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AO JUÍZO DA X VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE CAMPOS DOS

GOYTACAZES-RJ

ANAKIN SKYWALKER, brasileiro, solteiro, técnico de informática, filho de


Anik skywalker Machado, nascido em 23/07/1989, RG sob nº xxxxxx, CPF sob nº
000.000.000-00, CTPS xxxxxxx, PIS xxxxxx, residente e domiciliado na rua da galáxia, 171,
centro, nesta cidade, cep xxxxxx, e-mail anaksky@gmail.com, por sua advogada que esta
subscreve, vem perante este juizo, com fulcro nos artigos 840 CLT e 319 CPC propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

pelo rito sumaríssimo, em face de DLK INFORMÁTICA Ltda, com sede nesta cidade, na
av. 28 de março, km 102, nº 70, altos, sala 701, cep xxxxxx, endereço eletrônico
dlk@gmail.com

I - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Ressalta-se que o STF por meio de ADINs não considera obrigatória a passagem pela
audiência de conciliação prévia, razão pela qual ingressa diretamente o autor a via
judiciária, nos termos da CLT

II – DO CONTRATO DE TRABALHO
III. DO DIREITO
1. DO SALDO DE SALÁRIO
O reclamante foi notificado do seu desligamento da reclamada no dia 15/12/2017, gerando
assim saldo de salário de 15 (quinze) dias.

De acordo com o art. 4º da CLT, considera-se como tempo de serviço o tempo efetivamente
trabalhado pelo empregado, integrando-se os dias trabalhados antes de sua dispensa
injusta a seu patrimônio jurídico, consubstanciando-se direito adquirido de acordo com o
inciso IV do art. 7º e inciso XXXVI do art. 5º, ambos da CF/88, de modo que faz a
Reclamante jus ao saldo salarial.
Abaixo, tabela com o valor por estimativa a quantia devida ao saldo de salário, o valor final
será produzido em liquidação de sentença:

Início do Período – 01/12/2017


Fim do Período - 15/12/2017

Dias trabalhados - 15 dias


Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00

Valor estimado a receber - R$ 600,00

Sendo assim, requer o pagamento do devido saldo de salário correspondente a 15 (quinze)


dias ao reclamante, no valor estimado de R$ 600,00 (seiscentos reais) que sem dar causa,
teve extinguido o seu contrato de trabalho e que não se pode afirmar pela falta do TRCT
que foi quitado com a quantia depositada pela reclamada.

2. DO FGTS + MULTA DE 40%

De acordo com a Lei 8.036/90 em seu art. 15, todo empregador deverá depositar até o dia
7 (sete) de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8%
(oito por cento) de sua remuneração devida no mês anterior.
Além disso, por conta da rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, deverá ser paga
multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do
art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
Abaixo, tabelas com os valores por estimativas a quantia devida ao FGTS e a multa em
razão de rescisão de contrato de trabalho sem justa causa, acrescido da projeção do aviso
prévio indenizado, o valor final será produzido em liquidação de sentença:

Depósito do FGTS:
Início do Contrato de Trabalho – 01/02/2017
Fim do Contrato de Trabalho - 15/12/2017

Aviso Prévio - 30 dias


Período total aquisitivo - 12/12 avos

Porcentagem – 8%
Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00
Valor estimado a receber pelos depósitos - R$ 1.152,00

Multa do FGTS:
Início do Contrato de Trabalho – 01/02/2017
Fim do Contrato de Trabalho - 15/12/2017

Aviso Prévio - 30 dias


Período total aquisitivo - 12/12 avos
Porcentagem – 40%
Valor Base de Cálculo - R$ 1.152,00
Valor estimado a receber pela multa - R$ 460,80

Sendo assim, requer que sejam efetuados os depósitos correspondentes ao período de 01


de fevereiro de 2017 a 15 de dezembro de 2017, que de acordo com extrato do FGTS anexo
não foram depositados e ao pagamento da devida multa de 40% sobre o valor a ser
depositado do FGTS ao reclamante no valor estimado de R$ 1.612,80 (mil e seiscentos e
doze reais e oitenta centavos) que, sem dar causa, teve extinguido o seu contrato de
trabalho e que não se pode afirmar pela falta do TRCT que foi quitado com a quantia
depositada pela reclamada.

3. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS +1/3 CONSTITUCIONAL


O reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do terço
constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e
art. 7º, XVII da CF/88.

O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período de férias na
proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.
Abaixo, tabela com o valor por estimativa do valor devido as férias e o terço constitucional,
o valor final será produzido em liquidação de sentença:

Férias Proporcionais:
Início do Contrato de Trabalho – 01/02/2017
Fim do Contrato de Trabalho - 15/12/2017

Aviso Prévio Indenizado - 30 dias


Período total aquisitivo - 12/12 avos

Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00


Valor estimado a receber - R$ 1.200,00

Terço Constitucional:
Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00
Valor estimado a receber - R$ 400,00

Sendo assim, tendo o contrato iniciado no dia 01 de fevereiro de 2017 e terminado em 15


de dezembro de 2017, somando também a projeção do Aviso Prévio, totalizando 12/12
avos, o reclamante faz jus as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, no
valor estimado de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) que sem dar causa, teve extinguido
o seu contrato de trabalho e que não se pode afirmar pela falta do TRCT que foi quitado
com a quantia depositada pela reclamada.

4. DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL


As leis 4.090/62 e 4.749/65 preceituam que o décimo terceiro salário será pago até o dia
20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15 dias de
trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13% salário.
Abaixo, tabela com o valor por estimativa do valor devido ao 13º salário proporcional,
acrescido do Aviso Prévio indenizado, o valor final será produzido em liquidação de
sentença:

Início do Contrato de Trabalho – 01/02/2017


Fim do Contrato de Trabalho – 15/12/2017
Aviso Prévio Indenizado - 30 dias
Período total aquisitivo - 12/12 avos
Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00
Valor estimado a receber - R$ 1.200,00

Sendo assim, tendo o contrato iniciado no dia 01 de fevereiro de 2017 e terminado em 15


de dezembro de 2017, somando também a projeção do Aviso Prévio, totalizando 12/12
avos, o reclamante faz jus ao 13º proporcional, no valor estimado de R$ 1.200,00 (mil e
duzentos reais) que sem dar causa, teve extinguido o seu contrato de trabalho e que não se
pode afirmar pela falta do TRCT que foi quitado com a quantia depositada pela reclamada.

5. DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO

Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, surge
para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado. No entanto, o § 1º do art. 487,
da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao
pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para
todos os fins legais. Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a mais
30 dias de tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%, ora já
calculados nas tabelas dos tópicos acima.
Abaixo, tabela com o valor por estimativa do valor devido ao Aviso Prévio Indenizado, o
valor final será produzido em liquidação de sentença:
Início do Contrato de Trabalho – 01/02/2017
Fim do Contrato de Trabalho – 15/12/2017
Aviso Prévio Indenizado - 30 dias
Período total aquisitivo - 12/12 avos

Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00


Valor estimado a receber - R$ 1.200,00

Sendo assim, tendo o contrato iniciado no dia 01 de fevereiro de 2017 e terminado em 15


de dezembro de 2017, somando também a projeção do Aviso Prévio e seus reflexos,
totalizando 12/12 avos, o reclamante faz jus ao pagamento do Aviso Prévio, no valor
estimado de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) que sem dar causa, teve extinguido o seu
contrato de trabalho e que não se pode afirmar pela falta do TRCT que foi quitado com a
quantia depositada pela reclamada.

6. MULTA DO ART. 477 DA CLT


O artigo 477 da CLT, em seu § 6º determina: “A entrega ao empregado de documentos que
comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o
pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação
deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”

No entanto, o reclamante foi dispensado no dia 15/12/2017 e até a data da edição dessa
exordial não foi dada baixa na sua CTPS, não foi entregue o TRCT com os valores a serem
recebidos na rescisão discriminados, e foi pago apenas parte do valor da rescisão. O valor
pago até agora, como demonstra documento anexo, foi feito no dia 22/12/2017, porem a
documentação de encerramento de contrato de trabalho juntamente com o restante do
valor ainda não foram cumpridos, logo, de acordo com o § 8º do mesmo artigo, temos: “A
inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor
equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo
quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. ”
Com isso, tem a obrigatoriedade da reclamada em indenizar o reclamante ao pagamento
descrito no artigo, tanto pela intempestividade da homologação, intempestividade de
entrega de documentação como também pelas verbas que não foram adimplidas.

Abaixo, tabela com o valor por estimativa da multa devida ao artigo 477, § 8ºda CLT, o
valor final será produzido em liquidação de sentença:
Notificação do encerramento do Contrato de Trabalho - 15/12/2017

Aviso Prévio Indenizado - 30 dias


Data fim do contrato de trabalho - 15/01/2018

Valor Base de Cálculo - R$ 1.200,00


Valor estimado a receber - R$ 1.200,00

Sendo assim, tendo o contrato encerrado em 15 de dezembro de 2017, somando também a


projeção do Aviso Prévio e seus reflexos, e não havendo o pagamento total das verbas e
nem as obrigações de término de contrato por parte da reclamada quitadas, o reclamante
faz jus ao pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT, no valor estimado de
R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) que sem dar causa, teve extinguido o seu contrato de
trabalho e que não se pode afirmar pela falta do TRCT que foi quitado com a quantia
depositada pela reclamada.

7. MULTA DO ART. 467 DA CLT


A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas
incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT, transcrito a
seguir: “Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre
o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data
do comparecimento a Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena
de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. ”
Dessa forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas
na primeira audiência, sob pena de acréscimo de 50% a caráter de multa.
IV. DOS PEDIDOS
Diante das considerações expostas, pleiteia o Reclamante a condenação da Reclamada nos
seguintes pedidos, resumidamente:

1. Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à difícil situação
econômica do reclamante, que não possui condições de custear o processo, sem prejuízo
próprio, com fulcro na Lei 7.115/83 combinado com o artigo 99 do Código de Processo
Civil;
2. A notificação citatória da Reclamada para oferecer resposta no prazo legal sob pena de
preclusão, revelia e confissão;

3. Que seja deferido a AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS ao reclamado, para que


apresente em contestação os documentos necessários a fim de que o reclamante possa
requerer o que lhe cabe em Juízo, como folhas de ponto, contracheques e o TRCT;
4. Requer que seja deferido na audiência inaugural a liberação das Guias do Seguro
Desemprego ao reclamante, pois o mesmo encontra-se desempregado e sem recursos
financeiros para a manutenção da sua família, sendo de inteira urgência o acesso ao
seguro;

5. Requer ao Magistrado por meio de controle de constitucionalidade difuso, que declare


inaplicável aos autos, na sua totalidade a Lei 13.467/2017 ante o desrespeito às normas e
princípios internacionais do trabalho, preconizados pela OIT, vide Convenções 144 e 154
da OIT;
6. Requer ao Magistrado que considere inconstitucionais os artigos 790, §§ 3ºe 4º da CLT,
o artigo 791-A, §§ 3º e 4º e 5º da CLT e o artigo 790-B da CLT;
7. Requer a condenação da reclamada ao recolhimento das contribuições previdenciárias e
fiscais em conformidade com a Súmula 368 do Colendo TST, bem como sejam aplicados
juros e correção monetária, na forma legal;

8. Pagamento de juros e correção monetária;

9. Requer a notificação ao INSS, SRT, MPT e RECEITA FEDERAL, em face aos fatos
narrados no decorrer desta inicial;
10. Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, condenando o
Reclamado a pagar:

a) Saldo de salário correspondente ao período de 01/12/2017 a 15/12/2017, com o valor


estimado em R$ 600,00 (seiscentos reais). O valor correto será liquidado em sentença,
pois o reclamante não detém de documentação completa a fim de apurar o valor;

b) Depósito do FGTS que não foi adimplido durante o período do contrato de trabalho,
com valor estimado em R$ 1.152,00(mil e cento e cinquenta e dois reais). O valor correto
será liquidado em sentença, pois o reclamante não detém de documentação completa a fim
de apurar o valor;

c) Pagamento da multa de 40% sobre o valor do deposito do FGTS, com valor estimado em
R$ 460,80 (quatrocentos e sessenta reais e oitenta centavos). O valor correto será
liquidado em sentença, pois o reclamante não detém de documentação completa a fim de
apurar o valor;

d) Pagamento das férias proporcionais acrescido do terço constitucional, com valor


estimado em R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais). O valor correto será liquidado em
sentença, pois o reclamante não detém de documentação completa a fim de apurar o valor;

e) Pagamento do 13º salário proporcional, com valor estimado em R$ 1.200,00 (mil e


duzentos reais). O valor correto será liquidado em sentença, pois o reclamante não detém
de documentação completa a fim de apurar o valor;

f) Pagamento do Aviso Prévio Indenizado, com valor estimado em R$ 1.200,00 (mil e


duzentos reais). O valor correto será liquidado em sentença, pois o reclamante não detém
de documentação completa a fim de apurar o valor;

g) Pagamento de multa estipulada no Artigo 477, § 8º da CLT, no valor estimado de R$


1.200,00 (mil e duzentos reais). O valor correto será liquidado em sentença, pois o
reclamante não detém de documentação completa a fim de apurar o valor;
h) Pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência, sob pena de
acréscimo de 50% a caráter de multa, consoante ao artigo 467 da CLT.
i) Pagamento de honorários sucumbenciais a advogada da reclamante em consonância ao
artigo 791-A da CLT, estipulados em 15% sobre o valor da causa, no valor estimado de R$
656,64 (seiscentos e cinquenta e seis reais e sessenta e quatro centavos). O valor correto
será liquidado em sentença.
11. Requer que seja abatido da rescisão o valor já pago pela reclamada no dia 22/12/2017
de R$ 3.034,84(três mil e trinta e quatro reais e oitenta e quatro centavos), como
demonstra documento anexo.

12. Pugna para que todas as intimações sejam realizadas exclusivamente em nome da
advogada Dra. TÁSIA JULIANA ARAUJO NUNES FIUZA - OAB\DF Nº 55.244.

V – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos
artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a
testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
Dá-se à presente o valor da causa, por estimativa, face aos pedidos, no valor de R$
4.377,60 (quatro mil e trezentos e setenta e sete reais e sessenta centavos).
O quantum real será apurado quando da liquidação da sentença.

Nestes termos

Pede deferimento.

Brasília-DF, 01 de fevereiro de 2018.

ADVOGADA – OAB/DF nº

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