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Análise, crítica e poesia: Drummond visto por Décio e Arrigucci Jr.

Daniele Débora de Souza


Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

RESUMO: Este artigo toma como objeto dois textos da fortuna crítica da obra de Carlos
Drummond de Andrade, “Dificuldades no caminho”, de Davi Arrigucci Jr., e “Áporo”, de
Décio Pignatari, ambos analisam o poema “Áporo”, publicado em A Rosa do povo. A
comparação entre as análises parte de um breve levantamento sobre a formação intelectual e
acadêmica de cada um dos críticos para justificar as interpretações do poema realizadas pelos
dois autores. Décio Pignatari, publicitário, semioticista, tradutor e professor na área de
Comunicação, integrou o trio concretista ao lado dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos,
seguidores da tradição mallarmaica. Davi Arrigucci Jr., por sua vez, tem sua formação em
Letras, é professor aposentado de Teoria Literária e Literatura Comparada e crítico de
literatura, além de escritor de ficção. Considerando sempre a formação dos dois autores, a
presente análise visa justificar seus diferentes pontos de vista a respeito do mesmo objeto
literário.

PALAVRAS-CHAVE: Crítica literária. Poesia brasileira. Carlos Drummond de Andrade.


Décio Pignatari. Davi Arrigucci Jr.

Estudo

Os poemas de Carlos Drummond de Andrade sempre receberam atenção especial da


crítica literária brasileira. Em sua maioria, os críticos de Drummond consideram seus poemas
verdadeiras obras-primas. A este respeito os críticos Décio Pignatari e Davi Arrigucci Jr.

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concordam, principalmente em relação ao poema “Áporo”, publicado em A rosa do povo.


Em seus comentários críticos ao poema eles exprimem tal admiração:
Uma das peças de poesia mais perfeitas e mais criativas, em âmbito internacional e
dentro da tradição do verso pós-Mallarmé.
(PIGNATARI, 1973. P. 137)

(...) o breve poema pode ser destacado como um ponto alto, não só pela qualidade
em si, mas pelo caráter exemplar com relação ao conjunto da obra.
(ARRIGUCCI JR., 2002. P. 76)

No entanto, observam-se, já nesses dois fragmentos, algumas diferenças dos motivos


que os levam a considerá-lo um poema digno de ser analisado.
Décio Pignatari é conhecido por ter feito parte do trio de poetas concretistas de São
Paulo, junto com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, os quais foram responsáveis pela
estruturação do Manifesto Concretista e estabelecimento da Teoria da Poesia Concreta1 nos
anos 60 e 70. O trio apresenta uma leitura peculiar da obra de Mallarmé e têm “Un coup de
Dés” como “a primeira obra poética consciente e estruturalmente organizada segundo a
espácio-temporalidade”2, ou seja, a primeira obra literária que traz a noção de espaço como
elemento estrutural próprio. Consideram-se seguidores da tradição mallarmaica e assim
também classificam poetas como João Cabral de Melo Neto e o próprio Drummond.
Além de ter exercido a profissão de publicitário por 15 anos, Pignatari é semioticista e
tradutor. Foi professor de Teoria da Informação, Comunicação e Semiótica, e Comunicação e
Linguagens em cursos de Pós- Graduação e Graduação.
Tal especialização ligada à Semiótica influencia, determinantemente, suas análises
críticas nos campos das artes e literatura. Sua concepção de Semiótica é baseada na teoria dos
signos do semioticista norte-americano3 Charles Sanders Peirce (1839-1914). E, através dos
termos da semiótica de Peirce, Pignatari formula sua proposição a respeito da função poética
da linguagem, a qual aplica em sua análise de poesia:
(...) a função poética da linguagem se marca pela projeção do ícone sobre o símbolo
– ou seja, pela projeção de códigos não verbais (musicais, visuais, gestuais, etc.)
sobre o código verbal. Fazer poesia é transformar símbolo (palavra) em ícone
(figura). (PIGNATARI, 2005, P. 17)

A formação heterogênea de Pignatari, voltada à área da Comunicação e Semiótica, se


reflete em seus escritos e também na organização de seus livros. Seu texto crítico ao poema de

1
CAMPOS A, CAMPOS, H, PIGNATARI, D. Teoria da Poesia Concreta. 2ª Ed. Editora Brasiliense. 1973.
2
Idem, p. 67.
3
http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm, acesso em 25/11/2011.
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Drummond, por exemplo, encontra-se em um livro que não trata somente de literatura ou
poesia. O livro Contracomunicação (1973) traz entrevistas, depoimentos, textos sobre o
ensino na área de comunicação entre eles um plano pedagógico de um curso de Comunicação,
um texto a respeito do papel da TV Cultura nos campos do ensino, da educação e da cultura.
Além de conter onze crônicas de futebol, de autoria própria, textos sobre artes visuais e
histórias em quadrinhos intercaladas aos textos. Ele é dividido em seis partes, sendo somente
a terceira voltada exclusivamente à literatura.
Davi Arrigucci Jr., por sua vez, é professor aposentado de Teoria Literária e Literatura
Comparada, graduou-se em Letras e na mesma área obteve o título de Doutor. Escreveu
crítica literária durante toda vida, e hoje é também escritor de ficção. Durante sua formação,
teve como referência os estudos de teoria literária de Eric Auerbach, Leo Spitzer e Dámaso
Alonso4.
Porém, foi a leitura da “Introdução”, do livro Formação da Literatura Brasileira, de
Antonio Candido, que proporcionou uma diretriz conceitual a Arrigucci Jr. pela qual pode
desenvolver seu método de análise e interpretação de textos. Para ele, o ponto fundamental
trazido pelo livro é

(...) a concepção do texto como resultado, cuja relativa autonomia não dispensa para
sua compreensão crítica os fatores externos – psíquicos e sociais – que o motivaram
e podem estar presentes nele como componentes estéticos da forma significativa,
atuantes nas projeções de seus significados. Essa concepção permite adotar uma
estratégia maleável e móvel de abordagem dos textos. (...) superando tanto o
formalismo, limitado à absolutização da autonomia estrutural, quanto o
reducionismo sociológico, a proposta de leitura de Antonio Candido é integradora e
procura se adequar a uma obra de arte que resulte ela própria da integração coerente
das contradições da experiência histórica, sendo, por isso mesmo, capaz de nos
proporcionar a experiência estética da estrutura. (ARRIGUCCI JR., 2010, P. 213)

Arrigucci Jr. acompanhou o desenvolvimento do pensamento crítico de Antonio


Candido, quando este, posteriormente, encontra uma nova formulação à noção de texto como
resultado no conceito de redução estrutural. E, esclarece, cada vez melhor, sua ideia de que
5
“só pelo estudo da forma é possível apreender convenientemente os aspectos sociais” de
uma obra.

4
Segundo o próprio crítico indica em seu ensaio “Questões sobre Antonio Candido” in O guardador de
Segredos - Ensaios, 2010
5
ARRIGUCCI, D. “Questões sobre Antonio Candido” in O guardador de Segredos - Ensaios, 2010.

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Seu método de interpretação, relacionando de maneira dialética forma e conteúdo,


pode ser observado no livro que traz a análise do poema “Áporo”, de Drummond. Coração
Partido – uma análise da poesia reflexiva de Drummond (2002) pode servir como
exemplo ao tipo de crítica operada por Arrigucci Jr. O livro traz análises de alguns outros
poemas, como “Poemas de sete faces”, “Sentimental”, “No meio do caminho” e “Mineração
do outro”.
Nota-se, portanto, a homogeneidade, ou não variação dos assuntos abordados pelo
crítico neste livro. Em outros livros, porém, há a reunião de um ou mais tipos de textos –
entrevistas, ensaios, crítica de cinema – escritos por Arrigucci Jr. Seus objetos de análise,
contudo, não variam tanto quanto os de Pignatari.

***

Áporo

Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.

Que fazer, exausto,


em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?

Eis que o labirinto


(oh razão, mistério)
presto se desata:

em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se

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Os dois críticos iniciam suas respectivas análises evidenciando a estranheza


transmitida pelo vocábulo Áporo. Pignatari apresenta diversos verbetes com a definição da
palavra, muitos deles repetidos. Entre eles destaca-se o encontrado no Pequeno Dicionário
da Língua Portuguesa: “Problema difícil ou impossível de resolver, gênero de plantas da
família das orquídeas, (...) gênero de insetos himenopteros, da família dos cavadores”.
A intenção de Pignatari, ao apresentar cerca de nove verbetes de diferentes
dicionários, pode ter sido a demonstração do trabalho do poeta em levantar as palavras “em
estado de dicionário” a que se refere o poeta na “Procura da poesia”. Tal ponto foi destacado
por Arrigucci Jr. em seu texto a respeito do mesmo poema.
Pode-se também refletir sobre a abordagem objetiva do texto feita por Pignatari,
quando, por meio de verbetes, toma o poema como texto independente de fatores externos a
ele próprio. Ou seja, para Décio “o poema é um ser de linguagem. O poeta faz linguagem fazendo o
poema. Ele está sempre criando e recriando a linguagem” 6. Limita, assim, sua análise a um
modelo que considera ideal na abordagem de poesia a qual significa em si mesma: “o poeta
não trabalha com o signo verbal, ele trabalha o signo verbal”7.
A possibilidade de criação de uma linguagem é indicada no subtítulo dado por Décio
ao poema “Um Inseto Semiótico”. Isto é, um inseto capaz de criar significados pela
transformação do vocábulo “inseto” no vocábulo “orquídea” através de operações linguísticas,
como as aliterações verticais – fricativas, nasais, oclusivas e oclusivas velares – demonstradas
em sua análise. Segundo Pignatari, o poema cria, então, o seu próprio dicionário ou anti-
dicionário, a partir de um dicionário.
A respeito dos verbetes, Arrigucci Jr. acredita ser vital tal levantamento, visto que
através dele, a atenção do leitor é chamada para a construção estrutural do texto. Ele nota
ainda que “os principais núcleos semânticos estão alinhavados no texto”. Importa a ele,
portanto, a maneira pela qual o poeta opera a relação entre esses núcleos. Não descarta a
transformação operada no nível da linguagem de um significante – áporo – através de seus
significados múltiplos enlaçados, em outro significante – Áporo, o poema. Mas percebe a
transformação não só no nível linguístico, como Pignatari. Observa a circularidade onde “o
resultado (poema) se define na origem (palavra), e esta, por sua vez, igualmente pelo

6
PIGNATARI, D. O que é comunicação poética - 9ª edição. 2005.
7
Idem. P. 10.
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resultado”8(parêntesis meus). O que chama de reversibilidade entre os termos é expressa pelo


tema mítico da metamorfose por meio da qual se dá a transformação do inseto em orquídea.
Arrigucci Jr., então, não nega a conexão desta transformação por meio da linguagem,
contudo, diz que através de uma seleção dos signos definidores de áporo, o poeta faz uma
analogia com “a esfera da vida na natureza”. Uma aproximação analógica com os ciclos
biológicos nos quais há a transformação de uma planta-mãe em planta-filha de sua própria
filha, um ciclo de auto-reprodução encontrado em algumas espécies de plantas.
E por meio da epígrafe de seu texto crítico, “Os hymenopteros experimentarão
metamorphoses completas9”, ele enfatiza a transformação do inseto como fator relevante ao
poema como um todo. No entanto, a metamorfose do poema se mostra inviável na natureza,
pois não há como dois seres distintos – animal e planta – se transfigurarem um no outro. Ele
comprova, mais uma vez, a ligação entre a metamorfose interna do inseto em orquídea e o
mito:
(...) só no mito, e na metáfora poética, que é um mito em pequeno (...) se abre a
possibilidade de deslizamento da identidade à maneira de “isso é aquilo”, para
lembrar termos de Drummond10.

Arrigucci Jr. discorda novamente de Pignatari a respeito da criação de um novo


dicionário ou de um anti-dicionário a partir da transformação de um signo em outro. Para ele,
tal transformação se dá pela articulação entre termos que são designados pelo mesmo signo,
mas que não possuíam nenhuma relação quanto à expressão e ao significado antes de serem
conectados através do poema. Essa articulação possibilita o poema como acontecimento, e
também compõe o enredo organizado em forma de uma mini-narrativa. “A historieta de um
inseto cavador que se transforma após um caminho difícil, de súbito e contra toda lógica,
numa orquídea”11.
Pignatari, sobre a forma escolhida pelo poeta, diz que sua configuração externa “Algo
assim como um soneto de versos decassílabos rasgado ao meio longitudinalmente” é uma
paródia com correspondentes na estrutura interna, “a saber, nas expressões que aludem à

8
ARRIGUCCI, Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de
Drummond. 2002. P. 79
9
Epígrafe retirada de um tratado intitulado História natural popular, de Dr. J. Ph. Anstett, 1894, II.
10
ARRIGUCCI, Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de
Drummond. 2002. P. 81.
11
Idem, p. 82.
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antiloquência do pseudo-castiço: Eis que, Oh razão, Presto”. Arrigucci Jr., por sua vez, crê
que a escolha das redondilhas menores, nas quais se moldou o soneto, faz parte do modo
particular do poeta lidar com a tradição. Assim como o tema mitológico da metamorfose,
Drummond faz uso da forma fixa, porém, os atualiza por meio da dramatização de “uma cena
direta, narrada no presente” tendo sempre alguma correspondência com sua experiência
histórica.
Ambos consideram o ritmo do poema um elemento fundamental em suas análises.
Contudo, para Pignatari ele se revela mais claramente quando traduzido em termos de
compasso, admitindo a diferenciação feita por Sérgio Buaque de Holanda entre ritmo e
compasso. Essa tradução evidencia compassos de uma valsa que entre outras funções pode
servir também como comentário irônico à forma tradicional do soneto. Davi Arrigucci Jr., no
entanto, relaciona o ritmo regular da primeira estrofe, na qual é narrada a ação insistente do
inseto em cavar a terra, com o trabalho do próprio poeta, também insistente e difícil. Mas
somente na segunda estrofe a figura do sujeito lírico que contempla a ação do inseto e reflete
sobre o seu próprio trabalho aparece. “Caminho difícil do saber e do mito, „Áporo‟ é também
o árduo percurso da poesia tal como se espelha na consciência do poeta, debruçada sobre o
próprio fazer sem saída”.12
As diferentes considerações sobre o ritmo do poema fornecem uma pista sobre o que
pode ser relevante à interpretação do mesmo, segundo a abordagem de cada um dos críticos.
Pignatari reserva um espaço pequeno em seu texto, onde fala acerca de possíveis relações
entre o poema e o contexto histórico ou entre a obra em que foi publicado. Enfatiza que estes
outros níveis de interpretação “nada podem acrescentar-lhe de essencial”13.
Observa-se, contudo, que Pignatari sugere que tais níveis podem somente estar ligados
à situação do país na época e a fatores decorrentes dela. Não indica a possibilidade de ligação
com o contexto por meio da figura do poeta, como faz Arrigucci Jr. Este aponta que a reflexão
do poeta sobre suas dificuldades e limitações resulta na comparação de todo seu trabalho
incessante com um inseto, reduzindo, então, a si próprio e seu trabalho. O pano de fundo
histórico pode ser percebido “através da negatividade que penetra a alma do poeta,
materializando-se na perspectiva com que encara sua própria atividade”.14

12
P. 89
13
PIGNATARI, D. “Áporo” in Contracomunicação. São Paulo: Editora Perspectiva. 1973, p. 137.
14
ARRIGUCCI, Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de
Drummond. 2002. P. 99.
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Arrigucci Jr. não diz que o poema brota da realidade, mas ao invés disso, fala sobre a
possibilidade de se conhecer “como uma consciência verídica da história pode brotar de
repente do interior do mito (...) buscando através da dificuldade, a solução formal adequada
para a expressão de uma real experiência histórica”.15 Ele articula a forma e o conteúdo, este
podendo se relacionar com a realidade histórica a partir da reflexão e dos sentimentos do
próprio poeta e não à maneira reducional de representação de tal realidade.
Apesar de Pignatari e Arrigucci Jr. concordarem sobre a qualidade inquestionável da
obra de Drummond, eles não são influenciados pelos mesmos fatores. Cada um, a seu modo e
segundo seu viés analítico, destaca o que considera mais importante na obra e também no
trabalho em si do poeta:
Sinto-me aventurado a acreditar que o poeta fez do papel o seu público, moldando-o
à semelhança de seu canto, e lançando mão de todos os recursos gráficos e
tipográficos, desde a pontuação até o caligrama, para tentar a transposição do poema
oral para o escrito, em todos os seus matizes16.
(PIGNATARI, 1987, p. 17)

O modo como Drummond captou na forma de seus versos, com o que trazia de mais
íntimo em sua individualidade sensibilíssima, o sentimento de seu tempo é que faz
dele o grande poeta que é.
(ARRIGUCCI JR., 2002, p. 103)

Referências bibliográficas

ARRIGUCCI JR., Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da


poesia reflexiva de Drummond. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. P. 75 a 105.
_________________. “Questões sobre Antonio Candido” in O guardador de Segredos –
Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras. 2010, p. 211-218.
CAMPOS A, CAMPOS, H, PIGNATARI, D. Teoria da Poesia Concreta. 2ª Ed. São Paulo:
Editora Brasiliense. 1973.
CENEP – Centro de Estudos Peircianos, “Semiótica: perguntas e respostas”
http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm acesso em 25/11/2011.
PIGNATARI, Décio. O que é comunicação poética. 9ª edição. Cotia, SP: Ateliê Editorial,
2005.
__________________. “Áporo” in Contracomunicação. São Paulo: Editora Perspectiva.
1973, p. 131-137.

15
Idem, p. 95.
16
Sobre a passagem da poesia oral, que era declamada diante de um grupo por um poeta-declamador oficial o
qual era perfeitamente compreendido por todos em suas entonações e intenções, à escrita que transformou tais
declamações em monólogos, Décio fala sobre a atitude de Drummond.

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