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6-Series de Fourier e Metodo de Separacao Das Variaveis PDF
6-Series de Fourier e Metodo de Separacao Das Variaveis PDF
Departamento de Matemática
Secção de Álgebra e Análise
ANÁLISE MATEMÁTICA IV
Como f (x) é ı́mpar, todos os ak ’s são 0. Quanto aos bk ’s, são dados pela fórmula
Z 1
bk = x sin(kπx)dx
−1
Z 1
= 2 x sin(kπx)dxporque x sin(kπx) é par
0
!
x cos(kπx) 1
Z 1
cos(kπx)
= 2 − + dx
kπ 0 0 kπ
2(−1)k
= − +0
kπ
2(−1)k+1
=
kπ
Conclui-se que o desenvolvimento de Fourier de f para x ∈ [−1, 1] é
∞
X 2(−1)k+1
f (x) = sin(kπx)
kπ
k=1
(b) A função x já foi desenvolvida em série pelo que nos resta desenvolver a função
constante igual a 1 no intervalo [−1, 1]. Por unicidade do desenvolvimento de Fourier,
há uma única escolha possı́vel para ak ’s e bk ’s tais que
∞
a0 X
1= + (ak cos(kπx) + bk sin(kπx))
2
k=1
(2) Determine o
desenvolvimento em série de senos das seguintes funções:
x se 0 ≤ x ≤ 1
(a) f (x) = ;
1 se 1 < x ≤ 2
(b) f (x) = cos x para x ∈ [0, 2π].
Resolução:
(a) O desenvolvimento de f em série de senos no intervalo [0, 2] é da forma
∞
X kπx
f (x) = bk sin .
2
k=1
e, para k ≥ 1,
Z 1
ak = 2 x2 cos(kπx) dx
0
1 Z 1 !
sin(kπx) sin(kπx)
= 2 x2
− 2x dx
kπ 0 0 kπ
Z 1
4
= − x sin(kπx) dx
kπ 0
!
x cos(kπx) 1
Z 1
4 cos(kπx)
= − − + dx
kπ kπ 0 0 kπ
4(−1)k
= .
π2 k2
Conclui-se que o desenvolvimento de f em série de cosenos no intervalo [0, 1] é dado
por
∞
1 X 4(−1)k
f (x) = + cos(kπx).
3 π2 k2
k=1
(b) O desenvolvimento de f em série de cosenos no intervalo [0, 2π] é da forma
∞
a0 X kx
f (x) = + ak cos .
2 2
k=1
Os coeficientes ak são dados pela fórmula
Z 2π
2 kx
ak = f (x) cos dx.
2π 0 2
Donde
2π
e4π − 1
Z
1
a0 = e2x dx = ,
π 0 2π
e, para k ≥ 1,
Z 2π
1 2x kx
ak = e cos dx
π 0 2
Z 2π
1 2x+i kx
= Re e 2 dx
π 0
2π
(2+ k2 i)x
1 e
= Re
π k
2 + 2i
0
!
1 e4π+kπi − 1
= Re
π 2 + k2 i
8 (−1)k e4π − 1
= .
π(16 + k 2 )
Conclui-se que o desenvolvimento de f em série de cosenos é dado pela expressão
∞
e4π − 1 X 8 (−1)k e4π − 1
kx
f (x) = + 2
cos .
4π π(16 + k ) 2
k=1
AMIV – FICHA RESOLVIDA 6 5
para 0 ≤ x ≤ π e t ≥ 0.
Resolução: Começa-se por procurar soluções da equação diferencial parcial da forma
u(t, x) = T (t)X(x). Substituindo na equação tem-se
∂ ∂2
(T (t)X(x)) = (T (t)X(x))
∂t ∂x2
⇐⇒ T 0 (t)X(x) = T (t)X 00 (x)
T 0 (t) X 00 (x)
⇐⇒ = para T (t), X(x) 6= 0
T (t) X(x)
T 0 (t) X 00 (x)
⇐⇒ =k= para algum k ∈ R
T (t) X(x)
0
T (t) = kT (t)
⇒ para algum k ∈ R.
X 00 (x) = kX(x)
Tendo em conta as condições na fronteira
u(t, 0) = u(t, π) = 0 ⇐⇒ T (t)X(0) = T (t)X(π) = 0
Tem-se
1
u(0, x) = sin(3x) − sin(8x)
2
∞
X 1
⇐⇒ dn un (0, x) = sin(3x) − sin(8x)
2
n=1
∞
X 1
⇐⇒ dn sin(nx) · 1 = sin(3x) − sin(8x)
2
n=1
obtém-se
∂2 ∂ 2
(v(x)) = c2 ∂x2 (v(x)) v(x) = ax + b
∂t2 ⇐⇒ ⇐⇒ v(x) = 1.
v(0) = v(2π) = 1 v(0) = v(1) = 1
tem-se que uh (t, x) é uma solução do seguinte problema com condições na fronteira ho-
mogéneas:
∂2u
2 ∂ 2 uh
2 = c ∂x2
h
∂t
uh (0, x) = cos x − 1
∂uh
∂t (0, x) = 0
uh (t, 0) = uh (t, 2π) = 0
AMIV – FICHA RESOLVIDA 6 7
Para resolver este problema, começa-se por procurar soluções da equação diferencial parcial
e das condições fronteira da forma uh (t, x) = T (t)X(x). Substituindo na equação tem-se
∂2 2 ∂
2
(T (t)X(x)) = c (T (t)X(x))
∂t2 ∂x2
⇐⇒ T 00 (t)X(x) = c2 T (t)X 00 (x)
T 0 (t) X 00 (x)
⇐⇒ = c2 para T (t), X(x) 6= 0
T (t) X(x)
T 0 (t) X 00 (x)
⇐⇒ = k = c2 para algum k ∈ R
T (t) X(x)
0
T (t) = kT (t)
⇒ para algum k ∈ R.
X 00 (x) = ck2 X(x)
Tendo em conta as condições na fronteira
uh (t, 0) = uh (t, 2π) = 0 ⇐⇒ T (t)X(0) = T (t)X(2π) = 0
Isto é, para cada n = 1, 2, . . . obtém-se a seguinte solução da equação diferencial parcial
satisfazendo a condição na fronteira e a condição inicial respeitante à derivada em ordem
a t:
nx nct
un (t, x) = sin cos .
2 2
Finalmente, determina-se coeficientes dn ∈ R tais que a condição inicial não homogénea
seja satisfeita por
X∞
uh (t, x) = dn un (t, x).
n=1
Tem-se
uh (0, x) = cos x − 1
X∞
⇐⇒ dn un (0, x) = cos x − 1
n=1
X∞ nx
⇐⇒ dn sin · 1 = cos x − 1.
2
n=1
isto é,
4n 4
− π(4−n 2) − nπ se n ı́mpar
dn =
0 se n par.
Conclui-se que
∞
X 4n 4 nx nct
uh (t, x) = − 2
+ sin cos
π(4 − n ) nπ 2 2
n=1,n ı́mpar
AMIV – FICHA RESOLVIDA 6 9
Isto é, para cada n = 1, 2, . . . obtém-se a seguinte solução da equação diferencial parcial
satisfazendo as condições na fronteira homogéneas:
p
un (x, y) = sinh( 1 + n2 π 2 x) sin(nπy)
Finalmente, determina-se coeficientes dn ∈ R tais que a condição na fronteira não ho-
mogénea seja satisfeita por
∞
X
u(x, y) = dn un (x, y).
n=1
Tem-se
u(1, y) = y
X∞
⇐⇒ dn un (1, y) = y
n=1
X∞ p
⇐⇒ dn sinh( 1 + n2 π 2 ) sin(nπy) = y.
n=1
√
Portanto dn sinh( 1 + n2 π 2 ) são os coeficientes do desenvolvimento de y em série de
senos no intervalo [0, 1]. Donde,
2 1 2(−1)n+1
p Z
2
dn sinh( 1 + n π ) =2 y sin(nπy) dy =
1 0 nπ
e portanto
2(−1)n+1
dn = √ .
nπ sinh( 1 + n2 π 2 )
Conclui-se que a solução do problema do enunciado é
∞
X 2(−1)n+1 p
u(x, y) = √ sinh( 1 + n2 π 2 x) sin(nπy).
n=1
nπ sinh( 1 + n2 π 2 )