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Evolução das redes móveis

Universidade Federal de Sergipe (UFS)


Departamento de Computação – DCOMP

Carlos Gabriel Santos Nunes


gabriel_santos@hotmail.com

Resumo: O avanço no setor de comunicação vem ganhando novas fronteiras, o uso de


celulares móveis com sistemas digitais e acesso a internet com altas taxas de velocidade, vem
ganhando mercado pela alta busca por essa tecnologia. Essa revolução vem desde os
primeiros sistemas de telefones móveis. Este trabalho aborda um estudo da evolução dos
sistemas usados em telefonia móvel, mostrando as características da tecnologia, as suas
vantagens de sua implantação e os serviços que serão disponibilizados, e apontando a
tendência natural da evolução para um sistema de quarta geração 4G e as novas pesquisas
voltadas a uma rede de altas taxas de banda larga, a quinta geração 5G.

Introdução

A telefonia celular passou por três gerações distintas com tecnologias diferentes. A primeira
foi voz analógica, a segunda voz digital e a terceira voz digital e transferência de dados
(Internet, correio eletrônico, etc).

O primeiro sistema móvel foi criado nos EUA pela AT&T e regulamentado por todo o país
pela FCC (FEDERAL COMMUNICATION COMISSION). Como resultado, todo o território
dos EUA tinha um único sistema de telefonia celular. Já na Europa, cada pais criou o seu
próprio sistema celular, com isso havia incompatibilidade dos diferentes sistemas de se
comunicarem entre si. Quando surgiu a tecnologia digital, as estatais da Europa se uniram e
formaram um único sistema digital, o GSM. Portanto, qualquer celular da Europa, passou a
falar em qualquer país. Na época, os EUA, não quis seguir com esta padronização. Sendo
assim, a padronização para este sistema GSM ficou a cargo do mercado.

O sistema de telefonia móvel teve um grande avanço, ela vem desde 1946, passou de
analógico para digital e agora estão sendo utilizados voz e dados, simultaneamente. O usuário
de hoje é mais exigente do que dez anos atrás, não basta apenas fazer chamadas em diferentes
lugares. A mobilidade de estar sempre conectado à Internet e de ter altas larguras de banda
sem precisar estar em casa usando o a rede DLS para poder acessar e baixar grandes arquivos,
é um dos principais requisitos que o usuário do século XXI tem buscado.

Historicamente os telefones móveis tiveram quatro fases da sua evolução no uso de distintas
tecnologias (ver figura 1.0):
Figura 1.0: Evolução da tecnologia móvel
Fonte: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialintlte/pagina_2.asp

Primeira geração de telefonia móvel:

O sistema mais antigo de telefonia analógica (apenas voz) foi os radiotelefones móveis de uso
militar marítima, durante os primórdios do século 20. Na década de 1946 na cidade St. Louis,
nos EUA, foi desenvolvido um sistema baseado em automóveis. Era instalado um transmissor
em locais altos que abrangessem melhor uma determinada área ou cidade e apresentava
apenas um canal que o usuário podia transmitir (conversar) e para ouvir ele apertava um botão
que desativava a transmissão e ativava o receptor, eram designados de sistemas “push-to-
talk”. Naquela época taxis, carros da polícia e rádios amadores utilizam muito desse sistema.

Em 1960, foi criado um sistema que aperfeiçoava o sistema de telefonia de automóveis,


denominado de Improved Mobile Telephone System (IMTS). Um transmissor de alta potência
com cerca de 200 watts instalado em uma montanha, onde eram utilizadas duas frequências,
uma para transmitir e a outra para recepção.

O IMTS trabalhava nas frequências de 150 a 450 MHz e admitia 23 canais. Essa limitação de
canais era um grande problema, pois muito dos usuários tinham de esperar um longo período
de tempo para pode realizar uma nova chamada. Tinha também o uso de um único
transmissor atendendo uma área de serviço muito grande, com isto à medida que o usuário
chegava ao limite da área de cobertura do sinal, o sinal ia se perdendo até perder totalmente a
conexão com a torre de transmissão.

Desenvolvido em 1982, nos Estados Unidos, o sistema AMPS (Advanced Mobile Phone
System) pelo Bell Labs. É um sistema analógico (voz), a área de cobertura é dividida em sub-
regiões chamadas células, motivo pelo qual chamam o dispositivo telefônico de celular, isso
faz com que a potência transmitida seja baixa e as frequências disponíveis sejam melhores
utilizadas. Cada célula utiliza um conjunto de frequência que não são utilizadas por outras e
tem um alcance em torno de 10 a 20 km de extensão, utiliza 832 canais full-duplex
(comunicação bidirecional, transmite e recebe ao mesmo tempo) com uma faixa de frequência
de 800 MHz com um buffer, entre duas células, separando melhor elas e gerando pouca
interferência das frequências.

A grande vantagem que se tem desse sistema, comparado com o antigo (IMTS), era que o
sistema celular tinha maior capacidade de utilizar um grande número de células menores em
uma determinada distância territorial e a reutilização de células vizinhas. No IMTS com um
alcance de 100 km eram feitas chamadas em cada frequência ao contrário da AMPS que a
partir de um conjunto de 100 células de 10 km, é capaz de realizar de 5 a 10 chamadas, em
cada frequência das células separadas.

Em geral, a divisão da área de cobertura em áreas menor, permiti a utilização de transmissores


de baixa potência e um emprego eficiente do espectro por meio de reuso de frequência. Isso
permite que seja realizado um maior numero de chamadas e evita que a célula se
sobrecarregue. Na figura 1.2 (a) mostra um conjunto de três células interligadas, onde cada
uma é dividida em sete unidades de células, cada uma sendo indicada com uma letra no qual
representa um grupo de frequências. Na figura 1.2 (b), a célula é dividida em outras
microcélulas isso permitir uma melhor reutilização da frequência nas células. Essa divisão em
células menores é utilizada quando a célula original é sobrecarregada pela excessiva
quantidade de usuários.

Figura 1.1 (a): Divisão da área em sub-regiões ou células.


(b): Divisão em células menores para acrescentar mais usuários.
Fonte: Tanembaum, 2003

Em cada célula há uma estação-base que recebe as transmissões dos telefonemas da região.
Denominado de MTSO (Mobile Telephone Swtiching Office), nessa estação há uma antena
conectada a um computador e a um transmissor/receptor, onde cada telefone móvel é
controlado por essa base. O MSC (MOBILE SWITCHING CENTER) é um dispositivo que
conecta outras estações-base de um sistema pequeno. Quando se trata de um sistema de
grande porte poderá ser necessários mais MSC, onde são conectadas umas com as outras, e se
conectam a uma estação final de um sistema telefônico.
Cada telefone celular ocupa uma determinada célula, que esta sendo coberta por uma
determinada estação-base de transmissão de sinal. A parir do momento em que o celular se
locomove ao ponto de sair da área de cobertura da célula antiga e se aproxima de uma nova
célula, é feito na hora a transferência de controle da base antiga para a nova, caso haja uma
chamada em andamento, é requerido à nova célula um canal disponível. Esse processo é
chamado de handoff e a tarefa de transferência de canais é feita pela MTSO, ou seja, pelo
computador central da base.

Há dois tipos de handoffs: soft handoff e hard handoff. Basicamente os dois processos tem o
mesmo objetivo que é estabelecer a transferência de sinal da antiga para a nova estação base.
A diferença está em como é feito essa transferência. Enquanto que no soft handoff o
dispositivo não é desconectado antes de ser conectado com a nova base, não havendo perda
completa do sinal em um determinado tempo durante a passagem, também há a questão do
aparelho ter a capacidade de sabe sintonizar as duas frequências, a nova e a antiga
simultaneamente. Essa capacidade os dispositivos da primeira e segunda geração não eram
capazes de operar. Já no hard handoff, o aparelho é desconectado da antiga estação antes de se
conectar com a nova. O aparelho fica aguardando até que seja liberada uma frequência
disponível, enquanto isso é impossibilitado de realizar ou receber ligações até que se seja
estabelecido uma nova conexão. Uma representação melhor desses dois processos está na
figura 1.3.

Figura 1.3: Soft Handoff e Hard Handoff


Fonte: http://www.cs.ucla.edu/ST/research.html

No AMPS, apresenta um modo de transmissão onde o canal utilizado pode conduzir a


informação em ambas às direções (transmitir/receber), ou seja, é uma transmissão é
bidirecional em cada canal de 832 canais (full-duplex). Apresenta também 832 canais que
apenas transmitem (simplex), com frequência variando de 824 a 849 MHz, e função de
receptor possui 832 canais operando em 30 kHz. Para utilizar de maneira eficiente, AMPS
utiliza o FDM (FREQUENCY DIVISION MULTIPLEXING), para gerencia os canais. No
FDM os bits são alocados de acordo com a frequência. Um canal de transmissão é dividido
em várias faixas de frequência lógica que são medidos em Hertz.

Operando na faixa 800 MHz, as ondas de rádio têm cerca de 40 cm de comprimento e


propagam em linha reta. Quando uma onda de rádio encontra um obstáculo, uma parte da sua
energia é absorvida e transformada em energia, uma parte continua a propagar-se de maneira
atenuada e uma parte pode eventualmente ser refletida. Por isso os sinais de ondas podem ser
absorvidos por arvores e plantas, e refletidas no chão, com isso pode ocorrer o
enfraquecimento do sinal, retardando a sua chagada à estação-base. Isso pode causar um eco
ou distorção do sinal.

Segunda Geração

Devido ao fim da capacidade limitada do sistema analógico em suportar o crescente uso dos
telefones móveis, principalmente nas áreas metropolitanas e a necessidade de padronização,
foi necessário a implementação de um sistema digital. Tanto na primeira e na segunda
geração, não houve uma padronização na telefonia móvel. Com isso foram criados vários
sistemas de telefonia móvel com tecnologia digital. Estes sistemas são GSM (Sistema global
de comunicação móvel) na Europa, TDMA ou D-AMPS (Acesso múltiplo por divisão de
tempo), CDMA (Acesso múltiplo por divisão de código) nos EUA, PDC (Celular digital
pessoal) no Japão e PSC 1900 (Serviço de comunicação pessoal), que foi uma forma de
representação de um celular com um sistema digital da segunda geração operando na banda
de 1.900 MHz.

D-AMPS (Digital Advanced Mobile Phone System)

A sucessora da AMPS, é um sistema totalmente digital e possui o recurso de coexistir com o


sistema analógico da AMPS, podendo ser operando os dois sistemas numa mesma célula. A
D-AMPS utiliza os mesmos canais de 30 kHz e as mesmas frequências, isso faz com o que os
canais sejam operados nos dois sistemas. Essa tarefa de fazer com que os dois sistemas se
coexistam é dada a MTSO, que define qual canal irá ser analógico e o outro digital.

Como havia uma grande demanda de usuários, foi lançada uma nova banda de frequência. Os
canais upstream e dowtream, trabalhavam na faixa de 1.850 a 1.910 MHz e 1.930 a 1.990
MHz, respectivamente. As ondas possuíam um comprimento de 16 cm e uma antena padrão
de ¼ com apenas 4 cm de comprimento para telefones pequenos, podendo ampliar suas
bandas de 850 MHz e 1.900 MHz, para obter uma faixa com mais canais disponíveis.

Em um aparelho celular com padrão D-AMPS, a voz captada é convertida no formato digital
e compactada diretamente pelo aparelho, através de um circuito chamado vocoder. Isso
permite reduzir os bits enviados e diminui a largura de banda de 56 para 8 kpbs. Esse recurso
de conversão e compactação permite que três usuários possam compartilhar apenas um par de
frequências através da função de multiplexação por divisão de tempo (TDM - Time Division
Multiplexer).

Na estrutura de controle do D-AMPS, são usados seis canais de controle principais


(configuração de sistema, controle em tempo real e não tempo real, localização, resposta a
acesso e mensagens curtas). A partir do momento que o aparelho móvel é ligado, ele faz
diretamente um contato com a estação-base, que verifica a sua localização, informando que
está disponível para acessa o canal de controle para verificar se há chamadas recebidas. A
diferença entre AMPS e D-AMPS, de como é feito o controle, está na forma como é tratado o
handoff. No primeiro sistema, a MTSO controla sozinho sem a ajuda do aparelho, insto é, ele
fica encarregado de verificar se o aparelho está na área de cobertura e cuida da transferência
de sinal de uma célula à outra. Já na D-AMPS durante um determinado tempo, o aparelho
celular fica impossibilitado de receber ou fazer chamadas, durante esse tempo o dispositivo
mede a qualidade do sinal a fim de notificar a estação, caso o sinal esteja fraco, com isso a
MTSO interrompe a conexão e a busca de um novo sinal forte é feita pelo próprio dispositivo.
Essa técnica é chamada de MAHO (Mobile Assistent HanOff).

GSM (Global System for Mobile Communications)

Também presente da segunda geração (2G), implantado inicialmente na Europa em 1982 e


operava na frequência de 900 MHz, posteriormente foi sendo adotado esse sistema nos
demais países no mundo, inclusive no Brasil. Ela também trabalha com o uso de células.
Tanto no D-AMPS trabalham com FDM e com TDM, porém a largura dos canais na GSM é
mais alta, 200 kHz contra 30 kHz, e com aumento de usuários, com isso a taxa de dados, por
usuário, é maior que no D-AMPS. O GSM utiliza três tipos de frequência padrão: 900, 1800,
1900. Por questão de mercado, nos EUA é adotado o GSM 1900 e na EUA é a 1800. No
Brasil é usada a faixa de 900, 1700 e 1800 MHz.

Em cada banda de frequência, com 200 kHz de largura, é utilizado 124 pares de canais
simplex com 200 kHz de largura cada canal, e através da TDM permite até oito conexões
separadas. É utilizada a tecnologia (GENERAL PACKET RADIO SERVICES), que permite a
transmissão de dados por pacote, com isso os pacotes são compartilhados em cada canal,
dando assim um uso eficiente do espectro, ao contrário da comutação de circuito, onde não
ocorre o compartilhamento do canal.

Outra característica desse sistema é a utilização de roaming internacional automático, isso


permite que o usuário se conecte em outras áreas geográficas, que possuem outro tipo de rede.
Esse sistema trás outra novidade, o SIM (Subscriber Identity Module), um cartão ou chip de
memoria que armazena os dados do usuário (agenda, serviços da operadora, etc), com isso o
acesso a outros países que adotam o mesmo sistema é mais eficiente e econômico, bastando
apenas instalá-lo em outro aparelho daquela região para ter acesso à rede.

CDMA (CODE DIVISION MULTIPLE ACCESS)

Assim como o D-AMPS e o GSM ambos adotam as de tecnologias FDM e TDM para geren-
ciar o espectro nos canais, porém o CDM funciona de modo diferente. No lugar de dividir a
banda disponível em canais que seguem um padrão de reuso de frequências o CDMA conse-
gue atingir uma grande capacidade de usuários pela utilização de spread spectrum em uma
banda de 1,25 MHz onde para cada comunicação utiliza um código de espalhamento espectral
do sinal diferente. O número de usuários em uma célula é limitado pelo nível de interferência
presente que é administrado através de controle de potência e outras técnicas. O objetivo é
diminuir a interferência em células vizinhas que utilizam a mesma banda de frequências, mas
em códigos diferentes.

Terceira geração

A terceira geração de telefonia móvel ou 3G combina serviços de telefonia e comunicação de


dados e menor interferência na comunicação. Teve seu primeiro projeto em 1992, projeto de-
nominado de IMT-200 (Internation Mobile Telecommunications), desenvolvido pela ITU,
operava em 2000 MHz e largura de banda de 2 Mbps podendo decair essa taxa durante a lo-
comoção do dispositivo.

Os Principais serviços são de oferecer uma melhor transmissão de voz do que as outras
gerações, envio de mensagens (SMS), reprodução multimídia e acesso a Internet. O principal
foco dessa geração é fornecer a melhor qualidade de serviço disponível, independente da
região que os usuários estejam. Em principio a ITU queria que essa tecnologia fosse o padrão
mundial de comunicação com isso, após diversos sistemas, criou o IMT-2000, um padrão
global para o 3G com o objetivo de facilitar o crescimento, aumento da banda e suporte a
aplicações diversas.

Foi desenvolvido um sistema chamado de EDGE (Enhanced Date rates for GSM Evolution)
que é um aperfeiçoamento da tecnologia GSM, afim de oferecer a mesma qualidade de
serviço que a 3G, porém a EDGE não consegue oferecer uma grande quantidade de
transmissão de dados, em torno de 384 Kbps. A EDGE é as vezes chamado de 2.5G (segunda
geração e meia).

Outro sistema que também é conhecido como 2.5G é o GPRS (General Packet Radio
Service). A tecnologia GPRS é considerada uma evolução em relação ao GSM, pois apesar de
se basear nele, ele vai mais além, incluindo módulos adicionais, com isso proporciona maior
velocidade na transmissão de dados, fornecendo a possibilidade de estar sempre conectado
com a rede. Podendo sincronizar a conta no e-mail automaticamente.

Na tecnologia GPRS, o canal é apenas alocado quando há a necessidade de enviar ou receber


dados, tornando possível compartilhar apenas um canal com vários usuários. Ele busca
minimizar os problemas existentes na Internet móvel que se baseia na tecnologia WAP, que é
um serviço muito lento, sendo necessário efetuar uma nova conexão.

Atualmente no Brasil utiliza-se a tecnologia a HSPA (High Speed Packet Access), um avanço
tecnológico que possibilitou uma grande mudança referente às taxas de download e upload na
tecnologia 3G. Porém no Brasil ainda, essa velocidade é limitada para 1 MB/s, e dependendo
do pacote contratado pela empresa, tendo uma queda na velocidade. O HSDPA é um sistema
que trabalha com tráfego de dados baseada em pacotes do sistema WCDMA.

Quarta geração

A quarta geração de telefonia móvel, conhecida com 4G, é a nova geração que trás grandes
desenvolvimentos quanto na arquitetura de transmissão como no serviço de qualidade
fornecido ao usuário. A sua principal característica é a possibilidade de navegar pela web com
a velocidade muito maior. Isso, na prática, proporcionará uma experiência muito melhor do
que a existente hoje em dia. No Brasil, todas as redes 4G usam o padrão LTE (Long Term
Evolution) utilizam a frequência de 2.5 GHz. Outro padrão considerado 4G é o WiMAX
(Worldwide Interoperability for Microwave Access), usado nos Estados Unidos e em outros
países.

LTE (Long Term Evolution)

LTE é uma tecnologia móvel de transmissão de dados que foi criada com base no GSM e
WCDMA. A diferença é que, a tecnologia é mais focada transmissão de dados em vez de
transmissão de voz, como acontecia em gerações anteriores, com isso proporciona uma rede
de dados mais rápida e estável. A primeira rede LTE no mundo foi implementada na Suécia.

Com o objetivo de oferecer velocidades maiores de transmissão de dados, a tecnologia LTE


podendo alcançar ate 75 Mbit/s de uplink e até 300 Mbit/s em downlink. Por basear-se no
protocolo IP, é uma combinação com a transição de redes com comutação de circuito e
pacotes. Ela possui arquitetura conhecida como Evolved Packet Core (EPC), caracterizada por
ser simples e pela integração com demais redes baseadas no IP. Outra característica da
tecnologia LTE é a sua automação de processos de rede, conhecida como Self-Organizing
Network (SON). Essa característica permite que as redes possam ser configuradas para
sincronizar com redes vizinhas.

Ela utiliza o canal de 20 MHz e usa o OFDM (orthogonal frequency-division multiplexing)


que é uma técnica de modulação que vem sendo adotado em diversos sistemas de
comunicação em altas taxas, como IEEE 802.11. Ele divide o espectro disponível em milhares
de subcanais estreitos, cada um carregando parte do sinal ao máximo, sendo combinados
posteriormente para gerar o dado transmitido. Com isso, o OFDMA (Orthogonal Frequency-
Divison Multiple Access) com esquema de múltiplo acesso para o downlink associa diferentes
subcanais para usuários diferentes, evitando problemas causados por reflexões em múltiplos
caminhos, enviando os bits de um dado a baixas velocidades, combinados no receptor para
formar uma mensagem de alta velocidade.

O sistema LTE apresenta ótimo desempenho em um tamanho de célula de até 5 km, sendo
possível demonstrar serviço eficaz em células com raio de até 30 km. Um desempenho
limitado fica disponível em células com tamanho de raio de até 100 km.

WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access)

WiMAX é uma tecnologia padronizada de rede sem fio que permite substituir as tecnologias
de acesso de banda larga por cabo e ADSL. A tecnologia permite a comunicação fixa entre um
ou mais pontos e com comunicação móvel sem fio sem a necessidade de estar muito próximo
com a estação base.

Uma torre WiMAX pode se conectar diretamente à Internet usando uma conexão com fio de
alta largura de banda. Pode também se conectar a outra torre WiMAX. Esta conexão a uma
segunda torre , conhecida como backhaul, junto com a capacidade de uma única torre poder
cobrir até 8 mil Km, com isso o sistema permite fornecer cobertura a áreas rurais remotas. O
sistema usa um baixo alcance de frequência, 2 a 11 GHz. As transmissões de baixo
comprimento de onda não são interrompidas com tanta facilidade por barreiras físicas, elas
são capazes de difratar mais facilmente de obstáculos.

Quinta geração

Quinta geração de redes móveis baseada em redes sem fio. É um projeto que ainda está em
fase de pesquisas, mas vem obtendo grandes resultados. A empresa Samsung conseguir
alcançar 1 Gbps de velocidade a uma distância de 2 quilômetros. A tecnologia desenvolvida
pela Samsung utiliza a chamada banda de onda milimétrica, que não precisa de tanto espectro,
mas possui limitação na propagação do sinal.
Referências Bibliográficas

Castro , Maria Cristina Felippetto de. Sistemas Wireless e Padrões. Disponível em: <
http://www.feng.pucrs.br/~decastro/pdf/CC_Cap5.pdf>

LTE: Evolução das Redes Móveis, Disponível em:


<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialintlte/pagina_2.asp>

TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores, Tradução da 4ª edição, Rio de Janeiro, Ed.


Campus, 2003.

Santana, Reinaldo C. Computação móvel, histórico da evolução. Disponível em:<


http://grenoble.ime.usp.br/~gold/cursos/2008/movel/mono/HistoricoComputacaoMovel.pdf>

http://www.tecmundo.com.br/samsung/39634-samsung-faz-testes-de-internet-5g-com-
velocidade-de-1-gbps.htm

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