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Teoria de Grupos para Físicos
Teoria de Grupos para Físicos
(www.bassalo.com.br)
PROFESSOR TITULAR APOSENTADO DA UFPA
FUNDAÇÃO MINERVA
1
Os Autores (Bassalo e Cattani) dedicam este livro, respectivamente, a:
2
PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO
Este livro tem o objetivo básico de colocar o leitor em contato com um dos ramos mais
ativos da Matemática dos dias de hoje: a Teoria de Grupos e sua aplicação ao estudo da
Física.
A importância do estudo da Teoria de Grupos em Física surgiu, basicamente, com o
livro de Hermann Weyl intitulado Gruppentheorie und Quantenmechanic,
publicado em 1928, no qual esse grande matemático alemão mostra que existe uma íntima
relação entre as Leis Gerais da Teoria Quântica e a Teoria de Grupos ao observar que
todos os números quânticos, com exceção do número quântico principal n, são índices
que caracterizam as representações de grupo.
Uma das grandes aplicações práticas da Teoria de Grupos em Física é vista no livro do
físico húngaro-norte-americano Eugene Wigner intitulado Gruppentheorie und ihre
Awendung auf die Quantenmechanik der Atomspektren. Nesse livro, publicado em
1931, esse Prêmio Nobel de Física evidencia que todas as regras da Espectroscopia
Atômica podem ser bem entendidas fazendo-se o estudo das simetrias observadas nos
resultados espectroscópicos. Nesse estudo ele usou a Teoria criada pelo matemático francês
Évariste Galois, em 1832.
O grande momento da aplicação em Física da Teoria de Grupos em Partículas
Elementares ocorreu em 1961, com a publicação de dois artigos independentes dos físicos,
o Nobelista norte-americano Murray Gell-Mann e o israelense Yuval Ne´eman. Nesses
trabalhos, admitindo que a Hamiltoniana de Interações Fortes fosse invariante pelo grupo
SU (3) eles conseguiram, entre outros resultados, uma classificação coerente dos hádrons
(usando as representações de octetos desse grupo) e a previsão da existência de novas
partículas elementares, dentre as quais a partícula Ω − . Esta partícula foi detectada em
1964, em uma experiência sobre o espalhamento de káons por prótons
( K − + p → Ω − + K + + K o ) realizada por V. E. Barnes et a l . Observe-se que antes, em
1956, o físico japonês Shoichi Sakata havia sem sucesso usado o grupo SU (3) para
classificar as Partículas Elementares. Observe-se ainda que em 1964 Gell-Mann e,
independentemente, o físico russo-norte-americano George Zweig usaram uma outra
representação do SU (3) (tripletos) para prever a existência dos quarks. Estes até o
momento não foram observados isoladamente.
Um outro grande momento da aplicação em Física da Teoria de Grupos ocorreu no
começo da década de 1970 quando os físicos norte-americanos, o Nobel Kenneth Wilson e
Michael Fisher aplicaram o Grupo de Renormalização aos fenômenos críticos
3
(transições de fases), retomando o que havia sido considerado por Gell-Mann e pelo físico
norte-americano Francis Eugene Low em 1954. Neste livro, contudo, não trataremos desse
Grupo.
De modo geral a aplicação da Teoria de Grupos a problemas físicos é dividida em
dois esquemas: considerações sobre simetria e considerações sobre problemas de
autovalores. Como exemplo do primeiro tipo mencionamos o estudo da simetria de um
cristal, de fundamental importância na Física da Matéria Condensada (Espectroscopia,
Cristalografia, etc.). No segundo tipo, um exemplo relevante é o estudo de invariâncias de
equações de autovalores resultantes de transformações de coordenadas (translações e
rotações).
O presente livro está dividido em 8 Capítulos. Nos primeiros três Capítulos,
apresentamos a parte formal da Teoria de Grupos e suas Representações e nos cinco
Capítulos seguintes são discutidas algumas aplicações à Física. No Capítulo 1 são
estudadas as Definições e os Teoremas fundamentais relativos à teoria formal de grupo;
no Capítulo 2 são investigadas as Representações e os Caráteres de Grupo, bem como
seus Teoremas Fundamentais como o Lema de Schur. Ainda nesse Capítulo,
introduzimos um estudo sumário das Séries e Coeficientes de Clebsch-
Gordan utilizados no estudo da Teoria do Momento Angular e de suas aplicações. No
Capítulo 3, são discutidos o Grupo de Lie e sua correspondente Álgebra de Lie,
de crucial importância para o estudo da Teoria Quântica de Campo, uma vez que esta
representa o candidato natural para a descrição da Física das Partículas Elementares.
Nesses três primeiros Capítulos, visando fixar e compreender os algoritmos da Teoria
de Grupos, mostramos alguns exemplos de sua aplicação. São também propostos alguns
exercícios para que o leitor possa exercitar o seu aprendizado.
No Capítulo 4 é desenvolvida a Teoria do Momento Angular como uma das aplicações
das Representações Irredutíveis do Grupo de Lie SU(2). No Capítulo 5 usamos as
Representações Irredutíveis do Grupo de Lie SU(3) para entender a classificação das
Partículas Elementares, principalmente os modelos de Sakata, do octeto (Gell-Mann e
Ne´eman) e dos quarks (Gell-Mann e Zweig). No Capítulo 6 estudamos os sistemas
Gentiliônicos baseados na Estatística de Gentile, com suas propriedades
fundamentais de simetria descritas pelo Grupo de Simetria Intermediário S 3 . No Capítulo 7
concebendo a hipótese de que quarks sejam gentíleons, investigamos a possibilidade de
considerar as partículas elementares como sendo sistemas Gentiliônicos. Esses sistemas
teriam simetrias regidas pelos grupos S 3 e SU (3) . Mostramos que, no contexto
gentiliônico, o confinamento de quarks é previsto como conseqüência de uma regra de
seleção determinada pelo invariante de Casimir da álgebra do grupo S 3 .
Por fim,o livro é concluído com o Capítulo 8 onde apresentamos, brevemente, uma das
mais importantes aplicações da Teoria de Grupos que é a Teoria de Gauge, usada para
descrever as interações fundamentais da Natureza. Mostramos também, com uma aplicação
4
simples da referida teoria, que o Efeito Aharanov-Bohm pode ser explicado pela
invariância de gauge do Eletromagnetismo.
Queremos agradecer ao professor Francisco Pereira Assunção, Diretor do Centro de
Ciências Exatas e Naturais da Universidade Federal do Pará (CCEN/UFPA), ao
professor Manoel Januário da Silva Neto, Chefe do Departamento de Física da UFPA
(DF/UFPA), às Sras. Walquíria Lima Souza do Sacramento e Antonia Zeile Santana
Pereira, da Divisão de Administração do CCEN/UFPA, pelo apoio material para a edição
deste livro.
Agradecemos, também, à Universidade de São Paulo (USP) e ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio financeiro
para a publicação do livro.
5
PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO
6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 / 1
Grupo / 1
CAPÍTULO 2 / 35
Representações de Grupos / 35
CAPÍTULO 3 / 99
7
3.2 Exemplos de Grupos de Lie / 101
CAPÍTULO 4 / 159
CAPÍTULO 5 / 211
8
5.2 SU(2) e os Multipletos de Isospin / 214
CAPÍTULO 6 / 317
9
6.4 Sistemas Compostos por N Partículas Idênticas. O Princípio Estatístico / 326
CAPÍTULO 7 / 373
CAPÍTULO 8 / 381
REFERÊNCIAS / 395
10
11
CAPÍTULO 1
Grupo1
1
Esta parte deste Capítulo foi ministrada pelo professor José Maria Filardo Bassalo
no Curso de Extensão, realizado em 1985, na UFPA, sobre Teoria de Grupo.
2
an * am = an+m ,
(an)m = anm .
-------------------------------------------------------------------------------------
1.2 Exemplos de Grupos
a) Conjunto ZZ . O conjunto dos inteiros positivos e
negativos forma um grupo infinito Abeliano em relação à adição, pois:
cos(θ 2 + θ1 ) sen (θ 2 + θ1 )
= ≡ R (θ 2 + θ1 ) .
− sen (θ 2 + θ1 ) cos(θ 2 + θ1 )
Portanto:
I) R(θ2) R(θ1) = R (θ2 + θ1) = R(θ).
A regra da multiplicação de matrizes nos permite facilmente
mostrar que:
II) R(θ3) [R(θ2) R(θ1) ] = [R(θ3) R(θ2)] R(θ1);
III) R(0) R(θ) = R(θ) R(0) = R(θ);
IV) R(–θ) R(θ) = R(θ) R(–θ) ) = R(0) ,
onde:
cos 0 o sen 0 o 1 0
R (0) = o
= .
0 1
o
− sen 0 cos 0
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 1.2.2 Demonstre as propriedades II, III e IV do
grupo 0 (2).
-------------------------------------------------------------------------------------
−1
γ = 1 − v 2 ; β = v .
2 2 1
= (1 − β 2 ) − 2
c c
x' γ − γv x x
= ≡ L( v ) .
t' v t t
− γ 2 γ
c
γ − γ 2β 2 c γ 1 − γ1β1c
L2L1 = 2 =
γ 2β 2 γ1β1
− γ2 − γ1
c c
γ γ +γ γ β β − γ 2 γ1β1c − γ 2 γ1β 2 c
= 2 1 2 1 2 1 =
β2 β
− γ 2 γ1 − γ 2 γ1 1 γ 2 γ1β 2β1 + γ 2 γ1
c c
(β1 + β 2 )c
1 −
1 + β 2β1
= [γ2γ1 (1+β2+β1)] . .
1
(β1 + β 2 )
− c 1
1 + β 2β1
v1 + v 2
v3 = ,
v1v 2
1+ 2
c
portanto:
1 1
γ 2 γ1 (1 + β 2β1 ) = . (1 + β 2β1 ) =
2 2
1 − β2 1 − β1
v1v 2 v1v 2
1+ 1+
= c2 = c2
2 2 2 2 2 2
v v v1 v v v
(1 − 22 ) (1 − 12 ) 1− ( + 22 − 1 4 2 )
c c c2 c c
Portanto:
1
γ2γ1 (1 + β2+β1) = = γ3 .
v 2
1 − 32
c
Por outro lado, temos:
β1c + β 2 c v + v2
= 1 = v3 ,
1 + β 2β1 v1v 2
1+ 2
c
8
β2 β1 1
+ ( v 2 + v1 )
c c = c2 v
= 23 .
1 + β2β1 v v c
1 + 22 1
c
1 2 3 ... n
P = ≡ (P1 P2 P3 ... Pn).
P1 P2 P3 ... Pn
1 2 3 4 5
(a b c d e ) = (e a b c d ) .
5 1 2 3 4
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
P= → P −1 = ,
3 2 5 1 4 4 2 1 5 3
1 2 3
P= (a b c ) → P −1 = (b c a ) .
3 1 2
−1
Da definição acima, é fácil mostrar que (P −1 ) = P .
1 2 3 1 2 3
P1 = e P2 = ,
2 1 3 1 3 2
então:
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1P2 = = .
2 1 3 1 2 3 3 2 1
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
(a b c d e ) =
2 4 1 5 3 5 1 2 3 4
1 2 3 4 5
= (e a b c d ) = (a c e d b ).
2 4 1 5 3
1 2 3 4 5
(a b c d e ) = (a c e d b ) , então:
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
= .
2 4 1 5 3 5 1 2 3 4 1 3 5 4 2
1 2 3 ... n
E= .
1 2 3 ... n
------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 1.2.1 Mostre que o conjunto de permutações S3
forma um grupo.
------------------------------------------------------------------------------
O grupo S3 é formado pelos seguintes elementos:
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
E = ; P1 = ; P2 = ; P3 = ;
1 2 3 2 1 3 1 3 2 3 2 1
1 2 3 1 2 3
P4 = e P5 = .
3 1 2 2 3 1
a) Propriedades de Fechamento:
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1P1 = = =E;
2 1 3 2 1 3 1 2 3
12
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1P2 = = = P4 ;
2 1 3 1 3 2 3 1 2
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1P3 = = = P5 ;
2 1 3 3 2 1 2 3 1
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1P4 = = = P2 ;
2 1 3 3 1 2 3 2 1
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1P5 = = = P3.
2 1 3 2 3 1 3 2 1
P2P1 = P5; P2P2 = E; P2P3 = P4; P2P4 = P3; P2P5 = P1; P3P1 = P4;
P3P2 = P5; P3P3 = E; P3P4 = P1; P3P5 = P2; P4P1 = P3; P4P2 = P1;
P4P3 = P2; P4P4 = P5; P4P5 = E; P5P1 = P2; P5P2 = P3; P5P3 = P1;
b) Propriedade Associativa:
(P1P2) P3 = P1 (P2P3).
c) Elemento Unidade:
13
1 2 3 1 2 3 1 2 3
P1E = = = P1 ,
2 1 3 1 2 3 2 1 3
1 2 3 1 2 3 1 2 3
EP1 = = = P1 .
1 2 3 2 1 3 2 1 3
d) Elemento Inverso:
Pi−1Pi = Pi P −1 = E .
i
(i = 0, 1, 2, 3, 4, 5) .
Assim, por exemplo, usando a Definição 1.2.2, virá:
P4−1 P4 = P4P4-1 = E ,
−1
1 2 3 1 2 3
P4−1 = = = P5 .
3 1 2 2 3 1
P4-1 P4 = P5 P4 = E; P4 P4-1 = P4 P5 = E .
P3 P3 P4 P5 E P1 P2
P4 P4 P3 P1 P2 P5 E
P5 P5 P2 P3 P1 E P4
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 1.2.4 a) Termine a demonstração das
propriedades do grupo S3;
b) A tabela de multiplicação do grupo S3
mostra que ele é não-comutativo.
Demonstre a afirmativa;
c) Mostre que o conjunto de permutações
S4 forma um grupo não-comutativo.
-------------------------------------------------------------------------------------
Vimos que dado um conjunto de n (> 1) elementos podemos
formar o grupo de permutações Sn. Contudo, as permutações para
obter cada elemento (a partir do elemento anterior) desse grupo podem
ser um número par ou número ímpar. O grupo formado então de todas
as permutações pares dos números 1,2,..., n é chamado de Grupo
Alternado ou Alternativo An cuja ordem (número de elementos) é n!/2
(Jansen e Boon, 1967).
Por exemplo, para os números 1,2,3, as permutações formadas
de deslocamentos pares e ímpares, são:
1 2 3 4 5
= (1,3) (2,4,5) = (2,4,5) (1,3).
3 4 1 5 2
Pois, como vemos, na permutação considerada existem duas
permutações cíclicas entre os números 1 e 3, e 2,4 e 5 respectivamente,
ou seja: (1,3) e (2,4,5) → (5,2,4) → (4,5,2). Vejamos outros exemplos:
1 2 3 4 5 6
= (1,3,4) (2,5,6) = (2,5,6) (1,3,4) ,
3 6 4 1 2 5
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
, e .
1 3 5 4 2 1 3 5 4 2 3 1 2 5 4
-------------------------------------------------------------------------------------
f) Reflexão Espacial. O conjunto de reflexões espaciais em torno
da origem forma um grupo. Seus elementos são definidos por:
r r
E(x,y,z) = (x,y,z) → E( r ) = ( r ) , (Identidade)
r r
P(x,y,z) = (–x,–y,–z) → P( r ) = (– r ) . (Paridade)
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 1.2.6 Mostre que:
a) E e P formam um grupo;
b) P2 = E.
-------------------------------------------------------------------------------------
* E A B
E E A B
A A
B B
17
* E A B (E*A)*B = A*B = E ,
E E A B E*(A*B) = E*E = E .
A A B E
B B E A
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 1.3.1 Construa as possíveis tabelas de multiplica-
ção do grupo G = {E,A,B,C} ≡ {G,*},
indicado abaixo:
* E A B C
E E A B C
A A
B B
C C
-------------------------------------------------------------------------------------
Definição 1.3.1 Seja x qualquer elemento de um grupo. A
seqüência: E, x, x2, x3,...., xn = E é denominada período de x e n é
chamado a ordem de x.
É fácil ver que o período de x forma um grupo Abeliano,
chamado Grupo Cíclico, sendo que x é chamado o gerador desse
grupo. Às vezes, um único elemento não é suficiente para gerar o
grupo todo, precisando-se, então, de mais de um gerador. Assim, ao
número mínimo de geradores requeridos para definir a estrutura do
grupo chamamos de grau (“rank”) do grupo. Ao conjunto mínimo dos
18
* E A B C
E E A B C
A A E C B
B B C E A
C C B A E
19
A2 = E ; B2 = E ; C2 = E ,
A3 = A2 *A = A ; B3 = B ; C3 = C .
Portanto, nenhum elemento do grupo é capaz de gerar o grupo
todo. Por outro lado, vemos que:
A*B = C ; B*A = C ;
A*C = B ; C*A = B ;
B*C = A ; C*B = A .
Assim, os pares {A,B} , {A,C} e {B,C} são capazes de gerar o
grupo todo, pois:
G = {A2 = B2 = E ; A;B; A*B }
= {A2 = C2 = E ; A;C; A*C }
= {B2 = C2 = E ; B;C; B*C } .
a) * E A B C
E E A B C
A A B C E
B B C E A
20
C C E A B
b) * E A B C
E E A B C
A A E C B
B B C A E
C C B E A
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 1.3.3 a) Calcule todos os períodos do grupo S4
e determine suas ordens;
b) Mostre que as raízes n da unidade
formam um grupo cíclico de ordem n em
relação ao produto. Determine o gerador
desse grupo;
c) Mostre que l, i, –l, –i formam um
grupo cíclico.
-------------------------------------------------------------------------------------
1 2 3 1 2 3 1 2 3
E = → P4 = → P5 = .
1 2 3 3 1 2 2 3 1
Assim:
S3c = {E, P4; P5} .
Vejamos, agora, se esse conjunto forma um grupo. Para isso é
necessário que ele satisfaça à Definição 1.1.1. Assim, segundo a tabela
do Exemplo 1.2.1, temos:
a) Condição de Fechamento:
EP4 = P4 ; EP5 = P5; P4P5 = E;
b) Condição de Associatividade:
E(P4P5) = EE = E ; (EP4) P5 = P4P5 = E;
c) Elemento Unidade:
EP4 = P4E = P4;
EP5 = P5E = P5;
d) Elemento Inverso:
P4–1P4 = P4P4–1 = E,
P5–1P5 = P5P5–1 = E.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 1.3.4 Mostre que:
a) O conjunto dos números pares é um subgrupo do grupo
dos números inteiros em relação à adição;
b) A3 ⊂ S3 ;
c) O elemento unidade de H é o mesmo de G.
-------------------------------------------------------------------------------------
Definição 1.3.3 Para qualquer subgrupo H ⊂ G e qualquer
elemento a ∈ G, mas a ∉ H, aH (ou Ha) é dito uma classe lateral
22
P1 E = P1 P2 E = P2 P3 E = P3
a1H = P1 P4 = P2 ; a 2 H = P2 P4 = P3 ; a 3H = P3P4 = P1 .
PP =P P P = P P P = P
1 5 3 2 5 1 3 5 2
Portanto:
G ≡ S3 = H + a1 H = H + a2 H = H + a3 H,
E P1 = P1 E P2 = P2 E P3 = P3
Ha1 = P4 P1 = P3 ; Ha 2 = P4 P2 = P1 ; Ha 3 = P4 P3 = P2 .
P P = P P P = P P P = P
5 1 2 5 2 3 5 3 1
Portanto:
G ≡ S3 = H + Ha 1 = H + Ha 2 = H + Ha 3 ,
a.3) C P
2
a.4) C P
3
De maneira análoga ao caso de C P , é fácil ver que:
1
a.5) C P
4
Portanto:
C P = {P4, P5} .
4
27
a.6) C P
5
De maneira análoga ao caso anterior, é fácil ver que:
C P = C P = {P4, P5} .
5 4
Esses resultados, mostram que:
G ≡ S3 = E + C P + C P = E + C P + C P = E + C P + C P =
1 4 2 4 3 4
= E + CP + CP = E + CP + CP = E + CP + CP .
1 5 2 5 3 5
EEE −1 = E
EHE = EP4 E −1 = P4
–1 −1
→ EHE ≠ H
EP E −1 = P
5 5
P1EP1−1 = E
P1HP1–1 = P1P1P4 −1 = P5 −1
→ P1HP1 = H
P P P −1 = P
1 5 4 4
b.2) Seja o conjunto S'3 = {E, P1, P2, P3} . Como P1P2 = P4 ∉ S'3,
então esse conjunto não é subgrupo de E e, portanto, não podemos
nem testar a definição de invariância.
b.3) Seja o conjunto Hi = {E, Pi (i = 1, 2, 3, 4, 5)}
É fácil ver que:
PiHiPi–1 ≠ Hi , portanto, Hi não é invariante.
c) Obtenção do grupo fator de G. Para isso, usemos a
Definição 1.3.8 e a tabela do Exemplo 1.2.1.
Vimos no item b.1, que o subgrupo S3C é um invariante.
Portanto, as classes laterais (“cosets”) de S3C ≡ H = {E, P4, P5}, são:
P1H; P2H; P3H; P4H e P5H, então, o grupo fator de G será:
G/H = {P1H, P2H, P3H, P4H, P5H} .
Tais classes laterais (“cosets”) valem, respectivamente:
P1E = P1
P1H = P1P4 = P2 ; P2 H = {P2 , P3 , P1}; P3H = {P3 , P1 , P2 } ;
P P = P P4 H = {P4 , P5 , E}; P5 H = {P5 , E, P4 }
1 5 3
r r r
v R 2 v −1 = R 2 , onde v ∈ R 3 .
r
Tomemos, agora, um vetor z pertencente ao R3 e que esteja
situado no eixo dos z. Então, o conjunto de vetores formado pela soma
r r
vetorial de z com vetores do R2, ou seja, z + R 2 é uma classe lateral
(“coset”) de R3. Esse conjunto é representado por todos os vetores que
têm suas extremidades situadas em um plano z perpendicular ao eixo
dos z e paralelo ao plano xoy, conforme mostra a figura. Assim, cada
um desses planos corresponde a uma classe lateral (“coset”) de R3 e
forma uma série contínua.
O grupo fator de R3 é constituído pelas projeções dos vetores
pertencentes às classes laterais (“cosets”) no eixo oz, ou seja, o
elemento Fz do grupo fator é obtido desprezando-se os vetores
30
r r r
(
v ≡ v' ≡ v' ' ≡ K mod R 2 . )
Essa notação significa que esses vetores são iguais, se
desprezarmos o vetor diferença que está situado no plano z. Assim, o
grupo fator será R3/R2 = OZ ≡ R1.
Outro exemplo: P4 P3 = P2
Representações de Grupo1
1
Esta parte deste Capítulo foi ministrada pelo professor José Maria Filardo Bassalo
no Curso de Extensão, realizado em 1985, na UFPA, sobre Teoria de Grupo.
2
b) Quando ela não pode ser escrita nessa forma, ela é dita
irredutível;
c) Uma representação totalmente redutível é a soma direta de
representações irredutíveis (estas podem aparecer várias
vezes), isto é:
D = Σ a ν D( ν ) ,
ν
1, se G n G j = G i
D i j (G n ) = ,
0, se G n G j ≠ G i
E P1 P2 P3 P4 P5
E E P1 P2 P3 P4 P5
P1 P1 E P4 P5 P2 P3
P2 P2 P5 E P4 P3 P1
P3 P3 P4 P5 E P1 P2
P4 P4 P3 P1 P2 P5 E
P5 P5 P2 P3 P1 E P4
então:
então:
D (P1) = ± 1.
Analogamente:
então:
logo:
1 i
D (P4 ) = 3 1 = 1, t , t 2 , onde: t = − + 3.
2 2
Analogamente:
D (P5 ) = D (P4 ) = 1, t, t 2 .
então:
D (P1P3) = D (P5) = 1,
vê-se, então, que das três soluções de D(P4) = D(P5), apenas a solução
1 é satisfatória. Assim, temos apenas duas representações uni-
dimensionais de S3:
1 0
Sendo D(2) (E) = I, então D (2) (E) = .
0 1
6
então:
Seja:
a b
D(2) (Pi ) = ,
c d
então:
a b a b 1 0 a 2 + bc = 1 ; ab + bd = 0
= →
c d c d 0 1 ac + cd = 0 ; bc + d 2 = 1.
Tomemos a equação:
a2 + bc = 1 → a2 =1 → a = ± 1.
Por outro lado, temos:
bc + d2 = 1 → d2 = 1 → d = ± 1.
7
−1 0 1 0 −1 0
; ; .
0 1 0 1 0 − 1
-1 0
D(2) (P2 ) = .
0 1
1 0 -1 0
D(2) (P1 ) = e D(2) (P3 ) = ,
0 -1 0 -1
Ora:
1 0 −1 0 −1 0
D (P1) D (P3) = = = D (P2) ≠ D (P5).
0 − 1 0 1 0 1
Ora:
−1 0 −1 0 1 0
D (P2) D (P3) =
= = D (P1) ≠ D (P4).
0 − 1 0 − 1
0 1
Por fim:
8
Ora:
−1 0 1 0 −1 0
D (P2) D (P1) =
= = D (P3) ≠ D (P5).
0 − 1 0 − 1
0 1
1 0 −1 0 −1 0
D ( P2 ) = ; D ( P1 ) = ; D ( P3 ) = .
0 − 1 0 1 0 − 1
−1 0 −1 0 1 0
D (P2 ) = ; D (P1 ) = ; D (P3 ) = .
0 − 1 0 1 0 − 1
-1 0 1 0
D (P2 ) = ou D (P2 ) = ou
0 1 0 -1
-1 0
D (P2 ) = .
0 -1
1 0
D3 (P4) = D3 (P5) = D (E) = .
0 1
Tomemos, portanto:
a b
D (P4 ) = .
c d
1 1 d -b a c
Di-1j (P4 ) ≡ Cof D j i = = .
detD (ad-bc) -c a b d
Portanto:
10
d b c a
=a;− = c;− = b; =d.
ad − bc ad − bc ad − bc ad − bc
Tomemos:
d a d
=a e =d → = d (ad − bc) → (ad − bc) 2 =
ad − bc ad − bc ad − bc
Se:
ad – bc = +1 → a = d e b = – c.
Ou, se:
ad – bc = –1 → a = – d e b = c.
Assim:
a b a b
D (P4 ) = ou D (P4 ) = .
-b a c -a
Escolhendo:
a b
D (P4 ) = .
-b a
Sendo, ainda:
3
3 a b 1 0 2 2
D (P4) = I, então: = , com a + b = 1,
-b a 0 1
11
virá:
3
a b a 3 -3b 2 a 3a 2 b-b3 1 0
= 3 2 3 2
= .
-b a b -3a b a -3ab 0 1
Portanto:
3a2 – b3 = 0,
b (3a2 – b2) = 0 → b = 0 ou 3a2 = b2.
1
3a2 = b2 = 1 – a2 → 4a2 = 1 → a = ± .
2
1 1
3 = b 2 → b = ± 3.
4 2
1 9 8 1
a − = 1 → a − = 1 → a = − .
4 4 4 2
1
Finalmente, escolhendo b = − 3 , teremos:
2
1 -1 - 3
D (P4 )= .
2 3 -1
12
Sendo:
1 0 1 -1 3
D3 (P5 )= , então D (P5 )= ,
0 1 2 - 3 -1
1
já que tomamos b = 3.
2
Anteriormente, vimos que D (P2) tem três possibilidades.
Vamos escolher a seguinte:
-1 0
D (P2 )= .
0 1
a b -1 0 1 -1 - 3 1 1
=
→ a = ; b=− 3;
c d 0 1 2 + 3 -1 2 2
1 1
c=− 3 e d = − , então:
2 2
1 1 - 3
D (P1 ) = .
2 - 3 -1
Por fim:
-1 0 a b 1 -1 - 3 1 1
= → a= ; b=
3;
0 1 c d 2 3 -1 2 2
1 1
c= 3 e d = - , então:
2 2
1 1 3
D (P3 )= .
2 3 -1
E A B C
E E A B C
A A E C B
B B C E A
C C B A E
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 2.1.2 Encontre uma representação tridimen-
sional e regular para o grupo alternativo A3.
-------------------------------------------------------------------------------------
1, se G n G j =G i
Dij(3) {G n }=
0, nos demais casos.
Portanto [vamos descarregar o índice (3)]:
15
D21 (G1) = 0 ; pois G1G1 ≠ G2; D22 (G1); = 1; pois G1G2 = G2,
D23 (G1) = 0; pois G1G3 ≠ G2; D31 (G1) = 0; pois G1G1 ≠ G3,
D32 (G1) = 0; pois G1G2 ≠ G3; D33 (G1) = 1; pois G1G3 = G3.
1 0 0
(3)
D (G1 )= 0 1 0 .
0 0 1
0 0 1 0 1 0
(3) (3)
D (G 2 )= 1 0 0 e D (G 3 )= 0 0 1 .
0 1 0 1 0 0
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.1.4 a) Calcule D (G2) e D (G3) do
Exemplo 2.1.2;
b) Encontre uma representação 6 –
dimensional regular para S3;
c) Encontre representações
equivalentes da representação regular de A3, para:
1 0 0 0 1 0
S1 = 0 0 1 e S2 = 1 1 2 ;
0 1 0 2 0 1
16
d) Encontre a representação
regular para o grupo cíclico {E, A, B, C}, onde B = A2 ; C = A3 ; E
= A4.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 2.1.3 Mostre que o conjunto de operadores
lineares {OR} definido por:
r r r r
O R ψ (x) ≡ ψ (Rx) ; onde x → Rx ,
forma um grupo. Calcule, então, suas representações. (Esses operadores
são chamados de Operadores de Wigner.)
-------------------------------------------------------------------------------------
a) Vamos mostrar, inicialmente, que esse conjunto {OR}
forma um grupo.
I) Condição de fechamento
r r
Seja: O R [ψ (x)] ≡ ψ (Rx) , então:
r r r r
(O S O R ) ψ (x) = O S [O R ψ (x)] = O S ψ (Rx) = ψ [S (Rx)]
r r
(O S O R ) ψ (x) = ψ [(SR) x].
Sendo SR = T, então:
r r
(OSO R ) ψ (x) = ψ (Tx) , logo:
então:
(OSOR) OT = OS (OROT).
OE ≡ E.
então:
O R −1 O R = E → O R -1 ≡ [O R ]−1 .
r r n r
O R ψ i (x) ≡ ψ i (Rx) = Σ D j i ( R ) ψ j (x) (i = 1, 2, ..., n) ,
j=1
Calculemos:
r r n r
O S O R ψ i ( x ) = O S ψ i (Rx) = O S ψ Σ D j i (R) ψ j ( x ) =
j=1
n r n n r
= Σ D j i (R) O S ψ j (x) = Σ D j i (R) Σ D k j (S) ψ k (x) =
j=1 j=1 k =1
n r n r
= Σ D j i (R) D k j (S) ψ k (x) = Σ D k j (S) D j i (R) ψ k (x) =
j, k =1 k =1
n r
[ ]
= Σ D (S) D (R) k i ψ k (x).
k =1
18
Assim:
n r n r
Σ [D (S) D (R)]k i ψ k (x) = Σ D (SR) k i ψ k (x) .
k =1 k =1
Então:
D (S) D (R) = D (SR).
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 2.1.4 Seja {R} = {R1, R2, R3, R4} o grupo de
rotações do plano (x–y) em torno do eixo dos z, através dos ângulos
r
0º, 90º, 180º e 270º, no sentido anti-horário. Seja {ψi (x)} o conjunto
dos Operadores de Wigner definido por:
4
O R 1 ψ1 = Σ D j l (R1 ) ψ j → O R 1 ψ (x, y) = ψ (x, y) = ψ1 .
j=1
Assim:
19
ψ1 = D11 (R 1 ) ψ1 + D 2 1 (R 1 ) ψ 2 + D3 1 (R 1 ) ψ3 + D 4 1 (R1 ) ψ 4 .
Portanto:
4
O R 1 ψ 2 = Σ D j 2 (R1 ) ψ j → O R 1 ψ (y,-x) = ψ (y,-x) = ψ 2 ,
j=1
Portanto:
1 0 0 0
0 1 0 0
D(4) (R1 ) = ≡ E.
0 0 1 0
0 0 0 1
4
O R 2 ψ1 = Σ D j i (R 2 ) ψ j → O R 2 ψ (x, y) = ψ (y,-x) = ψ 2 .
j=1
20
Assim:
ψ 2 = D11 (R 2 ) ψ1 + D 21 (R 2 ) ψ 2 + D31 (R 2 ) ψ3 + D 41 (R 2 ) ψ 4 .
Portanto:
D11 (R 2 ) = D3 1 (R 2 ) = D 4 1 (R 2 ) = 0 ; D 2 1 (R 2 ) = 1 .
4
O R 2 ψ 2 = Σ D j 2 (R 2 ) ψ j → O R 2 ψ (y,-x) = (-x,-y) = ψ3 .
j=1
Assim:
ψ 3 = D12 (R 2 ) ψ1 + D 22 (R 2 ) ψ 2 + D 32 (R 2 ) ψ3 + D 42 (R 2 ) ψ 4 .
Portanto:
D3 2 (R2) = 1 ; D1 2 (R2) = D2 2 (R2) = D4 2 (R2) = 0.
e
4
O R 2 ψ 4 = O R 2 ψ (-y, x) = ( x , y) = ψ1 = Σ D j 4 (R 2 ) ψ j
j=1
então:
0 0 0 1
1 0 0 0
D(4) (R 2 )= .
0 1 0 0
0 0 1 0
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.1.5 a) Encontre D (R3) e D (R4) do Exemplo
2.1.4;
b) Mostre que o operador H para um
potencial Coulombiano é invariante por uma reflexão em torno da
origem;
c) Mostre que {OR} e {R} são
Homeomórficos.
-------------------------------------------------------------------------------------
Demonstração:
Assim:
22
D+ (R) A+ = A+ D+ (R).
Portanto:
D–1 (R) A+ = A+ D–1 (R).
Assim, ∀ T ∈ G, teremos:
D (T) A = A D (T),
D (T) A+ = A+ D (T).
A = A + + iA - , onde:
1 1
A+ =
2
( )
A + A + = A ++ ; A − = (A − A + ) = A +− .
2 i
Portanto:
23
onde:
D (R) D+(R) = E; H = H+.
HD = U H U–1.
= U H U −1 U D (R) U −1 = H D D (R),
ou seja:
D (R) H D = H D D (R).
24
Tomando-se H D = {λ i j δi j} , virá:
D i j ( R ) λ j j = λ ii D i j (R) → D i j (R) (λ i i − λ j j ) = 0 .
Se: λ i i ≠ λ jj , → D i j (R)=0, ∀ R ∈ G.
Portanto:
então:
a) Se m = n, logo A = 0 ou não-singular (det A ≠ 0), e neste caso
D (R) e D' (R) são representações equivalentes;
b) Se m ≠ n, logo A é uma matriz nula.
Demonstração:
ou:
[D (R)A ]+ = [AD' (R)]+ → A + D + ( R ) = D' + (R) A + .
25
Portanto, ∀ T ∈ G, temos:
D (T) A = A D' (T)
ou ∑ A ik A* jk = 0.
k
2
∑ A ik = 0 → A ik = 0 , ∀ i, k .
k
É fácil ver que: AA+ ≡ BB+. Então, sendo AA+ = λ E → detA detA+ =
det B detB+ = 0, pois det B = 0, então:
(µ)
∑ Die (R) Dmj(ν) (R–1) = ∑ Die (µ)
(R) D*jm(ν) (R) =
R R
g
= δµν δij δ em ,
nµ
27
Demonstração:
Como podemos multiplicar matrizes quadradas de ordens
diferentes, vamos, portanto, construir a seguinte matriz:
A = ∑ D(µ)(R) B D+(ν)(R) ,
R
logo:
D(µ)(S) A = ∑ D(µ)(S) D(µ)(R) B D(ν)(R–1)D(ν)(S–1)D(ν)(S) .
R
Ora,
R–1 S–1 = (SR)–1, então:
Portanto:
D(µ)(S) A = ∑ D (µ)(R) B D + ( ν ) (R) D(ν) (S).
R
A = 0, logo:
∑ D ij(µ ) (R ) D l+m( ν ) (R ) = 0 .
R
nµ nµ
(µ ) + (µ )
∑ ∑ D ij (R ) D li (R ) = ∑ λ δii = nµλ .
R i =1 i =1
nµ nµ
(µ ) + (µ ) (µ ) −1(µ )
∑ ∑ D ij (R ) D li (R ) = ∑ ∑ D ij ( R )D li (R ) =
R i =1 R i =1
nµ nµ
= ∑ ∑ D ij(µ ) (R ) D (lµi ) (R −1 ) = ∑ ∑ D l(µi ) (R −1 )D ij(µ ) (R ) =
R i =1 R i =1
e
g
∑ D ij(µ ) (R ) D l+m(µ ) ( R ) = δ lj δim .
R nµ
g
∑ D ij(µ ) (R ) D l+m( ν ) (R ) = δ µν δjΡ δim . C.Q.D.
R nµ
N
n12 + n22 + n32 + . . . = ∑ n µ 2 ,
µ =1
N 2
∑ n µ ≤ g.
µ =1
------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.2.1 Demonstre a Relação de Completeza para as
representações de um dado grupo:
N nν
nν n ν *( ν)
∑ ∑ D ij( ν) ( R ) D ij (R ' ) = δ RR ' .
ν =1 i , j=1 g g
-------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------
Usando-se a Definição 2.3.1 e o resultado do Exemplo 2.1.1,
é fácil construir a seguinte tabela de caracteres do grupo S3.
g
∑ D ij (µ ) (R ) D l+m( ν ) (R ) = δµν δim δjΡ .
R nµ
(µ ) ( ν) g
∑ ∑ ∑ D ii ( R ) D + ll ( R ) = δ ∑ ∑δ δ .
R i l n µ µν i l µν il
g 2
∑ X (µ ) (R) X + (ν ) (R) = δµν ∑ (δiΡ) .
R nµ i,l
Sendo:
33
2
∑ (δiΡ) = nµ , teremos:
i,l
∑ X (µ ) ( R ) X + (ν ) (R ) = gδµν .
R
Porém:
X+(ν) (R) = X*(ν) (R) , logo:
∑ X (µ ) (R ) X*( ν ) (R ) = gδµν .
R
S
∑ X ( µ ) ( C k ) X *( ν ) ( C k ) c k = gδ µν =
k =1
. C.Q.D.
S ck ck
=∑ X ( µ ) (C k ) X *( ν ) (C k ) = δ µν
k =1 g g
a) ∑ n µ2 = g ,
Demonstração:
Parte a:
D (R) = ∑ a ν D (ν ) (R ) .
ν
Xj (Ck) = ∑ a ν X j(ν ) (C k ) .
ν
∑ X j (C k ) X j*(µ ) (C k ) c k = ∑ ∑ a ν X j (ν)
(C k ) X j*(µ ) (C k ) c k
k ν k
∑ X j (C k ) X j*( µ ) ( C k ) c k = ∑ g δ µν a ν = ga µ ,
k ν
1 1
aµ = ∑ X j (C k ) X j*(µ ) (C k ) c k = ∑ X (R ) X*(µ) (R ) .
g k g R
35
1, se Gµ G j = G i ,
D ij( reg) (G µ ) =
0, nos demais casos.
1 1
aµ =
g
∑ X(R) X
R
*(µ)
(R) =
g
∑X
R
(reg)
(R) X*(µ) (R) =
1
= g X*(µ) (E) → a µ = n µ
g
Xj (R) = ∑ aµ Xj(µ)(R) ,
µ
então:
N
Xj(reg) (R) = ∑ aµ Xj(µ)(R) .
µ =1
36
N N
g = ∑ aµ Xj(µ)(E) = ∑ aµ nµ ,
µ =1 µ =1
N
g = ∑ nµ2 . C.Q.D.
µ =1
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.3.1. Demonstre:
a) O item b) do Teorema 2.3.2;
b) O Teorema da Completeza:
N
c l X *( ν ) ( C k )
µ
∑ X (CΡ) c k = g δ kl
µ =1
ou:
c l (µ ) c k *( ν )
∑ X (C l ) X (C k ) = δ kl ,
µ g g
c) N j X (µ ) (C j ) N k X (µ ) (Ck ) = l i Σ C j k l N l X (µ ) (Cl ) .
l
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 2.3.2 Estude a decomposição em representações
irredutíveis do grupo S3.
-------------------------------------------------------------------------------------
Os elementos do grupo S3 são: E, P1, P2, P3, P4 e P5. Então,
sendo:
37
N
g = Σ n µ2 , logo: 6 = 12 + 12 + 22,
n =1
1 2 3
a) Elemento E = .
1 2 3
1 0 0
D (E) = 0 1 0 ,
0 0 1
1 2 3
b) Elemento P1 = .
2 1 3
A B C a b
D E F b = a ,
G H I c c
Aa + Bb + Cc = b A = C = 0; B = D = 1 = 1;
Da + Eb + Fc = a →
Ga + Hb + Ic = c E = F = G = H = 0.
então:
38
0 1 0
D (P1 )= 1 0 0 .
0 0 1
1 2 3
c) Elemento P2 = .
1 3 2
a a 1 0 0 a a
D (P2 ) b = c → 0 0 1 b = c ,
c b 0 1 0 c b
então:
1 0 0
D (P2 ) = 0 0 1 .
0 1 0
1 2 3
d) Elemento P3 = .
3 2 1
a c 0 0 1 a c
D (P3 ) b = b → 0 1 0 b = b , então:
c a 1 0 0 c a
0 0 1
D (P3 ) = 0 1 0 .
1 0 0
39
1 2 3
e) Elemento P4 = .
3 1 2
a c 0 0 1 a c 0 0 1
D (P4 ) b = a → 1 0 0 b = a → D (P4 ) = 1 0 0 .
c b 0 1 0 c b 0 1 0
1 2 3
f) Elemento P5 = .
2 3 1
a b 0 1 0 a b 0 1 0
D (P5 ) b = c → 0 0 1 b = c → D (P5 ) = 0 0 1 .
c a 1 0 0 c a 1 0 0
CLASSE ELEMENTOS X
C1 E 3
3C2 P1, P2, P3 1
2C3 P4, P5 0
D (R) = Σ a ν D ( ν ) (R) ,
ν
ou:
1
aν = Σ X j (C K )X j*( ν ) (Ck ) ck .
g k
40
Portanto:
1
a1 = [X (C1 )X*(1) (C1 ) c1 + X (C 2 )X*(1) (C 2 ) c2 + X (C3 )X*(1) (C3 ) c3 ] =
6
1
= [3 × 1 × 1 + 1 × 1 × 3 + 0 × 1 × 2] = 1,
6
1
a 2 = [X (C1 )X*(2) (C1 ) c1 + X (C2 )X*(2) (C 2 ) c 2 + X (C3 )X*(2) (C3 ) c3 ] =
6
1
= [3 × 1 × 1 + 1 × (−1) × 3 + 0 × 1 × 2] = 0,
6
1
a 3 = [X (C1 )X*(3) (C1 ) c1 + X (C 2 )X*(3) (C2 ) c 2 + X (C3 )X*(3) (C3 ) c3 ] =
6
1
= [3 × 2 × 1 + 1 × 0 × 3 + 0 × (-1) × 2] = 1.
6
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.3.2 Estude a decomposição das representações
irredutíveis de uma representação 6-
dimensional regular do grupo S3.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 2.3.3 Verifique as relações de ortogonalidade e de
completeza para os caracteres das
representações irredutíveis do grupo S3.
-------------------------------------------------------------------------------------
As relações de ortogonalidade e de completeza dos
caracteres de um grupo são dadas, respectivamente, por:
41
S
Σ X (µ ) (C k ) X *( ν ) (C k ) c k = gδ µν , (Teorema 2.3.1)
k =1
N cl (µ ) c
e Σ X (Cl ) k X *(µ ) (Ck ) = δ k l . (Exercício 2.3.1.b)
µ =1 g g
a) Relações de Ortogonalidade
X (1) (C1 )X*(1) (C1 ) c1 + X (1) (C2 )X*(1) (C 2 ) c 2 +X (1) (C3 )X*(1) (C3 ) c3 =
= 1 × 1 × 1 + 1 × 1 × 3 + 1 × 1 × 2 = 6 = g δ1 1 = g,
X (1) (C1 )X*(2) (C1 ) c1 + X (1) (C2 )X*(2) (C 2 ) c 2 +X (1) (C3 )X*(2) (C3 ) c3 =
= 1 × 1 × 1 + 1 × (−1) × 3 + 1 × 1 × 2 = 1-3 + 2 = 0 = g δ1 2 = 0,
X (1) (C1 )X*(3) (C1 ) c1 + X (1) (C2 )X*(3) (C 2 ) c 2 +X (1) (C3 )X*(3) (C3 ) c3 =
= 1 × 2 × 1 + 1 × 0 × 3 + 1 × (-1) × 2 = 2 + 0 − 2 = 0 = g δ1 3 = 0.
Como:
b) Relações de Completeza
c1 (3) c2 *(3) 1 3 1 3
+ X (C1 ) X (C 2 ) = ×1× ×1 + ×1× ×(-1) +
g g 6 6 6 6
1 3 3 3
+ ×2 + ×0= - = 0 = δ1 2 ,
6 6 6 6
c1 (3) c3 *(3) 1 2 1
+ X (C1 ) X (C3 ) = × (+1) × ×1 + ×1×
g g 6 6 6
2 1 2 2 2 2 2
× ×1 + ×2× × (-1) = + - = 0 = δ1 3 ,
6 6 6 6 6 6
43
c 2 (3) c3 *(3) 3 2 3
+ X (C2 ) X (C3 ) = × (+1) × × (+1) + × (-1) ×
g g 6 6 6
2 3 2 6 6
× ×1 + × 0 × m (-1)= - + 0 = 0 =δ2 3 ,
6 6 6 6 6
c2 (3) c2 *(3) 3 3 3
+ X (C2 ) X (C2 ) = ×1× ×1 + × (−1) ×
g g 6 6 6
3 3 3 3 3
× × ( − 1) + × 0 × × 0 = + = 1 = δ2 2 ,
6 6 6 6 6
c3 (3) c3 *(3) 2 2 2 2
+ X (C3 ) X (C3 ) = ×1× ×1 + ×1× ×1 +
g g 6 6 6 6
2 2 2 2 2
+ ×(-1)× ×(-1) = + + = 1 = δ3 3 .
6 6 6 6 6
Como:
n! 4!
N= = =12 ,
2 2
assim constituídos:
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
I= ; A = ; B= ;
1 2 3 4 2 1 4 3 3 4 1 2
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
C= ; D= ; E = ;
4 3 2 1 1 3 4 2 1 4 2 3
45
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
F= ; G = ; H = ;
2 4 3 1 2 3 1 4 3 2 4 1
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
J= ; K = ; L = .
3 1 2 4 4 2 1 3 4 1 3 2
n1 = n2 = n3 = 1 e n4 = 3.
gm = I (m ≡ ordem).
n
X(g) = Tr D(g) = ∑ λ k .
k =1
C2 = {A,B,C} → A2 =
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
= A2 = AA = = = I ,
2 1 4 3 2 1 4 3 1 2 3 4
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
B2 = BB = = = I ,
3 4 1 2 3 4 1 2 1 2 3 4
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
C2 = CC = = = I ,
4 3 1 2 4 3 2 1 1 2 3 4
então, a ordem de C2 é 2.
48
1 × 1 × 1 + X(2) (C2) × 1 × 3 + ω × 1 × 4 + ω2 × 1 × 4 = 0,
1 3 1 3
3X(2) (C2) = –4 (ω + ω2) –1 = –4 ( − +i − −i ) – 1 = 3,
2 2 2 2
Resta, por fim, determinar X(4) (C2), X(4) (C3) e X(4) (C4),
os quais chamaremos, respectivamente, X, Y e Z. Assim, usando-se a
condição de ortogonalidade entre os caracteres (Teorema 2.3.1), virá:
50
(4) (1) (1)
X (C1) X* (C1) c1 + X(4) (C2) X* (C2) c2 +
(1) (1)
+ X(4) (C3) . X* (C3) c3 + X(4) (C4) X* (C4) c4 = g δ41 = 0,
3 + 3X + 4Y + 4Z = 0 , (α)
(4) (2) (2)
X (C1) X* (C1) c1 + X(4) (C2) X* (C2) c2 +
(2) (2)
+X(4) (C3) . X* (C3) c3 + X(4) (C4) X* (C4) c4 = g δ42 = 0,
2
3×1×1 + X×1×3 + Y× ω* ×4 + Z×(ω )* ×4 = 0.
1 3 2
= − −i =ω ,
2 2
e
2
(ω )* = [exp(240ºi)]* = exp(–240ºi) = cos 240º – i sen 240º =
1 3
= − +i = ω.
2 2
Assim:
2
3 + 3X + 4Y ω + 4Z ω = 0 . (β)
(4) (3) (3)
X (C1) X* (C1) c1 + X(4) (C2) X* (C2) c2 +
(3) (3)
+ X(4) (C3) X* (C3) c3 + X(4) (C4) X* (C4) c4 = g δ43 = 0 ,
2
3×1×1 + X×1×3 + Y×(ω )* ×4 + Z×ω*×4 = 0,
51
2
3 + 3X + 4Y ω + 4 Z ω = 0 . (γ)
A solução do sistema de equações (α), (β) e (γ), fornece:
X = –1; Y = Z = 0 .
Assim, a tabela final de caráteres de A4 será:
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.3.4 Encontre as classes do grupo A4 utilizando o
Exemplo 2.3.4.
-------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 2.4.1 Efetue o Produto Direto entre as matrizes
A(2x3) e B(3x2).
-------------------------------------------------------------------------------------
b11 b12
a 11 a12 a13
A⊗B= x b 21 b 22 =
a 21 a 22 a 23
b 31 b 32
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.4.1 Demonstre que:
a) O produto direto é associativo, isto é:
A ⊗ (B ⊗ C) = (A ⊗ B) ⊗ C ;
b) O produto direto não é comutativo, isto é:
A ⊗ B ≠ B ⊗ A.
-------------------------------------------------------------------------------------
Teorema 2.4.1 Sejam A1 e A2 duas matrizes (m×m) e B1 e
B2 duas matrizes (n×n), então:
(A1 ⊗ B1) . (A2 ⊗ B2) = (A1 . A2) ⊗ (B1 . B2) .
Demonstração:
Partamos da definição de produto usual de matrizes:
Assim:
∑ (A1 ⊗ B1)jp, αβ (A2 ⊗ B2) αβ, kq =
α ,β
(A ⊗ B)−1 = A −1 ⊗ B−1.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.4.2
a) Verifique que:
(A ⊗ B)+ = A + ⊗ B+ ;
Demonstração:
D (µ x ν ) (R ) = D(µ ) (R ) ⊗ D(ν ) (R ) ,
então:
Assim:
a) D( ) ( R ) ⊗ D( ) ( R ) = D( ) ( R ) ⊗ D( ) ( R ) ;
µ ν ν µ
Demonstração:
Seja:
µ x ν)
D( = D(
µ)
(R) (R) × D( ν ) ( R ) .
Então :
[D (µ x ν ) (R )] jp,kq =[D (µ ) (R )] jk [D ( ν ) (R )] pq .
56
Portanto:
(µ x ν )
∑ D ( R ) = D( µ ) ( R ) D ( ν ) ( R ) ,
jj pp
j,p jp, jp
X (µ x ν ) (R )= X (µ ) (R ) . X (ν ) (R ) . C.Q.D.
n
O R ψ ν = ∑ ψ µ Dµν (R ) ,
µ =1
Definição 2.5.1
a) Uma função é dita invariante pela transformação OR,
se e somente se:
[H, OR ] = 0 .
Demonstração:
[H,O R ]ψ ν = 0 → [H O R −O R H ]ψ ν = 0 →
(H O R )ψ ν = (O R H )ψ ν → H (O R ψ ν )= O R (H ψ ν )=
n
= O R (ε ψ ν )= ε (O R ψ ν ) = ε ∑ ψ µ D µν (R ) . C.Q.D.
µ=1
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.5.1 Sejam D(µ) (R) e D(ν) (R) duas
representações irredutíveis de um
mesmo grupo G, de dimensão nµ e nν,
respectivamente. Sejam as bases das
mesmas dadas por:
nµ (µ ) nν (ν )
x i '= ∑ D ij (R ) x j e y k '= ∑ D kl (R ) y l .
j=1 l=1
Demonstre que:
58
(µ x ν ) (R ) x y .
x i ' y k ' = ∑ Dik , jl j l
j, l
e2 e2
V=− = 1
.
r (
x 2 + y2 + z 2 ) 2
H ψn = En ψn ,
ou
h2 ∂2 ∂2 ∂2 e2
− + + − ψ = Eψ .
2m ∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 x 2 + y 2 + z 2 1 / 2
( )
Vê-se, pela equação acima, que H é invariante pelo grupo
de rotações OR, em torno da origem. Então:
[H, O R ] = 0 ,
logo:
H (O R ) = E (O R ψ ) .
2 e2
H ψ = Eψ , onde: H = H1 + H 2 = − h ∆ − 1
.
2m
x 2 + y 2 + z 2 2
Seja:
H1 ψ1 = E1 ψ1 e H 2 ψ 2 = E 2 ψ 2 , então:
H ψ = (H1 + H 2 )ψ .
Tomando: ψ = ψ1 ψ 2 , então:
Assim:
E = E1 + E 2 .
2 2 2 2 2
Como H1 = − h ∆ ≡ − h ∂ 2 + ∂ 2 + ∂ 2 ,
2m 2 m ∂x ∂y ∂z
e
e2
H2 = − 1
(
x 2 + y2 + z2 2 )
são invariantes por rotação em torno da origem, então:
[H1, O R ] = 0 e [H 2 , O R ] = 0 .
60
D (j1 x 2 ) = D j 1 ⊗ D j 2 ,
D(R ) = ∑ a σ D(σ ) (R ) ,
σ
onde D (σ ) (R ) são representações irredutíveis do grupo G (R ) , sendo
1 *(σ )
aσ = ∑ X j (R ) X j (R ) . (Teorema 2.3.2.b)
g R
D (µ ) (R ) ⊗ D(ν ) (R ) = D(µ x ν ) (R ) ,
e
X (µ ) (R ) ⊗ X (ν ) (R ) = X (µ x ν ) (R ) .
Portanto:
D (µ ) (R ) ⊗ D(ν ) (R ) = ∑ a σ D(σ ) (R ) ,
σ
com:
1
a σ ≡ (µ νσ ) = ∑ X (µ ) (R ) X (ν ) (R ) X*(σ ) (R ) ,
g R
61
a) (µ ν σ ) = (ν µ σ ) ;
b) Se X (R ) = X* (R ) ∀ R ; então (µ ν σ ) é totalmente
simétrico;
c) O produto direto de duas representações irredutíveis de
dimensões n1 e n2 (n1 ≥ n2), não pode conter representações de
dimensão menor que n1/n2.
-------------------------------------------------------------------------------------
Definição 2.6.2 Dadas duas representações D (µ ) (R ) e D (σ ) (R )
e suas respectivas bases ψ (µ ) ( j=1, 2,..., n ) e φ (ν ) (l =1, 2,..., n ) . Se
j µ l ν
ψ s(λ ) (s =1, 2,..., n λ ) for uma base do produto direto das duas
representações indicadas acima, isto é: D (µ ) (R ) ⊗ D(ν ) (R ) , então:
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2.6.2 Mostre que:
b) ∑ < λ' ζ 'λ ' s' | µ j ; νl > < µ j ; νl | λ ζ λ s > = δ λλ ' δζ λ ζ 'λ ' δss' ;
j, l
d.2) ∑ < µj ; νl | λ' ζ 'λ ' s' > * < µj ; νl | λ ζ > = δ λλ ' δ ζ ζ' δss ' ;
j, l λ λ'
(λ ζ λ ) < λ ζ
× D s 's s | µj ; νl > .
λ
-------------------------------------------------------------------------------------
CAPÍTULO 3
ou
c = φ (a;b),
I) Dado
x i′′ = f ( x ′ , a ) = f [f(x;a; a )] = x,
então:
x i′′ = fi (x;c) , com c = φ (a;b),
x′ a b x a b a c 1 0
= , com : = →
y′ c d y c d b d 0 1
a 2 + b 2 =1
a + b ac+ bd
2 2 1 0 ac+ bd = 0
→ =
→
2 2
ac+ bd b + d 0 1 ac+ bd = 0
c 2 + d 2 =1.
cosθ senθ
0 2 (2) = .
− senθ cosθ
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.2.1 Encontre:
I. A forma do grupo 0+ (3) para rotações em torno dos
eixos x,y,z respectivamente;
II. As seis (6) condições impostas aos seus elementos,
devido a sua condição de ortogonalidade.
------------------------------------------------------------------------------
x′ a b x a b a* c* 1 0
= , com : = ,
y′ c d y c d b* d* 0 1
96
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.2.2
I I. Encontre as 20 relações algébricas satisfeitas pelos
elementos de M(4).
II. Escreva a transformação própria de Lorentz da
Relatividade.
------------------------------------------------------------------------------
Se:
x i′ = x i′ + d x i′
onde:
r
dx i′ = ∑ M ik (x') δa k
k =1
e
∂f i ( x i ';a )
M ik ( x ')= ,
∂a k a =0
então:
fi é dita infinitesimal.
Além disso, temos:
aΡ + daΡ = φΡ (a1, a2, ..., ar; δa1, δa2, ..., δar),
então:
r
da l = ∑ θ lm (a) δa m ,
m=1
onde:
100
∂ φ l (a ,b )
θ lm = .
∂ bm b =0
então:
r
dx i′ = ∑ M ik (x') ψ kl (a) da l ,
k,l =1
ou:
∂x i′ r
∂a i
= ∑M
k =1
ik (x') ψ kl (a).
n ∂F
dF = ∑ dx i .
i =1 ∂x i
n ∂F n r n ∂
dF = ∑ ∑ M il (x) δa l = ∑ δa l ∑ M il (x) F ,
i =1 ∂x i l =1 l =1 x =1 ∂x i
ou:
r
dF = ∑ δa l x l F ,
l =1
101
onde:
n
x l = ∑ M il (x) ∂ , (l =1, 2,..., r ) ,
i=1 ∂x i
r
F' = 1 + ∑ x l δa l F .
l = 1
y' = –x δθ + y = f2 (x,y;δθ) .
Portanto:
∂f i ( x , y; δθ)
M il ( x , y ) = .
δθ
∂f1 ∂f
M11 (x,y) = = y , M21 (x,y) = 2 = –x .
∂θ ∂θ
Portanto:
2
X1 = ∑ M i1 (x, y) ∂ ,
i=1 δx i
X1 = M11 ∂ + M12 ∂ ,
δx 1 δx 2
∂ ∂
X1 = y − x
∂x ∂y
.
Sendo:
r
dF = ∑ XΡ δaΡ F , portanto:
l =1
∂ ∂
dx = (y – x ) xδθ = yδθ ,
∂x ∂y
∂ ∂
dy = (y – x ) yδθ = –xδθ .
∂x ∂y
Ora:
103
dx = x' – x = yδθ
dy = y' – y = –xδθ ,
o que concorda com o resultado anterior.
[X α , X β ] = C αβ
γ
Xγ , (α, β = 1,2,...,r),
onde C αβ
γ
são chamadas as Constantes de Estrutura do Grupo
de Lie.
Demonstração:
com:
104
Seja:
∂x r
= yrs (a1,a2,...,am ; x1,x2,...,xn), (β)
∂a s
onde:
r = 1,2,…,n ; s = 1,2,…,m .
Assim:
∂Yrs ∂Y
dYrs = da α + rs dx β .
∂a α ∂x β
Portanto:
Ora:
∂aα
= δα l , então:
∂al
∂ 2x i ∂ ∂x i ∂ ∂Y ∂a α ∂Yil ∂x β
= = Yil = il + =
∂a m∂a l ∂a m ∂a l ∂a m ∂a α ∂a m ∂x β ∂a m
isto é:
∂Yim ∂Yim ∂Y ∂Y
+ Yβl = il + il Yβm . (m ≠ l) ( ε)
∂a l ∂x β ∂a m ∂x β
Sendo:
∂x i
≡ Yim = M ik ( x ) ψ km (a ) .
∂a m
= ∂ ( M iα ψ αl ) + ∂ ( M iα ψ αl ) M βs ψ sm ,
∂a m ∂x β
106
M ik ∂ ψ km + (ψ km ∂ M ik ) M βr ψ rl =
∂a l ∂x β
∂ψ αl
= M iα + (ψ αl ∂ M iα ) M βs ψ sm ,
∂a m ∂x β
ou:
∂ψ km ∂ψ αl ∂M ik ∂M iα
M ik − M iα + M βr ψ rl ψ km − M βs ψ sm ψ αl = 0.
∂a l ∂a m ∂x β ∂x β
∂ψ km ∂ψ kl ∂M ik ∂M ik
M ik ( − ) + M βr ψ rl ψ km − M βs ψ sm ψ kl = 0.
∂a l ∂a m ∂x β ∂x β
∂ψ ∂ψ kl ∂M ik
M ik km
− φ φ +φ φ ψ ψ
M βr ∂x −
∂a ∂a m mζ lΓ mζ Γ rl km
l β
∂M ir
− M βk =0 .
∂x β
Sendo:
teremos:
∂M ik ∂M ir
Mik CζkΓ + δrΓδ kζ (Mβr − Mβ k ) = 0,
∂x β ∂x β
∂M iΓ ∂M iζ
Mβζ − M βΓ =C ζkΓ ( a ) M ik ( x ) . (λ )
∂x β ∂x β
∂C ζkΓ (a )
M ik =0 . (k, ζ, Γ, ρ=1, 2, ..., r )
∂a ρ
∂
C k (a) = 0 → CζΓ
k (a) ≡ CONSTANTES!!
∂ a ρ ζΓ
k
Essas constantes CζΓ (a) são chamadas de Constantes
de Estrutura do Grupo de Lie.
108
X l = M il (x) ∂ .
∂x i
(l =1, 2, ..., r ).
Calculemos, agora, o comutador entre esses geradores.
Assim:
[X l , Xm] = X l Xm – Xm X l =
∂ ∂ ∂ ∂
= M il (M jm ) − M jm (M il )=
∂x i ∂x j ∂x j ∂x i
∂M jm ∂ ∂M il ∂
= M il − M jm .
∂x i ∂x j ∂x j ∂x i
∂M jm ∂M jl ∂ ∂
= M il − M im = Clkm M jk ,
∂x i ∂x i ∂x j ∂x j
ou:
[X l , X m ] = C lkm X k . C.Q.D.
Cµρσ Cµζ
ν
+ Cµσζ Cµρ
ν
+ Cµζρ Cµσ
ν
= 0,
com: ρ , σ , ν , ζ = 1, 2, ..., r.
Demonstração:
Sejam Xζ , Xρ, Xσ os geradores de um grupo. Pela
Identidade de Jacobi, temos:
Xζ , Ckρσ X k + Xσ , Cζρ
k
X k + X ρ , Cσζk
X k = 0,
Ckρσ Xζ , X k + Cζρ
k
[ Xσ , X k ] + Cσζk X ρ , X k = 0,
Ckρσ Cζl k X l + Cζρ
k
Cσmk X m + Cσζ
k
Cnρ k X n = 0 .
k k k
(Cρσ C lζk + C ζρ C lσk + C σζ Cρl k ) X l = 0 .
k C l +C k C l + C k C l = 0 .
C ρσ C.Q.D
kζ ζρ kσ σζ kρ
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.4.1. Demonstre que:
Cabc = −Cacb .
------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 3.4.1 Calcule as constantes de estrutura do
grupo de rotações em três dimensões.
------------------------------------------------------------------------------
Para sucessivas rotações infinitesimais em torno dos
eixos x, y e z, respectivamente, o grupo de rotações é dado por:
1 δα 3 − δα 2
0 = − δα 3 1 δα1 .
δα − δα1 1
2
Portanto:
x + y δα 3 − z δα 2
= − x δα 3 + y + z δα1 ,
x δα − y δα1 + z
2
ou:
x' = x + y δα3 – z δα2,
y' = –x δα3 + y + z δα1,
111
X l = M il (x) ∂ .
∂x i
(l =1, 2, 3 ; i =1, 2, 3)
Sendo:
x' = f1 (x,y,z; δα1 , δα2 , δα3) = xyδα3 – zδα2,
∂f1 ∂f ∂f
M11 = = 0; M12 = 1 = − z; M13 = 1 = y,
δα1 δα 2 δα3
∂f 2 ∂f ∂f
M 21 = = z; M 22 = 2 = 0; M 23 = 2 = − x,
δα1 δα 2 δα3
∂f3 ∂f ∂f
M 31 = = − y; M 32 = 3 = x; M 33 = 3 = 0.
δα1 δα 2 δα3
∂ ∂ ∂
X1 = M11 + M 21 + M 31 ,
∂x1 ∂x 2 ∂x 3
∂ ∂
X1 = z −y ,
∂y ∂z
∂ ∂ ∂
X 2 = M12 + M 22 + M 32 ,
∂x1 ∂x 2 ∂x 3
∂ ∂
X 2 = −z +x ,
∂x ∂z
∂ ∂ ∂
X 3 = M13 + M 23 + M33 ,
∂x1 ∂x 2 ∂x 3
∂ ∂
X3 = y −x .
∂x ∂y
113
[ X l , X m ] =Clnm Xn .
Então:
[X1, X 2 ] = z
∂ ∂ ∂ ∂
− y ,−z + x =
∂y ∂z ∂x ∂z
∂
= z − y
∂ − z ∂ + x ∂ − − z ∂ + x ∂ ,
∂y ∂z ∂x ∂x ∂x ∂z
∂
z − y ∂ =z ∂ −z ∂ + z ∂ x ∂ + y ∂ ,
∂y ∂ z ∂ y ∂x ∂ y ∂z ∂z
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
z − y x + z z − z y −
∂x ∂z ∂z ∂x ∂y ∂x ∂z
2 2
− x ∂ z ∂ + x ∂ y ∂ = − z 2 ∂ + zx ∂ +
∂z ∂y ∂z ∂z ∂y∂x ∂y∂z
2 2 2 2
+ y ∂ + z ∂ − yx ∂ + z 2 ∂ − zy ∂ −
∂x ∂z∂x ∂z 2 ∂x∂y ∂x∂z
2 2
− x ∂ + z ∂ + xy ∂ 2 .
∂y ∂z∂y ∂z
Sendo:
∂ 2f ∂ 2f
= , virá:
∂x i ∂x j ∂x j ∂x i
114
∂ ∂
[X1, X 2 ] = y −x = X3 .
∂x ∂y
[X 2 , X3 ] = X1 ; [X3 , X1 ] = X 2 .
Portanto:
C lnm =1, ∀ n, l, m .
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.4.2
X j + X j+ 3 X j − X j+ 3
Yj = ; Zj = ,
2 2
demonstre que:
[Yi , Yj] = εijk Yk,
[Zi , Zj] = εijk Zk,
[Yi , Zj] = 0, ∀ i, j = 1, 2, 3.
------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 3.4.2 Obter as representações de um grupo a
partir de seus geradores.
115
------------------------------------------------------------------------------
Inicialmente, vamos tomar o grupo de rotações finitas (φ)
em torno do eixo dos z. No Capítulo 1, vimos que:
cos φ senφ 0
R z (φ) = − senφ cos φ 0 .
0 0 1
1 δφ 0
R z (δφ) ≅ − δφ 1 0 ≡ 1 + i δφ M z ,
0 0 1
onde:
1 0 0 0 − i 0
1 ≡ 0 1 0 e Mz = i 0 0 .
0 0 1 0 0 0
Então:
N
φ
Rz (φ) = lim 1 + i Mz ,
N →∞ N
0 0 0 0 0 +i
Mx =0 0 −i ; M y = 0 0 0 .
0 i 0 −i 0 0
0 0 0 0 0 + i 0 0 + i 0 0 0
= 0 0 − i 0 0 0 − 0 0 0 0 0 − i =
0 i 0 − i 0 0 − i 0 0 0 i 0
0 0 0 0 −1 0 0 +1 0 0 −i 0
= −1 0 0 − 0 0 0 = −1 0 0 = i +i 0 0 =
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
= i Mz .
0 1 0 0 −i 0 1 0 0
1 1
T1 = 1 0 1 ; T2 = i 0 − i ; T3 = 0 0 0 ,
2 2
0 1 0 0 i 0 0
0 − 1
Xα ∈ I ; Yβ ∈ A.
120
Demonstração:
[D(a), Ci] = 0 .
Ci = ci E . C.Q.D.
121
[Xλ , C] = 0
[A , X] = s X,
A = α λ X λ , e X = x ρ Xρ , virá:
[ A , X ] = α λ X λ , x ρ Xρ =s x ζ X ζ .
[X λ , X ρ ] = C ζλρ X ζ .
Portanto:
α λ x ρ C ζλρ X ζ = s x ζ X ζ ,
123
(α λ )
x ρ C ζλρ − s x ζ X ζ = 0 .
(α λ x ρ C ζλρ − s x ζ = 0 .)
Sendo:
x ζ = x ρ δ ρζ ,
teremos:
(
x ρ α λ C ζλρ − s δ ρζ = 0 .)
A equação acima só terá solução diferente da trivial, se:
(
det α λ C ζλρ − s δ ρζ = 0 , )
o que mostra que tal equação é uma equação algébrica de r-
raízes reais ou complexas, degeneradas ou não, nulas ou não.
Pode-se demonstrar que se α é raiz, então – α também é raiz,
mas kαα, com k ≠ ± 1, não é raiz;
Seja A = α µ X µ e X = x ν X ν , então:
X , X = ε X .
µ ν
µνλ λ
Portanto:
[A, X ] = α µ x ν ε µνλ X λ .
α µ x ν ε µνλ X λ = 0 .
Para λ = 1, virá:
α1 x 1ε111 + α1 x 2 ε121 + α1 x 3 ε131 + α 2 x 1ε 211 + α 2 x 2 ε 221 +
α 2 x 3 − α3 x 2 = 0
126
. (I)
− α1 x 3 + α 3 x 1 = 0 , (II)
α1 x 2 − α 2 x 1 = 0 . (III)
Logo:
A=X.
Como:
[X µ , X ν ]=ε µνλ X λ ,
então:
a b +
U= ; UU = E ; det U = +1.
c d
µ' µ µ' a b µ aµ + bν
= U → = = →
ν' ν ν' c d ν cµ + dν
µ ' = aµ + bν ,
ν ' = cµ + dν .
Ora:
2
µ' = ( aµ + bν ) ( aµ + bν ) * =
= ( aµ + bν ) ( a*µ* + b*ν*) =
=aa* µµ* + ab* µν* + a*bνµ* + bb*νν* →
2 2 2 2 2
µ' = a µ +b ν + ab * µν * + ba * ν µ * .
Analogamente:
2 2 2 2 2
ν' = c µ +d ν + cd * µν * +c * d µ * ν .
2 2 2 2
µ' + ν' = µ + ν ,
128
é necessário que:
2 2 2 2
a + b =1; b + d = 1,
ab * +cd* = 0 ; a * b + c * d = 0 .
a b a * c * 1 0
UU + = E → = .
c d b * d * 0 1
Então:
2 2 2 2
a + b =1 ; c + d = 1;
ac * + bd* = 0 ; a * c + b * d = 0 .
Sendo:
a b
det U = 1 → = 1 → ad − bc = 1 .
c d
a = d* ; b = –c* ou d = a* ; c = –b*.
Assim:
a b a b
U= = .
c d − b * a *
129
r
F' = 1 + ∑ X l δa l F ,
l =1
ou seja;
µ' 3 µ
= 1 + ∑ X l δa l .
ν' l =1 ν
Sendo:
µ ' µ + δµ
= ,
ν' ν + δν
vê-se que:
µ + δµ 1 0 δa δb µ
= + .
ν + δν 0 1 − δb* δa* ν
Assim:
1 + δa δb
U= .
− δb* 1 + δa*
UU+ = E,
então:
1 + δa δb 1 + δa* −δb 1 0
= .
−δb* 1 + δa* δb* 1 + δa 0 1
1 + δa + δa* − δb + δb 1 0
= .
− δb* + δb* 1 + δa + δa* 0 1
Portanto:
1 + δa + δa* = 1 → δa = −δa * .
Consideremos:
i
δa = δa 3 , com δa 3 ≡ real .
2
1 + δa δb
det U = 1 → ≈ 1 + δa + δa* = 1 ,
− δb * 1 + δa *
1 i
δb = δa 2 + δa 1 , com δa 2 , δa 1 ≡ reais .
2 2
Então:
i 1 δa + i δa
1+ δa δb 1 + 2 δa 3 2 2 2 1 =
U = =
− δb* 1+ δa * 1 i
− δa 2 + δa 1 1− i δa 3
2 2 2
1 0 1 i δa 3 δa 2 + i δa 1
= + =
0 1 2 δa 2 − i δa 1 − i δa 3
1 0 1 i 0 0 1 0 i
= + δa + 1 δa + 1 δa =
0 1 2 0 − i 3 2 −1 0 2 2 i 0 1
1 0 i 0 1 0 −i 1 0
= + δa + i δa + i δa .
0 1 2 1 0 1
2 i 0 2
2 0 −1 3
Portanto:
3 1
U = E +i∑ σ j δa j ,
j=1 2
0 1 0 − i i 0
σ1σ 2 = = ,
1 0 i 0 0 -i
132
0 − i 0 1 − i 0
σ 2 σ1 = = .
i 0 1 0 0 i
Então:
i 0 − i 0 2i 0
[σ ,σ ]= σ σ
1 2 1 2 − σ 2 σ1 =
−
=
=
0 − i 0 i 0 − 2i
i 0
=2 →
0 −i
[σ ,σ ]= 2i 10
1 2
0
= 2i σ .
−1 3
1 1 1
2 σ i , 2 σ j = i ε ijk 2 σ k .
Demonstração:
r r 3
M = x . σ = ∑ x j σ j = x 1σ1 + x 2 σ 2 + x 3 σ 3 = xσ1 + yσ 2 + zσ 3 =
j=1
0 1 0 − i 1 0 0 x 0 − iy 0 − iy
=x + y +z = + + +
1 0 i 0 0 −1 x 0 iy 0 iy 0
z 0 z x − iy
+ = .
0 − z x + iy − z
( )( ) ( )
det M = − z 2 − x − iy x + iy = − z 2 − x 2 − y 2 = − x 2 + y 2 + z 2 .
M' = U M U + .
r r z' x '−iy
M = x' . σ = ,
x '+ iy ' − z'
teremos:
Portanto:
( ) (
det M ' = det M → − x 2 + y 2 z 2 = − x ' 2 + y' 2 + z' 2 , )
r r
o que significa dizer que o produto escalar (x , x ) = x 2 + y 2 + z 2 ,
é invariante sob essa transformação de SU(2), justamente como
o grupo de rotações O+(3).
No Exemplo 3.5.3 vimos que para o grupo SU(2), temos:
3
U ≅ E + i∑δ βj σj.
j=1
Então:
3
δM = M ' − M = UMU + − M = ∑δx j σ j =
j=1
3 3 3
≅ E + i ∑δβ j σ j ∑ x j σ j E − i ∑ δβ k σ k − M =
j=1 j=1 k =1
135
3 3 3
≅ ∑ x j σ j − i ∑ x jδβ k σ j σ k + i ∑ δβ l σ l x j σ j =
j=1 j, k =1 l , j=1
3
= M − i ∑ x j δβ k σ j σ k − σ k σ j − M =
j, k =1
3
= −i ∑ x j δβ k σ j , σ k .
j, i=1
3 3
δM = −i 2 ∑ i x j δβ k ε jkl σ l → δM = 2 ∑ x j δβ k ε jkl σ l .
j,k ,l =1 j,k ,l =1
Sendo:
3
δM = ∑ δx l σ l ,
l =1
teremos:
3
δx l = 2 ∑ x j δβ k ε jkl .
j,k =1
Assim:
3
[ ]
δx 1 ≡ δx = 2 ∑ x 1 δβ k ε1k1 + x 2 δβ k ε 2 k1 + x 3 δβ k ε 3k1 = 2 ( x 1 δβ 2 ε121 +
k =1
δx 1 ≡ δx = 2 yδβ 3 − 2 zδβ 2 .
Analogamente, teremos:
δx 2 ≡ δy = - 2x δβ3 + 2z δβ1 ,
δx 3 ≡ δz=2xδβ3 -2yδβ1 .
δx = yδα 3 − zδα 2 ,
δy = − xδα 3 + zδα1 ,
cos α senα 0
R z (α ) = − senα cos α 0 ; 0 < α < 2π .
0 0 1
Sendo:
137
1
δβ j = δα j , então o elemento correspondente do SU(2)
2
será:
α α
( )
U z = exp i a j σ j = exp(ia 3 σ3 ) = exp i σ3 →
2 2
e iα / 2 0
( )
U z α 2 =
e −iα / 2
.
0
Sendo:
então:
cos α senα 0
R z (α + 2π) = − senα cos α 0 = R z (α ) ,
0 0 1
i / 2 (α+2 π )
e 0
U z 1 (α + 2 π ) = =
2 0 e −i / 2 α+2 π
( )
e iα / 2 e iπ 0 e iα / 2 0
= = =
0 e −iα / 2 e −iπ 0 − e −iα / 2
138
e iα / 2 0
= − = − U z (α ).
0 e −iα / 2
Portanto:
+ U(α / 2 )
R (α ) .
− U (α / 2 )
então:
e iγ / 2 0
R z ( γ ) ↔ U z ( γ / 2) = .
0 −e iγ / 2
cos α 0 − senα
R y (α ) = 0 1 0 ,
senα 0 cos α
1 0 0
R x (α) = 0 cos α senα ,
0 − senα cos α
teremos:
R y (α ) ↔ U y ( α / 2) = exp i α σ y ,
2
e
R x ( α ) ↔ U x (α / 2) = exp i α σ x .
2
Sendo:
U j ( α / 2) = exp i α σ j ,
2
então:
140
n
α
i σ
∞ 2 j
U j ( α / 2) = ∑ =
n =0 n!
2n 2 n +1
α α
i σ
∞ 2 j
i σ
∞ 2 j
=∑ +∑ .
n =0 ( 2 n )! n =0 ( 2 n +1)!
Sendo:
1 0
(σ j ) 2 n = = I ; (σ j )2 n +1 = σ j .
0 1
E, ainda:
∞ (−1) n x 2n ∞ ( −1) n x 2 n +1
cos x = ∑ ; senx = ∑ ,
n = 0 ( 2 n )! n = 0 ( 2n + 1)!
teremos:
α α α
U j = I cos + i σ j sen .
2 2 2
Portanto:
U x α = I cos α + i σ x sen α =
2 2 2
141
cos α 0 0 sen α
= 2 + i 2 →
0 cos α sen α 0
2 2
cos α i sen α
2 2 .
U x α =
2 i sen α cos α
2 2
e
iα / 2 0
Uz α = .
2 0 e −iα / 2
e iγ / 2 cos(β / 2) sen (β / 2)
R (αβγ ) = ×
0
e −iγ / 2 − sen (β / 2) cos(β / 2)
e iα / 2 0 e iγ / 2 0
× = ×
0 − eiα / 2 0 − e iγ / 2
142
R (α β γ) ↔
i ( α+γ ) ( γ −α )
e 2 cos(β / 2) e i 2 sen (β / 2)
U ( α,β, γ ) = ( α −γ ) ( γ +α ) .
− e i 2 sen (β / 2) e −i 2 cos(β / 2)
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.5.4 Demonstre que:
α r r α rr
a) exp i σ.n = cos + i (σ.n ) sen (α / 2) ;
2 2
b) (σj)2n = I ; (σj)2n+1 = σj ;
(α , α ) M
T : (α, β) = − N = − (β, β) ,
2 2
(α, β) = c λ cosθ .
Sendo:
– 1 ≤ cos θ ≤ 1 ,
e como
cos θ = 1, se = β,
cos θ = –1, se α = – β ,
−1≤ − N ≤1,
2 c
M c
−1≤ − ≤1,
2
ou
N ≤2 ; M c ≤2 .
c
Então:
|MN| ≤ 4.
|MN| < 4.
Portanto:
a) Se M = 1, então: N = 1,2,3;
b) Se M = 2, então: N = 1;
c) Se M = 3, então: N = 1.
Sendo:
(α , β) = c λ cos θ = − N λ = Mcλ ,
2 2
N
então: λ = . Assim, teremos:
M
cos θ = − N = − 1 N 1 = − 1 MN ,
2 c 2 N/M 2
e:
145
1 2 3
cos θ = − , ou − ou − ,
2 2 2
ou seja:
θ = 120º ou 135º ou 150º.
Por outro lado, se o produto escalar é zero, isto é:
2 (β, α )
− P (β, α ) < 0,
(α, α )
onde P (β , α) é um inteiro definido por:
[β – P (β , α) α] ∈ Σ+,
e
(β – [P (β , α) + 1] α) ∉ Σ+ .
------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 3.6.2Dadas duas raízes simples da
álgebra A2 ≡ SU(3), encontre as demais raízes da mesma.
------------------------------------------------------------------------------
A álgebra A2 ≡ SU(3) tem o seguinte Diagrama de
Schouten:
Sendo:
(α , α) = (α , β) = λ , então:
λ
(α , β) = λ cos θ =− .
2
Agora, vejamos se α + β ε Σ+. Segundo o Teorema 3.6.2,
temos:
147
2 (β, α)
− P (β, α) < 0 , com [β – P (β , α) α] ∈ Σ+ .
(α , α )
Como:
β – α ∉ Σ+ , então P (β , α) = 0 .
2 (β, α)
<0 .
(α , α )
λ
Por outro lado, sendo (β , α) = – e (α , α) = λ , virá:
2
2 − λ
2
= −1 < 0 .
λ
Portanto α + β ∈ Σ+
Vejamos, agora, se α + 2β ∈ Σ+ . Para que isto ocorra é
necessário que:
2 (α + β, β)
− P (α + β, β) < 0 .
(α , α )
Ora:
α + β – β = α ∈ Σ+
Então:
α + β – 2β = α – β ∉ Σi+ .
Ora, sendo:
[β – P (α + β , β) (α + β )] ∈ Σ+,
148
e P (α + β , β) = 1, então:
2 (α + β, β)
− 1 < 0.
(α , α )
λ
2 (α + β , β) = 2 (α, β) + 2 (β , β) = – 2x + 2λ = –λ + 2λ = λ
2
.
Assim:
2 (α + β, β) λ
−1= −1 = 0 ⇔ 0 .
(α , α ) λ
Então:
α + 2β ∉ Σ+ .
De maneira análoga, demonstra-se que:
2α + β ∉ Σ+ .
Assim:
Σ+ ≡ (α, β, α+β),
Portanto:
λ
(α, α+β) = ( α, α ) . (α + β) , (α + β) . cos θ = .
2
Sendo:
[(α+β) , (α+β)] = [µ,(α+β)] =
λ λ
=λ– − +λ = 2λ – λ = λ .
2 2
λ
(α, α+β) = λ λ cos θ = λ cos θ = →
2
1
cos θ = → θ = 60º .
2
Em resumo, temos:
150
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.6.1
------------------------------------------------------------------------------
Teorema 3.6.3 As relações de comutação entre os
operadores que geram uma Álgebra de Lie simples, satisfazem
às seguintes expressões:
N E α + β , α +β ∈ ∑
a) [E α , Eβ ]α,β ∈ ∑ = 0 α,β α +β ∉ ∑
;
b) E ρ, E −ρ = Fρ, = µ∑∈π a µρ Fµ ;
c) Fµ , Fν = 0, µ, ν ∈ π ;
[ ]
d) Fµ , E ν = − (µ, ν ) E ν ,
onde:
151
N α2 ,β =
[P (α,β) +1] Q (α ,β) (β,β),
2
N α ,β = − N β,α = N −α , −β = − N −β, − α ,
2(α ,β)
= P ( α,β) − Q (α ,β).
(β,β)
Sendo:
[α – P(α,β) β] ∈ Σ e {α – [P (α,β) + 1] β } ∉ Σ,
[α + Q(α,β) β] ∈ Σ e {α + [Q (α,β) + 1] β } ∉ Σ.
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.6.2 Usando o resultado do Teorema
3.6.3,
a) Mostre que se:
Uα = Eα + E–α , α ∈ Σ,
Vα = i (Eα – E–α) , α ∈ Σ,
Hρ = i Fρ , ρ ∈ Γ,
onde Γ é um conjunto de vetores ortogonais tais que:
(α , σ )
α = σ∑∈ Γ σ , α ∈ ∑ ; (σ , ρ ) = 0, ∀ ρ , σ ∈ Γ.
(σ , σ )
Então:
[Hσ , Hρ] = 0,
onde:
(α , β )
α =
ρ
∑ aαρ
∈Γ
ρ ; aαρ =
(ρ, ρ )
; (ρ, ρ) = 2 ;
1 0 0 1 0 0
G 3 = 1 0 −1 0 e G 8 = 1 0 1 0.
2 3 0 0 − 2
0 0 0
1 0 0
u1 = 0 ; u 2 = 1 ; u 3 = 0 ,
0 0 1
1 0 0 1 1
1 1 1
G 3 u1 = 0 −1 0 0 = 0 = u1 ,
2 2 2
0 0 0 0 0
1 0 0 1 1
1 1
G 8 u1 = 3 0 1 0 0 = 0 = u1 .
0 0 − 2 0 3 3
0
1 1
+ , + .
2 3
1 0 0 0 0 0
G 3 u 2 = 1 0 −1 0 1 = 1 −1 = − 1 1 = − 1 u 2 ,
2 2 2 2
0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0
1 1 1
G8u 2 = 0 1 0 1 = 1 = u2.
3 0 3 3
0 0 −2 0
1 1
− , .
2 3
1 0 0 0 0 0
1 1
G 3u 3 = 0 −1 0 0 = 0 = 0 0 = 0 u3 ,
2 0 2
0 0 1
0
1
1 0 0 0 0 0
1 1 2 2
G8u 3 = 0 1 0 0 = 0 = − 0 = − u 3.
3 3 3 3
0 0 − 2 1
− 2 1
2
0 , − .
3
( λ , β)
N= π ( λα + 1) π (g, β) + 1 ,
α ∈π β∈∑ +
β∉π
onde:
( λ ,α ) 1
λ α =2 ; g= ∑ α.
α ∈π (α ,α ) 2 α ∈ ∑+
------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3.6.3 Mostre que o número de
representações do grupo SU(3) é dado por:
1
N= (n+1)(m+1)(n+m+2) ; n= 0,1,2,....; m = 0,1,2,.... .
2
CAPÍTULO 4
a b
U= , com aa* + bb* = 1.
− b * a *
u' u a b u au + bv
= U = = →
v' v − b* a* v − b*u + a*v
u n , u n −1 v, u n −2 v 2 , ...u v n −1 , v n .
1
Esta parte deste Capítulo foi ministrado pelo professor José Maria Filardo Bassalo
no Curso de Extensão, realizado em 1985, na UFPA, sobre Teoria de Grupos.
152
u j+ m v j−m
f mj (u; v ) = , onde m = j, j–1, ... 0, ..., –j.
( j + m )(! j − m )!
j
f mj (u '; v ' ) = Uf mj (u ; v ) = ∑ U mm ' f mj ' (u ; v ) = (3)
m '=− j
=
(au + bv )j+m (− b * u + a * v )j−m , [usando-se (1) e (2)].
( j + m )!( j − m )!
Sendo:
j+ m ( j + m )! a j+m−k u j+m−k b k v k ,
(au + bv ) j+m = ∑
k =0 k! ( j + m − k )!
l=0
Então:
153
j+m j−m
j−m−l ( j + m )! ( j− m ) !
Uf mf (u ;v ) = ∑ ∑ (−1) ×
k =0 l=0 k!l !( j+ m − k )! ( j− m − l )!
j+m j
m ' − m+k ( j+ m )! ( j− m )!( j+ m ')! ( j− m ')!
Uf mf (u ;v ) = ∑ ∑(−1) ⋅ ×
k =0 m '=− j k !( j− k − m ') ! ( j+ m − k )!(k + m '− m )!
m' = j − k − l .
Se k = 0 e l = 0, então: m' = j .
Se k = j + m e l = j − m , então:
m' = j − j − m − j + m = − j .
Portanto:
j+ m j
m ' − m+k ( j+ m )(! j− m )(! j+ m ')(! j− m ')!
U f mj (u ;v ) = ∑ ∑ (−1) ×
k =0 m '=− j k!( j− k + m ')(! j+ m − k )(! k + m '− m ) !
1 1 1 1
Se j = 1/2, então: m = − , e m' = − , .
2 2 2 2
Portanto:
1 1
m' = m' = −
2 2
m = 1/ 2 → A B
U= .
m = −1 / 2 → C D
1 1! 0 !1! 0 !
A = U 1/2 , 1/2 = ∑ ( −1 ) k a 1−k ( a* ) k b k ( b* ) k =a,
k =0 k !( − k )! (1− k )! k !
1 1! 0 ! 0 !1!
B= U 1/ 2 , −1/2 = ∑ ( −1 ) −1+k a 1−k ( a* )1+k b k ×
k =0 k !(1−k )! (1−k )! ( k−1 )!
× ( b* ) −1+k =b,
0 0 !1!1! 0 !
C = U −1/ 2 , 1/2 = ∑ ( −1 )1+k a −k ( a* ) k b k ×
k =0 k !( −k )! ( −k )! ( k+1 )!
× ( b* ) k +1 =b*,
0 0 !1! 0 !1!
D = U −1/ 2 , −1/2 = ∑ ( −1 ) k a −k ( a* )1+k b k ×
k =0 k !(1−k )! ( −k )! k !
× ( b* ) k =a*.
Portanto:
a b
U m ,m ' ≡ U1/ 2,1/ 2 = .
− b* a *
------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 4.1.1.2 Mostrar que a matriz U mm ' é unitária.
------------------------------------------------------------------------------
Vamos a partir de:
j
A = ∑f m* j (u ',v') f mj (u ';v ')= ∑
j (u '*) j+m (v'*)j−m (m ') j+m (u ')j+m (v') j−m =
m=− j m=− j
( j+m )!( j−m )!( j+m )!( j−m )!
156
j+m j−m
u' 2 v' 2
j j+m
(u '*u ') (v'*v') j−m j
= ∑ = ∑ =
m =− j ( j+m )! ( j−m )! m =− j ( j+m )! ( j−m )!
j+ m j−m
au+bv 2 −b*a +a*v 2
j
= ∑ .
m=− j ( j+m )!( j−m )!
Agora, façamos: j+m = s. Então:
s 2 j− s
2 2
2 j au + bv − b * a + a * v
A= ∑
×
(2 j)! =
s =0 s ! (2j - s )! (2 j)!
s 2 j− s
2 v' 2
2 j u'
= ∑ .
s =0 s! (2j - s )!
Sendo:
2j s 2 j− s
u ' 2 + v' 2 = ∑
2j (2 j)! × u ' v '
2 2
.
S= 0 s! (2 j − s )!
Então:
2j
u' 2
+ v'
2
A= .
( 2 j )!
2 2 2 2
Porém, para o SU (2) temos: u ' + v' = u + v , então:
157
2j 2j s 2j
u ' 2 + v' 2 u 2+ v 2 (2 j)! u 2 v 2
2j
A= = =∑ .
(2 j)! (2 j)! s=0 (2 j)! s ! (2 j−s )!
Fazendo: j + m = s, virá:
j+m j−m
u 2 v 2
j [uu*]j+m [vv*]j−m =
j
A= ∑ = ∑
m =− j ( j+m )! ( j−m )! m=− j ( j+m )! ( j−m )!
Ora, sendo:
j
j j j
Uf m (u , v) = f m (u ' , v' ) = ∑ U mm ' f m ' ( u , v) ,
m'= − j
então:
j j
*j j *j j
∑ f m ( u ' , v ' )f m ( u , v ) = ∑ f m ' ( u ; v ) f m ( u ; v ) ,
m'= − j m'= − j
e
j j j
∑ ∑ U *mm ' f m ( u ; v ) ∑ U* f m '' ( u ; v ) =
*j *j
m = − j m '= − j m '' = − j
mm ' '
j
*j j
= ∑ f m ( u ;v ) f m ( u ;v ) ,
m=− j
ou
158
j j j j
∑ ∑ ∑ U *mm ' U *mm '' ∑ f m*j' ( u ;v ) f mj '' ( u ;v )=
m '=− j
m=− j m ''=− j m ''=− j
j
= ∑ f m*j ( u ;v ) f mj ( u ;v ) .
m=− j
j j
*j j
∑ ∑ δ m ' m '' f m ' ( u ; v ) f m ' ' ( u ; v ) =
m ' = − j m '' = − j
j j
*j j *j j
= ∑ f m '' ( u; v ) f m '' ( u; v ) = ∑ f m ( u; v ) f m ( u ; v ) .
m '' = − j m =− j
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.1.1 Demonstre que a matriz Umm' é uma
representação de SU(2).
-------------------------------------------------------------------------------------
Portanto:
então:
[
× e i ( α + γ ) / 2 cos(β / 2) ]j+ m − k
[e −i ( α + γ ) / 2
cos(β / 2) ]
j− m ' − k
×
[
× e i ( α − γ ) / 2 sen (β / 2) ] [e
k −i ( γ −α ) / 2
.sen (β / 2) ]
k + m '− m
.
Sendo:
γ
i ( j+m−k − j+m ' + k +k −k −m ' + m )
e 2 = e iγm ,
e
k +k + m ' − m 2 k +m ' − m
β β
sen = sen ,
2 2
teremos:
160
onde:
Demonstração:
j j
∑ A mk e −im ' γ d km 'e
− ikα
= ∑ e −ikγ d mk e −imα A km' . (10)
k k
j
Inicialmente, vejamos quanto vale d km ' (β). Usando-se a
expressão (9), virá:
Para β = 0, virá:
j
d km ' (0) = 0 .
Se k = m', teremos:
Portanto:
j
d km ' (0) = δ km' .
j j
A mm d mm ' (β) = d mm ' (β) A m 'm ' .
j j
A mm d mj (β) = d mj (β) A jj .
j
Sendo d mj (β) ≠ 0, ∀β, então: Amm = Ajj, ∀m .
-------------------------------------------------------------------------------------
j
Exercício 4.1.2 Demonstre que d mj (β) ≠ 0, ∀β .
-------------------------------------------------------------------------------------
4.1.3 Representações por Harmônicos Esféricos
2 (−1) k 2!0!2!0!
d111(β) = ∑
k! (−k )!(2 − k )! k!
[cos(β / 2)]2− 2k . [− sen(β / 2)]2k .
k =0
2! 1 + cos β
d111(β) = cos 2 (β / 2) = .
0! 0! 2! 0! 2
Portanto:
1 + cosβ −iα
D 111 = e −iγ e
.
2
m =0
m =1 ↓ m =− 1
↓ sen β ↓
m '=1→ − i α 1+ cos β − i γ − iα 1− cos β i γ
e e − e 2 e − iα e
2 2
sen β − i γ sen β i γ
D 1m ' m ( α , β , γ ) = m '= 0 → e cos β − e (11)
.
2 2
sen β
i α 1− cos β − i γ iα 1+ cos β i γ
m '=− 1→ e e e 2 e iα e
2 2
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.1.3.1 Encontre os demais elementos da matriz
D1m 'm (α, β, γ ).
------------------------------------------------------------------------------------------
Dada a matriz D1m'm (α, β, γ ) , demonstra-se (Rose, 1967) que
a mesma é ligada à matriz rotação R (α,β,γ) através de uma
transformação de similaridade, isto é (T ≡ transposta):
–1 T –1 T T T
D1m 'm (α, β, γ ) = (U R U ) = (U ) (R) (U) , (12)
onde:
cosα cosβ cosγ−senα senγ senα cosβ cosγ+cosα senγ −senβ cosγ
R(α,β,γ)= −cosα cosβ senγ−senα cosγ −senα cosβ senγ+cosα cosγ senβ senγ ,
cosα senβ senα senβ cosβ
(13)
e
−1 − i 0 − 1 0 1
1 1
U= 0 0 2 ; U =−1
i 0 i .
2 2
1 −i 0 0 2 0
165
------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.1.3.2 Verifique a expressão (12).
------------------------------------------------------------------------------------------
r
Seja r um vetor unitário caracterizado pelas seguintes
coordenadas esféricas (θ,φ). Aplicando-se a matriz rotação R (α,β,γ) a
r
esse vetor, obtém-se o vetor r ' caracterizado, no novo sistema de
coordenadas girando segundo os ângulos de Euler (α,β,γ), pelas
coordenadas (θ',φ'), isto é:
r r
r ' = R (α,β,γ) r . (14)
Geometricamente, temos
senθ'cosφ' cosα cosβcos γ −senα senγ senα cosβcos γ + cos αsenγ −senβcos γ
senθ'senφ' = −cosα cosβ senγ −senα cos γ −senα cosβsenγ + cosα cos γ senβsenγ ×
cosθ' cosα senβ senα senβ cosβ
senθcosφ
× senθsenφ .
cosθ
( 2 l +1 ) ( l − m )! p m ( cos θ )e imφ
l ( θ , φ )=
Ym l , (17)
4π ( l + m )!
com:
*
Y -m
l (θ,φ ) = (-1)
m
( Y ml ) (θ,φ ) , (18)
(−1)m dl+m
Pm
l (cos θ) = l
(1 − cos 2 θ)m / 2 l+m
(cos2 θ − 1)l . (19)
2 .l! d (cos θ)
167
3 senβ 3 3
cosθ'= e iα senθ e −iφ +cosβ cosθ+
4π 2 8π 4π
senβ 3
+ e −iα senθ e iφ ,
2 8π
e
1
Y 1m (θ' , φ') = ∑ D1m 'm (α, β, γ ) Y 1m ' (θ, φ) . (20)
m ' = −1
------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.1.3.3 Demonstre a expressão (20).
------------------------------------------------------------------------------------------
De um modo geral, pode-se demonstrar que (Cushing, 1975):
l
Ym m l m
l (θ' , φ' ) ≡ O R Y l (θ, φ) = ∑ D m 'm (α, β, γ ) Y l (θ, φ) . (21)
m'= − l
------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.1.3.4 Mostre que:
168
4π
a) D lm 0 (α, β,0 ) = Y*m (β, α ) ;
2l + 1 l
4π
b) D l0 k ( 0 ,β , γ )= Y k (β , γ )
2 l +1 l
l (
c) D 00 0 ,β , 0 )= P l (cosβ ) .
-------------------------------------------------------------------------------------
4.2 Operador de Momento Angular
∂
onde ∂x ≡ , etc.,
∂x
então:
) ) )
L x = −i( y∂ z − z∂ y ); L y = −i(z∂ x − x∂ z ); L z = −i( x∂ y − y∂ x ) .
(22a,b,c)
Obtidas as expressões para os componentes cartesianos do
)
operador L , calculemos o comutador entre os mesmos. Assim:
L) ) ) ) ) )
, L = L x L y − L y L x = − ( y∂ z − z∂ y )( z∂ x − x∂ z ) +
x y
+ ( z∂ x − x∂ z )( y∂ z − z∂ y ) =
L) )
, L = − y∂ x + x∂ y = + i − i x∂ y − y∂ x →
x y
L) ) )
, L = iL z .
x y
[L) , L) ]= iL)
z x y
e L) ) )
, L = iL x .
y z
ou, simbolicamente:
[L) × L) ] = iL) .
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.3 Complete a demonstração da expressão (23).
-------------------------------------------------------------------------------------
[É oportuno observar que comparando-se a expressão (23)
com a regra de comutação dos geradores do grupo O(3) (Cf. 3.2.a),
vê-se que os componentes cartesianos do operador de momento
angular e aqueles geradores satisfazem a mesma álgebra, a menos do
fator ih (estamos considerando h = 1) .]
z y
x 2 + y 2 + z 2 = r 2 ; cosθ = ; tgθ = . (24d,e,f)
r x
∂r x ∂r y ∂r z
= = senθ cos φ ; = = senθsenφ ; = = cos θ .
∂x r ∂y r ∂z r
(25a,b,c)
z
Por outro lado, derivando-se cosθ = em relação a x,y,z,
r
respectivamente, teremos:
y
Por fim, derivando-se tgφ = em relação a x,y,z,
x
respectivamente, virá:
∂φ senφ ∂φ cos φ ∂φ
=− ; =− ; = 0. (27 a,b,c)
∂x rsenθ ∂y rsenθ ∂z
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.4.1 Demonstre o grupo de equações (25), (26) e
(27).
------------------------------------------------------------------------------------
)
Tomemos o operador L z e vamos escrevê-lo em coordenadas
esféricas. Então, segundo (22 c), tem-se:
172
)
L z = –i(x∂y – y∂x) .
∂ ∂r ∂ ∂θ ∂ ∂φ ∂
∂x ≡ = × + × + × ;
∂x ∂x ∂r ∂x ∂θ ∂x ∂φ
∂f ∂f ∂f
[Lembrar que: f(r,θ), então: df = dr+ dθ+ dφ.]
∂r ∂θ ∂φ
∂ ∂r ∂ ∂θ ∂ ∂φ ∂
∂y ≡ = × + × + × ;
∂y ∂y ∂r ∂y ∂θ ∂y ∂φ
∂ ∂r ∂ ∂θ ∂ ∂φ ∂
∂z ≡ = × + × + × .
∂z ∂z ∂r ∂z ∂θ ∂z ∂φ
) ∂r ∂ ∂θ ∂ ∂φ ∂
L z = −i rsenθ cos φ + + − rsenθsenφ ×
∂y ∂r ∂y ∂θ ∂y ∂φ
∂r ∂ ∂θ ∂ ∂φ ∂
× + + .
∂x ∂r ∂x ∂θ ∂x ∂φ
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.4.2 Complete a demonstração do grupo das
equações (28).
-------------------------------------------------------------------------------------
) ) )
Obtidos os operadores L x , L y e L z em coordenadas esféricas,
)
vamos obter o operador L2 nesse tipo de coordenadas. Assim,
) ) ) )
L2 = L x2 + L y2 + L z2 .
Inicialmente, calculemos:
(senφ∂θ + cotgθcosφ∂φ)2 = (senφ∂θ + cotgθcosφ∂φ) (senφ∂θ + cotgθcosφ∂φ) =
2 2
+ senφ ∂ φθ + cotgθ (– senφ∂θ + cosφ ∂ φφ )] =
= sen2φ ∂ θθ
2
– senφcosφcosec2θ∂φ + senφcosφcotgθ ∂ θφ
2
+
2
+ cotgθ cosφ∂θ + cotgθcosφsenφ ∂ φθ – cotg2θcosφsenφ∂φ +
2
+ cotg2θcos2φ ∂ φφ .
2
+ cotg2θ senφcosφ∂φ + cotg2θ sen2 φ ∂ φφ .
Portanto:
) 1 1 2
L2 = − ∂ θ (senθ∂ θ ) + ∂ φφ . (29)
senθ 2
sen θ
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.4.3 Complete a demonstração da equação (29).
-------------------------------------------------------------------------------------
) )
Sendo os operadores L2 e L z funções de (θ,φ), suas equações
de auto-valores serão, respectivamente:
)
L2 f (θ,φ) = L2 f (θ,φ) , (30)
)
L z g (θ,φ) = L z g (θ,φ) , (31)
1 1 2 2
− ∂ θ (senθ∂ θ ) + ∂ φφ f (θ, φ) = L f (θ, φ) ,
senθ sen 2
θ
1 1 2
senθ ∂ θ (senθ∂ θ ) + 2
∂ φφ + L2 f (θ, φ) = 0 .
sen θ
2 1
∂ θ + cot gθ∂ θ + 2
∂ 2φ + L2 Θ (θ)Φ(φ) = 0 .
sen θ
175
&&
Φ
= – m2 ; (m = 0, ±1, ±2,...),
Φ
&&
Θ &
Θ
sen2θ + cosθsenθ +L2senθ – m2 = 0 .
Θ Θ
2
(1− x 2 ) d Θ2 − 2x ddxΘ + L2 − m 2 Θ( x ) = 0 ,
dx 1− x 2
cuja solução é:
onde:
m = –Ρ, (–Ρ+1),..., 0,..., (Ρ–1), Ρ .
)
Assim, a auto-função do operador L2 será:
176
Escolhendo-se a constante A l, m =
(2l + 1) . (l − m )!
4π (l + m )!
obteremos o harmônico esférico [vide equação (17)]. Desse modo, a
)
equação de autovalores para o operador L2 tomará a forma:
)
L2 Ylm (θ, φ) = l(l + 1) Ylm (θ, φ) . (h ≡ 1) (34)
– i∂φg(θ,φ) = Lzg(θ,φ)
∂g ∂g
−i = Lzg → = iL z ∂φ .
∂φ g
Lz = m , (m = 0, ±1, ±2,...) .
)
Assim, a auto-função do operador L z será:
g(φ) = exp(imφ) .
Ora sendo:
)
L z g = L zg = mg ,
177
então:
∂ imφ
−i e = meimφ .
∂φ
) )
É oportuno observar que os operadores L2 e L z têm a mesma
auto-função Ylm (θ, φ). Tal situação decorre do fato de que esses
operadores são comutáveis, isto é:
L)2 )
, L z = 0 .
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.4.4 Demonstre que:
L )2 )
, Li = 0 , (i = x,y,z) .
-------------------------------------------------------------------------------------
)J , )J = iε )J , (36)
i j ijk k
ou, simbolicamente:
)J × )J = i)J .
)
Sendo ainda J um operador de momento angular, então:
)2 m
J Yj (θ, φ) = j( j + 1) Yjm (θ, φ) , (37a)
) m
J z Yj (θ, φ) = mYjm (θ, φ) , (37b)
1 3
j = 0, , 1, ,...
2 2
e
)J 2 , )J = 0, ∀ = x,y,z . (37c)
i i
179
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.5 Demonstre a equação (37c).
-------------------------------------------------------------------------------------
4.2.6 Operadores “ladder” (escada)
Portanto:
)2 1 ) ) ) ) )
J =
2
( )
J + J − + J − J + + J z2 . (39)
180
)J , )J = )J . (40a)
z + +
)J , )J = 2 )J . (40c)
+ − z
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.6.1 Demonstre as equações (40 b,c).
-------------------------------------------------------------------------------------
Por outro lado, usando-se as equações (39) e (40 a, b,c), virá:
)J 2 , )J = 1 )J )J + )J )J + )J 2 )J =
+
2 + − − + z +
1 ) ) ) ) ) ) 2 )
= J + J − + J − J + , J + + J z , J + .
2
1 ) ) ) ) ) ) ) ) )
+
2
[ ] [ ][
J− ,J+ J+ + Jz Jz ,J+ + Jz ,J+ Jz = ]
1) ) 1 ) ) ) ) ) )
=
2
( ) ( )
J + − 2J z + − 2J z J + + J z J + + J + J z =
2
) ) ) ) ) ) ) )
= − J+ Jz − Jz J+ + Jz J+ + J+ Jz ,
)J 2 , )J = 0 . (41a)
+
Analogamente, demonstra-se que:
)J 2 , )J = 0 . (41b)
−
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.6.2 Demonstre a equação (41b).
-------------------------------------------------------------------------------------
De posse dessa álgebra de comutadores envolvendo os
) ) ) )
operadores J 2 , J z , J + , e J − , vamos calcular as auto-funções e os auto-
valores dos operadores “ladder”. Seja ψ jm ≡ jm > (esta última, é a
) )
notação de Dirac) uma auto-função de J 2 e J z , com os respectivos
auto-valores j (j+1) e m (lembrar que h ≡ 1 ), isto é:
)2
J ψ jm = j( j + 1)ψ jm ,
)
J zψ jm = mψ jm .
) )
Como J 2 comuta com J + , [equação (41a)], então:
)2 ) ) ) ) )
( )
J (J + ψ jm )= J + J 2 ψ jm = J + [ j( j+1) ψ jm ]= j( j+1) (J + ψ jm ) .
182
) )
Portanto, (J + ψ jm ) é ainda auto-função de J 2 com o mesmo auto-valor
)
j (j+1). O mesmo ocorre para (J − ψ jm ) . Porém, em virtude a equação
(40a), tem-se:
) ) ) ) )
Jz J+ = J+ + J+ Jz ,
então:
) ) ) ) ) ) ) )
J z (J + ψ jm )= (J + + J + J z )ψ jm = J + ψ jm + J + (J z ψ jm )=
) ) )
= J + ψ jm + mJ + ψ jm = ( m +1) (J + ψ jm ) ,
) )
o que mostra que (J + ψ jm ) é também auto-função de J z , porém com
) )
auto-valor (m+1). Assim, J + levanta o auto-valor de J z de uma
unidade, ou seja:
)
J + ψ j, m = N + ψ jm +1 .
(42a)
) )
o que mostra que (J − ψ jm ) é também auto-função de J z , porém com
) )
auto-valor (m–1). Assim, J − abaixa o auto-valor de J z de uma
unidade, ou seja:
)
J −ψ j, m = N − ψ jm −1
. (42c)
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.6.3 Demonstre a equação (42b).
-------------------------------------------------------------------------------------
Agora, calculemos os valores de N+ e N– . Sendo as funções
ψ jm e ψ jm ±1 normalizadas, isto é:
(ψ jm ,ψ jm )=1 e (ψ jm ±1 ,ψ jm ±1 ) = 1 ,
então:
) )
(J + ψ jm ,J + ψ j,m ) = (N + ψ jm+1 ,N + ψ jm+1 ) = N 2 2 .
Por outro lado, desenvolvendo-se o 1º membro da equação acima,
virá:
) ) ) ) )
(J + ψ jm , J + ψ jm ) = (ψ jm , J +⊥ψ jm ) = (ψ jm , J − J + ψ jm ) .
Porém:
) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) )
J − J + = (J x − iJ y )(J x + iJ y ) = J x2 + iJ x J y − iJ y J x + J y2 =
) ) ) ) ) ) ) ) ) )
= J x2 + J y2 + i[J x , J y ] = J 2 − J z2 + iiJ z = J 2 − J z (J z +1) .
Então:
) ) ) ) )
(J + ψ jm , J + ψ jm ) = (ψ jm ,[J 2 − J z (J z + 1)]ψ jm ) =
) ) )
( )
= ψ jm , J 2 ψ jm − (ψ jm , J z [J z + 1]ψ jm ) =
)
= j( j + 1)(ψ jm , ψ jm ) − (ψ jm , J z [m + 1] ψ jm ) =
184
= j( j + 1) − m( m + 1) = j2 + j − m 2 − m + mj − mj =
= j( j − m ) + ( j − m ) + m ( j − m ) = ( j − m )( j + m + 1) .
Portanto:
2
N+ = ( j − m )( j + m + 1) .
N + = ( j − m) ( j + m + 1) . (43a)
N − = ( j + m) ( j − m + 1) . (43b)
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.6.4 Demonstre a equação (43b).
-------------------------------------------------------------------------------------
4.2.7 Adição de Dois Momentos Angulares
)2 )
J 2 ψ j2 m 2 = j2 ( j2 + 1)ψ j2 m 2 ; J 2 z ψ j2 m 2 = m 2 ψ j2m 2 , (45a,b)
) ) ) ) ) )
[J1i , J1 j ]= iεijk J1k ; [J 2i , J 2 j ]= iεijk J 2 k . (46a,b)
) )
Como os operadores J1 e J 2 atuam em espaços vetoriais
distintos, então:
) )
[J1i , J 2 j ] = 0 , ∀ i, j. (47)
) )
Definidos os operadores J1 e J 2 , vamos construir um operador
)
(J ) , soma entre eles, isto é:
) ) ) ) ) )
J = J1 + J 2 ; Ji = J1i + J 2i ; (i = x, y, z). (48a,b)
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.7.1 Complete a demonstração da equação (49).
)
A equação (49) nos mostra que o operador J é também um
operador de momento angular e, portanto, podemos escrever:
)2
J ψ jm = j( j + 1)ψ jm , (50a)
)
J zψ jm = mψ jm , (50b)
)
J ± ψ jm = ( jmm ) ( j±m+1 ) ψ jm±1 , (50c)
m1 ,m 2
(
ψ jm = ∑ C j1 j2 j;m1m 2 m ψ j m ψ j ) 1 1 2m2
. (51)
Demonstração:
) )
J1z ψ j m ψ j m = J1z ψ j m ψ j m = m1 ψ j m ψ j m ,
1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2
) )J ψ
J 2 z ψ j m ψ j m = ψ
j
= m ψ ,
2 j1m1 ψ j2 m 2
1 1 2 2 1 1 2 z j2 m 2
m
e
)
J z ψ jm = mψ jm ,
virá:
mψ jm = ∑
m1 , m 2
(m1 + m 2 ) C (j1 j2 j; m1m 2 m ) ψ j1m1 ψ j2m 2 .
Usando-se ainda a equação (51), teremos:
∑
m1 , m 2
(m − m1 − m 2 ) C (j1 j2 j; m1m 2 m ) ψ j1m1 ψ j2m 2 = 0.
188
(m–m1–m2 ) C(j1j2j;m1m2m) = 0 ,
m = m1 + m2 C.Q.D (52)
j1 ≥ | m1 | ; j2 ≥ | m2 | ; j ≥ | m | ,
e
m = ± j, ± (j–1), ...,
e mais ainda:
j1 + j2
∑ (2j+1) = ( 2 j1 +1) ( 2 j2 +1) . (53b)
j= j1 − j2
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.7.2 Demonstre as equações (53a,b).
-------------------------------------------------------------------------------------
Teorema 4.2.7.2 Os Coeficientes de Clebsch-Gordan
satisfazem à seguinte relação de ortogonalidade:
189
Demonstração:
× ( j3 − j2 + m1 + ν )! ( j3 − j1 − m 2 + ν )! −1 .] (57)
190
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.7.3 Usando a Fórmula de Racah, [equação
(57)], demonstre as equações (56,a,b,c).
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 4.2.7 Uma partícula de spin 1/2 move-se numa
órbita com Ρ = 1. Obter explicitamente as
auto-funções ψ3/2, 3/2 ; ψ3/2, 1/2 e ψ1/2, 1/2 .
Para calcularmos as auto-funções ψ3/2, 3/2 ; ψ3/2, 1/2 e ψ1/2, 1/2 ,
vamos usar a equação (51), isto é:
ψ jm = ∑ C( j1 j2 j; m1m 2 m ) ψ j m ψ j m2 ,
m1 , m 2 1 1 2
Assim:
1 2 3
ψ 3 / 2,3 / 2 = ∑ C 1 ; m1m 2 ψ1m ψ1 / 2 m .
m1 , m 2 2 3 2 1 2
Sendo:
m1 + m2 = m e m1 = –1, 0, 1,
virá:
ψ 3/ 2,3/ 2 =C1 1 1 3 ; 1 1 3 ψ1,1 ψ1/ 2,1/ 2 +
2 2 2 2
+ C 0 1 1 3 ; 0 3 3 ψ1, 0 ψ1/ 2, 3/2 +
2 2 2 2
+ C −1 1 1 3 ; −1 5 3 ψ1, −1 ψ1/ 2, 5/2 .
2 2 2 2
191
(ψ1/2,1/2 , ψ1/2,1/2) = 1 .
ψ j m , ψ j m = 0,
1 1 2 2
então:
Assim:
192
) 3 3 3 3
J − ψ 3/ 2,3/ 2 = + − +1 ψ 3/ 2,1/ 2 = 3 ψ 3/ 2,1/ 2 .
2 2 2 2
Ora:
)
J −(1) ψ1,1 = (1+1) (1−1+1) ψ1, 0 = 2 ψ1, 0 ,
)
J −( 2 ) ψ1/2 ,1/2 = 1 + 1 1 − 1 +1 ψ1/2, −1/2 =
2 2 2 2
= ψ1/2, −1/2 .
Portanto:
1
ψ 3 / 2,1 / 2 = 2 ψ1, 0 ψ1 / 2,1 / 2 + ψ1,1ψ1 / 2, −1 / 2 . (B)
3
1 3 1
ψ1/ 2,1 / 2 = ∑ C 1 ; m1m 2 ψ1m ψ1 / 2 m 2 .
m1 , m 2 2 2 2 1
ψ1/2,1/ 2 =C1 1 1 3 ;1− 1 1 ψ1,1ψ1/ 2, −1/2 +
2 2 2 2
+ C 0 1 1 3 ;0 1 1 ψ1, 0 ψ1/ 2,1/ 2 +
2 2 2 2
+ C −1 1 1 3 ;−1 3 1 ψ1, −1ψ1/ 2, 3/2 .
22 2 2
(ψ1/2,1/2 , ψ1/2,1/2) = 1 =
C12 + C 02 =1 . (D)
194
1
3
(
2 ψ1, 0 ψ1/2 ,1/ 2 + ψ1,1ψ1/2, −1/2 , C1 ψ1,1ψ1/2 , −1/ 2 + C 0 ψ1, 0 ψ1/ 2,1/ 2 )=
2 C1
= ( )(
C 0 ψ1, 0 ,ψ1, 0 ψ1/2,1/ 2 ,ψ1/ 2,1/2 +) (ψ 1,1 ,ψ 1,1 )(ψ 1/ 2 , −1/ 2 ,ψ 1/ 2 , −1/ 2 )
3 3
2 C1
C0 + =0 . (E)
3 3
C1 = − 2 ; C 0 = 1 ,
3 3
então:
)) ) L )
RT M L M'
L R = ∑ D MM ' αβγ T L ,
−1 ( ) (58)
M '=− L
) r)
( )
onde R = exp −iθn.J é o operador rotação, tal que:
)
ψ' = R ψ ,
e
) ))) )
O' = ROR −1 , (O ≡ operador qualquer).
tal que:
196
)J ,T
)
[ ])
M = ( L m M ) ( L ± M +1 1/ 2 T M±1 , (59a)
± L L
[)J ,T) ]= T)
z
M
L
M
L . (59b)
onde os ars são elementos de uma matriz ortogonal 3×3. Para esses
tensores (Bassalo, 1973), a soma de dois deles de mesmo grau
(“rank”), é um tensor de igual grau. Por outro lado, o produto de dois
tensores cartesianos é um tensor cujo grau é a soma dos graus dos
tensores fatores. Finalmente, um tensor cartesiano pode ser reduzido
de um número par em seu grau, fazendo-se pares de índices iguais e
somando-se sobre eles.
No entanto, na Álgebra dos tensores esféricos irredutíveis,
enquanto a soma de dois deles de um mesmo grau, é um tensor de
igual grau, o seu produto é diferente. Assim, um tensor de grau L
pode ser construído de dois tensores de grau, L1 e L2, respectivamente,
desde que (L1,L2,L) satisfaça à regra do triângulo da adição de
momentos angulares e os números quânticos de projeção correspondentes
(M1,M2,M) se somem algebricamente, ou seja:
) )M )M
TM ( )
L A1 , A 2 = ∑
M1 , M 2
( ) ( ) ( )
C L1 , L 2 L ; M1 , M 2 M T L 2 A1 T L 2 A 2 , (60)
2 2
197
)
onde j' TL j é chamado de Elemento de Matriz Reduzido do tensor
)
TML , e j, m, j', m' são números quânticos de momento angular.
Demonstração:
) ) ) M) )M )M
[
j' m ' J z , T M ]
L − T L J z jm = m ' j' m ' MT L jm − m j' m ' T L jm =
)
= M j' m ' T M
L jm →
)
(m'-m - M ) j' m ' T M
L jm = 0 . (62)
)
A expressão (62) nos mostra que j'm ' T M
L jm =0 , a menos
) ) ) ±1
[ ]
j' m ' J ± , T M
L jm j' m ' [(L m M )(L ± M + 1)]1 / 2 T M
L jm .
) ) ) ) )
j'm ' J ± ,T M M [( )(
L −T L J ± jm = LmM L±M+1 )]1/2 j'm' T M
L
±1 jm .
Sendo:
) ) )
j'm ' J ± = J ±+ j'm' = J m j'm ' ,
)
[( j'± m')( j'm m'+1)]1/ 2 j' m' m1 T M
L jm +
)
− [( j m m )( j ± m + 1)]1 / 2 j' m' T M
L jm ± 1 =
) ±1
= [(L m M )(L ± M + 1)]1/ 2 j' m ' T M
L jm . (63)
× C( jLj' , mMm')ψ jm ψ LM m1 ,
então:
200
C(jLj',mMm'), então:
) )
j'm' T ML jm = C ( jLj',mMm') j' TL j . C.Q.D.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.8.1 Mostre que um tensor esférico irredutível de
grau (“rank”) 1 é relacionado a um
operador vetor (Vx,Vy,Vz), através das
expressões:
A x + iA y A x − iA y
T11 = − ; T 10 = A z ; T1−1 = .
2 2
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4.2.8.2 Mostre a equivalência entre as definições
4.2.8.a e 4.2.8.b.
-------------------------------------------------------------------------------------
)
III. <jm Py j'm' > ≠ 0;
)
III. <jm Pz j'm' > ≠ 0;
)
IV. <jm P 2 j'm' > ≠ 0;
)
onde P é o operador de momento linear.
) ) ) ) ) )
(Sugestão: Defina os operadores P+ = Px + iPy e P− = Px − iPy ,
e use o resultado do Exercício 4.2.8.1)
-------------------------------------------------------------------------------------
CAPÍTULO 5
h2 2 r r
− ∇ + V (r ) ψ ( r ) = Eψ ( r ),
2m (1a)
ou:
1
Esta parte deste Capítulo foi ministrado pelo professor José Maria Filardo Bassalo
no Curso de Extensão, realizado em 1985, na UFPA, sobre Teoria de Grupos.
204
r r
Hψ ( r ) =Eψ ( r ) . (1b)
)
L2Ylm (θ, φ) = h 2l(l + 1) Ylm (θ, φ) . (4)
) )
Sendo L2 o quadrado do operador de momento angular L dado por:
2
)
(
L2 = −h 2 1 ∂ senθ ∂ + 1 ∂ 2 ,) (5)
senθ ∂θ ∂θ senθ ∂φ
L ) ) )
, L j = ihεijk L k , (i,j,k = x,y,z). (6)
i
)
Tais operadores L i (i=x,y,z) representam os geradores do grupo
O+(3), conforme vimos no Capítulo 4.
As várias soluções das equações (la,b) representadas pela
equação (2), são usualmente chamadas de estados, e dependem de três
números inteiros quânticos: n (energia), l (momento angular) e m
(magnético). Por outro lado, a energia E correspondente a esses
205
) )) 3
R = exp − i θL.n = exp − i ∑ Li θi , (7a,b)
h h i=1
3
ψ α ' = I + i ∑ δα l Tl ψ α . (9)
l = 1
208
σl
onde I é a matriz identidade, Tl = (σ l ≡ Matrizes de Pauli),
2
ψα é uma função de onda que é denominada de spinor.
p
No caso do núcleon, tal spinor é representado por .
n
Sendo o grupo SU(2) de grau 1, conforme nos referimos
acima, então só existe um gerador na forma diagonal e, portanto, a
dimensionalidade D(p) das representações irredutíveis desse grupo e
estudadas no Capítulo 4, pode ser expressa em termos de apenas um
parâmetro, p, isto é:
D(p) = p + 1, (10a)
p = 2I → D(p) = 2I + 1, (10b)
0 1
T1 = 1 ; T = 1 0 − i ; T = 1 1 0 ,
2 1 0 2
2 i 0 3 2 0 − 1
Assim:
209
i 0 1 − i 0 1 i 0 i 1 0
=1 − = = = iT3 ;
4 0 − i 4 0 i 2 0 − i 2 0 −1
1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1
[T1 ,T3] = T1T3 − T3T1 = = − =
2 1 0 2 0 −1 2 0 −1 2 1 0
1 0 −1 1 0 1 1 0 − 1 1 0 i 2 i 0 −i
= 1 0 − −1 0 = 1 0 = 2 = − i 0 =
4 4 2 2 −i 0 2
= − iT2 .
0 1 0 0 − i 0 1 0 0
T1 = 1 1 0 1 ; T2 = 1 i 0 − i ; T3 = 0 0 0 ,
2 0 1 0 2 0 i 0 0 0 − 1
e que corresponde às partículas com I=1 (tripletos), tais como (π+, π0, π–),
(Σ+, Σ0, Σ–) e (ρ+, ρ0, ρ–), satisfazem à equação (8).
-------------------------------------------------------------------------------------
210
1 0
T3 = 1 .
2 0 − 1
) 1 ) 0
q1 = e q 2 = , então :
0 1
1 0 1 1 1 1 )
T3 q1 = 1
) )
= = q1 ≡ I 3 q1 ,
2 0 − 1 0 2 0 2
1 0 1 1 0
T3 q 2 = 1 = = − 1 q 2 ≡ I 3 q 2 .
) ) )
2 0 − 1 0 2 − 1 2
211
⊗
–1 0 +1 –1/2 0 –1/2
2
A primeira evidência da existência de uma nova partícula que não correspondia a
nenhuma conhecida foi observada por Leprince-Ringuet e M. l´Héritier, em 1944,
ao examinarem a incidência de raios cósmicos em uma câmara de Wilson,
instalada no alto de uma montanha.
214
Q = e I3 + B + S , (e ≡ carga do elétron)
2
3
Tiomno, em 1950, na sua Tese de Doutoramento em Princeton, já aventara a
hipótese de que um bóson neutro pudesse ser diferente de sua anti-partícula.
4
É oportuno salientar que as teorias modernas de Grande Unificação prevêem uma
violação dessa Lei. Nelas, há a previsão do decaimento de prótons em partículas
30
não-bariônicas, com vida média da ordem de 10 anos.
218
1
π + = pn ; π0 = × ( pp − nn ); π − = pn ; K + = p Λ;
2
K 0 = nΛ ; K − = Λp; K 0 = Λn .
5
O nome “via octupla” foi dado por Gell-Mann tendo em vista que seu modelo
envolvia três oitos. O primeiro deles representa os oito geradores do grupo SU(3)
(32 – l = 8); o segundo relaciona-se com o número de partículas de cada octeto
básico; e o terceiro relaciona-se com a frase atribuída a Buda segundo a qual o
homem, para aliviar seus sofrimentos deverá seguir oito caminhos religiosos
relativos a Nobreza de seu julgamento, das suas intenções, palavras, ações,
trabalho, pensamento, concentração e da sua vida.
221
+ 0
π +d→p+p+η .
+ – 0
π +π +π .
( )
M = M 0 + M1Y + M 2 I I + 1 − 1 Y 2 ,
4
m N + m Ξ = 1 3m Λ + m ∑ ,
2
(
m η = 1 4m K − m π ,
3
)
que, ao ser aplicada às massas conhecidas dos píons e dos káons,
obtém-se o valor de 615 Mev para a massa da eta (η), contra o valor
experimental de 549 Mev, conforme vimos anteriormente. Essa
dificuldade, no entanto, foi contornada inicialmente por de Swart
(1963), de maneira “ad hoc”, e depois por Coleman e Schnitzer, em
1964, que ao usarem a “aproximação de mistura de partículas”6,
demonstraram a fórmula de Gell-Mann-Okubo para mésons, isto é:
( )
m 2 = m 02 + m12 Y 2 + m 22 I I + 1 − 1 Y 2 ,
4
6 0
Essa aproximação havia sido utilizada por Gell-Mann e Pais (1955) (mistura de K ,
K 0 devido à interação fraca), Glashow (1961) (mistura ρ – ω devido à interação
eletromagnética), e por Okubo (1963) [mistura ω – φ devido à interação
desconhecida responsável pela quebra de simetria de SU(3)].
223
7
Esse argumento havia sido sugerido por R. P. Feynman na Gatlingburg Conference
(1958).
224
8 P +
nove ressonâncias bariônicas e caracterizadas por J = 3/2 , a saber.
Em 1952, Anderson, Fermi, Long, Martin e Nagle com auxílio do
ciclotron da Universidade de Chicago, descobriram a primeira
ressonância bariônica com massa de 1236 Mev e hipercarga +1,
ao estudarem o espalhamento elástico de píons de alta energia por
prótons de uma câmara de bolhas de hidrogênio-líquido, numa
reação do tipo:
+ +
π + p → N* → π + p.
π+ + p → ∆++ → π+ + p ; π+ + n → π+ → ∆+ → π+ + n ;
π– + p → ∆0 → π– + p ; π– + n → ∆– → π– + n.
8
As ressonâncias (nome emprestado da Física Nuclear) correspondem a pólos nas
amplitudes de espalhamento localizadas em certas regiões do plano complexo da
energia.
9
Outras ressonâncias bariônicas nucleônicas foram descobertas por Diddens et al. em
1963, tais como: N*[1920, 3/2–, (1/2)]; N*[1690, 5/2+, (l/2)]; N*[2190, 7/2, (l/2)] e
∆ (l950, 7/2+, 3/2). Nessa notação, o 1º número representa a massa em Mev
(estamos considerando c = 1, pois: E = mc2), o 2º o spin-paridade (JP) e o 3º o
isospin I.
225
K − + p → Y1* → Λ0 + π+ + π− .
+* 0* –*
Σ ,Σ ,Σ .
K– + p → Ξ*0,– + K0,+ .
8 ⊗ 8 = 1 ⊕ 8 ⊕ 8 ⊕ 10 ⊕ 10 ⊕ 27 ,
mΣ – m∆ = mΞ –mΣ = m(Ω–) – mΞ .
p + p → π + + π − + π0 + π + + π − ,
10
Dalitz, em 1953, desenvolveu um diagrama bidimensional do espaço de fase para
analisar a formação de estados ressonantes decorrentes do espalhamento de
partículas com a formação de três ou mais partículas no estado final da reação em
estudo.
11
Essa partícula se enquadrou no modelo do octeto com o singleto do produto 8 ⊗ 8,
e recebeu esse nome por parte de Gell-Mann (1962). Por sua vez, Sakurai, ainda
em 1962, interpretou essa partícula como um singleto unitário.
229
12
A primeira ressonância mesônica estranha foi
descoberta, ainda em 1961, por Alston, Alvarez, Eberhard, Good,
Graziano, Ticho e Wojcicki, ao observarem o espalhamento de káons
por prótons na câmara de bolhas do Lawrence Radiation Laboratory,
em uma reação do tipo:
K + p → K 0 + π− + p .
K– + → p → Λ + φ .
K+ + K– .
12
Uma primeira evidência teórica da existência de tal partícula foi apresentada por
Tiomno, Videira e Zagury e, independentemente, por Gell-Mann na 1960
International Conference on High-Energy Physics, Rochester, USA.
13
Essa ressonância, como hipótese teórica, já havia sido tratada por Gell-Mann
(1962), com o nome de B0.
230
14
Dashen (1963); Glashow (1963); Sakurai (1963).
231
0 0
ω8 > = – φ > senθ + ω > cosθ ,
15
Essa ressonância foi descoberta em 1964, por G. Kalbfleisch et al. e, independen-
temente, por M. Goldberg et al.
232
QUARK B J S I I3 Y Q
µ (up) 1/3 1/2 0 1/2 1/2 1/3 2/3
d (down) 1/3 1/2 0 1/2 –1/2 1/3 –1/3
s (strange) 1/3 1/2 –l 0 0 –2/3 –1/3
ANTIQUARK
µ –1/3 1/2 0 1/2 –1/2 –1/3 –2/3
d –1/3 1/2 0 1/2 +1/2 –1/3 +1/3
s –1/3 1/2 +1 0 O +2/3 +1/3
3 ⊗ 3 = 1 ⊕ 8; 3 ⊗ 3 ⊗ 3 = 1 ⊕ 8 ⊕ 8 ⊕ 10 ,
1
π + = µd − ; π − = µd ; π 0 = (dd − µµ ); K + = su;
2
K 0 = d s ; K − = µs ; K 0 = sd ; η0 = 1 − µµ − dd + 2s s ;
( )
6
η 0 ' = 1 (µµ + dd + s s ) ; ∆+ + = µµµ ;
3
0
∆+ = 1 (µµd + µdµ + dµµ ) ; Λ = 1 (µdd + dµd + ddµ ) ;
3 3
1
Ξ −* = (dss + sds + ssd ) ; Ω − = sss .
3
16
Em dezembro de 2006, o consórcio de pesquisas DZero do Tevatron do Fermilab
anunciou que havia encontrado um novo par quark top-antiquark top. Esses quarks
foram descobertos, também, no Fermilab, em 1994-1995, independentemente, pelas
colaborações CDF e DZero. [Alexander Hellemans, Scientific American Brasil 5
(59), pg. 16 (Abril, 2007).]
235
µ' µ
ν' = A ν ; AA = I ; det A = +1 .
+
ω' ω
8
A = I + i ∑ δa l χ l , (11)
l=1
χ , χ = C γ χ , (12)
α β αβ γ
γ
com Cαβ denominados de constantes estrutura do grupo, e δaΡ são
números reais.
Ora, como AA+ = I, então:
8 8
+
I + i ∑ δa l χ l I − i ∑ δa l χ l = I ,
l =1 l =1
8
I +i ∑ δa l ( ) ( )
χ l −χ l+ + 0 δa 2 = I ,
l=1 l
de traço nulo. Por fim, como o grau (“rank”) de SU(3) vale 2, então,
apenas duas dessas matrizes geradoras são diagonais e comutam entre
si.
Em analogia com o SU(2), cujos geradores são as matrizes
de Pauli, conforme vimos no Capítulo 3, escolheu para os 8 geradores
do SU(3), as seguintes matrizes:
0 1 0 0 −1 0 1 0 0
λ1 = 1 1 0 0 ; λ 2 = 1 1 0 0 ; λ3 = 1 0 −1 0 ;
2 2 i 0 0 2 0 0 0
0 0 0
0 0 1 0 0 − i 0 0 0
λ 4 = 1 0 0 0 ; λ5 = 1 0 0 0 ; λ 6 = 1 0 0 1 ;
2 2 2
1 0 0 i 0 0 0 1 0
0 0 0 1 0 0
1 1
λ 7 = 0 0 − i ; λ8 = 0 1 0 . (13)
2 2 3 0 0 − 2
0 i 0
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.2.1
2λ ,2λ = 4 δ + 2d k λ
i j
3 ij ij k
A. Representações do SU(3)
Y ≡ 2 λ8 , (14e)
3
U3 − V3 = 3 λ8 ,z (14f)
I3 + U3 + V3 = 0 (14g)
238
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.2.2 Obtenha as formas explícitas das matrizes
definidas pelo grupo de equações (14).
-------------------------------------------------------------------------------------
Usando a definição desses nove operadores e mais a regra de
comutação entre as matrizes λi (i = 1,2,....,8) dada pela equação (12) é
fácil mostrar as seguintes regras de comutação entre tais operadores:
[I 3 ,I ± ]= ± I ± ; [I 3 ,U ± ]= ± 12 U ± ; [I 3 ,V± ]= ± 12 V± ;
[U 3 ,I ± ]= m 12 I ± ; [U 3 ,U ± ]= ± U ± ; [U 3 ,V± ]= ± 12 V± ;
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.2.3 Demonstre as relações de comutação
indicadas no grupo de equações (15).
-------------------------------------------------------------------------------------
Como as regras de comutação entre esses operadores são uma
generalização das regras de comutação para o isospin (I), então os
operadores U e V caracterizam dois outros tipos de spin: spin U e
spin V.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 5.3.2.1 Calcular o efeito dos operadores I±, U±, e V±.
239
Sendo:
então:
[Y, I±] = 0 ,
então:
[I3, U±] = m 1 U ± ,
2
então:
1
I 3 (U ± | I 3 Y > ) = m U ± + U ± I 3 I3, Y> =
2
1
= m U ± I3, Y> + I3 U± I3, Y> , ou
2
então:
Y (U± I3, Y>) = (±U± + U± Y) I3, Y> =
[I3, V±] = ± 1 V± ,
2
então:
I3 (V± I3, Y>) = ± 1 V± + V± I3 I3, Y> =
2
= ± 1 V± I3, Y> + (V±I3) I3, Y>) =
2
1
= ± V± I3, Y> + V± (I3 I3, Y>) , ou
2
241
I3 (V± I3, Y>) = I3 ± 1 (V± I3, Y>) .
2
Por outro lado, sendo:
então:
Y (V± I3, Y>) = (±V± + V± Y) I3, Y> =
a a ...a α α 2 ...α p
Tb 1b 2...b p = A a1α1 A a 2 α2 ...A a p α p A*b1β1 A*b2β2 ...A*bq βq . Tβ 1β . (17)
1 2 q 1 2 ...βq
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.2.4 Demonstre a equação (16).
-------------------------------------------------------------------------------------
B. Representações Duais
ψ' = Aψ , (18a)
ou:
)ψ* .
∞
*
(
ψ' = I + i ∑ δa l − X *l (18c)
l =1
(
SX l S −1 = − X *l , )
portanto, as representações DN (p, q) ≡ N e sua dual DN (q, p) = N ,
nem sempre são iguais.
Na tabela a seguir, vamos apresentar algumas representações
irredutíveis do SU(3):
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.2.5 Encontre uma matriz S para a qual, tem-se:
–1
Sλ8 S = –λ–8 .
-------------------------------------------------------------------------------------
5.3.3 Diagramas de Pesos das Representações Irredutíveis de
SU(3)
r
E = (I 3 ,M ) ; M ≡ 3 Y =λ .
2 8
r r r r r r
E ,I = ± i I ; E ,V = ± KV ; E , U = ± lU ;
± ± ±
±
±
±
v r 1 3 r 1 3
i = (1, 0); K = , ; l = − , . (20a,b,c)
2 2 2 2
245
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 5.3.3.1 Demonstrar o grupo de equações (19) e
(29).
-------------------------------------------------------------------------------------
Para fazermos as demonstrações solicitadas, vamos usar o
grupo de equações (13), (14) e (15). Então:
r
a) E, I ± = I3 , M , I ± =
I3 ,I± =± I±
r
= =± (1,0)I ± = ± iI± ;
3 − Y,I = 0
2 ±
r 3
b) E, V± = I3 , − Y , V± =
2
1
[ ]
I 3 ,V± = ± 2 V±
1 3 r
= = ± , V = ± KV ;
±
3 − Y ,V = ± 3 − V
±
2 2
2 ±
2 ±
246
r 3
c) E, U ± = I3 , − Y , U ± =
2
I ,U = ± U
3 ± ±
r
1 3
= = ± 2 2 U ± = ± l, U ± ;
− ,
3 3
− Y , U −U±
± =±
2 2
d) I + ,I − =2I .
3
Ora:
rr
( )
i .E = 1× I 3 , + 0 × M = I 3 , então :
r
[I + , I − ]= 2 i.Er ;
e) [V+ , V–] = – 2 V3 .
Ora:
r r 2 3 3
2 K.E = 2 × I 3 + × M = I3 + 3 × −Y =
2 2 2
1 0 0 1 0 0 −1 0 0
1 1
= 0 −1 0 + 0 1 0 = − 0 0 0 .
2 2 0 0 − 2 0 0 1
0 0 0
Por outro lado, temos:
247
U 3 − V3 = 3 λ8
→ 2V3 + I3 =− 3 λ8 → 2V3 =− 3 λ8 − I3 .
U3 + V3 + I3 = 0
1 0 0
1 1 1 0 0 −1 0 0 r r
2 V3 = − 3 0 1 0 − 0 −1 0 = − 0 0 0 = −2K . E .
2 3 0 0 −2 2 0 0 0 0 0 1
Portanto:
1 1 0 0
U 3 − V3 = 3 λ8 0 1 0 −
→ 2U3 + I3 = 3 λ8 → 2U 3 = 3
U3 + V3 + I3 = 0 2 3
0 0 −2
1 0 0 0 0 0
1 r r
− 0 −1 0 = 0 1 0 = 2 l.E ;
2
0 0 0 0 0 −1
248
então:
r r
U , U = +2 l . E .
+ −
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.3.1 Definindo os operadores:
iπλ2
Pi = e ; PK = eiπλ5 ; PΡ = eiπλ7 ,
demonstre que:
r r r rr
a) Pi−1EPi = E − 2 i i .E ;
r r r r r
b) PK−1EPK = E − 2 K K.E ;
r r r r r
c) Pl−1EPl = E − 2 l l.E .
-------------------------------------------------------------------------------------
r
Definição 5.3.3.1 Chama-se de peso do vetor E ao seu auto-
r
valor, e denota-se o mesmo por e . Assim:
r r rr
E | e , γ > = e| e , γ > , (21)
3
onde γ denota outros números quânticos diferentes de M ≡ Y ,
2
r
I3. O e é um vetor bi-dimensional cujas componentes são os números
r
quânticos I3 e M, isto é: e ≡ ( I3, M).
r r
Teorema 5.3.3.1 Seja e , γ> um auto-estado de E , com
r
auto-valor e :
r
a) Se I± e , γ> = 0, então:
r r r r r
E I± e , γ> = ( e ± i ) I± e , γ> ;
249
r
b) Se V± e , γ> = 0, então:
r r r r r
E V± e , γ> = ( e ± K ) V± e , γ> ;
r
c) Se U± e , γ> = 0, então:
r r r r r
E U± e , γ> = ( e ± l ) U± e , γ> .
Demonstração:
r r
a) Sendo E, I ± = ± i I ± , então:
r r r r r
E I± e , γ> = (± i I± + I ± E ) e , γ> =
r r r r
= ± i I ± e , γ> + I ± E ) e , γ> =
r
iI r r r
= ± ± e , γ> + e I± e , γ> , ou:
r r r r r
E I± e , γ> = ( e ± i ) I± e , γ> .
r r
b) Sendo E, V± = ± KV± , então:
r r r r r
E V± e , γ> = (± KV± + V± E ) e , γ> =
r r r r
= ± KI ± e , γ> + V± E e , γ> =
r
KV± er r r
=± , γ> + e V± e , γ> , ou:
250
r r
E V± er , γ> = ( er ± K ) V± er , γ> .
r r
c) Sendo E, U ± = ± lU ± , então:
r r r r r
l U U E
E U± e , γ> = (± ± + ± ) e , γ> =
r r r r
= ± lU ± e , γ> + U ± E e , γ> =
r r r r
= ± lU ± e , γ> + eU ± e , γ> , ou:
r r r r r
E U± e , γ> = ( e ± l ) U± e , γ> . C.Q.D.
r r r r r r r
{ }
E PJ | e , γ > = e − 2 j( j. e) PJ | e , γ > ,
r r r r r
onde j = i , K ou l. Em complemento, a degenerescência de Pj| e ,γ>
r
é a mesma de | e ,γ> .
Demonstração:
r r r r r
Sendo (cf. Exercício 5.3.3.1) Pi−1 E Pi = E − 2 i ( i . E) ,
então:
r r r r r
Pi Pi−1 E Pi = Pi E − 2 i ( i . E) ,
r r r r r
E Pi = Pi E − 2 i ( i . E) .
Portanto:
r r r r r r r
EPi | e, γ > = Pi E − 2 i i . E | e, γ > =
r r r r r r
= Pi E | e, γ > − 2 i Pi i . E | e, γ > =
r r r r r r
= ePi | e, γ > − 2 i Pi i . e | e, γ > =
r r r r r r
= ePi | e, γ > − 2 i i . e Pi | e, γ > , ou :
r r r r r r r
EPi | e, γ > = e − 2 i i . e Pi | e, γ > .
252
iπλ2
Por outro lado, sendo Pi = e , então:
− iπλ 2
Pi+ = e − iπλ+2 = e ; (λ+2 =λ2 ) ,
e
iπλ 2 −iπλ 2
PI Pi+ = e .e = I,
I3 e Y ≡ 2 M ;
3
1 3 3 6 8 10
D (0,0) ; D (1,0) ; D (0,1) ; D (2,0) ; D (1,1) e D (3,0) .
a) D (0,0) = 1 (Singleto)
Usando-se a regra 2, temos:
R2) → I´máx
3 = 1 (0 + 0) = 0; Y = 1 (0 − 0) = 0.
2 3
b) D(1,0) = 3 (Tripleto)
R2) → I´máx
3 = 1 (1 + 0) = 1 ; Y = 1 (1 − 0) = 1 ∴ 1 , 1 ,
2 2 3 3 2 3
1 − 1, 1 = − 1 , 1 .
2 3 2 3
R2) → I´máx
3 = 1 (0 + 1) = 1 ; Y = 1 (0 − 1) = − 1 ∴ 1 , − 1 ,
2 2 3 3 2 3
R3) → Y máx = 1 × 0 + 2 ×1 = − 2 ; I 3 = 0 = 0 ∴ 0, 2 .
3 3 3 2 3
1 − 1, − 1 = − 1 ,− 1 .
2 3 2 3
d) D(2,0) = 6 (Sexteto)
Usando-se as regras 2, 3 e 4 virá:
R2) → I´máx
3 = 1 (2 + 0) = 1; Y = 1 (2 − 0) = 2 ∴ 1, 2 ,
2 3 3 3
R3) → Y máx = 1 × 2 + 2 × 0 = 2 ; I 3 = 2 = 1∴ 1, 2 ,
3 3 3 2 3
Então, tem-se:
1 − 1 , 2 − 1 = 1 ,− 1 e 1 − 1,− 1 = − 1 ,− − 1 .
2 3 2 3 2 3 2 3
259
e) D (1,1) = 8 (Octeto)
Usando-se as regras 2, 3 e 4 virá:
R2) → I´máx
3 = 1 (1 + 1) = 1; Y = 1 (1 − 1) = 0 ∴ (1,0) ,
2 3
1 1 1 1
− 1,1 = − ,1 e − 1, −1 = − , −1.
2 2 2 2
f) D (3,0) = 10 (Decupleto)
Usando-se as regras 2, 3 e 4 virá:
R2) → I´máx
3 = 1 (3 + 0) = 3 ; Y = 1 (3 − 0) = 1 ∴ 3 ,1 ,
2 2 3 2
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.3.2 Tomando-se como auto-vetores dos
operadores I3 e Y, os vetores:
1 0 0
0 , 1 , 0 ,
0 0 1
g) D (3, 3) = 64 = 64 .
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 5.3.3.3 Usando os resultados dos Exemplos 5.3.2.1 e
5.3.3.2, aplique os opera-dores I± , U± , V±
nos pesos das representações 3 e 3 .
-------------------------------------------------------------------------------------
Segundo o Exemplo 5.3.3.2, as representações 3 e 3 têm os
seguintes diagramas (I3,Y):
263
a) Aplicação do operador I± .
+
Como os grupos 0 (3) e SU(2) são Homeomórficos (Teorema
3.5.2, Capítulo 3), é fácil mostrar que o operador I± é semelhante ao
operador de momento angular J± (Cf. Armony, op. cit.), portanto
[Cf. Eq. (43 a,b), Cap. 4]:
α= (I m I 3 ) (I ± I 3 + 1) .
Em vista disto, temos:
r r r
I + |1 ,3 > = 0 ; I − |1 ,3 > = | 2,3 > ;
r r r
I + |2,3 > = |1 ,3 > ; I − | 2,3 > = 0 ;
r r
I + |3,3 > = 0 ; I − |3,3 > = 0 ;
r r r r r r
I + |1 ,3 > = | 2,3 > ; I − |1 , 3 > = 0 ; I + | 2, 3 > = 0 ; I − | 2, 3 > = |1 , 3 > ;
r r
I + | 3, 3 > = 0 ; I − | 3, 3 > = 0 .
b) Aplicação do operador U± .
e
r r r r
U −|1 ,3 > = U − |3,3> = U − |1 , 3 > = U − | 2, 3 > = 0.
U , U = 2 rl.E
r
,
+ −
então:
r r r r
< 3,3 [U + , U − ] 3,3 > = < 3,3 U + U − − U − U + 3,3 > =
r r r r
= < 3,3 U + U − 3,3 > − < 3,3 U − U + 3,3 > = − β12 , pois:
r r
< 3,3 U − = U + 3,3 > , portanto:
r r r rr r
< 3,3 [U + , U − ] 3,3 > = < 3,3 2 l.E 3,3 > = − β12 .
r
Ora, segundo a equação (20c) e a definição de E = (I3 , M ) ,
teremos:
r r
2 l.E = 2 − 1 ×0 + 3 × 3 × − 2 = −1 , portanto:
2 2 2 3
265
r rr r
< 3,3 2 l.E 3,3 > = − 1 = −β12 → β1 = ±1.
Escolhendo-se β1 = 1, virá:
r r
U + |3 , 3> = | 2 , 3> .
Agora, calculemos:
r r
U + | 2 , 3 > = β 2 |3 , 3 > .
r r r r
= < 2, 3 U + U − 2, 3 > − < 2, 3 U − U + 2, 3 > = − β22 .
Sendo:
r r
2 l.E = 2 − 1 × 1 + 3 × 3 × − 1 = −1 ,
2 2 2 2 3
portanto:
− 1 = −β22 → β2 = 1 , e
r r
U + 2, 3 > = 3, 3 > .
c) Aplicação do operador V± .
Segundo o Exemplo 5.3.2.1, dado um peso |I3,Y>, teremos:
266
e
r r r r
V − | 2,3 > = V − |3,3> = V − |1 , 3 > = V − | 2, 3 > = 0.
r r
2 K.E = 2 1 ×0 + 3 × 3 × − 2 = −1 ,
2 2 2 3
então:
r r r r rr
[ ]
< 3,3 V + ,V − 3,3 > = 2 < 3,3| K . E |3,3 > = −1 ,
267
portanto:
− γ12 = −1 → γ 2 = 1 , logo:
r r
V + |3 , 3 > = |1 , 3 > .
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.3.4 Complete o Exemplo 5.3.3.3.
-------------------------------------------------------------------------------------
5.3.4. Série e Coeficientes de Clebsch-Gordan de SU(3).
(µ γ ) µ1 µ 2 µ γ (µ ) ( µ )
ω = ∑ ψ 1 φ 2 , (23)
ν
ν1 , ν 2 ν 1 ν 2 ν ν1 ν2
µ µ2 µγ
onde 1 são chamados os Coeficientes de Clebsch-
ν1 ν 2 ν
Gordan (Cf. Definição 2.6.2, Cap. 2).
µ1 µ 2 µ γ µ1 µ 2 µ ' γ '
a) ∑ = δµµ ' δ γγ ' δ νν ' ; (24a)
ν1 , ν 2 ν1 ν 2 ν ν1 ν 2 ν '
µ1 µ 2 µ γ µ1 µ 2 µ γ
b) ∑ =δ δ . (24b)
µ , ν , γ ν1 ν 2 ν ν1' ν '2 ν ν1ν1' ν 2ν'2
-------------------------------------------------------------------------------------
269
5.3.4.1 Gráfico17
ψ 1' ⊗ ψ '2 = A 1 A 2 ψ 1 ⊗ ψ 2 =
∞ ∞
= I + i∑ δa l X l 1 I + i∑ δa l X l 2 ψ 1 ⊗ψ 2 =
l=1 l=1
∞
l =1
(
)
= I + i ∑ δa l X l 1 + X l 2 + 0 ( δa 2 )
l ψ 1 ⊗ψ 2 .
(25)
∞
= I + i ∑ δa l X l ψ1 ⊗ ψ 2 . (26)
1
l =1
X l1 + X l 2 = X l .
17
Existe um outro método gráfico devido a D. R. Speiser (1962). Exemplos de sua
aplicação podem ser vistos em de Swart (op. cit.).
270
(1⊗2)
I3 = I3(1) + I3(2) , (27a)
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 5.3.4.1 Efetuar o seguinte produto tensorial 3⊗3,
onde 3 é um supermultipleto de SU(3).
-------------------------------------------------------------------------------------
I) Ti Ti ≡ S
Usando-se a definição (17), virá:
T i Ti = A ij A *ik T j T k =T j (A + ) ki A ij T k =
=T j (A + A ) kj T k =T j δ kj T k =T j T j ,
272
i
logo, o produto T Ti é um invariante, portanto ele é um escalar cujo
rank é (0,0), isto é, 1.
II) T i Tj − 1 δij T k Tk ≡ T i j.
3
1
T i T i =T i T i − δ ii T k T k .
3
T i T j = T i T j + 1 δ ij T k Tk − 1 δ ij T k Tk =
3 3
= 1 δ ij T k Tk + T i T j − 1 δ ij T k Tk =
3 3
≡ S + T ji .
Portanto:
3⊗ 3=1⊕8.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.4.3 Usando o método tensorial, efetue os
seguintes produtos tensoriais entre
supermultipletos de SU(3):
a) 3 ⊗ 3; b) 8 ⊗ 8.
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 5.3.4.3 Usando a Definição (23), calcule os
Coeficientes de Clebsch-Gordan para o
singleto do produto tensorial
273
3 ⊗ 3 = 1 ⊕ 8,
genericamente representado por:
3 3 1
.
ν1 ν 2 ν
-------------------------------------------------------------------------------------
Segundo a Definição 5.3.5.2 [Equação (23)], temos:
µ µ2 µν
|µ ν > γ = ∑ 1 |ν 1 µ 1 > |ν 2 µ 2 > .
ν1 , ν 2 ν 1 ν 2 ν
r
A figura acima nos mostra que o singleto | 1, 1 > é uma
r r r r
combinação dos estados | 1, 3 > | 1, 3 > , | 2, 3 > | 2, 3 > e
r r
| 3, 3 > | 3, 3 > . Então, de acordo com a equação (23), teremos:
274
r 3 3 1 r r r r
| 1, 1 >= | 1, 3 >| 1, 3 > + 3 3 1 | 2, 3 >| 2, 3 > +
1 1 1 2 2 1
3 3 1 r r
+ | 3, 3 >| 3, 3 >=
3 3 1
r r r r r r
= α | 1, 3 > | 1, 3 > + β | 2, 3 >| 2, 3 > + γ | 3, 3 >| 3, 3 > .
r r r r r r r
I + | 1, 1 > = I + α | 1, 3 > | 1, 3 > + β | 2, 3 >| 2, 3 > + γ | 3, 3 >| 3, 3 > .
Ora, como I+ é um operador que faz I3 crescer de uma unidade
r
e como | 1, 1 > tem um I3 máximo, então:
r
I+ | 1, 1 > = 0.
Por outro lado, usando-se o resultado do Exemplo 5.3.3.3,
virá:
r r r r r
I+ | 1, 1 > = 0 = α | 1, 3 > | 2, 3 > + β | 1, 3 >| 2, 3 > =
r r
= (α + β) | 1,3> | 2, 3 ⇒ α = − β .
portanto:
1 = α2 + β2 + γ2 = 3α2 ⇒ α = ± 1 .
3
Escolhendo-se o sinal mais (+), virá:
3 3 1
= 1 ; 3 3 1 = − 1 ; 3 3 1 = 1 .
1 1 1 3 2 2 1 3 3 3 1 3
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.4.4 Calcule os seguintes Coeficientes de
Clebsch-Gordan de:
a) 3 ⊗ 3 → 8,
b) 8 ⊗ 8 → 10.
-------------------------------------------------------------------------------------
5.3.5 Fatores Isoescalares e Teorema de Wigner- Eckart
µ (1) µ ( 2) µ( γ )
= C(I(1) I(2) I ; I3(1) I3(2) I3) ×
ν (1) ν ( 2) ν
276
µ (1) µ(2) µ ( γ )
× , (28)
I ( 1 ) ,Y ( 1 ) I ( 2 ) ,Y ( 2 ) I ,Y
onde
µ (1) µ(2) µ ( γ )
I ( 1 ) ,Y ( 1 ) I ( 2 ) ,Y ( 2 ) I ,Y
é chamado de fator isoescalar e que satisfaz à:
µ (1) µ(2) µ ( γ )
|µ ,ν> γ = ∑ ×
I 3 ( 1 ) ,I 3 ( 2 ) I ( 1 ) ,Y ( 1 ) I ( 2 ) ,Y ( 2 ) I ,Y
Y ( 1 ) ,Y ( 2 )
onde:
| I, I 3 , Y, µ (1) µ ( 2 ) > = ∑
C(I (1) I (2) I ; I 3(1) I 3(2) I 3 ) × (30)
I 3(1), I 3(1),
× | µ (1) ν ( 2 ) >| µ (2) ν ( 2 ) > .
De maneira análoga ao caso de SU(2), existe também um
Teorema de Wigner-Eckart para o SU(3):
µ (1) µ µ ( 2) γ
= ∑ < µ
( 2 ) T (µ ) µ (1) > γ , (31),
γ ν (1) ν ν ( 2)
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.3.4.5 Calcule os fatores isoescalares para o
decupleto do produto 8 ⊗ 8.
-------------------------------------------------------------------------------------
r 3 3 8 r r
|K + > ≡|1 , 8> = |1 , 3>|3 , 3> =pn⇒a =1 ;
1 3 1
r 3 3 8 r r
|K o > ≡|2 , 8> = |2 , 3>|3 , 3> =nΛ⇒b=1 ;
2 3 2
r 3 3 8 r r
|K − > ≡|7 , 8> = |3 , 3>| 2 , 3> =nΛ⇒c=1 ;
3 2 7
r 3 3 8 r r
|K o > ≡|8 , 8> = |3 , 3>|1 , 3> =pΛ⇒d=1 ;
3 1 8
r 3 3 8 r r
|π + > ≡|3 , 8> = |1 , 3>| 2 , 3> =pn⇒e=1 ;
1 2 3
r 3 3 8 r r
|π − > ≡|5 , 8> = |2 , 3>|1 , 3> =np⇒f =1 e
2 1 5
280
r 3 3 8 r r 3 3 8 r r
| π o > ≡|4, 8 > = | 1, 3 >|1, 3 > +
| 2, 3 >| 2, 3 > =
2 2 4
1 1 4 18
17
1 1
= ( p p + nn ) ⇒ g = h = .
2 2
18
Em muitos livros que estudam a Física das Partículas Elementares (Lee, 1981),
aparece um sinal menos nessa expressão, fato esse que decorre da definição do
−p ou p .
(p )
spinor n , isto é: n
−n
281
Y = 1 I = 1 , Y = 0 (I = 1, I = 0) e Y = –1 I = 1 .
2 2
portanto:
< a| Hms |a > ≡ < µ(1), ν(1) | ∑ T (µ10) | µ(1) , ν(1) > =
µ
284
µ (1) µ µ (1) γ
= ∑ <µ (1) T (µ ) µ (1) > γ . (33)
µ ν (1) 0 ν (1)
8 ⊗ 8 = 1 ⊕ 8s ⊕ 8a ⊕ 10 ⊕ 10 ⊕ 27.
8 µ 8γ
< a| Hms |a > = ∑ a µγ , (34)
γ , µ ν (1) 0 ν (1)
onde:
r
ν(1) é o auto-vetor e = | IY > correspondente a uma dada partícula, e
r
0 ≡| 0 µ > é o singleto da representação µ.
8 1 8 8 8 8s 8 8 8a
M ( N ) = M o + a 1 + a 8s + a 8a + 8 27 8 a 27 ,
1 6 1 1 6 1
1 1 1 1 18 1
8 1 8 8 8 8s 8 8 8a
M ( ∑ ) = M o + a 1 + a 8s + a 8a + 8 27 8 a 27 ,
3 1 3 3 6 3 3 6 3 3 18 3
285
8 1 8 8 8 8s 8 8 8a 8 27 8s
M ( Λ ) = M o + a 1 + a 8s + a 8a +
6 18 6 a 27 ,
6 1 6 6 6 6 6 6 6
8 1 8 8 8 8s 8 8 8a 8 27 8 s
M (Ξ ) = M o + a 1 + a 8s + a 8a +
7 18 7 a 27 .
7 1 7 7 6 7 7 6 7
M(N) = M o + a1 − 1 a + 1a + 1 a , (35a)
8s
2 5 2 8a 3 5 27
1 1
M ( ∑ )=M o +a 1 + a 8s + 0 − a 27 , (35b)
5 9 5
1 1
M ( Λ )=M o +a 1 − a 8s + 0 − a 27 , (35c)
5 5
M(Ξ) = M o + a1 − 1 a − 1a + 1 a . (35d)
8s
2 5 2 8a 3 5 27
[
a1' = 1 2 M(N) + 2 M(Ξ) + M(Λ) + 3 M(∑) ,
8
] (36a)
a 8' s = 1 3 M ( ∑ ) − M ( Λ ) − M ( N ) − M ( Ξ ) ,
[ ] (36b)
5
a 8' a = [M ( N ) − M ( Ξ ) ] , (36c)
9
a '27 = −
8 5
[3 M(Λ )+ M (∑)−2 M( N) −2 M(Ξ) ] , (36d)
286
onde:
' = M +a .
a µγ o µγ
M ( N ) + M (Ξ ) = 1 [3 M (Λ ) + M (∑ )] . (37)
2
Quando essa fórmula foi aplicada aos valores das massas das
partículas envolvidas na mesma, verificou-se que:
2 2
a1' ≈ 1150 MeV/c ; a 8' s ≈ 91 MeV/c ; a 8' a ≈ – 379 MeV/c2 ;
e a '27 ≈ 12 MeV/c2 ,
confirmando, desse modo, a hipótese de Gell-Mann a'27 ≈ 0 . ( )
5.4.2.1.2 Fórmula de Massa para o Octeto Mesônico
Pseudo-Escalar 0– : K, π, η, K
–
vetoriais 1 até então conhecidas á época desse modelo, pois que, ao
ser usada uma fórmula análoga à equação (39), isto é:
m 2 (K *) = 1 3m 2 ω1 + m 2 ρ ,
() (40a)
4
Porém, sendo:
portanto:
ou:
m(ω8 ) ≈ 870 MeV ,
10 µ 10
<a|H m s |a > =∑ bµ , (42)
µ ν (1) 0 ν ( 2 )
onde:
b µ ≡< 10 T (µ ) 10 > , µ = 1,8,27.
10 1 10 10 8 10 10 27 10
M ( ∑ * ) = M o + b1 + b 8 + b 27 ,
5 1 5 5 6 1 5 18 5
10 1 10 10 8 10 10 27 10
M (Ξ * ) = M o + b1 + b 8 + b 27 ,
8 1 8 8 6 8 8 18 8
10 1 10 10 8 10 10 27 10
M (Ω − ) = M o + b1 + b 8 + b 27 .
10 1 10 10 6 10 10 18 10
M ( ∆ ) = M o + b1 + 1 b8 + 1 b 27 , (43a)
2 2 3 7
291
5
M ( ∑ * )=M o + b1 + 0 + b 27 , (43b)
9 7
M (Ξ * ) = M o + b1 − 1 b 8 + 1 b 27 , (43c)
2 2 3 7
M (Ω − ) = M o + b1 − 1 b 8 + 1 b 27 . (43d)
2 7
M (∑ * ) − M (∆ ) = − 1 b 8 ; M (Ξ * ) − M (∑ * ) = − 1 b 8 ;
2 2 2 2
M (Ω − ) − M (Ξ * ) = − 1 b 8 ,
2 2
portanto:
()
M ∑* − M ∆ = M Ξ* − M ∑* = M Ω − − M Ξ*
, (44)
Q = e I 3 + Y ; (Y ≡ B + S )
2
5.4.3.1 Mésons
K + = u s ; K o = d s ; π + = ud ; π o = 1 (uu + dd ) ; π − = ud ;
2
K − = us ; K o = ds.
r r r r r r
6,8>= 3 3 8 1,3> 1, 3>+ 3 3 8 2,3> 2, 3>+ 3 3 8 3,3> 3, 3>.
1 1 6 2 2 6 3 3 6
r r r r r r
1,1>= 3 3 1 1,3> 1, 3>+ 3 3 1 2,3> 2, 3>+ 3 3 1 3,3> 3, 3>.
1 1 1 2 2 1 3 3 1
-------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 5.4.3.1.1 Obtenha a estrutura quarkônica do
–
octeto mesônico pseudo-vetorial 1 .
-------------------------------------------------------------------------------------
5.4.3.2 Bárions
A estrutura quarkônica dos bárions, quer do octeto
+ +
1/2 , quer a do decupleto 3/2 , é obtida através do seguinte produto
tensorial: 3 ⊗ 3 ⊗ 3 = 1 ⊕ 8 ⊕ 8 ⊕ 10. Para efetuarmos esse produto
tensorial usaremos o método gráfico desenvolvido no item 5.3.4.a, e o
resultado é mostrado na figura abaixo:
297
-------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo 5.4.3.2.1 Encontre a estrutura quarkônica do
decupleto 3/2+.
-------------------------------------------------------------------------------------
Conforme vimos acima, o decupleto 3/2+ é obtido através do
seguinte produto tensorial:
3 ⊗ 3 ⊗ 3 = 1 ⊕ 8 ⊕ 8 ⊕ 10.
r r
I- 1,10 > = α | 2,10 >; α = I (I + 1) - I3 (I3 - 1) =
33 33
= + 1 − − 1 = 3 → I- ∆ ++ = 3 ∆ + .
22 22
( )
I − uuu > = I − (3,a ) + I − (3,b ) + I − (3,c ) | u > a | u > b |u > c =
( )
= I − (3,a ) | u > a (| u > b | u > c )+| u > a (I (
−
3,b )
)
|u > b |u > c +
( )
+(| u > a | u > b ) I − (3,c ) | u > c =
=|d >| u >| u > + | u >|d >|u > + | u >| u >|d > ≡ duu + udu + uud.
Então:
Sendo:
r
∆+ ≡| 2,10 > ,
r r 3 3 1 1
I − | 2,10 >=β|3,10 >≡β∆o ; β = +1 − −1 =
2 2 2 2
= 4 =2 ,
I − ∆+ = 2 ∆o .
Porém:
I − ∆+ = I − 1 duu + udu + uud =
( )
3
1
(
= I − (3,a ) +I − (3,b ) +I − (3,c ) )
3
(|d > a |u > b |u > c +
1
≡ (2ddu+2dud+2udd ) .
3
Então:
1
2 ∆0 = ( 2ddu + 2dud + 2udd ) ⇒
3
1
∆0 = ( ddu + dud + udd ) .
3
Sendo:
r
∆o ≡ 3,10> ,
300
r r 3 3 1 1
I − 3,10>=γ 4,10> ≡γ∆− ; γ= +1+ − −1 = 3 ,
2 2 2 2 ,
I − ∆ º= 3 ∆− .
Porém:
1
I − ∆o = I − (ddu+dud+udd ) =
3
( ) 1 (
= I − (3,a ) +I − (3,b ) +I − (3,c ) |d > a |d > b |u > c +
3
≡ 1 (3ddd ) .
3
Então:
1 (3ddd ) = 3 ∆− → ∆– = ddd .
3
r
Agora, para obtermos o peso 5,10> , vamos tomar o peso
r
1,10 > e aplicar o operador V–. Então:
r r *
V− |1,10> = δ |5,10> ou V− ∆++ = δ ∑ + . ( )
Para calcularmos o valor de δ, vamos usar a relação de
r r
comutação [V+, V–] = 2 K.E e o fato de que:
301
r r r
V+ |1,10> =0 e <1,10|V+ = δ <5,10| .
Então:
r r r r r r r r
<1,10 [V+ ,V− ] 1,10>= <1,10 2 K.E 1,10> =2 K.E ,
r r r r
<1,10 V+ V− −V− V+ 1,10> = <1,10 V+ V− 1,10> =δ 2 ,
portanto:
r r
2 K.E = δ2 .
Por outro lado, sabemos que:
r 1 3 r 3 3 3
K = , ; E = I 3 , Y = , ×1 , pois:
2 2 2 2 2
r 3
|1 ,10>= ,1 .
2
Então:
r r 1 3 3 3
2 K.E = 2 × + × =3 → δ = 3 .
2 2 2 2
= |s > a |u > b |u > c +|u > a |s > b |u > c +|u > a |u > b |s > c .
Portanto:
+,–,o
Para determinarmos o tripleto (Σ )*, vamos tomar o peso
(Σ+)* e aplicar sucessivamente o operador I– . Assim:
r * r *
( ) ( )
I − 5,10>≡ I − ∑ + = γ 6,10> ≡ γ ∑ o ; γ = 1(1+1)−1(1−1) = 2 ,
ou: ( )*
I− ∑+ = 2 ∑o . ( )*
Por outro lado, e em analogia com os casos anteriores,
teremos:
1
(suu+usu+uus ) =
*
( )
I − ∑ + =I −
3
1 (
( )
= I − (3,a ) +I − (3,b ) +I − (3,c )
3
|s > a |u > b |u > c +
Então:
(∑ )
o* = 1 (dsu + dus + sdu + uds + sud + usd) .
6
303
Sendo:
(∑ o )* ≡ |6r ,10> ,
então, analogamente ao visto anteriormente, teremos
r * r *
( ) ( )
I − |6,10>≡I − ∑ o =ε |7,10>≡ε ∑ − ; ε= 1(1+1)−0(0−1) = 2 .
I − ∑o = I − 1 (dsu + dus + sdu + uds + sud + usd) =
( ) *
6
1
( )
= I − (3,a ) +I − (3,b ) +I − (3,c )
6
(|d > a |s > b |u > c + |d > a |u > b |s > c +
+ |s > a |d > b |u > c + | u> a |d > b | s> c +|s > a |u > b |d > c +|u > a |s > b |d > c ) =
= 1 (dds + dsd + dds + sdd + dsd + sdd ) =
6
− * 1
(∑ ) =
3
( dds + dsd + sdd ) .
304
r *
Agora, para obtermos o peso 8,10>≡ Ξ o , vamos
r
( )
tomar o peso 5,10> e aplicar o operador V–. Então:
r * r
( )
V− |5,10> ≡ V− ∑ + =k|8,10>≡ Ξ o ( )* .
r r r r
<5,10 V+ V− −V+ V− 5,10> = <5,10 V+ V− 5,10>+
r r
− <5,10 V− V+ 5,10>.
Portanto:
rr
2 K.E = k2–λ2 .
Sendo:
r 3 r r r
K=1, ; E = (1, 0), então: 2K.E = 2 1 = 1, e k 2 − λ2 = 1.
2 2 2
r
V− 5,10 > = V− (3,a ) + V− (3,b ) + V− (3,c ) 1 (suu + usu + uus ) =
( )
3
305
= V− (3,a ) + V− (3,b ) + V− (3,c ) 1 (| s > a | u > b | u > c + | u > a | s > b | u > c +
( )
3
+ | u >a | u > b | s >c ) =
= 1 (| s > a | s > b | u > c + | s > a | u > b | s > c + | s > a | s > b | u > c +
3
Então:
* 2
k ( Ξo ) = ( ssu + sus + uss ) .
3
Ora, para determinarmos k teremos de determinar o valor de
λ. Então:
r r
V+ | 5,10 >= λ | 1,10 >≡ λ ∆+ + = λuuu .
Ora:
r 1 (
(
V+ |5,10>= V+ (3,a ) +V+ (3,b ) +V+ (3,c )
3
)
|s > a |u > b |u > c +
1
= (|u > a |u > b |u > c +|u > a |u > b |u > c +|u > a |u > b |u > c )≡ 3 (uuu ) .
3 3
Portanto:
306
3
λ(uuu) = 3 (uuu) → λ= .
3 3
9
k 2 − λ2 = 1, então : k 2 = 1 + =4 → k=2 ,
3
portanto:
(Ξ ) =
o * 1 (ssu + sus + uss) .
3
I − Ξ o =I − 1 (|s > a |s > b |u > c +|s > a |u > b |s > c +|u > a |s > b |s > c ) =
*
( ) 3
= I − (3,a ) +I − (3,b ) +I − (3,c ) 1 (|s > a |s > b |u > c +
( ) 3
portanto:
307
(Ξ − )* = 1 (|d > |s > |s > +|s > |d > |s > + s > |s > |d > ) ,
a b c a b c a b c
3
ou:
(Ξ ) =
−* 1 (dss + sds + ssd) .
3
r
Por fim, obtém-se o peso |1 0,10> ≡ Ω − aplicando-se ao peso
r *
( )
|8,10> ≡ Ξ o , o operador V– , ou seja:
r r
V− |8,10> = ν|10,10> ≡ νΩ − .
6.1 Gentíleons
6.1.1 Introdução
e também
1 Y1 1 Y3
Y+ = e Y− = , (7)
2 Y2 2 Y4
onde:
314
- u(3)v(2)w(1)] /√4,
+ u(3)v(2)w(1)] /√4.
1 n
ϕs = ∑
N! i =1
Ψi (8)
1 n
ϕa = ∑
N! i =1
δ Pi Ψi , (9)
Y1 (α )
1 2 Y ( α )
Y (α ) =
τ M (10)
Y (α )
τ
onde as funções {Yi}i = 1,2,…,τ , são construídas aplicando os
operadores Young às funções {Ψi}i=1,2..,n , obedecendo a
condição < Yi │ Yn > = δin.
Por intermédio de permutações Y(α) Є h(α) é
transformada em X(α) Є h(α) dada por X(α) = U(Pi) Y(α), onde
U(Pi) é um operador unitário. Esta operação de permutação pode
ser também representado por uma matriz unitária T(α):X(α) =
T(α) Y(α). Como os subespaços h(α) são classes de equivalência
(Weyl, 1932; Rutherford, 1948; Hamermesh, 1962; Matsen,
1970), diferentes subespaços têm diferentes propriedades de
simetria que são definidas pela matriz T(α). Isto significa que se
T(α) Є h(α) e T(β) Є h(β), então T(α) ≠ T(β) se α ≠ β.
Sendo T(α)+T(α) = 1 o módulo ao quadrado de Y(α) é
invariante por permutação, isto é:
< Ay > = < Y(α)│A │Y(α) > = (1/τ )Σi < Yi(α)│A│Yi(α) >
< Ax > = < X(α)│A │X(α) > = (1/τ )Σi < Xi(α)│A│Xi(α) >,
< Ax > = < X(α)│A│X(α) > = < Y(α) T(α)+ A T(α) │Y(α) > =
APÊNDICE A6.I
Pi : D(µ)(Pi) (A6.I.1)
1 0 1 1 − 3
D(2)(P1) = , D(2)(P2) = ,
0 1 2 − 3 − 1
−1 0
D(2)(P3)= (A6.I.5a,b,c)
0 1
1 1 3 1 −1 − 3
D(2)(P4) = , D(2)(P5) = ,
2 3 1 2 3 − 1
1 −1 3
D(2)(P6) = , (A6.I.5d,e,f)
2 − 3 − 1
N=2 N =3
N=4
P = Σp p (“simetrizador”) (A6.I.6a)
e
325
Q = Σq δq q (antisimetrizador”), (A6.I.6b)
N =2
N =3
forma [3]:
forma [13]:
forma [2,1] :
forma [2,1]:
329
Y1
1 Y2 1 Y+
Y ([ 2,1]) = =
4 Y3 2 Y− (A6.I.14)
Y
4
1 Y1 1 Y3
Y+ = e Y− = , (A6.I.15a,b)
2 Y2 2 Y4
e que
+│Y4│2)/2.=│<Y─│Y─ >│2 .
N = 2 e 3:
APÊNDICE A6.II
6.6.1 Introdução
1
Este item é baseado no artigo de M. Cattani, publicado na Acta Physica
Polonica B20, p. 983, em 1989.
336
1 Y1 (123)
Y+ (3,1) = Y+ (αβγ ) = Y+ (123) = , (11a)
2 Y 2(123)
Y (123)
Y− (3,1) = Y− ( αβγ ) = Y− (123) = 1 3 , (11b)
Y4 (123)
2
onde:
(
Y1 (123) = αβγ > + βαγ > − γαβ > − γβα > / 4 , )
(
Y2 (123)= αβγ>+2 αγβ>− βαγ>+ γαβ>−2 βγα>− γβα> / 12 , )
(
Y3 (123) = − αβγ >+2 αγβ>− βαγ >− γαβ>+2 βγα> − γβα> / 12 , )
e
(
Y4 (123)= αβγ>− βαγ>− γαβ>+ γβα> / 4 . )
341
123 1 0 123 −1/ 2 3 /2
η1 = η = = I ; η2 = η = ;
123 0 1 213 − 3 / 2 −1/ 2
123 −1/ 2 − 3 / 2 123 1 0
η3 = η = ; η4 = η = ;
231 3 / 2 −1/ 2 213 0 −1
342
123 −1/ 2 3 /2
η5 = η = e
132 3 / 2 1/ 2
123 −1/ 2 − 3 / 2
η6 = η = . (13a,b,c,d,e,f)
321 − 3 / 2 1/ 2
rr
η 2 = − I / 2 + i ( 3 / 2) σ y = exp[i j⋅σ (θ / 2)] (14a)
e
rr
η3 = − I / 2 − i ( 3 / 2) σ y = exp[i j⋅σ (θ / 2)] , (14b)
r r
η4 = σ z = i exp[im 4 ⋅σ( Φ / 2)] , (15a)
r r
η5 = ( 3 / 2)σ x − (1/ 2)σ z = i exp[im 5 ⋅σ(Φ / 2)] (15b)
r r
η6 = −( 3 / 2)σ x − (1/ 2)σ z = i exp[im 6 ⋅σ( Φ / 2)] . (15c)
r r r r
K inv = η 4 + η 5 + η 6 = (m4 + m5 + m6 ) ⋅ σ = 0 .
Y1′ 1 a b Y1
= , (16)
Y2′ ρ c d Y2
y (123)
y (123) = y (ααβ ) = 1 1 , (17)
y 2 (123)
2
onde,
y 1 (123 ) = ( ααγ > − γαα > ) / 2 (18a)
[a *i , a j ]+ = δ ij , [a *i ,a *i ]+ = [a i ,a i ]+ =0 , (18a,b,c)
kji
a i a ja k = a α a β a γ η (18d)
γβα
e
350
αβγ * * *
a *ia *ja *k = η a α a β a λ , (18e)
ijk
αβγ
a β a α Y ( αβγ ) = Y (00 γ ) , a α a β Y ( αβγ ) = η Y ( 00 γ ) , (19a-b)
βαγ
αγβ
a β a α Y ( αβγ ) = η Y (00 γ ) , (19c)
αβγ
αγβ
a α a β Y (αβγ ) = η Y (00 γ ) , (19d)
βαγ
βαγ
a β a α Y ( αβγ ) = η Y ( 00 γ ) , a α a β Y (βαγ ) = Y (00 γ ) , (19e-f)
αβγ
βαγ
aβ aα Y (αβγ ) = η Y (00γ ) (19g)
αβγ
γαβ
a α a β Y ( γαβ ) = η Y (00 γ ) , (19h)
βαγ
βγα
a β a α Y (βγα) = η Y (00 γ ) , (19i)
αβγ
351
βγα
a α a β Y (βγα) = η Y ( 00 γ ) , (19j)
βαγ
γβα
a β a α Y ( γβα) = η Y (00 γ ) , (19k)
αβγ
γβα
a α a β Y ( γβα) = η Y ( 00 γ ) , (19l)
βαγ
βαγ
a *β a *α Y ( 00 γ ) = η Y ( αβγ ) , (19m)
αβγ
a *α a *β Y ( 00 γ ) = Y (αβγ ) , (19n)
αγβ
a *β a *α Y ( 0 γ 0) = η Y ( αβγ ) , (19o)
αβγ
βγα
a *α a *β Y ( 0 γ 0) = η Y ( αβγ ) , (19p)
αβγ
γαβ
a *β a *α Y ( γ 00) = η Y (αβγ ) (19q)
αβγ
e
γβα
a *α a *β Y ( γ 00) = η Y (αβγ ) , (19r)
αβγ
352
valores esperados < A* > e < A > tem significado físico vemos, de
acordo com os resultados acima e com os termos bi-lineares das Eqs.
(18a-e), que as seguintes relações de comutação bi-lineares podem ser
consideradas válidas para os gentíleons g1 no esquema de uma teoria
quântica de campo,
[a *i , a j ]+ = δ ij e [a *i ,a *j ]+ =[a i ,a j ]+ = 0 , (20a,b,c)
~ ~
q =qf + ~
qc = ( I 3 + Y / 2) + λ ( I3 + Y / 2) , (21)
~ ~
onde q f = I 3 + Y / 2 refere-se ao sabor (“flavor”), ~
q c = λ ( I3 + Y / 2)
refere-se a carga de cor e λ é um parâmetro constante. Com esta
~ ~ ~
definição, a carga bárion de cor total Q é dada por Q = λ < M > ,
~ ~ + q~ + q~ , de acordo com a Seção 6.6.4. Lembrando
onde M = q1 2 3
~
que o valor esperado < M > é uma constante de movimento igual a
~
zero, isto é, < M >= cons tan te = 0 , como mostrado na Seção 6.6.4
para o estado Y (brg ) , vemos que a relação Gell-Mann-Nishijima
generalizada é automaticamente satisfeita (Cattani e Fernandes, 1985;
1987a) independente do valor de λ . Contudo, devemos notar que para
preservar o caráter gentiliônico dos quarks é necessário colocar
λ = 0 . Então, em nossa aproximação quarks têm cargas fracionárias,
de acordo com os resultados de Gell-Mann. Vemos que a carga bárion
~
de cor Q é uma quantidade física conservada associada com o AS 3
~
Casimir < M >= 0 que denominaremos Casimir de cor (Cattani e
Fernandes, 1985; 1987a).
Em nossa aproximação (Cattani e Fernandes, 1984; 1985;
1987a) mésons são compostos de um para quark-antiquark [ qq ] . De
acordo com o Princípio Estatístico (ver Introdução), sistemas
semelhantes q , [ qq ] , [ qqq ] e [ qqq q ] , por exemplo, são proibidos.
Certamente bárions com mais de três quarks q são também proibidos.
358
λ
L = ∑ iq a+ γ µ ∂µ q a + gq a+ γ µ i A µi q b − m f q a+ q a
f ∂x 2
ab
2
i ∂A µi
1 ∂A
− µν − ν + gf ijk A µi A νk , (22)
4 ∂x ∂x
7.1 Introdução
1
Esta parte foi baseada no artigo de M. Cattani, publicado nos Anais da
Academia Brasileira de Ciências 67, p. 1-4, em 1995.
334
K[2,1]
(2,1) = η4 + η5 + η 6 = 0 ,
3 3
b = + −1 − , r = + +1 − e g =− − ,
2 2 2 2
1 0
respectivamente, onde + = e − = , e interpretar as
0 1
rotações neste plano como transformações que são produzidas pela
troca de glúons entre quarks. Levando em conta que as propriedades
dos hádrons sejam invariantes por essas transformações em E 3 ,
propomos o seguinte campo de gauge A µ (Mills, 1989)
2
A µ = ∑ Bµk Tk (1)
k =1
r
onde n é um vetor unitário na direção radial. Nessas condições a Eq.
(2) torna-se:
o ∂ r r r
iγ ∂t + iγ ⋅∇ − igγ ⋅ nδ( r − ro ) − mc ψ ( x ) = 0 . (3)
338
f ( r ) Ω j lm
ψ ( x ) = exp( −iEt ) , (4)
( −1) (1+l −l ′ ) / 2 g ( r ) Ω jl m
′
d f ( r ) + (1+ K )f ( r ) / r + gδ( r − r )f ( r ) − ( E + m )g ( r ) = 0 ,
o
dr
Teoria de Gauge
U ( x ) = exp[−ig ( ∑ θ k ( x ) Fk )] , (1)
k
Fig. 1. Mudança do ângulo interno θ(x) para θ(x+dx) quando a carga teste
se move de x para x+dx no espaço-tempo.
ψ(x ) = ∑ψ α ( x )u α , (2)
α
345
dψ = ∑[(∂ µ ψ α ) dx µ u α + ψ α du α ] , (3)
α
U ( dx ) = exp[−ig ∑ dθ k Fk ] , (4)
k
dθ k = ( ∂ µ θ k )dx µ . (5)
Assim, teremos
( Fk ) αβ =< α Fk β > .
346
( A µ ) αβ = ∑ (∂ µ θ k )( Fk ) αβ , (9)
k
dψ = ∑ ( dψ β ) u β = ∑ ( Dµ ψ β )dx µ u β , (11)
β β
347
D µ ψ = (∂ µ − igA µ )ψ , (13)
iγ µ D µ ψ = mψ , (15a)
∂ µ Fµν = jν , (15b)
jν = g ψ γ ν ψ , (15c)
Assim, pelo
caminho 1 temos
U1 (dx) ψ(A) = ψ(A) exp(- i g dj1 ) e pelo 2 temos
U 2 (dx) ψ(A) = ψ(A) exp(- i g j2 ) . Vejamos com calcular a
mudanças infinitesimais de fase dϕ ao longo dos caminhos,
lembrando que:
Como A µ ( x ) = ∑ ∂ µ θ k Fk , no trecho x + dx → x + dx + dy
k
temos,
351
U1 (dy ) =1− igA ν ( x + dx )dy ν =1− igA ν ( x )dy νdy − ig∂ µ A ν ( x )dx µ dy ν .
ν
(17)
Assim, pelo caminho 1 a evolução A → B é dada pelo
operador
ou seja,
escrita como:
r r r r r r r r
dϕ1 − dϕ 2 = ∫1A ⋅d l1 − ∫2 A ⋅d l 2 = ∫ A ⋅d l = ∫S rotA ⋅dS , (21)
r r
onde ∫ ⋅ d l é integral de circuitação ao longo do perímetro do
A
paralelograma.
O resultado visto na Eq.(21) é o que conhecemos como o
Teorema de Stokes:
r r r r r r
∫ ∇ × A ⋅ dS = ∫ B ⋅ dS = ∫γ A ⋅ dl = Φ , (22)
S S
353
REFERÊNCIAS
Índice Onomástico
Bak, T. A. 2, 395
Barnes, V. E. 234, 299
Bassalo, J. M. F. 1, 35, 99, 159, 182, 183, 204, 211, 221, 381, 382, 387, 395,
396
Bauer, E. 22, 34, 400
Berestetskii, V. B. 378, 396
Bjorklund, R. F. 221
Bliznyakov, N. I. 357, 396
Boerner, H. 320, 322, 327, 331, 333, 334, 336, 337, 396
Bohm, D. 371, 389, 393, 395
Boon, M. 14, 320, 322, 327, 331, 333, 334, 336, 337, 399
Borisovich, Yu. 357, 396
Bose, S. N. 325, 398
Buda 228
Burgoyne, N. 350, 363, 396
Butler, C. C. 221
Carmony, D. D. 233
Casimir, H. B. G. 126-128, 345, 346, 355, 358, 359, 363, 366, 367, 375, 379
363
Cattani, M. S. D. 317, 325, 326, 330, 344-347, 349, 351, 352, 355, 358-360,
362, 363, 366-368, 373-376, 382, 387, 396, 397
Chadwick, J. Sir 214, 221
Chamberlain, O. 224
Chodos, A. 379, 397
Christoffel, E. B. 382
Clebsch, R. F. A. 94, 95, 194, 196, 205, 208, 209, 219, 220, 275, 276, 280,
282, 283, 287, 293, 298, 300, 303
Close, F. E. 364, 397
Coleman, S. R. 230, 231, 235, 238, 239, 295
Condon, E. U. 209, 397
Connoly, P. L. 237, 296
Cork, B. 224
Coulomb, C. A. 92, 377
Cowan Junior, C. L. 221
Crandall, W. E. 221
Cushing, J. T. 175, 397
Dalitz, R. H. 236
Dashen, R. F. 238, 296
Di Giacomo, A. 371
Diddens, A. N. 232
Dieudonné, J. 356, 397
Dirac, P. A. M. 189, 231, 352, 370, 376, 377, 388
Eberhard, P. 237
Eckart, C. 203, 205, 208, 283, 284, 291
Einstein, A. 111, 221, 382, 387, 389, 398
Erwin, A. R. 235
Euler, L. 142, 166, 173, 388
Hamermesh, M. 317, 320, 322, 327, 328, 331, 333, 334, 336, 337, 347, 351,
398
Hartle, J. B. 351, 352, 398
Hasenfratz, P. 379, 398
Hebard, A. G. 242
Heisenberg, W. K. 214
Hellemans, A. 242
Hilbert, D. 317, 319-323, 326, 331, 337-340, 343, 345, 347
Hiley, B. J. 355, 371, 398
I
365
Kalbfleisch, G. 239
Kemmer, N. 221
Klein, O. B. 231, 295
Kuti, J. 379, 398
L
Occhialini, G. P. S. 221
Ogawa, S. 227, 289
Ohnuki, Y. 227, 229, 289, 294
Okubo, S. 229-231, 235, 238, 239, 290, 299, 300
Okun, L. B. 222
P
367
Stevenson, M. L. 236
Stokes, G. G. Sir 392
Stork, D. H. 233
Swart, J. J. de 230, 261, 277, 284, 293, 295, 401
Taylor, B. 100
Taylor, J. R. 351, 352, 398
Thomson, J. J. Sir 221
Thorn, C. B. 379, 397
Thorndike, A. M. 223
Ticho, H. K. 233, 237
Tiomno, J. 225, 237
Tsallis, C. 325, 401
Uhlenbeck, G. E. 185
Wilson, C. T. R. 221
Wojcicki, S. G. 237
Wu, T. T. 393, 402
Zagury, N. 237
Zeeman, P. 213 290
Zumino, B. 350, 359, 363, 399
Zweig, G. 239, 240, 300
Índice Onomástico
A
Bak, T. A. 2, 395
Barnes, V. E. 234, 299
Bassalo, J. M. F. 1, 35, 99, 159, 182, 183, 204, 211, 221, 381, 382, 387, 395, 396
Bauer, E. 22, 34, 400
Berestetskii, V. B. 378, 396
Bjorklund, R. F. 221
Bliznyakov, N. I. 357, 396
Boerner, H. 320, 322, 327, 331, 333, 334, 336, 337, 396
Bohm, D. 371, 389, 393, 395
Boon, M. 14, 320, 322, 327, 331, 333, 334, 336, 337, 399
Borisovich, Yu. 357, 396
Bose, S. N. 325, 398
Buda 228
Burgoyne, N. 350, 363, 396
Butler, C. C. 221
Carmony, D. D. 233
Casimir, H. B. G. 126-128, 345, 346, 355, 358, 359, 363, 366, 367, 375, 379
Cattani, M. S. D. 317, 325, 326, 330, 344-347, 349, 351, 352, 355, 358-360, 362, 363, 366-368, 373-376, 382,
387, 396, 397
Chadwick, J. Sir 214, 221
Chamberlain, O. 224
Chodos, A. 379, 397
Christoffel, E. B. 382
Clebsch, R. F. A. 94, 95, 194, 196, 205, 208, 209, 219, 220, 275, 276, 280, 282, 283, 287, 293, 298, 300, 303
Close, F. E. 364, 397
Coleman, S. R. 230, 231, 235, 238, 239, 295
Condon, E. U. 209, 397
Connoly, P. L. 237, 296
Cork, B. 224
Coulomb, C. A. 92, 377
Cowan Junior, C. L. 221
Crandall, W. E. 221
Cushing, J. T. 175, 397
1
D
Dalitz, R. H. 236
Dashen, R. F. 238, 296
Di Giacomo, A. 371
Diddens, A. N. 232
Dieudonné, J. 356, 397
Dirac, P. A. M. 189, 231, 352, 370, 376, 377, 388
Eberhard, P. 237
Eckart, C. 203, 205, 208, 283, 284, 291
Einstein, A. 111, 221, 382, 387, 389, 398
Erwin, A. R. 235
Euler, L. 142, 166, 173, 388
Hamermesh, M. 317, 320, 322, 327, 328, 331, 333, 334, 336, 337, 347, 351, 398
Hartle, J. B. 351, 352, 398
Hasenfratz, P. 379, 398
Hebard, A. G. 242
Heisenberg, W. K. 214
2
Hellemans, A. 242
Hilbert, D. 317, 319-323, 326, 331, 337-340, 343, 345, 347
Hiley, B. J. 355, 371, 398
Kalbfleisch, G. 239
Kemmer, N. 221
Klein, O. B. 231, 295
Kuti, J. 379, 398
L
3
Maxwell, J. C. 209, 381, 388, 392
Meijer, P. H. E. 22, 34, 400
Mendeleiev, D. I. 226
Merzbacher, E. 318-322, 325, 329, 400
Millikan, R. A. 242
Mills, R. L. 376, 381-383, 387-389, 393, 400, 402
Moebius, A. F. 357
Moriyasu, K. 381-383, 387, 389, 393, 400
Moyer, B. J. 221
Muirhead, H. 221
Occhialini, G. P. S. 221
Ogawa, S. 227, 289
Ohnuki, Y. 227, 229, 289, 294
Okubo, S. 229-231, 235, 238, 239, 290, 299, 300
Okun, L. B. 222
4
Sakata, S. 226, 227, 240, 285, 286, 289, 300, 302
Sakurai, J. J. 236, 238, 296
Schenberg, M. 397
Schiff, L. I. 318, 319, 322, 325, 329, 401
Schlein, P. E. 233, 237, 296
Schnitzer, H. J. 230, 231, 235, 238, 239, 295
Schouten, J. A. 148, 149, 152
Schrödinger, E. 92, 176, 211, 322
Schur, F. 58, 62, 170
Schwinger, J. S. 225
Segrè, E. G. 224, 226, 401
Shortley, G. H. 209, 397
Shutt, R. P. 223
Slater, W. E. 233
Smirnov, V. 5, 9, 401
Speiser, D. R. 277
Stevenson, M. L. 236
Stokes, G. G. Sir 392
Stork, D. H. 233
Swart, J. J. de 230, 261, 277, 284, 293, 295, 401
Taylor, B. 100
Taylor, J. R. 351, 352, 398
Thomson, J. J. Sir 221
Thorn, C. B. 379, 397
Thorndike, A. M. 223
Ticho, H. K. 233, 237
Tiomno, J. 225, 237
Tsallis, C. 325, 401
Uhlenbeck, G. E. 185
5
Williams, W. S. C. 261, 402
Wilson, C. T. R. 221
Wojcicki, S. G. 237
Wu, T. T. 393, 402
Zagury, N. 237
Zeeman, P. 213 290
Zumino, B. 350, 359, 363, 399
Zweig, G. 239, 240, 300