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DIABETES

1 – Diferencie os dois tipos de diabetes.


Diabetes tipo 1: O hormônio que controla o nível de glicemia (açúcar) no sangue é a insulina, e esta por sua vez é
sintetizada pelo pâncreas. Na Diabetes Tipo 1, o pâncreas do paciente deixa de produzir esse hormônio,
aumentando os níveis de açúcar no sangue. Por se tratar de uma doença que tem relação genética (autoimune),
geralmente é diagnosticada na infância. Porém não são somente os fatores genéticos que determinam se um
indivíduo terá ou não a doença, fatores ambientais tem relação na formação da doença, como fatores alimentares,
tóxicos, entre outros. Diabetes tipo 2: É o tipo mais comum de Diabetes, representando 90% dos casos. Geralmente
acomete adulto acima dos 40 anos, obesos. Nesse tipo de diabetes há união de dois fatores para que ela ocorra:
resistência à insulina + diminuição da produção de insulina. Nesse caso também há uma predisposição genética que
juntamente com os fatores ambientais culminam para o aparecimento da doença, como a obesidade, sedentarismo.
2- Quais os nomes e ações dos diferentes tipos de insulinas?

tipo início de ação pico duração horário para injeção


bolus
ultrarrápida (Análogos Utilizada junto às refeições. Deve
ultra rápidos) Apidra ser injetada imediatamente antes
(Glulisina) Humalog 10 - 15 min. 1- 2 horas 3-5 horas das refeições.
(Lispro) Novo Rapid
(Asparte)
Utilizada junto às refeições ao dia.
Rápida Insulina Humana
Deve ser injetada entre 30 e 45
Regular Humulin 30 min. 2-3 horas 6:30 min.
minutos antes do início das
Novolin
refeições.
basal
Frequentemente a aplicação
Ação Intermediária começa uma vez ao dia, antes de
(NPH humana) 1-3 horas 5-8 Horas Até 18 Horas dormir. Pode ser indicada uma ou
Humulin N / Novolin N duas vezes ao dia. Não é específica
para refeições.
Frequentemente, a aplicação
começa uma vez ao dia, antes de
Longa duração
Lantus: até 24 horas dormir. Levemir pode ser indicada
(Análogos lentos)
Levemir: de 16 a 24 uma ou duas vezes ao dia. Tresiba é
Lantus (Glargina) 90 minutos Sem pico
horas Degludeca: > utilizada sempre uma vez ao dia,
Levemir (Determir)
24h podendo variar o horário de
Tresiba (Degludeca)
aplicação. Não é específica para
refeições.
Pré-misturada
10 a 15 minutos Aplicada junto a uma ou mais
Insulina pré-misturada 30% da dose como 30% da dose como
(componente refeições ao dia. Deve ser injetada
regular Humulin 70/30 insulina R e 70% da insulina R e 70% da
R) e 1 a 3 horas de 30 a 45 minutos antes do início
e Novolin 70/30 dose com insulina N dose com insulina N
(componente N) das refeições.
O número indica
Insulina ultrarrápida Insulina ultrarrápida
o percentual de
e insulina N ( de e insulina N (de
Insulina pré-misturada ultrarrápida na Aplicada junto a uma ou mais
acordo com a acordo com a
análoga NovoMix 30 mistura, o refeições ao dia. Deve ser injetada
proporção do proporção do
Humalog Mix25 restante tem de 0 a 15 minutos antes do início
produto: 25, 30 ou produto: 25, 30 ou
Humalog Mix50 perfil de ação das refeições.
50% da dose de 50% da dose de
compatível com
ultrarrápida) ultrarrápida
insulina N

Ação ultrarrápida- É usado perto das refeições: antes ou após, comeu usou usada em crises de hiperglicemias:
Lispro, Asparte e Glulisina.
Ação rápida- (regular) – Faz pico, usada 30 minutos antes de comer. É uma das mais usadas: Regular(R).
Ação intermediária (Lenta) – Faz pico, dura do começo do dia até a noite: Lenta (L), NPH (N).
Ação Prolongada ou basal – Faz cobertura de 24 horas, sem pico e de longa duração: Ultra-lenta (U) (Lantus) Glargina
(Levemir) Determir
3- O que foi feito na estrutura das insulinas para darem a elas seus diferentes tipos de ações?(lispro, glulisina,
NPH). A insulina humana (NPH e Regular) utilizada no tratamento de diabetes atualmente é desenvolvida em
laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante. A insulina chamada de ‘regular’ é idêntica à humana na sua
estrutura. Já a NPH é associada a duas substâncias (protamina e o zinco) que promovem um efeito mais prolongado.
A insulina não pode ser tomada em pílulas ou cápsulas, pois os sucos digestivos presentes no estômago interferem
em sua eficácia. Com o avanço das pesquisas na área, essa realidade talvez seja viável no futuro. As insulinas mais
modernas, chamadas de análogas (ou análogos de insulina), são produzidas a partir da insulina humana e
modificadas de modo a terem ação mais curta (Lispro (Humalog), Aspart (NovoRapid) ou Glulisina (Apidra)) ou ação
mais prolongada (Glargina (Lantus), Detemir (Levemir) e Degludeca (Tresiba). As insulinas também podem ser
apresentadas na forma de pré-misturas. Há vários tipos de pré-misturas: insulina NPH + insulina Regular, na
proporção de 70/30, análogos de ação prolongada + análogos de ação rápida (Humalog Mix 25 e 50, Novomix30).
A insulina de ação ultra rápida, Lispro, alterou as posições originais Pro e Lis para Lis e Pro nas posições 28 e 29 na
cadeia B(B28, B29), tornando a absorção mais rápida. A Glulisina fez a substituição por ácido glutâmico na posição
29, substituindo asparigina por lisina na posição 28, que inicia rápida dissociação dos hexâmetros em monômeros. A
treolina de ação intermediária. O NPH, colocaram a protamina e o zinco que retarda absorção da insulina, ela agrega
e fica mais difícil de ser absorvida, promovendo um efeito mais prolongado.
4- Qual célula pancreática produz a insulina e qual o glucagon?
Células alfa (A) que secretam glucagon (25 por cento das células da ilhota)
Células beta (B) que secretam insulina e amilina (60 por cento). Além da insulina, as células-beta produzem também
outros hormônios, importantes para a regulação do nosso corpo. Um outro detalhe interessante é que, além de
fabricar, estas células também armazenam a insulina. Dessa forma, em casos de necessidade imediata de bastante
insulina na corrente sanguínea, elas liberam seu estoque – o que é bem mais rápido e eficiente do que produzir do
zero! Distúrbios Hormonais – Ilhotas Pancreáticas ou Langerhans
5- Por quê é dado em conjunto a insulina Regular com a NPH?
Como a insulina NPH leva várias horas para atingir uma concentração ideal no sangue do paciente, é importante
adicionar um tipo de insulina de ação mais rápida como a Regular em um esquema. Assim, os pacientes que usam
insulinas do tipo Regular e NPH podem misturar essas duas na mesma seringa, evitando dar duas picadas a cada
dose de insulina. Geralmente, isso é feito antes do almoço e do jantar, mas de novo, depende de cada paciente.
É sempre recomendado que a insulina Regular seja colocada antes na seringa, seguida da insulina NPH. Além disso,
existem preparações prontas dessa mistura, contendo 70% de insulina NPH e 30% de Regular.
Os análogos de insulina de longa duração (Detemir e Glargina) não devem ser misturados com a Regular ou com
análogos de ação ultrarrápida. Quando o indivíduo ingere uma quantidade excessiva de alimentos, ele precisa usar
a insulina Regular que faz ação depois de 30 minutos de se alimentar e o NPH faz a ação por mais tempo agindo
como insulinoterapia neste paciente.
6- Como a célula beta libera insulina (desde a entrada pela Glut2)?
Glicose entra na célula beta das ilhotas de Langerhans através do GLUT-2 proteína transportadora, que está
intimamente associado com a glucoquinase enzima glicolítica. Metabolismo da glucose dentro da célula beta gera
ATP. ATP fecha os canais de potássio na membrana celular (A). Se uma sulfonilureia se liga ao seu receptor, este
também fecha os canais de potássio. Encerramento de canais de potássio predispõe à despolarização da membrana
celular, permitindo que os ions de cálcio entra na célula através de canais de cálcio na membrana celular (B). O
aumento do cálcio intracelular desencadeia a activação de cálcio proteína quinase dependente de fosfolípidos que,
por meio de passos de fosforilação intermediários, leva à fusão dos grânulos que contêm a insulina com a membrana
celular e exocitose do conteúdo de insulina ricos em grânulos. A secreção de insulina é pulsátil, cada pulso de 8-10
minutos. A célula Beta pancreática funciona como um sensor para a liberação de glicose e, quanto mais glicose,
maior é a liberação de insulina. A glicose entra pelo canal Glut-2, a mitocôndria usa glicose para produzir ATP
(energia), inativa os canais de potássio e despolariza a membrana que abre o canal de cálcio e libera a insulina.
7- Faça um quadro com os nomes, mecanismos e ações boas e ruins dos seguintes grupos de fármacos:
AGONISTAS DE GLP-1: exenatida, liraglutida.
Medicamentos hipoglicemiantes orais: GLIPTINAs: sitagliptina, linagliptina, alogliptina vildagliptina,
saxagliptina. SULFONILURÉIAS: clorpropamida, glimepirida, glibenclamida, glipizida, glicazida.
METIGLIMIDAS: repaglinida, nateglinida.
Medicamentos anti-hiperglicemiantes orais: Biguanida, metformina GLITAZONA: pioglitazona
FÁRMACOS PARA DIABETES
GRUPOS DE
NOMES MECANISMOS DE AÇÃO AÇÕES BOAS E RUINS
FÁRMACOS
O GLP-1 é um hormônio Diminui o esvaziamento gástrico,
AGONISTAS DE exenatida e que age como glucagon. diminui o apetite, diminui a produção
GLP-1 liraglutida Liga no receptor e aumenta de glicose e diminui a produção de
a insulina. insulina.
Medicamentos hipoglicemiantes orais:
sitagliptina As gliptinas inibem a DPP-4
linagliptina dipeptidilpeptidase,
alogliptina enzima que quebra GLP- Diminui a glicose hepática, aumenta a
GLIPTINAS
vildagliptina 1,aumentando a secreção secreção e produção de insulina.
da insulina, mesma ação da
saxagliptina insulina.
clorpropamida
Bloqueia o canal de K+,
glimepirida
ocorre a despolarização, o Aumenta a secreção de insulina, pode
SULFONILURÉIAS glibenclamida
Ca+ entra e as vesículas de causar hipoglicemia e ganho de peso.
glipizida insulina são liberadas.
glicazida
repaglinida Bloqueia o canal de K+, Aumenta a secreção de insulina, causa
ocorre a despolarização, o menos efeito hipoglicemiante.
METIGLINIDAS
nateglinida. Ca+ entra e as vesículas de
insulina são liberadas.
Medicamentos anti-hiperglicemiantes orais:
Ativa MAP-K(quinase) que Reduz a produção de glicose, ativa a
inativa HMG-COA síntese de glicogênio, reduz a absorção
redutase, AMP (enzima) intestinal, melhora a resistência a
metformina e
aumenta o consumo insulina, diminui a síntese de gordura,
biguanida
energético, como se o não acarreta hipoglicemia, favorece a
organismo fizesse perda de peso, reduz a ingestão
exercício. alimentar.
Age no núcleo das células, Não acarreta hipoglicemia, diminui a
no receptor de PDRA, obesidade central, pode associar com
GLITAZONA pioglitazona regulando o metabolismo outros fármacos, é hepato tóxico, pode
de glicose e perfil lipídico. ocorrer retenção de líquido e anemia
leve.
Inibe reversivelmente o
alfa glicídeos, enzimas da
Não acarreta hipoglicemia, melhora o
borda em escora do
INIBIDOR DE controle glicêmico pós refeição, pode
intestino delgado,
ALFA- acarbose associar com outros fármacos, pode
tornando a absorção mais
GLICOSIDASE ocorrer flatulência, diarreia e dor
lenta de glicose
abdominal.
provenientes de amido
(polissacarídeos).

8- Quais os fármacos da questão anterior podem causar hipoglicemia e ganho de peso?


Os fármacos que causam hipoglicemia: sitagliptina, linagliptina, alogliptina vildagliptina, saxagliptina, clorpropamida,
glimepirida, glibenclamida, glipizida, glicazida, repaglinida, nateglinida. Os fármacos que podem engordar:
clorpropamida, glimepirida, glibenclamida, glipizida, glicazida as insulinas e todos os hipoglicemiantes.

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