
- Cobertura contingente de veículos, a qual ampara o segurado pelos danos causados a
terceiros decorrentes da eventual utilização de veículos a serviço exclusivo da empresa.
- Cobertura produtos, a qual ampara o segurado pelos danos acidentais causados a
terceiros decorrentes de defeitos de produtos fabricados, vendidos ou distribuídos.
- Cobertura recall, a qual ampara o segurado pelos custos de chamada para retirar o
produto do mercado.
- Cobertura poluição, a qual ampara o segurado pelos danos materiais, corporais e/ou
morais decorrentes de emissão, descarga, dispersão, desprendimento, escape, emanação, ou
28

ainda vazamento de substâncias tóxicas ou poluentes que tenham começado em data


claramente identificada e cessado até 72 horas após o início.
- Cobertura de danos morais, a qual ampara o segurado pelos danos morais causados a
terceiros diretamente decorrentes de danos materiais e/ou pessoais (e/ou de prejuízos
financeiros) indenizados nos termos previstos no contrato.
- Cobertura para obras e/ou serviços de instalação e montagem, que ampara o segurado
pelos danos causados a terceiros em decorrência da execução de obras de construção e/ou
demolição, instalação e/ou montagem de máquinas e/ou equipamentos.
Há, ainda, a possibilidade da contratação de coberturas extras, como erro de projeto,
fundações, responsabilidade civil cruzada e danos materiais causados ao proprietário da obra.
Diante das coberturas vistas acima e da preocupação dos diretores da empresa, percebe
– se que o mais adequado para a mesma seria a contratação do Seguro de Responsabilidade
Civil Geral, com as denominadas coberturas de produtos e cobertura de operações de
estabelecimentos comerciais e/ou industriais.
Após escolhido os tipos de seguros que atendem ao procurado pela empresa procede –
se a determinação de um valor a ser considerado como indenização a ser recebida pela
empresa em caso de ocorrência do sinistro, ou seja, a ocorrência da situação que ensejou a
realização do seguro.
Analisando o Item 20 – Provisões para riscos trabalhista, fiscais e cíveis, das notas
explicativas as demonstrações financeiras da Arezzo Indústria e Comércio S/A, em milhares
de reais, verificam – se que houve um gasto de R$ 270.000,00 em 2016 e R$ 89.000,00 em
2017 com pagamentos de processos cíveis, sendo que em 31/12/2017 o saldo da conta de
provisões para riscos cíveis era de R$ 287.000,00 ressalta - se ainda que em 2016 houve um
aumento em relação ao gasto com processos cíveis no valor de R$ 356.000,00. Portanto,
obedecendo ao princípio da prudência, que diz que no caso de obrigações utiliza – se o maior
dos valores toma – se por base o valor de R$ 356.000,00 pagos na liquidação de processos
cíveis no ano de 2016, más esse valor é um valor normal para a empresa, e a mesma têm que
se precaver de um quadro anormal, diante disso imagina – se para o seguro um valor superior
a esse, para que a empresa não seja pega de surpresa se aparecer processos acima deste valor,
sendo assim e para que a seguradora aceite realizar o seguro adota – se um valor bem acima
da normalidade, que no caso será um valor máximo indenizável, também chamado de Limite
Agregado ou Total, de R$ 850.000,00 para cada uma das duas coberturas.
Após encontrar o valor indenizável de cada cobertura, chamado também de Limite
Agregado ou Total, calcula – se o Limite Máximo de Garantia (LMG) indenizável por sinistro
29

ou ocorrência e sabendo que o Limite Agregado ou Total é igual a duas vezes e meia o valor
do LMG, então tem – se que para o Limite Total de cobertura de R$ 850.000,00 encontra – se
um LMG de R$ 340.000,00 (850.000,00 ÷ 2,5).
Agora procura – se calcular o valor do prêmio básico a pagar em ambas as coberturas
em relação a um determinado faturamento anual e sabendo que no item 24 – Receita
operacional líquida, das notas explicativas as demonstrações financeiras da Arezzo Indústria e
Comércio S/A, em milhares de reais, o faturamento anual bruto da empresa é de R$
1.524.408.000,00 utiliza – se esse valor, más destaca – se ainda que como as tabelas de
classificação de riscos para operações e produtos utilizados pelo mercado estão em unidades
tarifárias (UT) com uma unidade tarifária correspondendo a um dólar, que no dia da análise
em questão equivale a R$ 3,94 na cotação com o Real, utiliza – se como faturamento anual da
empresa para a determinação do prêmio básico da tabela de classificação de riscos o valor de
$ 386.905.583,76 (1.524.408.000 ÷ 3,94) e ainda como este valor se trata de um valor
intermediário na tabela de classificação de riscos, utiliza – se o valor imediatamente acima
que é de $ 500.000.000,00.
Posto isso, no Livro: Seguros, Matemática Atuarial e Financeira, de Gustavo Henrique
Wanderley de Azevedo, página 174, Tabela 14.4 Prêmios básicos de operações encontra – se
o valor de 244,70 ao cruzar a linha referente ao valor encontrado de $ 500.000.000,00 com a
coluna chamada Classe I, que é a denominada classe de risco para fábricas de calçados e
acessórios de couro pela tabela de classificação de riscos de operações exposta na Circular
SUSEP Nº 57, de 04 de novembro de 1981.
Do mesmo Livro, na página 175, Tabela 14.5 Prêmios básicos produtos encontra – se
o valor de 367,05 ao cruzar a linha referente ao valor de $ 500.000.000,00 com a coluna da
Classe I, também determinada classe de riscos de produtos e artigos de couro pela tabela de
classificação de riscos de produtos exposta na Circular SUSEP Nº 57, de 04 de novembro de
1981.
Também no mesmo Livro, na página 176, Tabela 14.6 Limite Máximo de Garantia x
Coeficientes de Agravação, encontram – se os coeficientes de agravação que serão usados nos
cálculos do prêmio, porém antes de encontrar esses coeficientes tem – se novamente que
transformar o valor do LMG que está em Reais para UT, ou no caso, para Dólares, então para
o LMG das coberturas de R$ 340.000,00 tem – se o valor de $ 85.642,32 (R$ 340.000,00 ÷
3,94) encontrando com esse valor um coeficiente de agravação de 14,49 na Tabela 14.6 citada
acima.
30

Após descobrir todos os índices necessários inicia – se os cálculos dos valores dos
prêmios básicos a serem pagos, como demonstrados abaixo;
Prêmio Básico Operações = Valor de Risco x Coeficiente de Agravação
PBO = 244,70 x 14,49 = 3.545,70 em UT
Prêmio Básico Produtos = Valor de Risco x Coeficiente de Agravação
PBP = 367,05 x 14,49 = 5.318,55 em UT
Após descobrir o valor do prêmio básico, busca – se saber o valor real a pagar, ou seja,
o prêmio comercial ou prêmio bruto, que incorpora em seu valor os impostos, as despesas
administrativas e o lucro esperado, para isso considera – se um lucro de 8%, ou seja, 1,5%
maior que a taxa Selic que está em 6,5% o IOF que está em 7,38% e um percentual de 5% a
titulo de despesas administrativas, portanto tem – se a chamada taxa de carregamento de
20,38% a ser aplicadas sobre os valores dos prêmios básicos, como demonstrados abaixo;
PBO = 3.545,70 x 1,2038 = 4.268,31 em UT
PBP = 5.318,55 x 1,2038 = 6.402,47 em UT
Posto isso, como os valores estão em UT, tem – se um prêmio comercial a pagar no
valor de $ 10.670,78 0 qual passando para Reais, encontra – se um valor de R$ 42.042,87.
Portanto após todos esses cálculos visualiza – se o valor de R$ 42.042,87 a ser pago
como prêmio comercial pelo seguro de responsabilidade civil geral, com as coberturas
operações e produtos, com limite total de R$ 850.000,00 para cada cobertura.

.
31

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após explanação de diversos tópicos, percebe – se que a empresa Arezzo, Indústria e


Comércio mesmo sendo bem avaliada em alguns aspectos, pode melhorar muito com o
aproveitamento das novas interpretações das normas brasileiras de contabilidade que estão se
alinhando com as normas internacionais de contabilidade, como no caso da escolha do uso do
critério de depreciação, o que leva a empresa a obter o máximo de aproveitamento de seu
imobilizado a título de dedução da base de cálculo do imposto de renda, também aproveitando
essa normalização contábil para se destacar no mercado com seus números, pois assim mais
investidores, principalmente estrangeiros vão entender o que realmente está exposto nas
demonstrações contábeis da empresa passando mais segurança e possivelmente trazendo mais
investimentos, reitera – se também que a empresa deve sempre fazer uso das projeções
financeiras para balizar suas tomadas de decisões, ou seja, para melhor demonstrar o valor de
um investimento realizado hoje, ou uma projeção de cenários para o mercado de atuação da
empresa em determinadas situações.
Esclareceu – se também através de algumas técnicas como a análise vertical,
horizontal e do cálculo de vários tipos de índices, sejam eles índices de liquidez, índices de
rentabilidade ou ainda índices de endividamento que empresa necessita de pequenas correções
para que continue trilhando um caminho de prosperidade, como no caso de ajuste em seu
quadro de endividamento onde evidenciou – se que seu passivo circulante aumentou 76,79%
de 2016 para 2017, devido principalmente aos empréstimos e financiamentos que aumentaram
107,33% mais que dobrando esses subgrupo do passivo não circulante e no tocante aos seus
índices de liquidez, onde todos diminuíram de 2016 para 2017, demonstrando assim um sinal
de alerta para investidores mais prudentes, apesar de que seus índices de rentabilidade
melhoraram bastante, ou seja, são pequenas correções que todos os gestores devem fazer para
melhorar seus índices, como no caso da realização de um seguro para eventuais danos a
terceiros provocados por seus funcionários ou por seus produtos, pois esses valores se vierem
a ocorrer e não forem solucionados rapidamente e a contento das vitimas podem em um longo
prazo atrapalhar até a imagem da empresa, o que gera incertezas para os investidores e ainda
um desembolso grande de valores para cobrir essas possíveis causas.
32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Disponível em:
<http://unianhanguera.edu.br/anhanguera/bibliotecas/normas_bibliográficas/index.html>
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line]. Valinhos, 2018, p. 01-11. Disponível em:
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(PLT – 723 - Anhanguera Publicações, 2013).

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uma abordagem introdutória. 2ª Edição. São Paulo. Saraiva Educação, 2018.

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variavel/empresas-listadas.htm> Acesso em: 24 Fev. 2019.

BRASIL, INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.700, DE 14 de MARÇO de 2017. Dispõe


sobre a determinação e o pagamento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)
e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Brasília, DF, Diário Oficial da
União, 16 mar, 2017. Seção 1, p. 23. Disponível em:
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> Acesso em: 23 fev. 2018.

CARIOCA, Vicente A. Contabilidade de Custos. Edição Especial. Campinas, São Paulo:


Editora Alínea, 2013.
(PLT – 147 - Valinhos: Anhanguera Publicações, 2013).

COLTRO, Tessa Cristina P. Contabilidade Internacional: IAS 16 – Imobilizado, IAS 17 -


Leasing. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO


CPC 15 (R1) Combinação de Negócios Correlação às Normas Internacionais de
Contabilidade – IFRS 3 (IASB – BV 2011). Identificação de Combinação de Negócios, item
3, identificação de combinação de negócios – aplicação do item 3, sub – item B5.
33

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO


CPC 15 (R1) Combinação de Negócios Correlação às Normas Internacionais de
Contabilidade – IFRS 3 (IASB – BV 2011). Reconhecimento e mensuração do ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra item 32 ao 40.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO


CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento
Controlado em Conjunto Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS
28 (IASB – BV 2012). Definições, itens 3, 4 e 5.

IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de


Contabilidade das Sociedades por Ações. 3ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, 1990.

KIRCHNER, Juliana Leite. Contabilidade Avançada I: Aspectos Contábeis Avançados


Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros. Caderno de
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(PLT – 673 - Anhanguera Publicações, 2011).

OTSUKA, Leonardo Takamasa. Matemática Financeira: Fundamentos da Matemática


Financeira. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017.

PDF, Análise das Demonstrações Financeiras. Disponível em:


<http://www.lgncontabil.com.br/LancamentosContabeis/ANALISE-DAS-
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RIBEIRO, Osni Moura; COELHO, Juliana Moura Ribeiro. Contabilidade para concursos e
exame de suficiência: dos conceitos básicos aos principais temas dos editais de concursos.
2ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
34

ANEXO A
BP Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais
CONTA 2017 2016 2015
ATIVO TOTAL / PASSIVO TOTAL 1.049.899 907.148 853.948
ATIVO CIRCULANTE 855.237 706.229 658.203
Disponibilidades 10.156 5.020 8.822
Aplicações Financeiras 327.764 237.824 216.940
Valores a Receber 336.954 315.304 280.528
Estoques 113.489 110.478 106.951
Outros Ativos Circulantes 66.874 37.603 44.962
ATIVO NÃO CIRCULANTE 194.662 200.919 195.745
Ativo Realizável à Longo Prazo 44.908 41.001 31.423
Ativo Permanente 149.754 159.918 164.322
Investimentos 2.925 905 0
Imobilizado 67.636 73.052 73.593
Intangível 79.193 85.961 90.729
PASSIVO CIRCULANTE 356.825 201.830 190.772
Obrigações Sociais e Trabalhistas 39.722 27.863 16.668
Fornecedores 104.416 66.445 64.881
Obrigações Fiscais 19.527 18.637 16.493
Empréstimos e Financiamentos 163.729 78.970 85.336
Outros Passivos de Curto Prazo 29.431 9.915 7.394
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 28.114 35.619 45.271
Passivo Exigível à Longo Prazo 28.114 35.619 45.271
Empréstimos e Financiamentos 18.016 27.079 37.817
Provisões de Longo Prazo 8.866 7.209 5.594
Outros Passivos de Longo Prazo 1.232 1.214 1.393
Lucros e Receitas a Apropriar 0 117 467
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 664.960 669.699 617.905
Capital Social 330.375 310.008 261.247
Reservas de Capital 44.369 39.554 35.377
Reservas de Lucros 292.202 321.999 326.783
Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 (1.862) (5.502)
35

ANEXO B

DRE Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais


DESCRIÇÃO 2017 2016 2015
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.360.474 1.239.110 1.120.557
(-) Custo dos bens e serviços vendidos (736.706) (689.819) (644.658)
(=) RESULTADO BRUTO 623.768 549.291 475.899
(-) Despesas Operacionais (450.135) (397.965) (334.611)
Despesas com Vendas (334.215) (302.708) (249.242)
Despesas Gerais e Administrativas (113.816) (92.846) (82.893)
Outras Despesas Operacionais (2.104) (2.411) (2.476)
(=) RESULTADO ANTES DO FINANCEIRO 173.633 151.326 141.288
(+) Receitas Financeiras 33.847 35.658 52.834
(-) Despesas Financeiras (24.547) (29.984) (29.565)
(=) LAIR 182.933 157.000 164.557
(-) Provisão para IR e CSLL (28.463) (40.851) (44.894)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 154.470 116.149 119.663
36

ANEXO C

DVA Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais


DESCRIÇÃO 2017 2016 2015
Receitas 1.596.155 1.478.405 1.374.917
(-) Insumos Adquiridos de Terceiros (1.084.917) (1.014.495) (924.156)
(=) Valor Adicionado Bruto 511.238 463.910 450.761
(-) Retenções (32.632) (25.815) (24.208)
Depreciação, Amortização e Exaustão (32.632) (25.815) (24.208)
(=) Valor Adicionado Líquido Produzido 478.606 438.095 426.553
(+) Valor Adicionado Recebido em Transferência 37.757 37.423 55.199
(=) VALOR ADICIONADO TOTAL 516.363 475.518 481.752
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 516.363 475.518 481.752
Pessoal 178.682 155.023 133.135
Impostos, Taxas e Contribuições 111.041 128.218 161.678
Remuneração de Capitais Terceiros 72.170 76.128 67.276
Remuneração de Capitais Próprios 154.470 116.149 119.663
37

ANEXO D

DFC Arezzo Indústria e Comércio S/A em Milhares de Reais


DESCRIÇÃO 2017 2016 2015
Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 5.020 8.822 10.831
Caixa Líquido Atividades Operacionais 173.887 101.709 91.247
Caixa Líquido Atividades de Investimentos (91.697) (20.958) (30.407)
Caixa Líquido Atividades de Financiamentos (77.107) (84.024) (62.076)
Dividendos e Juros sobre Capital Próprio (24.398) (44.142) (33.511)
Variação Cambial sobre Caixa e Equivalentes 53 (529) (773)
Aumento/Redução de Caixa e Equivalentes 5.136 (3.802) (2.009)
Saldo Final de Caixa e Equivalentes 10.156 5.020 8.822

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