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Algumas Divergências Nas Gramáticas Normativas PDF
Algumas Divergências Nas Gramáticas Normativas PDF
Olá!
Pois bem, o que não tem remédio... remediado está. Por isso resolvi registrar, sem lá
tanto compromisso assim, esses apontamentos...
O texto abaixo não tem a pretensão de esgotar cada minúcia, explicar ou justificar cada
filigrana possível e imaginável ou exemplificar todos os pontos divergentes nas
gramáticas normativas, mas tão somente apontar algumas divergências – umas mais
relevantes, outras nem tanto – em cerca de 30 gramáticas normativas brasileiras
academicamente consagradas (ou não), tornando mais fácil o caminho das pedras de
quem pretende mapear esses pontos.
Por preguiça, não fiz a revisão do texto; é válida, portanto, qualquer correção ou
acréscimo.
2) Acentuação
3) Morfologia
· Interpreta-se o “o” de “menino” ora como vogal temática, ora como desinência
de gênero.
· Em palavras formadas por acréscimo de prefixo e sufixo, como
“transexualidade”, interpreta-se que houve “derivação prefixal e sufixal” ou
“derivação prefixal ou sufixal”; ainda outras palavras, por falta de clareza nas
gramáticas, como “desmatamento”, dão margem a interpretações diferentes:
“derivação parassintética” ou “derivação sufixal”.
· Alguns interpretam “bi” como radical; outros, como prefixo. Os demais
morfemas numéricos, como “tri”, são sempre radicais.
· Palavras como “boteco” podem ser interpretadas como formadas por derivação
regressiva nominal ou abreviação vocabular.
· Alguns interpretam “tigresa” e outros, “tigre fêmea” como feminino de “tigre”.
· O plural de substantivos compostos formados por “substantivo + substantivo”,
em que o segundo especifica o primeiro, pode ser interpretado de duas maneiras:
pluraliza-se só o primeiro elemento ou ambos.
· O plural de substantivos compostos formados por “verbo + verbo” pode ser
interpretado de duas maneiras: pluraliza-se só o segundo elemento ou ambos.
· Em frases como “Tenho muitos amigos, mas os que me ajudam são poucos”,
alguns interpretam “o, a, os, as” – antes de pronome relativo “que” ou de
preposição “de” – como artigos definidos; outros, como pronomes
demonstrativos.
· Em frases como “Esses documentos são nossos”, alguns interpretam “nossos”
como pronome adjetivo; outros, como pronome substantivo.
· Com o infinitivo flexionado precedido de preposição, alguns interpretam como
correta só a próclise, outros entendem que é um caso facultativo de colocação.
· Alguns (poucos) entendem que pronomes demonstrativos são um fator de
próclise; a maioria nada diz ou diz que é um caso facultativo de colocação.
· Quando não há palavra atrativa antes do verbo, alguns entendem que a ênclise é
obrigatória, mas a maioria vê como caso facultativo de colocação pronominal.
· É facultativa a colocação pronominal após vírgula marcando intercalação,
segundo a maioria dos gramáticos que tocam nesse ponto; alguns entendem que
a ênclise é obrigatória; trata-se duma lacuna na esmagadora maioria das
gramáticas.
· A próclise ao verbo principal nas locuções verbais é polêmica; uns admitem,
outros não.
· Em frases como “Que mulher!”, o “que” pode ser interpretado como pronome
interrogativo exclamativo ou como pronome indefinido.
· Alguns gramáticos ensinam que os demonstrativos “este(a/s), isto” não podem
ser anafóricos (exceto quando acompanhado de “aquele[a/s], aquilo” na mesma
frase), devendo-se usar “esse(a/s), isso”; outros ensinam que podem ser
anafóricos, usados exatamente como “esse(a/s), isso”.
· Antes do pronome relativo “que”, não se pode usar preposição com mais de uma
sílaba, segundo a maioria dos gramáticos; a minoria ensina que se podem usar as
preposições “contra”, “para” e “sobre” antes desse relativo.
· Em frases com “quem”, como “Quem lê sabe mais” e “Quero saber quem está
fazendo bagunça”, esse pronome pode ser interpretado como “pronome
indefinido (ou interrogativo)” ou como “pronome relativo indefinido (ou relativo
sem antecedente)”.
· Com o verbo “querer”, pode-se interpretar “Quero passar na prova” como
locução verbal ou dois verbos constituindo duas orações.
· Em voz verbal, alguns consideram como voz ativa a forma como o verbo se
apresenta na frase, e outros consideram a forma como se apresenta e seu valor
semântico. Por exemplo, em frases como “João nasceu em junho” ou “João
tomou um soco”, uns veem como voz ativa; outros veem como ausência de voz.
· Segundo alguns, certos verbos transitivos indiretos podem ser transpostos para a
voz passiva; segundo muitos, não se pode transpor verbo transitivo indireto para
a voz passiva.
· Os verbos “emergir” e “imergir” são considerados como defectivos por alguns,
mas por outros não.
· Alguns ensinam que, além de modificarem verbo, adjetivo, outro advérbio ou
uma oração inteira, os advérbios podem modificar substantivo, pronome,
numeral, etc.
· Alguns ensinam que os advérbios que modificam adjetivos só indicam
intensidade; outros ensinam que podem indicar nesse caso circunstâncias
diferentes, como modo ou meio.
· “Jamais” e “nunca” podem ser interpretados como advérbios de tempo ou de
negação.
· Após o advérbio “talvez”, alguns ensinam que o uso do modo indicativo é
possível; outros, não.
· Antes de particípios ou adjetivos, alguns consideram correta a forma “mais
bem” ou “mais mal”, “melhor” ou “pior”, em frases como “Ela está mais bem
vestida hoje” (“Ela está melhor vestida hoje”). A maioria vê como correta só a
primeira construção.
· Alguns consideram como locução prepositiva a expressão formada por
“advérbio + preposição” (perto de, longe de, dentro de, fora de...); outros veem
não como locuções, e sim advérbios seguidos de preposição, exigidas por eles.
· Alguns (poucos) entendem que a conjunção “e”, quando usada com valor
adversativo, é uma conjunção adversativa, introduzindo oração adversativa.
· Após locuções conjuntivas concessivas, alguns admitem o uso de verbo no
modo indicativo; a maioria ensina que o verbo tem de estar no subjuntivo.
4) Sintaxe
5) Pontuação
5) Concordância
5) Regência e Crase
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