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ÍNDICE
CAPÍTULO I – Noções Preliminares
1. CLASSIFICAÇÃO e AUTONOMIA....................................................................................................... 17
2. FONTES DO DIREITO ELEITORAL ...................................................................................................19
3. A INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ELEITORAL ........................................................................25
4. O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE .........................................................................................................27
4.1. Objetivo da norma ...........................................................................................................................27
4.2. A concepção de “lei” (que altera o processo eleitoral) ..................................................28
4.3. Processo eleitoral: uma conceituação ...................................................................................29
4.3.1 A visão da doutrina ......................................................................................................................29
4.3.2 O STF e a conceituação de processo eleitoral ..................................................................29
4.4. Breves notas acerca da correta concepção do processo eleitoral: uma
conclusão possível ...................................................................................................................................33
4.5 O princípio da anualidade e as Leis nº 12.875/13 e nº 12.891/13...........................35
5. A JUSTIÇA ELEITORAL ..........................................................................................................................37
5.1. Atribuições da Justiça Eleitoral: a função administrativa, legislativa,
julgadora e consultiva ............................................................................................................................40
6. O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ............................................................................................44
7. DOS SISTEMAS ELEITORAIS ...............................................................................................................48
7.1. Sistema majoritário ........................................................................................................................48
7.2. Sistema proporcional .....................................................................................................................51
8. DAS NULIDADES ........................................................................................................................................53
9. DIREITO PARTIDÁRIO ...........................................................................................................................65
9.1. Natureza jurídica e o mandado de segurança contra ato de dirigente
Partidário .....................................................................................................................................................67
9.2. Criação e registro, participação na eleição e recursos do fundo partidário
9.3. Características: liberdade de criação e autonomia .........................................................71
9.4. Coligação ..............................................................................................................................................79
9.5. Cláusula de barreira .......................................................................................................................82
9.6. Fidelidade partidária .....................................................................................................................83
9.6.1 O arcabouço legislativo da matéria ......................................................................................83
9.6.2 Os precedentes do STF e a consulta do TSE .....................................................................84
9.6.3 A doutrina .........................................................................................................................................85
9.6.4 Uma conclusão possível (embora moralmente não recomendável) ....................86
9.6.5 A Resolução nº 22.610/07 do TSE ........................................................................................94
9.7. Competência .......................................................................................................................................97
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CAPÍTULO II – Dos Direitos Políticos e da
Capacidade Eleitoral (ativa e passiva)
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4.3.7.8. Propaganda mediante panfletagem ........................................................................... 350
4.3.7.9. Propaganda eleitoral na imprensa escrita .............................................................. 351
4.3.7.10. Propaganda eleitoral no rádio e televisão............................................................ 359
4.3.7.11. Debates.................................................................................................................................. 363
4.3.7.12. Propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão ................................... 366
4.3.7.13. Propaganda eleitoral na internet ............................................................................ 390
4.3.7.14. Propaganda eleitoral no dia da eleição.................................................................. 400
5. DIREITO DE RESPOSTA ...................................................................................................................... 401
6. DAS PESQUISAS ELEITORAIS .......................................................................................................... 409
7. DA ARRECADAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS ................................................................... 414
7.1. Da arrecadação .............................................................................................................................. 414
7.2. Prestação de contas ..................................................................................................................... 446
8. DA DIPLOMAÇÃO...................................................................................................................................457
8.1. Diplomação.....................................................................................................................................457
8.2. Posse..................................................................................................................................................461
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7.3. Legitimados, competência e sanções .................................................................................. 550
7.4. Procedimento e prazo recursal .............................................................................................. 552
7.5. Lapso de ajuizamento da representação ........................................................................... 554
7.6. Lapso temporal de incidência das hipóteses legais ..................................................... 554
7.7 As hipóteses materiais do art. 73 da Lei n° 9.504/97 .................................................. 557
7.8. A hipótese material do art. 74 da Lei nº 9.50/97 .......................................................... 596
7.9. A hipótese material do art. 75 da Lei nº 9.504/97 ....................................................... 597
7.10. A hipótese material do art. 77 da Lei n° 9.504/97..................................................... 598
8. CAPTAÇÃO E GASTOS ILÍCITOS ELEITORAIS ........................................................................... 601
8.1. Art. 30-A da LE: representação específica vs AIJE ........................................................ 601
8.2. Hipóteses de cabimento ............................................................................................................ 603
8.3. Para fins eleitorais ....................................................................................................................... 609
8.4. Art. 30-A da LE vs rejeição de contas .................................................................................. 609
8.5. Bem jurídico .................................................................................................................................... 611
8.6. Procedimento e competência ................................................................................................. 613
8.7 Prazo de ajuizamento ................................................................................................................. 614
8.8. Legitimados ..................................................................................................................................... 617
8.9. Sanções e recurso (prazo e efeitos) ..................................................................................... 618
9. AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL .................................................................................................... 619
9.1. Introdução........................................................................................................................................ 619
9.2. Hipóteses de cabimento ............................................................................................................ 620
9.3. Constitucionalidade ..................................................................................................................... 622
9.4. Competência, prazo, procedimento e legitimidade...................................................... 622
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CAPÍTULO I
NOÇÕES
PRELIMINARES
1. CLASSIFICAÇÃO e AUTONOMIA; 2. FONTES DO DIREITO ELEITORAL; 3. A INTERPRETA-
ÇÃO DO DIREITO ELEITORAL; 4. O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE; 4.1. Objetivo da norma;
4.2. A concepção de “lei” (que altera o processo eleitoral); 4.3.Processo eleitoral: uma con-
ceituação; 4.4. Breves notas acerca da correta concepção do processo eleitoral: uma con-
clusão possível; 4.5 O princípio da anualidade e as Leis nº 12.875/13 e nº 12.891/13; 5. A
JUSTIÇA ELEITORAL; 5.1. Atribuições da Justiça Eleitoral: a função administrativa, legisla-
tiva, julgadora e consultiva; 6. O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL; 7.DOS SISTEMAS ELEI-
TORAIS; 7.1. Sistema Majoritário; 7.2. Sistema Proporcional; 8. DAS NULIDADES; 9. DIREI-
TO PARTIDÁRIO; 9.1. Natureza Jurídica e o mandado de segurança contra ato de dirigente
partidário; 9.2. Criação e registro, participação na eleição e recursos do fundo partidário;
9.3. Características: liberdade de criação e autonomia; 9.4. Coligação; 9.5. Cláusula de bar-
reira; 9.6. Fidelidade partidária; 9.7. Competência
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1. CLASSIFICAÇÃO E AUTONOMIA
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tucional. O fato de ser reconhecida autonomia, contudo, não afasta a nítida
correlação entre as áreas jurídicas de atuação.
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A principal fonte do Direito Eleitoral, até mesmo por força de sua ínti-
ma vinculação com o Direito Constitucional, é a Constituição Federal. O legisla-
dor constituinte, já no preâmbulo, ao optar pela instituição de um Estado De-
mocrático de Direito, deu veementes indicativos de que o Direito Eleitoral –
por consistir em instrumento regulador do acesso ao poder – recebe forte in-
fluência do norte constitucional. Assim, prossegue a Carta Maior em estabele-
cer o pluralismo político, a soberania e a cidadania como fundamentos da Re-
pública (art. 1º), além de consagrar que “todo poder emana do povo, que o exer-
ce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constitu-
ição” (art. 1º, parágrafo único).
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de investigação judicial eleitoral (art. 22); no art. 1º restam estabelecidas as
hipóteses materiais de inelegibilidade; no art. 25, o crime de arguição temerá-
ria de inelegibilidade. O art. 15 da LC nº 64/90 condiciona a decisão que inde-
fere ou cassa o registro à publicação da decisão proferida por órgão colegiado
ou à definitividade da decisão, em exceção à regra da devolutividade dos re-
cursos eleitorais (art. 257 do CE), ao passo que o art. 16 da LC nº 64/90 estabe-
lece, a partir do encerramento do período do registro, que os prazos são contí-
nuos e peremptórios, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados. A
LC nº 64/90 sofreu importante modificação em seu corpo legislativo através da
edição da LC nº 135/10 (também conhecida como Lei da Ficha Limpa).
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(art. 33, §4°, art. 34, §2°, art. 34, § 3°, art. 39, §5°, I, II, III, art. 40, art. 68, §2°, art.
72, art. 87, §4º e art. 91, parágrafo único).
A Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), embora não seja uma lei
que trate diretamente de Direito Eleitoral, possui estreita vinculação com a
matéria, já que traz normas para criação e registro dos partidos políticos (arts.
8º a 11), funcionamento parlamentar (arts. 12 e 13), programa e estatuto par-
tidário (arts. 14 e 15), filiação partidária (arts. 16 a 22), fidelidade e disciplina
1
Cabe ressaltar que a Lei nº 12.034/09 trouxe modificações na Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições), na Lei nº 9.096/95
(Lei dos Partidos Políticos) e na Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral).
2
A Lei nº 12.891/13, infelizmente, ficou muito aquém da expectativa, não atacando pontos fundamentais de uma
desejável reforma eleitoral (v.g., financiamento de campanha), sendo que as modificações promovidas não trouxe-
ram qualquer resultado efetivo que significasse algum avanço no processo eleitoral. Ademais, o desleixo legislativo
é tamanho que diversos dispositivos apresentam incongruência sistemática e, até mesmo, inconsistência material
em relação aos demais diplomas na esfera especializada. Uma prova irrefutável da insuficiência de uma técnica
legislativa mínima da nova legislação é representado pelo art. 4º desse diploma legal, que revoga os incisos do art.
241 do CE – que jamais possuiu incisos (o objetivo, em verdade, era de revogar os incisos do art. 262 do CE). Esse
equívoco somente foi superado por uma retificação procedida em 09 de janeiro de 2014 e já incorporada ao texto
final do art. 4º da Lei nº 12.891/13.
21
partidária (arts. 23 a 26), fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos
(arts. 27 a 29), além de normas relativas à prestação de contas (arts. 30 a 37),
fundo partidário (arts. 38 a 44) e acesso gratuito ao rádio e à televisão (arts. 45 a
49).
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3
Na lição de TORQUATO JARDIM, “o Código Eleitoral, pelo fenômeno da recepção, é agora, lei complementar no que
pertine à organização e à competência da Justiça Eleitoral (Const., art. 121). As demais matérias nele versadas
continuam a ser objeto de lei ordinária” (p. 61).
4
TSE – Recurso Especial Eleitoral nº 12.641 – Rel. Costa Leite – j. 29.02.1996; TSE – Resolução nº 18.504 – Rel.
Sepúlveda Pertence – j. 10.09.1992.
23
caso concreto, e quase-legislativa, sempre que necessário resolver um litígio para
o qual inexista previsão legal geral e abstrata ou fixar regra geral sobre a qual
tenha se omitido o legislador ordinário” (p. 46).
5
Para DJALMA PINTO, “as resoluções eleitorais são atos normativos dos tribunais que objetivam tornar factível a
aplicação da legislação, interpretar e disciplinar matéria, no âmbito do Direito Eleitoral, visando ao aprimoramento
do processo eletivo. Devem manter harmonia com a lei eleitoral e com a Constituição. Não lhes cabe usurpar a
competência do legislador, a quem compete a produção da lei, regulando a matéria eleitoral” (p. 31)
6
O STF, ao julgar improcedente a ADI 3345/DF e a ADI 3365/DF (Rel. Celso de Mello, 25.8.2005), esclareceu que a
Resolução 21.702/04 foi editada com o propósito de dar efetividade ao julgamento do Pleno no RE 197917/SP (DJU
de 27.4.2004), no qual o STF deu interpretação definitiva à cláusula de proporcionalidade inscrita no inciso IV do art.
29 da CF (Informativo 398 STF).
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