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A questão da Iniciativa Privada no investimento do ensino de

música no Brasil

Rebecca Gabriele Lisboa da Costa

Resumo

Este trabalho tem como intuito mostrar a importância de investimentos da iniciação


privada com relação ao ensino de música no Brasil. Maneiras e formas de melhoria para o
ensino que aumentariam as chances de investimentos na área da educação musical. O intuito
aqui não é desprezar e nem dissuadir nenhuma das formas de investimentos e apoio, o intuito
é dizer e mostrar a importância e a ausência de investimentos que melhorariam o ensino de
música no Brasil, assim como em qualquer outro lugar onde se há educação.

Palavras-Chave: Ensino de música; investimentos musicais; área musical;


métodos de auxílio.

Introdução

De certa forma, a questão de investimentos para a educação no Brasil é


quase escassa, e quando se trata de educação musical no Brasil, mais
especificamente falando, no Amazonas é, infelizmente, algo que se deva
chamar de “problema”. A educação, sendo ela musical ou não, sendo pública
ou não, sofre sérias alterações que dificultam a melhoria e crescimento do país
e do Estado. Existem lugares e instituições que valorizam os investimentos que
são feitos para uma melhor educação, porém, também existem lugares e
instituições que não são tão favorecidos quando a questão é educação musical
e isso não é muito difícil de perceber, pois vemos o reflexo disso na própria
sociedade. A questão é: por que certas escolas particulares de ensino básico e
por que certas escolas particulares de música recebem mais investimentos do
que as escolas públicas de ensino básico e do que as instituições que são
cedidas pelo governo para aulas de música? Por que essas instituições são
menos privilegiadas, se é que se deve chamar de privilégio, do que as outras?
E, por que o ensino nunca é igual? Por que os profissionais reconhecem que
são preparados para dar aula, mas que, infelizmente, não trabalham como tal?
Esse levantamento de questão vale tanto para o ensino musical no Brasil,
como pra qualquer outro tipo de ensino no Brasil.

1- Educação Musical: Um problema a ser resolvido

O ensino da música na educação básica tem sido bastante enfatizado


nos últimos anos, tendo em vista a aprovação da lei nº 1.769 3 que restitui a
obrigatoriedade do ensino musical na educação infantil e fundamental, antes
instituída por Getúlio Vargas no Decreto-lei nº 19.890 4, de 18 de abril de 1931,
art. 3º, levantou diversas questões acerca do papel da música na vivência
escolar. Tendo se tornado obrigatório o decreto do ensino da música na
formação básica, nos dá mais oportunidades de emprego que agora não só
nas escolas particulares, mas, também, nas escolas públicas o que dá
oportunidade também aos alunos de redes públicas mais acesso ao campo
musical como forma de ensino – aprendizagem.

As instituições públicas que lecionam a música são, nas suas maiorias


custeadas pelo governo, investimentos que são feitos e não se tem visto
retorno, pois as maiorias das escolas dizem não possuir estrutura para o
próprio ensino e essa é uma questão de governo, pois são eles os investidores.
Mas para onde vai tanto dinheiro que é investido na educação, é outra questão
que não vai ser tratada aqui.
Então, já sabemos que a educação musical não recebe investimentos
suficientes para um bom aprendizado e já vimos também que é Lei o ensino de
música nas escolas. Agora, veremos uma proposta de intervenção para
melhoria da educação no Amazonas e no Brasil.

2- Educação: Um problema solucionado

Existem instituições que, apesar de serem suficientemente estruturadas


e adequadas para um bom ensino musical, recebem investimentos que seriam
de suma importância e de grande ajuda para o Brasil. A questão da iniciativa
privada vem favorecendo muitos brasileiros na sua busca por uma educação
de qualidade. Já vimos que as escolas públicas não levam o ensino musical tão
a sério, e isso não é tão culpa dos alunos, nem dos estudantes e nem do
governo, é uma questão profissional, pois o ensino depende deles e da
metodologia de cada um.

Se estiverem sendo preparados e se profissionalizando para atuar como


professores de música, então que sejam professores de música, não
professores de ensino religioso e muito menos professores de língua inglesa.
Mas é claro, assim como todo profissional, todos são capazes de atuar na área
que bem entenderem o intuito aqui não é julgar o desempenho e nem a
qualidade de cada profissional, mas sim, indicar se possível, uma simples
proposta de intervenção para um melhor ensino.

É claro que existem também muitas pessoas que não concordam e são
totalmente contra a questão da iniciativa privada no Brasil, mas devemos
ressaltar que a educação musical no Brasil está em declínio e isso está se
tornando “quase escasso”, e a iniciativa privada seria sim uma boa solução
para esse problema, já que muitos se importam em ver que isso é verdade.
Como seria feito esse investimento que inclui a iniciativa privada? Seria
simples, como acontece nas instituições culturais que são investidas pela
iniciativa privada, seria como uma “troca”. As instituições e as escolas
poderiam fazer uma espécie de evento ou feira e nesses lugares fazerem
apresentações para qualquer outra instituição e em troca recebem
investimentos pela iniciativa privada.

Não existem sacrifícios que seriam feitos por nenhum dos lados.
Enquanto um grupo faz apresentações e performances, o outro grupo faz
investimentos e recebe um retorno, como se estivessem pagando pelas
apresentações, mas não, na verdade estão investindo na educação e no meio
cultural e isso já seria de grande ajuda tanto para os alunos como para os
investidores.

3- História da Educação Musical do Brasil

A educação musical chega ao Brasil como prática formal e sistemática


(organizada em um método), por meio da ação da Igreja Católica em ​harmonia
com a coroa portuguesa. ​Fora da igreja, o ensino particular é “elitizado” e
“eurocêntrico”, ​apenas décadas após a Independência (1822) é que a música
começa ​a constar como disciplina na escola regular. ​Não devemos esquecer
que, antes dos portugueses chegarem ao Brasil aqui ​já moravam os índios
brasileiros. ​Na Carta a El Rey Dom Manuel, Pero Vaz de Caminha descreveu
que, após ​missa e sermão, com os portugueses sentados ao chão, os índios
“levantaram-se (...), tangeram corno ou buzina e começaram a salta e dançar
um​ ​pedaço”.
Com a chegada dos Jesuítas no Brasil (1549), ocorreu um
aproveitamento ​musical dos indígenas para os trabalhos de catequese: a
facilidade desses ​povos para aprenderem os cânticos dos autos (forma
dramática originária do ​teatro medieval) e das celebrações das missas (as
linhas puras do  c​ antochão) ​surpreendeu os próprios missionários da
Companhia de Jesus; ​A música europeia passou a dominar a música nativa,
dando mais um ​exemplo da predominância da Metrópole sobre a Colônia e
contribuindo ​para o descaminho da cultura indígena – era uma das versões
culturais​ ​do “Pacto Colonial”.
  ​No Brasil colonial, formaram-se os primeiros grandes centros urbanos
no ​Nordeste, surgindo da riqueza da produção da riqueza agrária para
exportação, as condições para a construção de igrejas. Dentro destas é ​que a
educação musical cresceu como prática metódica e  s​ istemática, ​à moda
europeia conduzida pelos MESTRES DE CAPELA, função exercida ​por padres
e leigos, portugueses ou  j​ á brasileiros natos.  N
​ o  século  ​XVI – na Bahia,
destaca - se as atividades de Antônio Rodrigues ​Lisboa, considerado o patrono
dos educadores musicais no Brasil. ​No século XVII – em Minas Gerais, o
ensino da música restringia-se a algumas ​iniciativas particulares, com os
mestres de música ministrando suas aulas em​ ​residências da elite.
Nos denominados “conservatórios privados” ou “escolas ​de música”
surgiram vários compositores mestiços (Esperidião 2003). ​Cabe destacar que a
música nos engenhos coloniais, por meio das capelas ​de música [“teriam a
função de suprir as funções religiosas que ocorriam em ​torno da casa-grande,
eventualmente se deslocando de um engenho para ​outro, ou do engenho para
a vila”], tais capelas podem ter cultivado música ​profana para eventos e festas
específicas (Castagna, 1991, p.91).
No século XVIII, em 1763, a Bahia perdeu sua posição de centro
eclesiástico do Brasil, com a transferência da capital para o Rio de ​Janeiro, sob
as ordens do ministro português Marquês de Pombal; ​No século XIX – em 1808
a família real portuguesa chega ao Brasil. Em ​1815 (seis anos depois), a
colônia passa a ser denominada: Reino de ​Portugal e Algarves (pequeno reino
ao sul de Portugal).
A música recebeu tratamento especial: ​Reorganização da Capela Real
pelo Padre José Maurício Nunes Garcia ​(1767 – 1830), mandando vir de
Lisboa o organista José do Rosário. ​Padre José Maurício Nunes Garcia, fundou
o Imperial Conservatório de ​Música. Célula inicial para a criação do futuro
Conservatório do Rio de Janeiro, marco inicial do processo de
profissionalização dos músicos do ​país (Esperidião 2003). Em 1813 – iniciou-se
a edificação do Teatro São João, uma vez que o velho ​Teatro de Manuel Luiz
não era mais “digno” da Corte Portuguesa.

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