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Manual Tecnico Controle Tuberculose Cab6 PDF
Manual Tecnico Controle Tuberculose Cab6 PDF
Brasília - DF
2002
© 2002. Ministério da Saúde.
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Elaboração e revisão final: Antônio Roberto Leite Campelo, Graciene Silveira, Ivanize de Holanda Cunha, Josué Laguardia,
Maria de Fátima Militão de Albuquerque, Neilton Araújo de Oliveira, Rosália Maia, Wayner Vieira de Souza
Colaboradores:
Ademir de Albuquerque Gomes (OPASjOMS), Mrânio Lineu Kritski (UFRJ), Alberto Enildo de Oliveira Meio (SMSj
Recife), Ana Maria Miranda Pinto, Antônio Carlos Toledo Júnior (SESjMG), Antonio Rulfino Netto (DABjMS), Berenice
da Silva Santos, Carmen Lúcia Muricy, Celso Ferreira Ramos Filho (UFRJ), Clemax Couto Sant'Anna, Elaine Black Ceccon
(SMSjPorto Alegre), Elisa Cazue Sudo, Femando Augusto fiúza de Meio (Inst. Clemente Ferreira), Germano Gerhardt Filho
(Inst. Ataulfo de Paiva), Gilmário M. Teixeira (Centro de Ref. Hélio Fraga), Hisbello da Silva Campos (Centro de Ref. Hélio
Fraga), Hugo Pedroso (SMSjCuritiba), Jerson Soares Antunes Júnior, Jorge Barros Afiune (Inst. Ataulfo de Paiva), José
Rosemberg (PUC;Sorocaba), Laede Rodrigues dos Santos (SESjSP), Leda Fátima Jamal (Inst. Adolfo Luiz), Marco Antônio
de Ávila Vitória, Margaret Dalcolmo (Centro de Ref. Hélio Fraga), Margarida Maria de Mattos Britto de Almeida (FSPj
USP), Maria José Procópio R. de Oliveira, Miguel ajub Hijjar (Centro de Ref. Hélio Fraga), Mônica Maria Rocha Clemente
Machado, Pedro Chequer, Rosana Dei Bianco (DSTjAIDS), Ruth Glatt (Centro de Ref. Hélio Fraga), Solange Cavalcante
(SMSjRJ), Valdiléa Gonçalves Veloso, Walry Bittencourt Ferreira (SESjPA), Wemer Paul Ott (SESjRS)
Catalogação na fonte
.'
Bibliotecária Luciana Cerqueira Brito - CRB Ia Região nO 1542
FICHA CATALOGRÁFICA
APRESENTAÇÃO _ 05
1. O CONTROLE DA TUBERCULOSE - PRIORIDADE NACIONAL 07
1.1. ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE PARA
O CONTROLE DA TUBERCULOSE 08
2. ETIOLOGIA, TRANSMISSÃO E PATOGÊNESE 09
2.1. A PROCURA DE CASOS DE TUBERCULOSE 11
2.2. ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR 13
2.2.1. A história clínica 13
2.2.2. Exame bacteriológico 13
2.2.3. Exame Radiológico 16
2.2.4. Prova Tuberculínica 17
3. A NOTIFICAÇÃO DO CASO DE TUBERCULOSE 19
4. O TRATAMENTO DO PACIENTE COM TUBERCULOSE 19
4.1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRATAMENTO 19
4.2. A ADESÃO AO TRATAMENTO: O PAPEL DA ESTRATÉGIA DOTS(TDS 20
4.3. ESQUEMAS DE TRATAMENTO SEGUNDO A SITUAÇÃO DO CASO 20
4.4. OS CASOS QUE DEVEM SER TRATADOS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 21
4.5. A CRIANÇA COM SUSPEITA DE TUBERCULOSE 23
4.6. ESQUEMAS DE TRATAMENTO E POSOLOGIA 25
5. O ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO 27
6. REAÇÕES ADVERSAS AO USO DE DROGAS ANTITUBERCULOSE 28
7. CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO TRATAMENTO NAS UNIDADES DE SAÚDE .. 33
8. PREVENÇÃO :, 34
8.1. A INVESTIGAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOS CONTATOS ~ 34
8.2. A VACINAÇÃO BCG 36
8.3. QUIMIOPROFILAXIADA TUBERCULOSE 36
9. SISTEMA DE INFORMAÇÃO 39
9.1. ENTRADA DE DADOS NO SINAN (VERSÃO PARA WINDOWS) 39
9.2. ACOMPANHAMENTO DO CASO DE TUBERCULOSE:
ATUALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 40
10.ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES
DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NA REDE BASICA E NO PROGRAMA DE
SAÚDE DA FAMÍLIA 45
I1.AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE
DESENVOLVIDAS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE 48
12.ANEXOS 50
1-
APRESENTAÇÃO
o presente Manual para o Controle da Tuberculose está voltado para os profissionais de saúde
que atuam na atenção básica. Trata -se de um dos instrumentos destinados à capacitação de recursos
humanos, como parte da mobilização nacional empreendida pelo Ministério da Saúde, em parceria
com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, visando a intensificar as ações de controle da
tuberculose e de eliminação da hanseníase.
A capacitação dos profissionais de saúde é a questão crucial para que esses objetivos sejam
alcançados, visto que as demais condições necessárias já estão criadas, destacando-se a atualização do
conhecimento técnico; a disponibilidade de recursos financeiros; o alto grau de descentralização da
gestão das ações e serviços de saúde; e a extraordinária expansão dos Programas de Agentes Comunitários
de Saúde e Saúde da Família, estratégias prioritárias na reorganização da atenção básica no País, mediante
as quais é perfeitamente possível eliminar a hanseníase e controlar a tuberculose.
Essas doenças, apesar dos importantes resultados obtidos nos últimos anos, ainda configuram
problemas de saúde pública no Brasil. Em relação à tuberculose, particularmente, estima-se que 50
milhões de brasileiros estejam infectados pelo bacilo, portanto com possibilidade de desenvolver a
doença sob várias formas. Em função da transmissão pela tosse, a forma clínica pulmonar é a mais
importante do ponto de vista epidemiológico.
Atualmente, o percentual de cura da tuberculose não ultrapassa 75 % dos casos tratados, embora
o Brasil tenha sido o primeiro País a implantar o tratamento de curta duração - seis meses - em 1980,
obtendo relativo sucesso inicial. O percentual insatisfatório de cura decorre, sobretudo, do abandono
do tratamento que, logo no início, confere ao paciente uma melhora notável.
Devido em parte à associação da tuberculose com a aids, tem-se observado uma expansão
recente da doença no País. Além disso, é importante considerar que o número de casos notificados não
representa toda a realidade, dada a falta de diagnóstico ou a ausência de registro de casos.
A reversão desse quadro depende, principalmente, dos profissionais de saúde, sobretud~ daqueles
que integram as equipes das unidades básicas. Essas equipes precisam estar atentas e devidamente
capacitadas para informar a população acerca da doença e dos meios de preveni-Ia, bem como para
realizar o pronto diagnóstico dos casos suspeitos, iniciar rapidamente o tratamento e acompanhar os
pacientes, de modo a garantir-lhes a cura plena.
A expectativa do Ministério da Saúde é que este Manual seja um instrumento efetivo para a
atuação dessas equipes, auxiliando-as tanto na abordagem clínica do paciente, quanto nas questões
operacionais das ações de controle da tuberculose em nosso País.
Barjas Negri
Ministro da Saúde
5
1. O CONTROLE
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DA TUBERCULOSE
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- PRIORIDADE NACIONAL
*
A tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil, que
juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, albergam 80%
dos casos mundiais da doença. No Brasil, estima-se que ocorram 129.000
casos por ano, dos quais são notificados cerca de 90.000. Em 1998, o
coeficiente de mortalidade foi de 3,5 por 100.000 habitantes. Esses
números, entretanto, não representam a realidade do País, pois parte dos
doentes não são diagnosticados nem registrados oficialmente.
O Ministério da Saúde (MS) (1999), define a
tuberculose como prioridade entre as políticas
governamentais de saúde, estabelecendo diretrizes
para as ações e fixando metas para o alcance de seus objetivos.
As ações para o controle da tuberculose no Brasil têm como meta diagnosticar
pelo menos 90% dos casos esperados e curar pelo menos 85% dos casos
1 diagnosticados. A expansão das ações de controle para 100% dos municípios
complementa o conjunto de metas a serem alcançadas.
Essa expansão se dará no âmbito da atenção básica, na qual os gestores
municipais, juntamente com o gestor estadual deverão agir de forma planejada
e articulada para garantir a implantação das ações de controle da tuberculose:
•
estruturação da rede de serviços de saúde para identificação de sintomáticos respiratórios;
•
organização da rede laboratorial para diagnóstico e controle dos casos;
•
garantia de acesso ao tratamento supervisionado e/ou auto-administrado dos casos;
• proteção dos sadios;
.. alimentação e análise das bases de dados para tomada de decisão.
7
l.l. ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES BAsICAS DE SAÚDE
PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE
As UBS do Sistema Único de Saúde (SUS) de todos os
municípios do País devem realizar as ações para:
• identificar entre as pessoas maiores de 15 anos que procuram
o serviço, sintomáticos respiratórios (pessoas com tosse e
expectoração por três semanas ou mais), fazer o diagnóstico
de tuberculose, iniciar o tratamento, acompanhar os casos
em tratamento, dar alta aos pacientes;
• identificar entre as crianças que procuram o serviço de saúde, aquelas portadoras de
pneumopatias e outras manifestações clínicassugestivas de tuberculose, descritas mais adiante,
e encaminhá-Ias a uma unidade de referência para investigação e confirmação do diagnóstico;
• acompanhar e tratar os casos confirmados nas UBS;
• aplicar a vacina BCG;
• coletar material para a pesquisa direta de bacilos álcool ácido resistentes (BAAR) no escarro.
Caso a unidade básica de saúde não possua laboratório, identificar um laboratório de
referência e estabelecer um fluxo de envio do material;
• realizar a prova tuberculínica quando necessário;
• realizar exame anti-HIV quando indicado;
• dispor de estoque de medicamentos específicos para os doentes inscritos no programa de
tuberculose;
• fazer tratamento supervisionado na unidade de saúde ou no domicílio quando indicado;
• manter o Livro de Controle de Tratamento dos Casos de Tuberculose com informações
atualizadas acerca do seu acompanhamento, baciloscopias e critério de alta. Essas informações
devem ser enviadas mensalmente ao primeiro nível informatizado do SINAN, seja o distrito
sanitário, nos municípios maiores, ou para a Vigilância Epidemiolqgica da Secretaria
Municipal de Saúde. Estar atento que a médio prazo, uma nova fichá do SINAN deve.rá
estar disponível incorporando essas informações;
• informar a Secretaria Municipal de Saúde acerca dos casos atendidos
e situação de encerramento (resultado do tratamento) desses casos;
• realizar trimestralmente estudo de coorte dos casos acompanhados
par,! a análise .do resultado do tratamento;
• fazer ~mâ .programação anual para o Programa de Controle da
Tuberculose,' juntamente com a Vigilância Epidemiológica do
município, estabelecendo metas a serem atingidas;
• fazer visita domiciliar quando necessário;
• treinar
•• os recursos humanos da unidade básica de saúde;
• realizar ,ações educativas junto à clientela da unidade de saúde, bem como na comunidade;
• divulgar os· serviços prestados tanto no âmbito do serviço de saúde como na própria
comunidade.
8
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
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Os pulmões e os alveólos
10 _
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
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LmeningeS
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ossos
rins
Todos os órgãos podem ser acometidos pelo bacilo da tuberculose, porém, ocorre mais
freqüentemente nos pulmões, gânglios, pleura, rins, cérebro e ossos.
Apenas em torno de 10% das pessoas infectadas adoecem, metade delas durante os dois primeiros
anos após a infecção e a outra metade ao longo de sua vida. Esta estimativa está correta se não existirem
outras infecções ou doenças que debilitem o sistema imunológico da pessoa, como, por exemplo:
Diabetes Mellitus (DM);
infecção pelo HIV;
tratamento prolongado com corticosteroídes;
terapia imunossupressora;
doenças renais crônicas, entre outras;
desnutrição calórico protéica.
Quanto maior o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de equipes com profissionais
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
capacitados desenvolvendo as ações de controle da tuberculose, mais abrangente poderá ser a procura
de sintomáticos respiratórios nos serviços de saúde e nas comunidades, mais rápido o início do tratamento
dos casos descobertos, mais adequada a supervisão direta do tratamento, garantindo a cura do doente
e conseqüentemente mais rápida a interrupção da transmissão.
AI> ações para aprocura de casos devem estar voltadas para os grupos com maior probabilidade
de apresentar tuberculose. Deve-se realizar a busca ativa de casos entre:
• os sintomáticos respiratórios - a equipe de saúde deve estar preparada para realizar a
busca sistemática de sintomáticos respiratórios, ou seja, das pessoas maiores de 15
anos que procuram os serviços de saúde por qualquer motivo e apresentam queixas
de tosse e expectoração por três semanas ou mais. Entre esses, deve-se procurar o
doente com tuberculose pulmonar bac:ilífera,"fonte de infecção" para outros indivíduos;
•
contatos de casos de tuberculose - todá pessoa, parente ou não, que coabita com um
doente de tuberculose;
•
Atenção especial deve ser dada às populações de maior risco de adoecimento como os
residentes em comunidades fechadas - como presídios, manicômios, abrigos e asilos - e os
indivíduos etilistas, usuários de drogas, mendigos, imunodeprimidos por uso de
medicamentos ou por doenças im)lilossupressOras (aids, diabetes) e ainda os trabalhadores
em situações especiais que mantêm contato. próximo com doente com TB pulmonar
bacilífera ..
A procura de casos deve ser feita ainda entre os. suspeitos radiológicos (pacientes com
imagens suspeitas de TB que chegam ao serviço de saúde).
12 -------------------------------
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
baciloscopia ou cultura e aquele em que o médico, com base nos dados clínico-epidemiológicos
e no resultado de exames complementares, firma o diagnóstico de tuberculose. "Caso novo" é o
doente com tuberculose que nunca se submeteu à quimioterapia antituberculosa, fez uso de
tuberculostáticos por menos de 30 dias, ou submeteu-se ao tratamento para tuberculose há cinco anos
ou maIS.
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Coleta do escarro
A fase inicial do exame que compreende coleta, conservação e transporte do escarro é de
responsabilidade do profissional da Unidade Básica de Saúde.
14 _
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Local da coleta
As amostras devem ser coletadas em local aberto de preferência ao ar livre ou em sala bem
arejada.
Conservação e transporte
As amostras clínicas devem ser, preferencialmente, enviadas e processadas no laboratório
imediatamente após a coleta. Para aquelas amostras coletadas fora da unidade de saúde, esta deverá
recebê-Ia em qualquer hora de seu período de funcionamento e conservá-Ia, se possível, sob refrigeração
até o seu processamento. Para o transporte de amostras, deve-se considerar duas condições importantes:
1. proteção contra a luz solar;
2. acondicionamento adequado para que não haja risco de derramamento.
Para transportar potes de escarro de uma Unidade Básica de Saúde para outra de maior
complexidade, para realização da baciloscopia ou da cultura, as amostras de escarro poderão ficar em
temperatura ambiente, protegidas da luz solar por um período máximo de 24 horas.
Se a demora para o envio ao laboratório for no máximo de sete dias, as amostras de escarro
deverão ser mantidas refrigeradas entre 2°C e SOC em geladeira exclusiva para armazenar material
contaminado.
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Nas Unidades Básicas de Saúde, em princípio, deverá ser considerado para tratamento imediato
o paciente com diagnóstico de tuberculose pulmonar bacilífera que estiver enquadrado nos itens 1 e 2
descritos a seguir:
1 - Deverá ser considerado como tuberculose pulmonar positiva o caso que apresentar:
• duas baciloscopias diretas positivas;
• uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva;
• uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de TB.
2 - Se uma das amostras for positiva e a outra negativa e não houver disponibilidade de Raios
X de tórax pelo SUS deve-se realizar o exame de uma 3. a amostra, com todo o cuidado para a obtenção
de material adequado (escarro e não saliva). Se essa 3. a amostra for positiva, deve-se proceder como no
item 1. Se for negativa, o paciente deverá ser encaminhado para uma unidade de referência para
investigação e diagnóstico. Quando houver disponibilidade para realização de Raios X de tórax pelo
SUS, deve ser solicitado para investigação e solicitação de parecer da unidade de referência.
3 - Se as duas ou três amostras forem negativas, o paciente em pesquisa diagnóstica de doença
respiratória deverá ser encaminhado para consulta médica na unidade de referência.
4 - Os casos com suspeita de TB extrapulmonar devem ser encaminhados para uma unidade de
referência para invespgação diagnóstica e tratamento.
S - Serão encaminhados à consulta médica ou de enfermagem, os indivíduos com sintomas
respiratórios.
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Mensuração Correta
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
o EXAMESOROLÓGICOANTI-HIV
A todo doente com diagnóstico de tuberculose confirmado, deve ser oferecido o teste
sorológico anti-HIV. O profissional de saúde deve conversar com o doente sobre a possibilidade de
associação das duas infecções e dos benefícios do diagnóstico precoce e tratamento da infecção pelo
HIV O doente deve assinar o termo de consentimento para realização do exame.
Caso o exame seja positivo, o doente deve ser encaminhado para uma Unidade de Referência
para AIDS, mais próxima de sua residência, capacitada a tratar as duas infecções.
A tuberculose é uma doença grave, porém curável em praticamente 100% dos casos novos,
desde que os princípios da quimioterapia sejam seguidos.
A associação medicamentos a adequada, doses corretas, uso por tempo suficiente, comsupervisão
da tomada dos medicamentos são os meios para evitar a persistência bacteriana e o desenvolvimento
de resistência às drogas, assegurando assim a cura do paciente.
O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária de controle da tuberculose, uma vez que
permite anular rapidamente as maiores fontes de infecção. Poucos dias após o início da quimioterapia
correta, os bacilos da tuberculose praticamente perdem seu poder infectante. Assim, os doentes
"pulmonares positivos" não precisam nem devem ser segregados do convívio familiar e da comunidade.
Os casos suspeitos de tuberculose que tiverem o diagnóstico confirmado nas Unidades de
Referência, aqueles com baciloscopias persistentemente negativas ou sem escarro para realizar exames
e os casos de tUberculose extrapulmonar, que forem encaminhados de volta às Unidades Básicas de
Saúde de origem deverão ser acompanhados nesta unidade até a alta.
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Atenção especial deve ser dada para o tratamento supervisionado dos doentes pulmonares
bacilíferos, nas seguintes situações:
• etilistas;
• casos de retratamento após abandono;
• mendigos;
• presidiários;
• doentes institucionalizados (asilos, manicômios).
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
SITUAÇÃO Esquema
ESQUEMA para
básico
INDICADO +tuberculose
parafalência (esquema
etambutol III). IR).
(esquema
meningoencefálica
retorno após abandono
(esquema II).
do esquema básico.
o + etambutol Tuberculose meningoencefálica.
diva
Considera-se "caso novo" ousem tratamento anterior os pacientes que nunca se submeteram
à quimioterapia antituberculosa, fizeram por menos de 30 dias ou há mais de cinco anos. Verificar
insistentemente com o paciente e seus familiares, se não houve tratamento antituberculoso prévio,
superior a 30 dias.
Define-se como retratamento a prescrição de um esquema de drogas para o doente já tratado
por mais de 30 dias, que venha a necessitar de nova terapia por recidiva após cura (RC), retorno
após abandono (RA) ou por falência dos esquema I ou esquema IR
Considera-se caso de abandono, o doente que após iniciado o tratamento para tuberculose,
deixou de comparecer à unidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos, após a data aprazada para
seu retorno.
21
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
_ •.
• Os casos de retratamento após abandono constituem-se em AZlNAMIDA
PIR 500mg
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Atenção especial deve ser dada ao tratamento dos grupos considerados de alto risco de
intoxicação, como pessoas com mais de 60 anos, em mau estado geral e alcoolistas.
A rifampicina interfere na ação dos contraceptivos orais, devendo as mulheres em uso desse
medicamento, receber orientação para utilizar outros métodos anticoncepcionais.
l
O esquema (básico) e o esquema básico + etambutol (indicado para os casos de retratamento)
podem ser usados pelas gestantes em qualquer período da gestação, em dose plena.
O esquema lU deve ser realizado em unidades mais complexas. Sempre que possível, deve-se
realizar o teste de sensibilidade às drogas no início do tratamento para defInir claramente a possibilidade
de sucesso desse esquema ou sua modifIcação.
o
teste de sensibilidade às drogas não é rotineiro no País. Quando
realizado e apresentar resistência a apenas um dos medicamentos em
uso~com opaciente apresentando boa evolução clínica e laboratorial~ o
regime não deve ser alterado. A associaçãomedicamentosa de três drogas
é proposta~ entre outras razões~ justamente para contemplar essa
possibilidade.
\.
•
As manifestações clínicas sugestivas de tuberculose na criança e adolescente podem ser
variadas. O dados que chamam atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente
moderada, persistente por mais de 15 dias e freqüentemente vespertina. São comuns
irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa.
•
Muitas vezes a suspeita de tuberculose é feita em casos de pneumonia de evolução lenta
que não vêm apresentando melhora com o uso de antimicrobianos para bacterias comuns.
Em crianças e adolescentes, há predomínio da localização pulmonar sobre as formas de
tuberculose extrapulmonares.
•
Deve-se também suspeitar de tuberculose quando a criança apresentar linfadenopatia
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
cervical ou axilar, após excluir adenite infecciosa aguda com evidentes sinais flogísticos.
Na presença de reação forte ao PPD, está indicado o tratamento.
•
Os achados radiográficos mais sugestivos de tuberculose nessa faixa etária são:
adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume);
pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associada a
adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução e o infiltrado nodular
difuso (padrão miliar).
•
Deve-se sempre investigar se houve contato prolongado com adulto doente de tuberculose
pulmonar bacilífera ou com história de tosse por três semanas ou mais.
•
Os casos suspeitos de tuberculose em crianças e adolescentes devem ser encaminhados
para a unidade de referência para investigação e confirmação do diagnóstico.
•
Após definição do diagnóstico e estabelecido o tratamento, a criança deverá voltar para
acompanhamento na UBS.
•
Em crianças menores de cinco anos, que apresentem dificuldade para ingerir os comprimidos,
recomenda-se o uso das drogas na forma de xarope ou suspensão.
4.6. A HOSPITALIZAÇÃO
O período de internação deve ser reduzido ao mínimo possível, devendo limitar-se ao tempo
suficiente apenas para atender às razões que determinaram sua indicação, independente do resultado
do exame bacteriológico, procurando não estendê-Io além da primeira fase do tratamento.
Os quadros seguintes mostram os esquemas propostos com suas indicações gerais e específicas,
doses, duração e observações.
24 _
4.7.
M="'" Tirniw p-" eM,,"" d4 Tu"',"w'
Até R kgH
R
20 Peso do doente
35
10
1300
200
Mais 450
de 2.000
.0001.500
300400
Mais 600
mgjdia
45
20
de
mgjdiamgjdia
35
kg kg de
Mais e até
45 kg e até 35 kg
Drogas
Observações:
a) As drogas deverão ser administradas preferencialmente em jejum, em uma única tomada
ou, em caso de intolerância digestiva, junto com uma refeição.
b) Em casos individualizados cuja evolução clínica inicial não tenha sido satisfatória, ou ainda
nos casos de TB extrapulmonar, com a orientação de especialistas, o tempo de tratamento
poderá ser prolongado, na sua 2.a fase, por mais três meses (2RHZj7RH).
c) Os casos de tuberculose associados ao HIV devem ser encaminhados para unidades de
referência, em seu município ou em municípios vizinhos, para serem tratados para os dois
agravos (TBjHIV).
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25
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Observações:
a) Nos casos de concomitância entre tuberculose meningoencefálica e qualquer outra localização,
usar o esquema 11.
b) A internação é mandatória sempre que suspeitar do diagnóstico de tuberculose
meningoencefálica.
c) N os casos de tuberculose meningoencefálica em qualquer idade, recomenda -se o uso de
corticosteróides (prednisona, dexametasona ou outros) por um período de 1 a 4 meses, no
início do tratamento.
Observações:
a) Levar em consideração as indicações de retratamento discutidas anteriormente.
b) Os casos de recidiva de esquemas alternativos por toxicidade ao esquema I devem ser avaliados
em unidades de referência para prescrição de esquema individualizado.
c) O paciente que apresentar alteração da visão deverá ser encaminhado para uma unidade de
referência com o objetivo de avaliar o uso do etambutoL
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Observações:
a) Os casos de suspeita de falência aos esquemas I ou IR devem ser encaminhados à unidade
de referência para avaliação.
b) A estreptomicina deve ser usada por via intramuscular (IM). Em situações especiais, pode
ser aplicada por via endovenosa (EV), diluída a 50 ou 100 ml de soro fisiológico correndo
por um mínimo de 1/2 hora.
c) Em casos especiais com dificuldades de aceitação de droga injetável ou para facilitar seu uso
supervisionado na unidade de saúde, o regime de uso da estreptomicina pode ser alterado
para aplicações de 2. a a 6. a feira, por dois meses, e duas vezes semanais, por mais 4 meses.
d) Em pessoas maiores de 60 anos, a estreptomicina deve ser administrada na dose de 500 mg/dia.
5. O ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
EFEITOS MENORES
EFEITO
Medicar
Reformular
Orientar
Orientação
Medicar comosDROGA
anti-histamínico
ácido
aCONDUTA
hipopurínica)
avaliar função
administração
com horários
hepática
dietética
da medicação
(dieta
piridoxina Pirazinamida
acetilsalicílico
de Isoniazida
Etambutol
Rifampicina
(vit.eB6) -"
obutol
namida
zida
mpicina
omas)
mento
das Suor e urina cor de laranja
EFEITOS MAIORES
EFEITO
SuspenderCONDUTA
Substituir.
oSubstituir
Dependendo
Suspender
tratamentopor DROGA
ooatratamento
droga
etratamento;
da
estreptomicina
reavaliar
gravidade, soniazida
o Pirazinamida
+ aspela
Etambutol
e substituí-ta
Dstreptomicina
Rifampicina
Kifampicina
esquema
odas
suspender etambutol.
reintroduzir otratamento.
tratamento
substituí-Ia a drogas
de
Estreptomicina
droga temporariamente até resolução.
ida
ia
atite,
e
almente
icina tratamento.
ou reincidentes.
intermitente
melhor
droga após
substituir
opção.
o resolução;
esquema nos casos graves
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Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
IRRITAÇÁü GÁSTRICA
Todas as drogas usadas no tratamento de tuberculose podem causar irritação gástrica. A isoniazida
combinada com a rifampicina e com a pirazinamida são as drogas mais freqüentemente implicadas
com irritação gástrica. São referidas náuseas) pirose e epigastralgia que, na maioria das vezes, ocorrem
na primeira fase do tratamento.
Conduta:
a) suspender as drogas por 48 a 72 horas, recomendando o uso de sintomáticos. Controlados
os sintomas, reiniciar o tratamento, indicando a administração da pirazinamida após o almoço
e da rifampicina combinada com a isoniazida após o desjejum;
b) havendo novas queixas, suspender todas as drogas por mais 24 horas e reiniciar o tratamento:
uma droga a cada 48 horas, na seguinte ordem: pirazinamida, isoniazida e, finalmente,
rifampicina;
c) quando não houver resolução das queixas e nesta fase já tiver sido identificada a droga
responsável pelos sintomas, proceder à modificação do esquema, conforme o quadro
seguinte:
Atenção: ao estimar o tempo total de tratamento, considerar inclusive aquele que antecedeu às
queixas de intolerância.
HEPATOTOXICIDADE
As drogas usadas nos esquemas de tratamento da tuberculose apresentam interações com outras
30 _
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
drogas e entre si, que aumentam o risco de hepatotoxicidade. Em pequeno percentual dos pacientes
observa-se, nos dois primeiros meses de tratamento, elevação assintomática dos níveis séricos das
enzimas hepáticas, seguida de normalização espontânea, sem qualquer manifestação clínica e sem
necessidade de interrupção ou alteração do esquema terapêutico. É importante considerar o peso do
paciente quando indicar a dose do medicamento.
O tratamento só deverá ser interrompido quando os valores das enzimas atingirem três vezes
o seu valor normal, com início de sintomas ou logo que a icterícia se manifeste. Deve-se, então,
encaminhar o doente a uma unidade de referência para acompanhamento clínico e laboratorial, além
da adequação do tratamento, caso seja necessário.
HIPERURICEMIA E ARTRALGIA
A hiperuricemia é causa de graves problemas renais: nefrolitíase, nefropatia por uratos ou por
ácido úrico que podem evoluir com insuficiência renal. A hiperuricemia assintomática é um efeito
adverso, freqüente durante o uso da pirazinamida e em menor freqüência com o uso do etambutol,
sendo, nestes casos, a gota uma manifestação rara.
As artralgias, quando não relacionadas à hiperuricemia, são freqüentemente associadas ao uso
da pirazinamida. A artrite é descrita com uso de isoniazida, no entanto não se caracteriza corno efeito
adverso comum.
Conduta
31
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Conduta
NEFROTOXICIDADE
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
Conduta
32
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
33
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
Observação: Quando o caso for encerrado por falência e o paciente iniciar novo tratamento,
deverá ser registrado como caso de retratamento no livro de Registro e Controle de Tratamento dos
Casos de Tuberculose.
Controle pós-cura
A maioria dos casos curados não necessitam de controle pós-tratamento, devendo-se orientar o
paciente a retomar à unidade apenas se surgirem sintomas semelhantes aos do início da doença.
8. PREVENÇÃO
34
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
r
ASSINTOMÁ TICO(l)
ADULTO
l
SINTOMÁTICO
~
EXAMES DE ESCARRO
ORIENTAÇÃO
I
NEGATIVO
~
TRATAMENTO ORIENTAÇÃO/ENCAMINHAMENTO
CRIANÇAS
ATÉ 15 ANOS
I RAIOS X
SINTOMÁTICO (11)
PPD
•
TÓRAX
~ • ~~
ASSINTOMÁTlCO ~
ORIENTAÇÃO
+ +
NÃO REATOR REATOR
+ ~
BCG
RAIOS X TÓRAX
I
SINTOMAS CLfNICOS ACOMPANHAMENTO
TRATAMENTO • SUGESTIVO
NORMALESEM
QUIMIOPROFILAXIA
SINTOMAS
NORMAL
MEDICAÇÃO
••
SINTOMAS
CLÍNICOS
DE
•• TB +
••
E SEM
TRATAMENTO
CLÍNICOS
SINTOMÁTICA ••
(I) No serviço que dispuser do aparelho de raios X, o exame deverá ser realizado.
(lI) Quando houver presença de escarro, realizar baciloscopia para diagnóstico de ruberculose.
35
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
A vacina BCG confere poder protetor às formas graves da primoinfecção pelo M. tuberculosis.
No Brasil, a vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de O a 4 anos de idade, sendo
obrigatória para menores de um ano, como dispõe a Portaria n.O452, de 6/12/76, do Ministério da
Saúde.
Recomenda-se a revacinação com BCG nas crianças com idade de 10 anos, podendo esta dose
ser antecipada para os seis anos. Não há necessidade de revacinação, caso a primeira vacinação por
BCG tenha ocorrido aos seis anos de idade ou mais.
Indicações da quimioproftlaxia
a) Recém-nascidos coabitantes de foco tuberculoso ativo. A isoniazida é administrada por três
meses e, após esse período, faz-se a prova tuberculínica. Se a criança for reatora, a
quimioprofilaxia deve ser mantida por mais três meses; senão, interrompe-se o uso da
isoniazida e vacina-se com BCG.
36
M.nmd Tún., p"" C,'""" da Thb=",,, 6
b) Crianças menores de 15 anos, não vacinadas com BCG, que tiveram contato com um caso
de tuberculose pulmonar bacilífera, sem sinais compatíveis de tuberculose doença, reatores
à tuberculina de 10mm ou mais.
c) Indivíduos com viragem tuberculínica recente (até 12 meses), isto é, que tiveram um aumento
na resposta tuberculínica de, no mínimo, 10 mm.
d) População indígena. Neste grupo, a quimioprofilaxia está indicada em todo o contato de
tuberculose bacilífero, reator forte ao PPD, independente da idade e do estado vacinal, após
avaliação clínica e afastada a possibilidade de tuberculose-doença, através de baciloscopia e
do exame radiológico.
e) Imunodeprimidos por uso de drogas ou por doenças imunodepressoras e contatos
intradomiciliares de tuberculosos, sob criteriosa decisão médica.
f) Reatores fortes à tuberculina, sem sinais de tuberculose ativa, mas com condições clínicas
associadas a alto risco de desenvolvê-Ia, como:
Alcoolismo
Diabetes insulinodependente
Silicose
N efropatias graves
Sarcoidose
Linfomas
Pacientes com uso prolongado de corticoesteróides em dose de imunodepressão
Pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica
Pacientes submetidos a tratamento com imunodepressores
Portadores de imagens radiográficas compatíveis com tuberculose inativa, sem história de
quimioterapia prévia
Observação: Estes casos deverão ser encaminhados a uma unidade de referência para tuberculose.
g) Co-infectados HIVeM. tuberculosis - este grupo deve ser submetido a prova tuberculínica,
sendo de 5 mm em vez de 10 mm, o limite da reação ao PPD, para considerar-se uma
pessoa infectada pelo M. tuberculosis.
37
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
(1) O teste tuberculínico (PPD) deve ser sempre realizado na avaliação inicial do paciente HIV + ,
independentemente do seu estado clínico ou laboratorial (contagem de células CD4+ e carga
viral), devendo ser repetido anualmente nos indivíduos não reatores. Nos pacientes não reatores
e em uso de terapia anti-retroviral, recomenda-se fazer o teste a cada seis meses no primeiro ano
de tratamento, devido à possibilidade de restauração da resposta tuberculínica.
(2) A quimioprofliaxia com isoniazida (H) reduz o risco de adoecimento a partir da reativação endógena
do bacilo, mas não protege contra exposição exógena após a sua suspensão. Portanto, em situações
de possível re-exposição ao bacilo da tuberculose, o paciente deverá ser reavaliado quanto a
necessidade de prolongamento da quimioprofilaxia (caso esteja em uso de isoniazida) ou de
instauração de nova quimioprofilaxia (caso esta já tenha sido suspensa).
(3) Pacientes com imunodeficiência moderada/grave e reação ao PPD > 10 mm,'sugere-se investigar
cuidadosamente tuberculose ativa (pulmonar ou extrapulmonar) antes de se iniciar a
quimioprofilaxia.
(4) Indivíduos HIV +, contatos de pacientes bacilíferos com tuberculose isoniazida - resistente
documentada, deverão ser encaminhados a uma unidade de referência para realizar
quimioprofilaxia com rifampicina.
Observações:
a) Não se recomenda a utilização da quimioprofilaxia nos HIV positivos, não reatores à
tuberculina, com ou sem evidências de imunodeficiência avançada. Deve-se repetir a prova
tuberculínica a cada seis meses.
b) Em pacientes com Raios X normal, reatores à tuberculina, deve-se investigar outras patologias
ligadas à infecção pelo HIV antes de iniciar a quimioprofilaxia, devido à concomitância de
agentes oportunistas/manifestações atípicas de tuberculose mais freqüentes nessas coortes.
38
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
c) Nos indivíduos HIV positivos e tuberculino-positivos com RX normal, sem sinais e sem
sintomas de tuberculose, devem -se destacar (investigar) os contatos institucionais (casas de
apoio, presídios, abrigos, asilos, etc.)
d) Recomenda-se suspender imediatamente a quimioprofilaxia, no surgimento de qualquer
sinal de tuberculose ativa, monitorá-Ia nos casos de hepatotoxicidade e administrá-Ia com
cautela nos alcoólicos.
9. SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Os casos novos, os reingressos após abandono, as recidivas e os casos que são transferidos,
oficialmente ou não, para tratamento em outra unidade de saúde devem ser notificados utilizando a
39
I
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
40 _
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
ROTINAS
Caso o paciente mude o tratamento para outra unidade de atendimento (dentro ou fora do
município de notificação, na mesma unidade federada), este deverá ser novamente notificado pela
nova unidade de saúde que receber esse paciente (em caso de transferência oficial ou espontânea),
utilizando um novo número de notificação e registro da data desta nova notificação. O nível
informatizado que detectar, através da análise do relatório de duplicidade, dois registros para um mesmo
paciente (duas fichas de notificação/investigação), deverá averiguar se a situação é uma transferência
41
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
de tratamento (oficial ou espontânea). Em caso afirmativo, os dois registros devem ser vinculados
(vide rotina de vinculação no manual de Normas e Rotinas do SINAN) e deverá ser comunicada à 1.a
unidade que notificou o caso a alta por transferência e à 2. a unidade que o campo "tipo de entrada"
deve estar preenchido com a categoria "transferência". Da mesma forma, o nível municipal
informatizado deverá vincular as notificações dos casos transferidos para as unidades de saúde de sua
abrangência (transferência intramunicipal).
As regionais de saúde informatizadas deverão vincular as notificações dos casos transferidos
para as unidades de saúde de municípios da sua abrangência (transferência intermunicipal), assim
como a vinculação intramunicipal dos casos notificados por município não informatizado.
As Secretarias Estaduais de Saúde (SES) deverão vincular as notificações dos casos transferidos
para as unidades de saúde de municípios pertencentes a diferentes regionais. Nas unidades federadas
onde não houver regionais de saúde ou estas não forem informatizadas, a SES deverá vincular
transferências intermunicipais, independente da regional de notificação. A SES efetuará a vinculação
intramunicipal somente quando esta for o 1.0 nível informatizado do SINAN.
A unidade de saúde, ao receber uma transferência interestadual deverá notificar este caso com
novo número de notificação e registro da data desta nova notificação. Além disso, essa nova notificação
deverá ter o campo tipo de entrada preenchido com o código 5 "transferência".
Caso o paciente tenha seu tratamento inicial substituído por outro devido à toxicidade e continua
em tratamento seis meses após ter iniciado o primeiro esquema, deve ser registrado no campo "situação
no 6.° mês" (ou 12.° mês, quando meningite) a categoria 6 - "mudança de esquema por intolerância/
toxicidade". Posteriormente, de acordo com a evolução do caso, deve-se registrar no campo "situação
de encerramento" a categoria correspondente (cura, abandono, óbito, transferência ou tb.
Multirresistente) .
Caso o paciente apresente falência ao tratamento inicial (com seis meses de duração), este caso
não deverá ser notificado novamente. Deve-se registrar este caso como falência no campo situação no
9.° mês, acompanhá-lo nos meses seguintes até o término do seu tratamento para a falência e encerrá-
10, segundo a situação apresentada (cura, abandono, óbito, transferência ou TE multirresistente) no
campo "situação de encerramento".
42 _
Ma.".} Tk.iro pw. " C_".,,, da 7_"", ~
HOMÔNIMOS
Conceito: são registros que apresentam os mesmos primeiro e último nomes dos pacientes,
mesma data de nascimento e mesmo sexo. No entanto, após análise de outros dados e, se necessário,
investigação, conclui-se que são pessoas diferentes.
Procedimento: a utilização da opção "não listar", para que estes registros não sejam listados no
relatório de duplicidade.
DUPLO REGISTRO
Conceito: é o paciente que foi notificado mais de uma vez pela mesma unidade de saúde em
tratamentos diferentes (recidiva ou reingresso após abandono) ou foi notificado mais de uma vez por
unidades de saúde diferentes durante o mesmo tratamento (transferência oficial ou espontânea) ou em
tratamentos diferentes (recidiva, reingresso após abandono) ...
Procedimentos: caso existam duas notificações de um mesmo paciente atendido em Unidades
de saúde diferentes deve-se avaliar se houve uma transferência (intra ou intermunicipal). Em caso
afirmativo, os dois registros devem ser vinculados e deverá ser comunicada à 1. a unidade que notificou
o caso, a alta por transferência. Na 2.a unidade de saúde, o campo "tipo de entrada" da ficha de
notificação/investigação deverá ser preenchido com a categoria 5 - "transferência". Em caso negativo,
investigar se a 2.a notificação refere-se a reingresso após abandono ou recidiva. Nesses casos os registros
não devem ser vinculados e os campos "situação no 9. o mês" (ou 12.0 mês) e "situação de encerramento"
da L a ficha de notificação/investigação e o campo "tipo de entrada" da 2. a ficha deverão estar preenchidos
com categorias correspondentes à situação do caso.
Quando o paciente efetuou mais de uma transferência durante o mesmo tratamento, devem ser
realizadas sucessivas vinculações das notificações, mantendo desse modo os dados da notificação/
investigação mais antiga e o acompanhamento pela unidade de saúde responsável pela conclusão do
tratamento.
Ao executar a "rotina de vinculação" para dois registros, o SINAN mantém os dados da primeira
43
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
DUPLICIDADE DE REGISTROS
TABULAÇÃO DE DADOS
44 _
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
MÉDICO(A):
• Identificar os sintomáticos respiratórios em visita domiciliar na comunidade e no atendimento
na UBS.
• Solicitar baciloscopia do sintomático respiratório para diagnóstico (duas amostras).
• Orientar quanto à coleta de escarro.
•
Solicitar RX de tórax segundo critérios definidos no protocolo.
• Oferecer, a todo paciente com diagnóstico de tuberculose confirmado, o teste sorológico
anti-HIV
• Dar orientações gerais a respeito do agravo como, por exemplo,' em relação à doçnça, seus
mitos, duração e necessidade do tratamento.
• Iniciar e acompanhar o tratamento para tuberculose dos pacientes com tuberculose pulmonar
e extrapulmonar.
• Explicar ao paciente porque o tratamento supervisionado é necessário e quem vai realizar a
supervisão, nos casos que tiverem indicação.
• Convocar os comunicantes para consulta.
• Iniciar quimioprofilaxia para os comunicantes de acordo com o protocolo.
• Solicitar baciloscopias para acompanhamento do tratamento.
• Iniciar e acompanhar tratamento dos casos de tuberculose pulmonar com baciloscopias
negativas e dos casos de tuberculose extrapulmonar quando o diagnóstico for confirmado
após ,investigação em uma unidade de referência.
• Dar alta aos pacientes após o tratamento.
45
I
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
•
Encaminhar os casos para outro nível de assistência, quando necessário, com ficha de
referência/contra -referência devidamente preenchida.
•
Fazer visita domiciliar quando necessário.
• Notificar o caso de tuberculose confirmado.
•
Identificar efeitos colaterais das medicações e interações medicamentosas.
•
Realizar ações educativas junto à comunidade.
ENFERMEIRO(A) :
AUXILIAR DE ENFERMAGEM:
• Identificar os sintomáticos respiratórios em visita domiciliar na comunidade e na unidade
básica de saúde.
• Convocar os comunicantes para consulta médica.
• Identificar o pote de coleta do escarro.
• Orientar a coleta do escarro.
• Encaminhar o material ao laboratório.
• Receber o resultado do exame, protocolar e anexá-lo ao prontuário (fluxograma).
• Receber o resultado da baciloscopia de acompanhamento do tratamento, protocolar e anexá-
10 ao prontuário.
• Aplicar a vacina BCG. Caso não tenha capacitação para tal, providenciar junto ao gestor da
UBS a sua capacitação em outra unidade de saúde.
• Fazer teste tuberculínico. Caso não tenha capacitação para tal, providenciar junto "aO gestor
da UBS a sua capacitação em outra unidade de saúde.
• Fornecer medicação, orientar o seu uso e a importância do tratamento. Esclarecer as dúvidas
dos doentes.
• Supervisionar o uso correto da medicação nas visitas domiciliares e o comparecimento às
consultas de acordo com a rotina da equipe.
• Agendar consulta extra, quando necessário.
• Convocar o doente faltoso à consulta: Planejar visita domiciliar.
• Convocar o doente em abandono de tratamento: Planejar visita domiciliar.
• Manter a ficha do SIAB (B-TB) atualizada (Anexo VII).
• Realizar ações educativas junto à comunidade.
• Participar da programação e avaliação das ações.
47
Manual Técnico para o Controle da Tuberculose
48
M•• onJTi,""" PMao QmmluJa Tiro_I.' •
atraso na negativação devido a tratamentos irregulares, falta de supervisão da tomada dos medicamentos,
casos avançados com grande população bacteriana ou resistência bacteriana.
6
Nos níveis municipal, estadual e federal os dados coletados nos diversos sistemas de informação,
tais como o SINAN, SIAB, SIM, SIAjSUS, SIH-SUS, SIS-PNI, bem como dados sociodemográficos
devem ser utilizados para uma análise mais ampliada da situação da tuberculose nesses níveis.
OB]ETIVOE
INDICADOR
sucesso
3.1
3.2 doadotendência
Tuberculose
tratamento.
acompanhamento
Verificar
supervisão
Analisar
Dados
(comprovada
3.3
3.5
3.4
diagnóstico.
3.7 Percentual
Percentual tratamento.
Livro
qualidade
Acompanhamentodo tratamento.
.por
de
dedenegativação
dos
Registro
docasos
dos
altas percentual
Casos
por
por e eda
curade de de
completar
abandono.
óbito.
transferência.
mudança o
VARIÁVEL baciloscopia)
3.6 falência.
ade
ee85% dede 5%
alta por
menos de alta por abandono.
OPERACIONALIZAÇÃO
49
ANEXO I
TUBERCULOSE
J(!JData I I II
de Nascimento I I
D- Dias
M- Meses
A- Anos
WlSexo M - Masculino
F - Feminino 01[11]
-
Raça/Cor
l-Branca 2-Prela 3-Arnarela
O Escolaridade (em anos de estudo concluidos)
l-Nenhuma 2-De O
1- Ignorado 4-Parda 5-lndigena 9-lgnorado 5-De 12 a mais 6- 1Não
a 3 se 3-De
aplica 4 a9-lgnorado
7 4-De 8 a 11
JêNome da mãe J
I CÓ~i90 1 J~ Número I
Distrito
J~
I I I I I I
JCÓdi90 (IBGE) I ~ICE~
J 24 Zona 3
1 -- Urbana/Rural
Urbana 9 - I norado
2 - Rural O II2slPais (se residente lora do Brasil)
Raio X do Torax
1 - Suspeito 2 - Normal 3 - Outra Patologia
~ Teste Tuberculinlco
1 - Não Reator 2 - Reator Fraco 3 - Reator Forte 4 - Não Realizado
O
1 - Pleural 4 - Óssea
1 - Pulmonar 2 - Extrapulmonar
3 - Pulmonar - Extrapulmonar
O 2 - Gang. Peril
3 - Geniturinária
5 - Ocular 78 - Meningite
Outras OO
6 - Miliar 9 - Não Se Aplica
44 Municipio/Unidade de Saúde
J~Função J 48 Assinatura
CENEPI 034 27/12/01
50
ANEXO I (Continuação)
TUBERCULOSE
INSTRUÇÕESPARAo PREENCHIMENTO
FICHADENOTIFICAÇÃo/INVESTIGAÇÃO
- SINANWINDOWS
51
14 - Preencher com o nome completo da mãe do paciente (sem abreviações).
15 - Anotar o tipo (avenida, rua, travessa, etc.), nome completo ou código correspondente do
logradouro da residência do paciente. Se o paciente for indígena anotar o nome da aldeia.
16 - Anotar o número do logradouro da residência do paciente (ex.: n.o 575 )
17 - Anotar o complemento do logradouro (ex.: bloco B, apto 402, lote 25, casa 14, etc.).
18 - Anotar o ponto de referência para localização da residência do paciente (perto da padaria
do João).
19 - Anotar a sigla da unidade federada da residência do paciente (ex : DF).
20 - Anotar o nome do município (ou código correspondente segundo cadastro do IBGE) da
residência do paciente.
21 - Anotar o nome do bairro (ou código correspondente segundo cadastro do SINAN) de
residência do paciente.
22 - Anotar o código de endereçamento postal do logradouro (avenida, rua, travessa, etc.) da
residência do paciente (ex.: CEP: 70036-030).
23 - Telefone do paciente.
24 - Zona de residência do paciente (ex.: 1 = área com características estritamente urbana; 2 =
área com características estritamente rural; 3 = área rural com aglomeração populacional que se assemelha
à uma área urbana).
25 - Anotar o nome do país de residência quando o paciente notificado residir em outro país.
26 - Preencher com o número do prontuário do paciente na unidade de saúde onde se realiza
o tratamento.
27 - Informar a atividade exercida pelo paciente no setor formal, informal ou autônomo ou sua
última atividade exercida quando paciente for desempregado. O ramo de atividade econômica do
paciente refere-se às atividades econômicas desenvolvidas nos processos de produção do setor primário
(agricultura e extrativismo); secundário (indústria) ou terciário (serviços e comércio).
Preencher com o nome da ocupação e o ramo da atividade econômica do paciente (ex.:
metalúrgico - indústria de auto peças).
28 - Preencher com 9 código correspondente a situação de entrada do paciente na unidade de
saúde. O item TRANSFERENCIA se refere àquele paciente que comparece a esta unidade de saude
para dar continuidade ao tratamento iniciado em outra unidade de saúde, desde que não tenha havido
interrupção do uso da medicação por mais de 30 dias. Neste último caso, o tipo de entrada deve ser
"Reingresso após abandono". Os conceitos de "Caso Novo" e "Recidiva" estão referidos no Manual
de Normas Técnicas da Tuberculose. A opção "Não Sabe" deve ser assinalada quando o paciente não
souber fornecer informações. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.
29 - Preencher com o código correspondente o resultado da teleradiografia de tórax ou
abreugrafia (o código 3 diz respeito a outras alterações que não são compatíveis com a tuberculose)
por ocasião da notificação.
30 - Preencher com o código correspondente o resultado do teste tuberculínico por ocasião da
notificação:
1 - Não reator (O - 4 mm)
2 - Reator fraco (5 - 9 mm)
3 - Reator forte (10 mm ou mais)
52
4 - Não realizado
31 - Preencher com o código correspondente segundo a forma clínica da tuberculose (pulmonar
exclusiva, extrapulmonar exclusivaou pulmonar + extrapulmonar) por ocasião da notificação. CAMPO
DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.
32 - Preencher com o código correspondente à localização extrapulmonar da tuberculose nos
casos em que o paciente apresente a forma clínica igual a 2 ou 3. O item OUTRAS se refere às formas
extrapulmonares que não estão listadas no campo da ficha. Caso o paciente apresente mais de uma
localização extrapulmonar, preencher a segunda caselado campo. CAMPO DE PREENCHIMENTO
OBRIGATÓRIO, QUANDO 31 = 2 OU 3.
33 - Preencher com o código correspondente do agravo presente no momento da notificação
do caso.
34 - Preencher com o código correspondente o resultado da baciloscopia de escarro para BAAR
(bacilo álcool-ácido resistentes) realizada em amostra para diagnóstico. CAMPO DE
PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.
35 - Preencher com o código correspondente o resultado da baciloscopia de outro material
para BAAR realizada em amostra para diagnóstico.
36 - Preencher com o código correspondente o resultado da cultura de escarro paraM. tuberculosis
realizada em amostra para diagnóstico. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.
37 - Preencher com o código correspondente o resultado da cultura de outro material paraM.
tuberculosis realizada em amostra para diagnóstico.
38 - Preencher com o código correspondente o resultado da sorologia para o vírus da
imunodeficiência adquirida (HIV).
39 - Preencher com o código correspondente o resultado do exame histopatológico para
diagnóstico de TB (biópsia).
40 - Preencher com a data de início do tratamento atual na unidade de saúde que está notificando
o caso.
41 - Preencher com o código correspondente as drogas que estão sendo utilizadas no esquema
de tratamento prescrito. Listar no quadro OUTRAS as drogas utilizadas 'nos esquemas alternativos
(ex.: OFLOXACINA + RIFABUTINA) .•
42 - Preencher com o código correspondente se o paciente está em tratamento supervisionado
para a tuberculose (conforme norma do PNCT/MS).
43 - Informar se o paciente adquiriu a doença em decorrência do processo de trabalho,
determinada pelos ambientes ou condições inadequadas de trabalho (contaminação acidental, exposição
ou contato direto).
OBS. : informar as observações necessárias para complementar a investigação.
44 - Informar o nome do município/unidade de saúde responsável por esta investigação.
45 - Informar o código da unidade de saúde responsável por esta investigação.
46 - Informar o nome completo do responsável por esta investigação (ex.: Mário José da
Silva).
47 - Informar a função do responsável por esta investigação (ex.: enfermeiro).
48 - Registrar a assinatura do responsável por esta investigação.
53
CJ1
*"-
N° da Data
ção material
atual
contatos
4°
6° N°
HIV
de
notifica-
de mês
outro
Datade
Bacilosc.
12°
Bacilosc.
Cultura
Encerr.
Bacilosc.
gOmês
de
Encerr.
2°
Nome
mês
Data
Hislopal.
Situaçãomês
do
de
Situação
Observações tratamento
do
mudança examinados escarro
~
trj
~
~
~
Cultura de escarro, cultura de outro material, HIV: 1- Positiva; 2 - Negativa; 3 - Em andamento; 4 - Não Realizada
Baciloscopia do 2.° mês/4.0 mês/6." mês: 1 - Positiva; 2 - Negativa; 3 - Não Realizada
Histopatologia: l- BAAR positivo; 2 - Sugestivo de TB; 3 - Não sugestivo de TB; 4 - Em andamento; 5 - Não Realizado
Situação no 9." mês (preencher pl todos os casos, exceto meningite, exclusiva ou não): 1- Cura; 2 - Abandono; 3 - Óbito; 4 - Transferência; 5 - Mudança de diagnóstico;
6 - Mudança de esq. por into.ftoxici. (cont. em trato mas com outro esq.); 7 - Continua em tratamento (com esq. inicial); 8 - Falência (cont. em trato mas com outro esq.)
Situação no 12." mês (pl meningite, exclusiva ou não): l- Cura; 2 - Abandono; 3 - Óbito; 4 - Transferência; 5 -Mudança de diagnóstico; 6 -Mudança de esq. por into.1
toxici. (cont. em trar. mas com outro esq.); 7- Continua em tratamento (com esq. inicial)
Situação no encerramento (em todos casos):I- Cura; 2 - Abandono; 3 - Óbito; 4 - Transferência; 5 - Mudança de diagnóstico; 6 - TB Multirresistente (resultado de teste
de sensibilidade)
Data do encerramento: data da cura, abandono, óbito, transferência, mudança de diagn. ou do resultado do teste de sensibilidade (TB multirresistente).
Data de mudança de tratamento: preencher quando trato inicial substituído devido à toxicidade ou falência.
Emitido em:
ANEXO III
DADOS DE SOLICITAÇÃO
Unidade de Saúde Solicitante
0
/
Qual?
Osomês
03°
04°mês ° mês
06° __ mês D
02° DOutra
02a amostra mês masculino
RESULTADOS LABORATORIAIS.'
Laboratório executor: I N° registro da amostra:
OO Outro
Sanguinolento
OO OPositivo
Positivo
Saliva +++ BAAR
O Oem 100 campos
Positivo
Mucoso +++ examinados
Observações:
55
CJ1
0\
1·TUÁRIO
Resultado
ResulladoDATA
EXAME
PRON·
2'amoslraDATA
NOME
2"amoslra
Mês
Mês
amostra SEXO
MUNIClplO
ENDEREÇOCONTROLE
OBSERVAÇÃO
IlIAGNÓSTICO
UNIDADE CULTURA SAODE
DE
NASC./
MATERIAL RESULTADO POR TIPO DE EXAME
CONTROLE IDADE DIAGNÓSTICO
BACILOSCOPIA
~
tr1
<
1
ANEXO IV (Continuação)
57
PREENCHER RESULTADOS DA BACILOSCOPIA USANDO AS SEGUINTES NOTAÇÕES:
Neg - negativo ou de 1 a 4 bacilos em 100 campos examinados
(+) - menos de 1 bacilo em 100 campos examinados
(+ +) - de 1 a 10 bacilos em 50 campos examinados
(+ + +) - mais de 10 bacilos em 20 campos examinados
NR - não realizado
Cultura: relativo aos exames de isolamento do bacilo da tuberculose
Diagnóstico: relativo aos exames para diagnóstico de tuberculose
1. o amostra: relativo ao primeiro exame para diagnóstico de tuberculose
2. o amostra: relativo ao segundo exame para diagnóstico de tuberculose
Controle: relativo aos exames para acompanhamento do tratamento de tuberculose
Mês: relativo ao mês do tratamento de tuberculose
Resultado: relativo ao resultado do exame para acompanhamento do tratamento de tuberculose.
Material: relativo ao tipo de material clínico (escarro, lavados gástrico, brônquico, bronco-alveolar, tráqueo-
brônquico, bronco aspirado, urina, gânglio, sangue, aspirado de medula óssea, biópsia e outros)
Observação: relativo aos comentários pertinentes às observações relevantes não especificados em outros campos
58
Unidade de Saúde: UF: _
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PLANO NACIONAL DE CONTROLE DA TuBERCULOSE
Considerações gerais:
Este livro de "Registro e Controle de Tratamento .dos Casos de Tuberculose" é um instrumento de informação oficial do Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PCT), sendo de caráter
confidencial as informações aqui contidas, devem ser adequadas e cuidadosamente protegidas contra danos e extravios. Devem ser registradas apenas as informações dos pacientes que
iniciam o tratamento, com seu diagnóstico firmado. Deste livro serão retiradas as informações para a elaboração dos boletins mensais, trimestrais e anuais e os consolidados (mensal/
anual). Ao final de cada mês deverá ser feito a consolidação dos dados e análise dos casos atendidos na unidade.
As informações do mês seguinte poderão ser feitas na mesma folha seguindo a ordem seqüencial numérica do mês anterior, bastando apenas separar com um traço para identificar o mês
atual Onde houver a possibilidade de tratar os casos de pacientes multirresistentes (TBMR), estes devem ser registrados em foiha especial para o devido controle.
TRATAMENTO
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nnº
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% nº
º%
n PULMONAR
POSITIVA
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PULMONAR
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FORMA
TOTAL
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ÓBITO
FALÊNCIA ABANDONO
100 ESQUEMA
CURA
INSCRITOS
TOTAL
CONTINUAÇÃO
MUDANÇA
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PULMONAR
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COM HIV'
FALÊNCIA
FICHA 1 1UNIDADEÁREA
1 11 1 11SEGMENTO
MICROÁREA 1NOME
11 11 1DO
I 1ACS: SISTEMA DE INFORMAÇÃO
SECRETARIA DE ATENÇÃO
MUNICIPAL ANOBÁSICA
DE SAÚDE 1_1_1_1_1
I ACOMPANHAMENTO DE TUBERCULOSE I
ultima do
consulta n. o de comunicantes
comunicantes
n.O < 5 anos
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Mar
Mai
Nov
Out
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Dez
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Set
Abr Identificação
Ago Sexo Data da visita ACS
Meses
Exame de escarro Outras Infonnações
Exame
5 anosdecom
Comunicantes
< escarro
examinados
BCG
~
t.d
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