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Medicina legal:

Livro Neusa Bittar


Capítulo 2: Perícia Médico-legal e seus peritos
Perícia médico-legal estuda fatos que dizem respeito à saúde e à vida.
Pode ser meio de prova ou elemento técnico que contém opinião sobre um fato.

O corpo de delito é o conjunto de vestígios interligados entre si, denunciadores da


infração. Elementos materiais sobre os quais recai a avaliação judicial e pericial.

Pode ser ele direto ou indireto. A rigor, é incorreto falar em corpo de delito indireto,
visto que a análise não recairia sobre o vestígio material propriamente dito.
O indireto adquire relevância quando analisado em coerência com outros elementos de
prova: testemunhas, prontuários médicos...

 Vestígio = delicta factis:


o Pode ser:
 Permanentis;
 Transeuntes;

A confissão do réu não supre o exame, quando a infração deixa vestígios, porque pode
haver ocultação do real autor do fato.

A perícia difere da prova testemunhal porque não se trata apenas de uma descrição dos
fatos, há também juízo de valor sobre questões levantadas.

 Basta 1 perito oficial para realizar a perícia;


o Em caso de perícia complexa, podem ser chamados mais de 1;
 Na falta deste, será feito por 2 peritos não oficiais (nomeados ou louvados),
com diploma superior preferencialmente na área específica, pessoas idôneas, que
prestarão o compromisso com a verdade (para cada perícia realizada, diferente
do oficial, que presta o compromisso apenas ao ser nomeado);

 A falta do exame de corpo de delito, nas infrações que deixam vestígios, acarreta
nulidade absoluta;

 A falta do exame complementar pode ser suprida pela prova testemunhal.

 Ao perito deve cuidar de sua imparcialidade. Assim, deve:


o Não periciar paciente, familiar ou companheiro de trabalho, sob pena de
parcialidade;
o Autorizar uso de substâncias terapêuticas, salvo em caso de urgência;
o Assinar laudos quando não os tenha realizado o exame;
 A lei 9099/95 prevê que o boletim médico que comprova a materialidade do
delito pode substituir a perícia. Foge à regra da indispensabilidade do exame,
além da regra pela qual o perito-médico deve evitar relatar sobre seu paciente.
No juizado especial, portanto, o médico que atendeu o ofendido passa a ser
também perito, o que deve ser evitado (incompatibilidade absoluta das 2
funções: relatório pericial x atendimento médico).
o Aqui há o risco da lide não ser resolvida no juizado, ocasionando a
invalidade do boletim quando este se passar ao rito ordinário. As provas
ainda poderão perecer, o que agravará ainda mais a situação por não ter
sido avaliada pelo especialista médico-legal;

 Apenas o perito médico-legal pode antecipar a autópsia (antes das 6h), pois é ele
que sabe que elementos podem ser retirados do exame, se necessários para a
elucidação do fato ou não, ou até mesmo, garantir a ausência de vida sobre o
corpo;
o O exame interno poderá ser dispensado pelo perito nas ocasiões em que
não haja fato a elucidar, e a causa da morte seja de fácil percepção;

 Lembrar que o exame de insanidade mental só pode ser feito pelo juiz. A
autoridade policial deve solicitar tal exame ao juízo, não tendo atribuição de
requerer independentemente;
 Pode a perícia ser solicitada por qualquer interessado;

Há discussão a respeito do poder investigativo do MP, visto que, é ele o responsável por
oferecer a denúncia, nos crimes de ação pública, e, por previsão em sua lei orgânica,
pode proceder a investigações. Mesmo que haja previsão constitucional de vedação,
parece-me que a investigação seria atividade exclusiva da polícia judiciária.

 CPI´s tem poder investigativo próprio das autoridades judiciais, sendo suas
conclusões encaminhadas ao MP. Podem requisitar o exame de corpo de delito,
e o exame de insanidade mental, pois investigam fatos, e não pessoas, não
havendo a figura do acusado;

Assistente técnico

O assistente técnico poderá atuar após admitido pelo juízo, depois da conclusão dos
exames (autópsia ou exame de corpo de delito) e elaboração do lado pelo perito.

Pode, após requerimento das partes, analisar o material probatório no órgão oficial, sob
a presença de perito oficial.
Admitido, pode participar das exumações, por ex.

O primeiro exame, feito pelo perito, tem valor acrescido, devendo este ser feito sem
pressão ou qualquer influência.

ATENÇÃO: Os assistentes técnicos, dos quais não se exige imparcialidade, não


prestam compromisso algum.
Crime de trânsito

Quanto à perícia realizada nos crimes de trânsito, cuja lei admite outros meios de prova
que não sejam apenas o teste de alcoolemia (tanto de sangue quanto por volume de ar
alveolar), seguem os dados:

 Para a infração administrativa do art 165, CTB:


o Basta qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou;
o Ultrapassar a marca de 5 miligramas de álcool/L de ar alveolar ou;
o Sinais de alteração da capacidade psicomotora;

 Para o crime de trânsito do art 306, CTB:


o Ultrapassar a marca de 6 decigramas de álcool/L de sangue ou;
o Ultrapassar a marca de 0,34 miligramas de álcool/L de ar alveolar ou;
o Sinais de alteração da capacidade psicomotora;

A resolução 432 do CONTRAN regulamenta esses dispositivos.

ATENÇÃO: apesar da previsão no código de trânsito da suficiência de verificação de


sinais que alterem a capacidade psicomotora do agente, o STJ tem decidido pela
necessidade de comprovação pela alcoolemia igual ou superior a 6dg/l de sangue.

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Capítulo 3: documentos médico-legais

 Notificações compulsórias;
 Relatórios;
 Pareceres;
 Atestados;

Notificações compulsórias

Comunicação obrigatória feita pelo médico à autoridade competente, por razões


sanitárias ou sociais.
Por conta do interesse público, não configuram violação do sigilo profissional.
É indispensável para:
 Planejamento da saúde pública;
 Definição de prioridades na intervenção;
 Avaliação de impacto das intervenções.

A não notificação pode agravar a situação sanitária. Trata-se de crime do art 269, CP,
apenas para o médico.

A notificação pode ser feita por quaisquer profissionais de saúde ou qualquer cidadão
(uma vez que eventos ambientais e doença de certos animais também são de obrigatória
notificação), porém somente o médico comete o crime em caso de omissão.
Nos crimes de ação penal pública incondicionada, cujo conhecimento do fato a ser
notificado se deu através do exercício da profissão médica, o médico só deve quebrar o
sigilo, de acordo com o Código de Ética Médica:
 Por motivo justo;
 Dever legal;
 Consentimento do paciente por escrito.

A proibição permanece mesmo nas notificações compulsórias. O médico estará


impedido de participar da ação criminal, de acordo com o código de ética.

Porém, as notificações compulsórias ocorrem quando:


 Deve o médico notificar sobre agravos e eventos constantes em portaria do
ministério da saúde;
 Crime de ação pública incondicionada cujo conhecimento se deu em função do
exercício da medicina;
 Comunicação de lesão ou morte causada por atuação de não médico;
 Esterilizações cirúrgicas;
 Diagnóstico de morte encefálica, mesmo que não haja autorização para doação
de órgãos;

Relatório médico-legal

Narração detalhada da perícia, com emissão de juízo valorativo.


É o chamado:
 Laudo, quando redigido pelo perito (as provas tem considerado que apenas os
relatórios médico-legais podem ser laudos. Todos os outros relatórios são
pareceres – apenas o médico legista faz laudo);
 Auto, quando ditado ao escrivão, como no caso de exumações;

Composto de:
 Preâmbulo:
Consta a autoridade solicitante, os peritos, diretor que os designou, local, data,
termo de compromisso, quando houver...

 Quesitos:
Perguntas sobre fatos relevantes que originaram o processo penal, que devem ser
respondidas de forma afirmativa ou negativa pelos peritos. Na psiquiatria, na
exumação e no civil, não existem os quesitos;

 Histórico ou comemorativo:
Relato dos fatos ocorridos por informação da vítima ou indiciado, ou das
suspeitas que pairam sobre o caso;

 Descrição:
Principal parte do laudo. Perito descreve minuciosamente o que encontrou no
exame. Estão descritas as lesões;

 Discussão:
Lesões encontradas são analisadas cientificamente e comparadas com dados
anteriores. Dá origem a hipóteses da mecânica do crime;
 Conclusão:
É a conclusão se o fato ocorreu ou não, de forma clara e concisa. Em caso de
dúvida, o perito deixará claro;

 Resposta aos quesitos:


Havendo prejudicial para resposta dos quesitos, deve o perito narrar no laudo;

Os peritos podem ser ouvidos no processo, em audiência, desde que os quesitos a serem
respondidos sejam enviados pelas partes em até 10 dias antes da audiência.

Pareceres

Solicitado a pessoa de renome, serve para dirimir divergências na interpretação de


perícia. Quem o subscreve tem alto conhecimento científico. O parecer é dado sobre o
relatório médico-legal. Tem apenas 4 partes:
 Preâmbulo;
 Quesitos;
 Exposição dos motivos;
 Discussão;
 Conclusão;
 Resposta aos quesitos;

Os assistentes técnicos podem apresentar pareceres na fase processual.


Podem participar dos exames complementares também.

Então, assistente faz parecer, perito faz laudo. Ao assistente não cabe descrever as
lesões, especialidade do perito. Apenas questionar conclusões a respeito da mecânica e
consequência das lesões e crime.

Atestados

É a afirmação de um fato médico e suas consequências, ou de um estado de sanidade,


dado por escrito, puro e simples.

 Não exige compromisso legal. Isto não quer dizer que o médico possa mentir;
 Podem ser:
o Oficiosos:
Atende interesses particulares;

o Administrativos:
Exigidos por autoridade para funcionários públicos, para obtenção de
licença, aposentadoria...

o Judiciários:
Requisitados pelo juiz, geralmente para justificar falta de jurado;

 Atestado será falso se não contiver a verdade, ou atestar sem exame do paciente;
 Feito pelo médico e entregue a juízo, pressupõe dever legal, consentimento do
paciente ou justa causa;

 O atestado de óbito deve ser assinado por 2 médicos, ou por 1 médico


legista;

 Estará o médico impedido de atestar o óbito em:


o Morte natural:
 Que não tenha dado assistência;
 Sem diagnóstico da causa da morte;
 Autópsia feita pelo SVO (serviço de verificação de óbito) do
próprio hospital, sendo esta facultativa;

o Morte violenta ou suspeita:


 Precisa de autópsia, sendo o médico que a realizar responsável
pelo atestado de óbito;
 Autópsia obrigatória, realizada pelo IML;

 Em caso de óbito de feto, o atestado de óbito é obrigatório apenas na perda fetal


tardia, considerada atualmente por:
o Feto com mais de 22 semanas de gestação,
o mais de 500g de peso,
o mais de 16,5 cm de estatura;

Neste caso, a sobrevivência do feto seria possível se nascido vivo, sendo


considerado natimorto, com atestado de óbito obrigatório.

 As outras perdas seriam consideradas aborto, estando o


médico desobrigado do atestado de óbito;

 Havendo obrigatoriedade, o corpo é considerado cadáver, e deve ser enterrado


ou cremado.
o Demais casos são incinerados;

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Capítulo 5: Identificação
IDENTIDADE é o conjunto de elementos característicos de uma pessoa que a torna
única.

IDENTIFICAÇÃO é o processo técnico e científico empregado para determinar a


identidade. Deve apresentar as seguintes qualidades:
1. Fundamentos biológicos:
o Unicidade: o elemento identificador deve ser específico para cada
indivíduo;
o Perenidade e Imutabilidade: não se modifica com o tempo;
2. Fundamentos técnicos:
o Praticabilidade: obtido e registrado com facilidade;
o “Classificabilidade”: permite metodologia de arquivamento, com busca
rápida e fácil dos registros arquivados.

A identificação se dá entre 2 registros: um registro de referência e outro, colhido para


sua comparação. Daí haver 3 fases, quando a identificação se dá na última:
3. Registro do elemento característico;
4. Colheita e registro do elemento a identificar;
5. Comparação dos 2;

Sem o registro prévio, de nada servirá a identificação.


TODO MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO É COMPARATIVO.

Capítulo 6: Tanatologia
Tanatologia é o estudo da morte.
A morte real, clínica ou morte de todo o corpo é a morte por parada
cardiorrespiratória irreversível.

As células cerebrais, que mais necessitam de oxigênio, morrem de 3 a 7 minutos com a


parada cardiorrespiratória. Já as musculares, podem permanecer vivas por horas.
Daí a morte ser um processo lento, cada célula morrendo a seu tempo.

TEMPO ENTRE DIGESTÃO E A MORTE:


De acordo com o estado dos alimentos no estômago, pode se retirar informações
respeito da hora da morte:
6. Alimentos ficam entre 1h a 2h, após iniciada a digestão, ainda reconhecíveis;
7. Alimentos em fase terminal de digestão, de 4h a 7h;
8. Vacuidade gástrica indica a última refeição feita há mais de 7h;

Cronotanatognose ou Tanatocronodiagnose
É o estudo que busca definir o momento da morte, por meio de características
cadavéricas.

Sinais abióticos
Imediatos, De incerteza ou diagnóstico da morte clínica
Os sinais abióticos imediatos são os sinais que demonstram ausência de vida, nos
permite supor que a morte ocorreu:

9. Ausência de função cardiocirculatória:


a. Ausência de batimento cardíaco;
b. Pulso ausente;
c. Pressão zero;
10. Ausência de respiração;
11. Ausência de função cerebral:
a. Inconsciência;
b. Insensibilidade;
c. Imobilidade;
d. Flacidez muscular;
i. Músculos relaxam, ocasionando a eliminação de urina, fezes;
ii. Pupilas se dilatam (midríase);
iii. Tórax se achata;
iv. Mandíbula cai;
v. As rugas da face se atenuam (máscara da morte);
1. Diferente de face hipocrática, que é como se apresentam
os moribundos (prestes a morrer);
2. Nos mortos a face se resume à ausência de expressão;

São sinais de INCERTEZA, porque o estado, em algumas situações, pode ser reversível.
Estamos diante da possibilidade de REVERSIBILIDADE do quadro.

Consecutivos, mediatos ou de certeza


Com o passar do tempo, GERALMENTE EM TORNO DE 6H APÓS A MORTE
(quando os sinais consecutivos se fazem evidentes, art 162, CPP), as alterações da
parada cardiorrespiratória se tornam perceptíveis, CONFIRMANDO a morte. Ou seja,
só se permite a realização da necropsia antes das 6h previstas pelo CPP quando os sinais
abióticos consecutivos podem ser observados. Ocorre:

12. DESIDRATAÇÃO OU DESSECAÇÃO;


Cuja velocidade se dá a depender de fatores ambientais, da superfície ou até
mesmo características individuais.
a. Sinal de Sommer: mancha negra que surge na parte lateral externa da
esclerótica (zona branca dos olhos) em torno de 1 a 3h após a morte, se
generalizando após 6h. A esclerótica, desidratada, fica transparente,
permitindo ver a parte de trás, que é mais escura;
b. Dessecação dos lábios;
c. Diminuição da pressão intraocular;

13. RESFRIAMENTO DO CORPO;


Causado pela ausência de produção de energia interna. A temperatura fica igual
a ambiental.
a. A depender da causa da morte, por infecção, por ex, a temperatura
demora mais tempo pra baixar, por conta da atividade bacteriana.

14. LIVORES HIPOSTÁTICOS OU HIPÓSTASES:


Livores são manchas. Hipo é embaixo, e estase, parado.
a. São manchas negras, arroxeadas, por conta da ausência do O2 e
abundância em CO2, provocadas pelo sangue estanque, sujeito à ação da
gravidade.
b. O mesmo ocorre nos órgãos, são as hipóstases viscerais.
c. Surgem 30min a 3h após a morte e mudam de lugar a depender da
movimentação do corpo, até ocorrer a desidratação, quando o sangue
permanece estanque e não mais se alteram as hipóstases (de 8h a 12h da
morte).
d. Dependendo da cor, podem indicar a causa da morte. No caso de
intoxicação por gás de cozinha, o O2 do sangue não penetra nas células,
ficando o sangue bem avermelhado, cor das hipóstases.
e. Se não são vistas, pode ser:
i. Anemia intensa, sangue claro;
ii. Raça negra, pele escura;

f. Tem alto valor para determinar o tempo da morte;


g. Identifica também a posição inicial do corpo, dando indícios de
adulteração do local do crime;

15. RIGIDEZ CADAVÉRICA:


Dá-se pelo acúmulo de ácido lático, por conta da escassez do O2.
Começa na mandíbula e nuca e vai descendo, de acordo com a Lei de Nysten-
Sommer (define a ordem das partes do corpo que enrijecem).

Começa na 1h de morte, atinge o máximo após 5 a 8h (permanecendo até um


período de 12 a 24h). Por depender da quantidade de músculos que possui o
corpo, pode inexistir em velhos e crianças... daí não ser um bom parâmetro para
determinar o tempo da morte.

a. A rigidez se desfaz, seguindo a mesma sequência até a flacidez muscular,


geralmente se completando após 36 a 48 horas post mortem;

b. Espasmo cadavérico:
Aqui não ocorre o relaxamento muscular, para depois haver a rigidez.
O espasmo é causa instantânea, ficando o corpo rígido na última posição
em que permanecia o ser humano vivo. O caso do corpo que segura
firmemente um objeto.

Resumindo:

Perda temperatura: Segundo


16. Delton Croce: 0,5 graus nas primeiras 3 horas.
Depois, passa a diminuir 1 grau/hora;
17. Flamínio Favero: cai em média 1,5 graus por
hora;

A temperatura AXILAR no vivo é 36,5graus;


A temperatura RETAL no vivo é 37,2 graus;
Livores cadavéricos: Começa em média a partir da 2 ou 3h (pode surgir com
30min da morte), sendo móveis:
18. A partir da 10h o sangue estanca e as manchas
deixam de ser móveis;
19. Isto porque ocorre a evaporação dos líquidos,
tornando o sangue mais consistente;
Rigidez cadavérica: Começa em média partir da 2h:
20. 1 – 2h (nuca e mandíbula);
21. 3 – 4h (membros superiores);
22. 5 – 6h (abdômen);
23. 7 – 8h (membros inferiores);
Se desfaz no mesmo sentido após a 12 hora, em média;

A TAFONOMIA é o estudo do processo de transformação do cadáver desde o


momento da morte até sua fossilização;

Fenômenos transformativos destrutivos (tafonomia)


Autólise
Células destruídas por enzimas digestivas, por conta do ácido lático.

Putrefação
É a decomposição do corpo pela ação de bactérias.
No nosso clima ocorre em 24h após a morte. Depende da:
24. Temperatura do ambiente;
25. Condições individuais que causam aumento de bactérias (infecções, ou excesso
de gordura que dificulta o resfriamento do corpo, acelerando a putrefação);

Tem como fases:


a. COLORAÇÃO OU CROMÁTICA: inicia com a mancha verde abdominal, na
fossa ilíaca direita, por conta dos gases do intestino grosso. A cor se espalha pelo
corpo. Nos afogados e em fetos mortos no útero a mancha aparece no tórax, por
conta da infecção ocorrida nos pulmões, órgão mais atingido.
i. Dá-se entre 16h*/20h e 24h (*maioria dos autores);
ii. Termina em até 7 dias;

MANCHA VERDE ABDOMINAL: A idade do morto é extremamente relevante


para a observação dos efeitos desta fase.
o Num homem adulto, percebe-se a mancha verde na região do intestino
grosso;
o Num feto, a mancha ocorre em qualquer cavidade corporal;

b. ENFISEMA OU GASOSA: o corpo aumenta de tamanho por conta dos gases.


Corpo estuga. Os vasos sanguíneos se achatam e se aproximam da pele, podendo ser
vistos: é a circulação póstuma de Brouardel. Surgem os odores, por conta do
desprendimento dos gases.
i. A partir da segunda semana (15 dias), durando até 3 semanas;
ii. Órgãos comprimem-se, expelindo substâncias.
iii. Pele se descola;
iv. Formam-se bolhas;
v. Pelos, unhas e cabelos caem;
vi. Surgem as ptomaínas, que falseam resultados em busca de morfina ou
drogas (se assemelham às substâncias tóxicas, tais como a cafeína, heroína,
cocaína – chamadas de alcalóides).
vii. Até o 2º dia os gases NÃO são inflamáveis, entre o 2º e o 4º dia SÃO
inflamáveis, e depois voltam a ser NÃO inflamáveis;

c. COLIQUATIVA OU LIQUEFATIVO: dura meses, tecidos amolecidos se


desfazem, surgem larvas e insetos. A evolução das larvas permite avaliar o tempo de
morte.

d. ESQUELETIZAÇÃO: pode durar anos, até que os ossos se destruam.


Maceração
Putrefação nos corpos submersos.
É a maceração séptica, com germes.
Nos fetos mortos retidos no útero, como não há germes, é maceração asséptica.

A pele não adere, e descola, forma bolhas e rompe.

Fenômenos transformativos conservativos


Diminuem a putrefação do cadáver.

26. ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO: material branco e mole, friável,


rançoso, nas partes gordurosas do cadáver. A ação de bactéria sobre as gorduras
forma ácido graxo, paralisando o processo. Ocorre em:
a. Locais pouco arejados, quentes, úmidos, com baixa oxigenação;
b. Terrenos argilosos;
c. Indivíduos obesos;

Depende do início da putrefação. Esta se inicia, mas paralisa-se por conta do


ácido graxo da gordura. Difere dos outros processos conservativos por isso. A
putrefação nem se inicia, ou se dá de forma lenta.

27. MUMIFICAÇÃO: evaporação da água é muito rápida que inibe as bactérias.


Ocorre em:
a. Locais secos, ventilados, temperatura elevada;
b. Solos arenosos;

28. CALCIFICAÇÃO: pode surgir no feto morto no útero, no qual há deposição de


cálcio. O feto calcificado é chamado de litopédio.

29. CORIFICAÇÃO: a pele fica ressecada e endurecida, semelhante a couro,


observada em corpos enterrados em urnas herméticas e metálicas, tendo zinco
em sua composição.

Morte encefálica
A MORTE CEREBRAL, que é uma lesão dos hemisférios cerebrais, significa o estado
vegetativo persistente, ou seja, a inconsciência. Estando o encéfalo íntegro, estará o
sujeito entregue ao estado vegetativo.

A MORTE ENCEFÁLICA é um estado de coma irreversível. Isto porque o encéfalo é o


órgão responsável pelos movimentos vitais involuntários, como a respiração espontânea,
por ex. Sendo o tronco encefálico lesionado (e não somente o cérebro – responsável pela
consciência), não se terá mais essa espontaneidade.
Lesionado o encéfalo, afetando o centro respiratório localizado no bulbo, cessará
definitivamente a respiração espontânea e, em alguns dias, a circulação sanguínea, e a
posterior parada cardíaca. É esse estado anterior à parada cardíaca que se chama “morte
encefálica”, quadro irreversível que autoriza a doação de órgãos.

A lei dos transplantes exige a morte encefálica para a retirada dos órgãos:
Lei 9434/97

Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados
a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica,
constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e
transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por
resolução do Conselho Federal de Medicina.

A morte encefálica autoriza a doação de órgãos consentida pela família. É irreversível.


Ocorre no tronco encefálico, cuja parte superior responde pela consciência, e a inferior,
pelos movimentos involuntários (respiração, digestão).

Se caracteriza por:
30. Coma aperceptivo (profundo), de causa conhecida;
31. Ausência de reflexos, que dependem da integridade do encéfalo:
a. Pupilas irreativas e fixas (feixe de luz não reage);
b. Ausência de resposta ao calor ou frio;
i. Insere-se líquido frio ou quente no ouvido e observa-se o
movimento normal esperado dos olhos. Ausência de piscadelas;
c. Ausência de reflexo da tosse, testado por meio de estímulo na região
posterior à língua;
d. Ausência de reflexo córneo-palpebral (pálpebras não fecham se
estimuladas);
e. Ausência de reflexos óculo-cefálicos (abertura forçada da pálpebra e
posterior manipulação da cabeça, de um lado para o outro: os olhos
seguem o movimento – chamados de “olhos de boneca”. O sinal vital
normal é o olhar se dar no sentido inverso ao movimento);
32. Ausência de respiração espontânea (apneia). Retirando o respirador, após
presumida a morte encefálica, verifica-se se há retorno espontâneo da respiração.
Não havendo, está atestada a morte cerebral;
33. Ausência de movimentos respiratórios torácicos e abdominais, de acordo
com a taxa de CO2;
Mesmo alta concentração de CO2 (a concentração baixa não serve de indicador)
não é capaz de estimular a respiração, restando inócua a função encefálica
respiratória;
a. Necessita-se da autorização familiar para o teste, pois, a retirada dos
aparelhos para a verificação da respiração espontânea pode aumentar
ainda mais a irreversibilidade do quadro;
b. O teste não será eficaz em pacientes que usam drogas, pois as células do
encéfalo podem estar inibidas, porém não mortas;

A morte encefálica antecede a morte clínica (quando ocorre a morte do corpo e os


órgãos se invalidam para transplante), quando se dá, em definitivo, o fim da pessoa
natural.

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O anencéfalo não possui cérebro, nem ossos do crânio, mas possui tronco encefálico, o
que lhe dá respiração espontânea, e poucos dias de sobrevivência. Enquadra-se como
morto cerebral irreversível, pela ausência de cérebro. Essa é a diferença para outras
anomalias congênitas.
É permitida a doação de órgãos.
34. Não se aplicam os critérios da morte encefálica, como parada cardiorrespiratória
para se decretar a morte clínica, sob pena de se perderem os órgãos para doação;
35. Não há aborto neste caso, pois o feto é considerado natimorto;
36. Aborto eugênico é o termo utilizado para designar o aborto feito como forma de
seleção da espécie humana, mantendo vivos apenas aqueles capazes de melhorar
a própria condição humana. É aborto preventivo em caso de suspeita de defeito
físico;
37. Diagnosticada a anencefalia, não há necessidade de decisão judicial para
remoção do feto;
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Capítulo 8: Asfixia
São provocações que alteram o nível de oxigênio no corpo humano.
A redução de O2 é chamada de hipóxia.
O aumento do teor de CO2 é chamado de hipercania.

Na asfixia, antes da parada cardíaca, se tem a parada respiratória.

Fases
38. Dispneia INspiratória: dificuldade para puxar ar para os pulmões;
39. Dispneia EXspiratória: dificuldade para expelir o ar dos pulmões;
40. Segue à parada respiratória;
41. Últimos movimentos respiratórios que precedem à morte.

Sinais de asfixia
Sinais cadavéricos
Externos Internos (vistos na necropsia)
42. Cianose da face (cor azulada); 47. Sangue fluido, diluído e escuro;
43. Cogumelo de espuma na boca e 48. Equimoses nas vísceras com forma
nariz; de petéquias. Frequentes nas
44. Projeção da língua para fora; membranas que cobrem coração e
a. Intrusão é o inverso de pulmão;
projeção/protusão; a. Essas manchas são
45. Equimose externa, com forma de chamadas de Manchas de
petéquias, na pele e mucosas da Tardieu, que podem
face, sobretudo nas pálpebras e aparecer em qualquer tipo
olhos; de asfixia;
46. Livores cadavéricos escuros e 49. Congestão POLIVISCERAL:
precoces; maior volume de sangue nas
vísceras;
50. Hemorragia, edema ou enfisema
pulmonar;
ESPECTRO EQUIMÓTICO: vermelho – azulado (4 a 6 dias) – verde (7 a 12 dias...
nem sempre) – amarelo;

Petéquias: ruptura de pequenos vasos sanguíneos devido ao aumento de pressão dentro


deles. Ou seja, se origina devido ao aumento de pressão dos vasos. Pode ser vista,
portanto, em qualquer morte que tenha a mesma causa.
51. No enforcamento, devido ao aumento da pressão craniana, são observadas nas
conjuntivas e pálpebras.
52. Vale dizer que a parede das veias são menores que das artérias, sendo aquelas as
primeiras a romperem. Assim, pode-se analisar se a causa da morte:
a. Se ocorreu a suspensão total do corpo: as veias e artérias se romperão;
b. Se não ocorreu, provavelmente apenas as veias romperão;
c. Se nenhuma delas se rompeu, a asfixia deve ter tido outra causa
(afogamento, por ex);

Modalidades
Sufocação Direta
1. SUFOCAÇÃO/OCLUSÃO (PURA): obstrução das narinas, boca, laringe ou
faringe. É chamada de PURA porque NÃO ocorre a constrição do pescoço.
Pode se der mediante sufocação:
53. Interna: quando a obstrução se dá nas vias respiratórias externas (nariz ou
boca);
54. Externa: a obstrução ocorre na traqueia ou glote;

PURAS– nas quais NÃO existe a constricção do pescoço; encontramos anoxemia e


hipercapnéia:
1 – confinamento;
2 – monóxido de carbono;
3 – outros gases irrespiráveis (de iluminação, de esgoto e fossas, de pântano ou
qualquer outro gás puro ou em alta concentração);
4 – sufocação (obstrução das vias respiratórias);
4.1 – direta – obstrução da boca, das narinas ou da parte condutora por
corpo estranho;
4.2 – indireta – compressão do tórax ou do abdômen;
5 – afogamento – transformação do meio gasoso em líquido;
6 – soterramento – transformação do meio gasoso em sólido pulverulento;

COMPLEXAS (veremos abaixo) – existe constrição do pescoço em uma linha,


ocorrendo anoxemia, excesso de gás carbônico, interrupção da circulação cerebral e
inibição nervosa, que podem ser distinguidos no estudo em profundidade das estruturas
do pescoço:
1 – enforcamento – constrição passiva;
2 – estrangulamento – constrição ativa;

MISTAS– constrição do pescoço em uma área, na qual se confundem os fenômenos


circulatórios, respiratórios e nervosos:
1 – esganadura;

2. POR CONSTRIÇÃO CERVICAL (COMPLEXA): compressão do pescoço.


Apresentam livores abaixo do umbigo (após 18h da morte, em média).

A cianose na constrição cervical pode não ocorrer. Ela ocorre quando a


obstrução não é total, permitindo ainda a passagem do sangue. Assim, a cor do
morto pode ocorrer de 2 formas:
55. Azul arroxeada: cianose;
56. Branca: quando não há passagem do sangue. O sangue nem sai, nem
entra na cabeça.
Podem ser:

Enforcamento: compressão do pescoço (cervical) por um laço, que é fixo em uma das
extremidades. A morte é causada pelo peso do corpo;
57. Amarrar uma pedra no pescoço e morrer afogado não é enforcamento, pois o
peso do corpo NÃO provocou a asfixia;
58. Óbito de 5 a 10 minutos;
a. A morte pode ser mais rápida se ocorrer parada cardíaca por reflexo
nervoso. Nesse caso não haverá enforcamento. É a chamada morte por
inibição.

O sulco no pescoço provocado pela corda é profundo na parte oposta ao nó da corda, e


superficial ou ausente perto do nó;
59. O sulco tem direção oblíqua e ascendente, e é DESCONTÍNUO, posto sofrer
pressões diferentes a depender da parte do pescoço;

Geralmente ocorre em suicídios, RARAMENTE em homicídios ou acidentes;


60. As lesões existentes no pescoço (reações vitais) diferenciam o enforcamento da
simulação, quando o corpo, morto por outra causa, foi posto na situação de
enforcamento para ludibriar as autoridades;

Pode ser:
61. Típico: quando o nó se encontra na região posterior do pescoço;
62. Atípico: o nó fica na lateral ou na região anterior;
63. Completo: o corpo fica completamente suspenso;
64. Incompleto: corpo permanece encostado ao solo;

Estrangulamento: constrição do pescoço por laço provocada por outra força que não o
corpo do sujeito;
65. Dificilmente a força é suficiente para evitar o fluxo sanguíneo das fortes
paredes das artérias, dando o aspecto cianoso da face do morto azulado;
66. Tem sulco CONTÍNUO, abrangendo o pescoço com a mesma profundidade;
67. É horizontal, não é oblíquo ascendente, fica numa posição baixa do pescoço;
68. Ocorre em casos de homicídio, com desproporção de forças;
69. Não costuma haver “pergaminhamento”, pois a força cessa quando da morte do
sujeito (o assassino afrouxa o laço, por ex.);
a. Pergaminhamento: tecidos abaixo do laço, provocados pela força da
constrição, são espremidos, deslocando a água deles para os tecidos
adjacentes. Intensa desidratação local, portanto, daí o aspecto enrugado
e endurecido do tecido, semelhante a um pergaminho.

Esganadura: constrição direta por qualquer parte do corpo do assassino: mãos, pernas,
braços...
70. É o “mata-leão”;
71. Permite as 2 cores da face (branca ou azulada) a depender da força da
constrição;
72. Pode ocorrer a fratura do gogó (osso hioide) ou da cervical;
73. Escoriações ao redor do pescoço da vítima, por conta da luta corporal;
A esganadura é modalidade do estrangulamento. O meio usado é o próprio corpo do
assassino (geralmente mãos ou braços);
Terá por causa jurídica sempre o crime (nunca acidente), pela desproporção das forças
ou a surpresa para vencer a reação da vítima.

Em ambas as situações podem ocorrer o surgimento de marcas ungueais (marcas de


unha, de luta);

Sufocação InDireta
Ocorre por força externa, por peso excessivo que vem de fora, geralmente impondo
força desproporcional no tórax da vítima.

Não é a obstrução DIRETA do ar através dos pulmões. Tal obstrução se faz de maneira
INDIRETA, com o aperto do tórax.
Ex. vítima presa nas ferragens de acidente, tumulto em multidões, quedas de edifícios
(traumas);

Fácil de identificar quando há costelas fraturadas, por ex.

Respiração paradoxal
Ocorre quando o movimento do tórax, na presença de costela quebrada, no lugar de se
expandir para a entrada de ar nos pulmões, fecha-se, por conta das fraturas, impedindo a
entrada de ar. Ocorre um assincronismo entre o movimento do tórax e os movimentos
respiratórios (expansão dos pulmões).

Outros exemplos
74. Paralisia Espástica: os músculos se contraem por ação externa (câimbra,
eletricidade, drogas);
75. Paralisia Flácida: músculos relaxados, como no uso de drogas relaxantes.
76. Fadiga muscular: morte na crucificação, os músculos entram na exaustão.

Sufocação por modificação do ambiente

Confinamento
Altera-se a composição dos gases existentes no ambiente. Não há renovação de ar.
77. A intermação é bom exemplo, pois a alta umidade do ar impede o resfriamento
corporal, levando à morte.
78. Alteração da composição do ar, mudanças das concentrações de CO2 ou O2;

Soterramento
Asfixia decorrente da inalação de partículas sólidas pulverizadas, que obstruem as vias
respiratórias, os brônquios mais finos. Geralmente se dá em acidentes, escombros e
desmoronamentos. A sufocação pode se dar por:
79. Sufocação DIRETA pelas partículas sólidas.

ATENÇÃO: O soterramento ocorre com a sufocação direta pelas partículas sólidas. As


partículas são pequenas o suficiente para chegar aos mais finos capilares.
Havendo compressão torácica ocasionada pelos escombros, por exemplo, não será caso
de soterramento, pois não houve inalação de resíduos sólidos. Será caso de
SUFOCAÇÃO INDIRETA.
Geralmente é criminoso nas tentativas de ocultação dos cadáveres. É o exemplo da
vítima ser encontrada em estado de decomposição apenas 4h após o desmoronamento de
um morro. Significa que a causa da morte não foi o desmoronamento.

Afogamento
Inalação de líquido nos pulmões. Pode ser:
80. Real ou verdadeiro: quando o corpo todo está submerso;
81. Falso: quando apenas as viras respiratórias se submergem.

A mancha verde, que surge na putrefação, aparece nesses casos na região torácica
(geralmente abaixo do pescoço – chamada de “cabeça de negro”), devido à ação de
bactérias nos pulmões, imersos em líquido.

Pode ser também:


82. Afogamento branco: quando a morte se deu por parada cardíaca reflexa, pelo
susto, e não pela inalação do líquido – já não há respiração quando o corpo
submerge. Não há liquido no pulmão. Assim, os sinais da morte NÃO SÃO os
da asfixia, mas decorrentes de reflexos nervosos;
83. Azul: a asfixia se dá pela entrada de líquidos nos pulmões. Possui as fases:
a. De luta;
b. De apneia voluntária;
c. De inspiração (inundação dos brônquios);

Sinais característicos:

84. Aparece o sinal de Bernt: pele anserina (arrepiada), contração delicada dos
músculos que mantém eretos os pelos;
85. Retração do escroto, devido a diferença de temperatura corporal e da água;
86. Maceração da epiderme;

Morte por afogamento:


Aqui!
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Parada respiratória central

Lesões corporais
Atenção às lesões corporais quanto aos sinais de vida no corpo:
 Sinais de vida:
o no vivo, o sangue ou a linfa recobre a escoriação formando “crosta”, que
se desprega da lesão em poucos dias, da periferia para o centro;
o infiltração hemorrágica nos tecidos moles;
o hemorragia ou coagulação;
o retração dos tecidos;
o evolução das equimoses;
o reação inflamatória;
o embolias;
 Sinais de morte: lesões feitas após a morte não apresentam reação vital; não
serão observadas as características acima;

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