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Portugal é o 4.o país da UE com mais mortes devido a infeções por bactérias
resistentes. Esta é uma das principais conclusões de um estudo publicado na
revista The Lancet Infectious Diseases.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de metade dos antibióticos são
prescritos de forma inadequada. Quer isto dizer que os médicos «abusam» quanto à sua
recomendação?
Até meados do século passado, as doenças infeciosas eram a primeira causa de morte a nível
global. A utilização generalizada dos antibióticos, iniciada durante a Segunda Guerra
Mundial, permitiu tratar infeções anteriormente mortais, como a pneumonia ou a
tuberculose. Progressivamente, fomos utilizando mais antibióticos em mais situações,
esquecendo o perigo, conhecido desde o início, da generalização de microrganismos
resistentes, contra os quais os antibióticos tendencialmente foram perdendo eficácia.
O que são e para que servem os antibióticos? Quais são as regras gerais para a sua
utilização?
Os antibióticos são medicamentos eficazes para tratar infeções provocadas, em geral, por
bactérias. Cada grupo de antibióticos é eficaz face a determinadas bactérias. Como as
bactérias mais sensíveis vão sendo mortas por diversos antibióticos, são selecionadas as
mais resistentes, que continuam a proliferar e a causar infeções mais difíceis de tratar. Os
antibióticos não são eficazes contra vírus. Portanto, não têm qualquer utilidade em situações
como as gripes ou constipações. A primeira regra é não utilizar antibióticos em situações nas
quais não têm qualquer utilidade. A segunda regra é utilizá-lo apenas durante o tempo
necessário. Uma terceira regra é não adquirir antibióticos sem receita médica.
Quais são as principais consequências do uso indiscriminado de antibióticos?
As principais consequências prendem-se precisamente com a seleção de bactérias cada vez
mais resistentes e que provocam infeções mais difíceis de tratar. O problema é que as
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bactérias geram resistências mais depressa do que novos antibióticos são descobertos.
Sobram, assim, bactérias resistentes e faltam antibióticos eficazes.
Nos itens de 1. a 5. seleciona a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.
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(B) ... apenas vai servir para tratar as pessoas doentes, melhorando a sua qualidade de
vida e a sua longevidade, pois é pouco provável que apareçam novas doenças ou
epidemias.
(C) ... já não necessita de se apoiar na Ciência, uma vez que já se conhece a cura para
todos os problemas de saúde.
(D) ... continua a confrontar-se com o desafio de compreender os fenómenos
relacionados com a causa, transmissão e combate de algumas doenças.
8. Indica uma doença causada por uma bactéria e uma doença causada por um vírus.
Tabela I
3
Percentagem pessoas tratadas
Homens Mulheres
Figura 1
10. A figura 2 mostra uma colónia de bactérias e o que lhe acontece quando é tratada com
diferentes antibióticos.
Colónia
de bactérias
Bactérias resistentes
ao antibiótico A
Antibiótico A
Reprodução
4
Bactérias resistentes
aos antibióticos A e
Antibiótico B B
Reprodução
Colónia de bactérias
multirresistentes
Figura 2
Placa de Petri
Bactérias em ágar
5
Papel de filtro
embebido no
antibiótico X
Papel de filtro
embebido em água Z
Papel de filtro
embebido no
antibiótico Y
Papel de filtro
embebido no
Papel de filtro antibiótico X
embebido
em água Z Papel de filtro
embebido no
antibiótico Y
Figura 3
Tabela II
Número de casos por
País Região Número de casos
100 000 habitantes
Alemanha Europa 4000 5
Índia Ásia 2 300 000 185
Japão Ásia 2000 21
África do Sul África 490 000 981
Suazilândia África 15 000 1287
Reino Unido Europa 7900 13
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12.1. A vacinação pode proteger contra a doença infeciosa que é a tuberculose. Diz o que
entendes por:
a) vacinação.
b) doença infeciosa.
12.2. Refere, usando como referência a tabela II, a vantagem de calcular o número de
casos de tuberculose por 100 000 habitantes em vez de apenas fazer referência ao
número total de casos.