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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA Segundo a CETESB, a poluição atmosférica é

composta de poluentes advindos do escapamento dos veículos automotores,


partículas sólidas em suspensão, gotículas de óleo expelidas pelos motores,
centrais termoelétricas, fábricas de fertilizantes e de explosivos, fábricas de
ácido nítrico, de ácido sulfúrico, sulfonações, queima de derivados de petróleo
ou carvão com altas concentrações de CO, CO2 e SOx, NOx etc.
Os poluentes atmosféricos podem ser classificados em primários, que são
aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão e em secundários, aqueles
formados na atmosfera através da reações fotoquímicas entre poluentes
primários e componentes naturais da atmosfera.

Os processos industriais a quente, sejam de combustão ou não, em altas


temperaturas, chegam a volatilizar alguns metais e resultam na emissão para
atmosfera de pequenas partículas que formam dispersões coloidais também
chamadas de aerossóis. Devido ao longo tempo de residência dessas dispersões
na atmosfera, estas podem ser transportadas por longas distâncias, podendo
atingir áreas remotas e longínquas.
Os aerossóis presentes na atmosfera são removidos por processos interativos
dentro das nuvens, e abaixo destas durante a precipitação pluviométrica,
influenciando fortemente a composição química da água da chuva. A
complexação de metais por matéria orgânica aumenta a solubilidade dos
aerossóis na água de chuva.
As chuvas, quando ocorrem, “abatem” muito eficientemente, algumas categorias
de poluentes, caindo notadamente na forma de chuvas ácidas e carreando
aerossóis (MP) acima citados.
A literatura aponta a presença de chumbo, cromo, níquel, cobre, zinco, (e outros
metais) não somente na água de chuva, mas também nos corpos d’água que
recepcionam as chuvas, quase sempre em traços, isto é, partes por bilhão.
PROGRAMA SEDE ZERO
Abra o site ( Vide Links ) da ANA Agencia Nacional de Águas, e leia sobre o seu
programa P1MC, "um milhão de cisternas para o semi árido nordestino". É a Ana
provendo água de chuva para uso humano, inclusive para beber, para milhões de
pessoas.

Uma Universidade da Malásia, aliás um dos tigres asiáticos, chegou à conclusão


que

APENAS A PRIMEIRA ÁGUA DE CHUVA COLETADA EM UM TELHADO,


vem contaminada e lavando a poluição atmosférica e do próprio telhado,
inclusive de sua lixiviação, estando carregada de poeira, esporos de fungos,
algas, micro-organismos, acides, e os supracitados metais, etc.
Muito pouco tempo após o inicio da chuva, a água coletada já adquire muitas das
características de água potável, quando comparada com os parâmetros do WHO
World Health Organization, superando em qualidade muitas águas que hoje em
dia bebemos.
Essa água é tão pura que estão praticamente ausentes sais dissolvidos,
detectáveis por nosso paladar. Na chuva, a água tende a se saturar de ar com
CO2 (8 a 10 gramas por litro), e esta saturação confere à água pH 5.65. Já
dissemos que contaminantes atmosféricos podem baixar o pH dos primeiros
instantes da chuva.
Para uso humano, inclusive como água potável, a água captada e estocada é
filtrada em areia e carvão ativado, readicionados sais com posterior cloração,
podendo esta ser feita com equipamento barato e simplíssimo, tipo Clorador
Embrapa ou Clorador tipo Venturi automático.
Este tratamento retem os particulados inclusive o de metais e eventuais
poluentes químicos, e elimina patógenos.
Outro ponto importante a lembrar, é que qualquer água para ser considerada
potável tem que satisfazer à legislação brasileira atualizada, Federal MS
1469/2000 e Estadual (ESPaulo) SS 293/96.
Em resumo, a água de chuva sofre uma destilação natural muito eficiente e,
principalmente, gratuita.

Na Austrália se desenvolveu um dispositivo simples, engenhoso e de


funcionamento automático, que separa a primeira água a descartar daquela pura
que deve ser colhida, manuseada e estocada com todo cuidado em reservatório
fechado, inclusive à luz, para evitar que algas se desenvolvam e lhe comuniquem
simultaneamente cheiro e paladar característicos indesejáveis. Em outras
palavras, esse estudo determina o “volume de separação de viragem” a partir do
qual a água de chuva é quase totalmente pura novamente.
DISPOSITIVO DE DESCARTE DE PRIMEIRAS ÁGUAS

ESQUEMA DE GERAL FUNCIONAMENTO

Quem, no mundo, usa Água de Chuva inclusive para


beber?
Alguns usuários: USA, (principalmente Texas, Hawaii, US Virgin Islands), Japão,
os Tigres Asiáticos como Hong Kong e Malásia, a Índia, e o Semi-Árido do
Nordeste do Brasil, são alguns usuários modernos da Água de Chuva para uso
humano, inclusive para beber. Note-se que a AWWA, American Water Works
Association, tida por muitos como a Papisa da água potável no mundo, tem um
excelente trabalho sobre o tema, “Guide to Rainwater Harvesting”.
PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS NO BRASIL Felizmente a maior parte de
nosso território tem bom índice de precipitações pluviométricas. Mas mesmo
regiões menos aquinhoadas, como o semi árido nordestino, pode se valer desta
fonte, e realmente já o fazem.
PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS

Algumas precauções precisam ser tomadas antes de implantar um programa de


aproveitamento de AGUA DE CHUVA PARA BEBER.
Cumpre verificar se no entorno da sua casa existe algum vizinho emitindo
continuamente poluentes atmosféricos que possam comprometer sua coleta.
Para água, pela MS 1469/2000, já citada, existem vários VMP (Valores Máximos
Permitidos) para diversos metais, elementos e compostos químicos que não são
usualmente controlados no ar. (Lembrar do caso atual de emissão de chumbo Pb
por fabrica de baterias automotivas em Bauru, SP...).

EXEMPLO DE PROJETO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE


CHUVA RESIDÊNCIA EM CHÁCARA, SÍTIO, FAZENDA,
OU CONDOMÍNIO HORIZONTAL
Os cálculos são efetuados através de programa de computador sendo
fundamentais para qualquer projeto:

1- Situação geográfica (o programa subentende dados de precipitação


pluviométrica de pelo menos 15 anos seguidos)
2- Área do telhado captador, se já existente, e material do mesmo (telhas de
barro, plástico, etc).
3- Número de usuários
4- Consumo do usuário em ℓ/dia; sugerimos, se possível, consultar conta de
água de outro local, pois o consumo unitário é extremamente variável, como dito
anteriormente, pode ser algo como 50ℓ/dia (1.5m3/mês), 150 ℓ/dia (4.5m3/mês) ou
mesmo 1200 ℓ/dia (36m3/mês), por pessoa.
O programa determina, no caso,
o volume do reservatório de água, para uma área de telhado existente; no caso
de construção nova ou ampliação, determina a área do telhado, e o
correspondente volume do reservatório.
o volume de descarte do Separador de Primeiras Águas;
Vamos seguir a ”dica” Sabesp, “gastar mais de 150 litros de água por dia é jogar
dinheiro fora e desperdiçar nossos recursos naturais”. Isto é, em nossa casa o
telhado é de telhas de barro, tem somente 2 moradores, que consomem cada um
150 litros/dia, ou seja, 4.5m3/mês, e moramos na região de Campinas, SP. O
programa de computador supracitado informa que, vamos precisar de 120 a
150m2 de telhado, a caixa d’água terá 54,3m3, que pode ser um tanque cilíndrico
com eixo vertical de 4,8m de diâmetro e altura 3,0m, de alvenaria cintada (tipo
barril), impermeabilizado internamente com produtos modernos e eficazes, ou
três caixas de 20m3 cada. No caso de 120m2 de telhado não faltará água em
cerca de 80% dos anos, e com 150m2 com quase toda certeza sobrará água de
chuva a maior parte dos anos.

" APENAS A PRIMEIRA ÁGUA DE CHUVA COLETADA EM UM TELHADO


VEM CONTAMINADA LAVANDO A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA "

RESERVATÒRIOS
Existem várias alternativas tecnicamente válidas, embora difiram no custo:
1- Pode ser construído tanque cilíndrico de eixo vertical, de paredes de alvenaria,
isto é, tijolos ou blocos, armados exteriormente com cinta de malha de ferro,
apoiados em uma laje de concreto dupla ferragem, para evitar trincas, e coberto
com laje pré-moldada. Como o referido reservatório vai ficar acima do nível do
solo, será imprescindível uma muito bem feita impermeabilização interna com
produtos modernos de argamassa misturada com polímeros que conseguem
uma camada impermeabilizante estanque de vários mm de espessura, elástica

2- Podemos ter tanques de fibra de vidro, cilíndricos de eixo vertical, auto


sustentáveis, externos, com pintura interna de cor preta para bloquear a luz que
torna possível a fotossíntese e portanto a presença de algas, alias o conhecido
“limbo” superficial presente nos tanques abertos; as algas conferem gosto
horrível à água.
3- Se a estética o exigir, podemos ter um ou mais reservatórios cilíndricos de
eixo horizontal, feitos de aço, protegidos por pinturas adequadas interna e
externamente, enterrados (como tanques de gasolina).

ÁGUA EXTRA PARA JARDINS E HORTAS


Se houver espaço disponível, é possível instalar uma “cobertura agrícola” para

captar um suprimento extra de água.

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