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3 Clayden – CAPITULO 30

Requisitos para estudos de rotas retrossintéticas

1.Estereoquímica
2. Compostos carbonílicos
3. Adição conjugada
4. Reações SN1/SN2
5. Substituição eletrofílica aromática (SEAr)

3-1
3

Estereoquímica

3-2
3 Isômeros
 Isômeros:compostos diferentes com mesma
fórmula molecular

 Isômeros constitucionais: isômeros com


diferentes conectividades

 Estereoisômeros: isômeros com mesma


fórmula molecular e conectividade mas
diferente orientação dos átomos no espaço.

3-3
3 Isômeros
rotation about
Compounds with the a single bond
same molecular formula
Conformations
same different
connectivity connectivity rotation
restricted

S tereoisomers Constitutional Conformational


Isomers Isomers
without
stereocenters with stereocenters

Chiral Achiral Chiral Achiral

Enantiomers Cis,Trans Enantiomers Diastereomers Meso


(E,Z) Isomers Compounds

3-4
3 Quiralidade
 Imagem especular: a reflexão de um objeto no
espelho

 Quiral:
um objeto que não é sobreponível a sua
imagem especular;

 Aquiral: não apresenta quiralidade;

• Um objeto aquiral apresenta pelo menos um


elemento de simetria

3-5
3 Elementos de simetria
 Planode simetria: um plano imaginário que
passa através de um objeto dividindo-o (como
uma imagem no espelho)

Br C Cl

3-6
3 Elementos de simetria
 Plano de simetria (continuação)
mirror
plane

HO OH

3-7
3 Elementos de simetria
 Centro de simetria: um ponto que torna idênticas
as posições equidistantes em uma molécula
(eixo).

Br
H

Cl
Cl
center of
H Br
symmetry

3-8
3 Centro estereogênico
O mais comum (mas não o único) agente
causador de quiralidade em moleculas
orgânicas é a presença do átomo tetreádrico,
mas comumente o carbono, ligado a quatro
grupos diferentes

 Um carbono com quatro grupos diferentes


ligados a ele é chamado estereocentro ou,
mais comumente, um centro estereogênico

3-9
3 Enantiômeros
 Enantiômeros: estereoisômeros que não são
sobreponíveis a suas imagens especulares;

 Os três casos que se seguem, têm-se exemplos


de moléculas quirais. Para cada molécula, tem-se
um centro estereogênico e assim pode existir um
par de enantiômeros.

3-10
3 Enantiômeros
 Ácido lático
HO O O OH
C C

C C
HO H H OH
CH 3 H3 C

3-11
3 Enantiômeros
 2-clorobutano

Cl
CH3 CHCH2 CH3

H Cl Cl H

3-12
3
Classificação dos enatiômeros

CONFIGURAÇÃO DOS
CENTROS
ESTEREOGÊNICOS

Propriedade de cada centro


estereogênico
3-13
3 Configuração R,S
• (R)-3-Clorociclohexeno

3
Cl 1

2
H R

• Ácido (R)-mevalônico
1
1 4
HO CH3 O R

3 2
HO OH
3 2

3-14
3 Enantiômeros & Diasteriômeros
 Para uma molécula com 1 centro
estereogênico, 21 = 2 estereoisômeros são
possíveis

 Para uma molécula com 2 centros


estereogênicos, um máximo de 22 = 4
estereoisômeros são possíveis

 Para uma molécula com n centros


estereogênicos, um máximo de 2n
estereoisômeros são possíveis
3-15
3 Enantiômeros & Diasteriômeros
Estereoisômeros
 ENANTIÔMEROS - são imagens especulares
não sobreponíveis

 DIASTERIÔMEROS - não são imagens


especulares um dos outros.

3-16
3 Enantiômeros & Diasteriômeros
 2,3,4-trihidroxibutanal
• dois centros estereogênicos; 22 = 4 estereoisômeros
possíveis

CHO CHO CHO CHO


H C OH HO C H H C OH HO C H

H C OH HO C H HO C H H C OH

CH2 OH CH2 OH CH2 OH CH2 OH


A pair of enantiomers A pair of enantiomers
(Erythreose) (Threose)

3-17
3 Enantiômeros & Diasteriômeros
 Ácido 2,3-dihidroxibutanedióico (ácido tartárico)
• dois centros estereogênicos; 2n = 4, mas para essa
molécula somente existem 3 estereoisômeros

COOH COOH COOH COOH

H C OH HO C H H C OH HO C H

H C OH HO C H HO C H H C OH

COOH COOH COOH COOH


A meso compound A pair of enantiomers
(plane of symmetry)

 Compostos MESO: um composto aquiral que


possui dois ou mais centros estereogênicos.
3-18
3 Propriedades dos estereoisômeros
 Enantiômeros possuem propriedades físicas e
químicas idênticas ao passo que os
diasteriômeros apresentam propriedades
físicas e químicas diferentes

O ácido meso-tartárico apresenta propriedades


físicas e químicas diferentes de seus
enatiômeros, ou seja, são disteriômeros entre
si.

3-19
3 Atividade óptica
é o número de graus, , na qual um
 Rotação:
composto quiral gira a luz plano polarizada

CLASSIFICAÇÃO
 Dextrorotatorio
(+): refere-se ao composto que
gira a luz plano polarizada para a direita
(positivo)

 Levorotatorio(-): refere-se ao composto que gira


a luz plano-polarizada para a esquerda (negativo)
3-20
3 Atividade óptica
 Paraum par de enatiômeros, o valor absoluto da
rotação específica é o mesmo para cada
composto, porém com sinais opostos

MISTURA RACÊMICA
OH HO

C C
H H
CH 3 CH 2 CH 3 H3 C CH 2 CH 3
(S )-(+)-2-Butanol (R)-(-)-2-Butanol
25 25
[ ] D +13.52 [ ] D -13.52
3-21
3 Excesso enatiomérico
 Parauma mistura de enatiômeros, o excesso
enatiomérico é usado para definir a
composição de cada um destes na mistura e
assim verificar qual enatiômero está em
excesso.

 Cálculo do excesso enantiomérico (ee): dado


pela fórmula

[R] - [S ]
ee = x 100 = %R - %S
[R] + [S ]

3-22
3 Excesso enatiomérico
Exemplo: na síntese comercial do fármaco naproxeno,
uma droga antiinflamatória não esteroidal, o produto é
obtido com 97% de ee. Atribua a configuração R ou S
para cada centro estereogênico e calcule a % dos
enantiômeros R e S na mistura.

H CH
3

C
COOH
H 3 CO
Naproxen

3-23
3

Compostos carbonílicos

3-24
3 Compostos Carbonílicos

3-25
3 Adição de álcoois

3-26
3 Adição de álcoois: 1) HEMIACETAIS

O + OH OH

H+ +

H
OH HO OCH3
HO OCH3
+
+ HOCH3 HOCH3 +
+ H2OCH3

3-27
3 Adição de álcoois: 1) ACETAIS

H
+ OCH3
HO OCH3 HO OCH3
+
H+ + HOH

HOCH3
H
OCH3 +
CH3O OCH3 CH3O OCH3
+
HOCH3

3-28
3 OXIDAÇÃO de ALDEÍDOS

3-29
3 REDUÇÃO de ALDEÍDOS e CETONAS

Redução de Clemmensen

O
C CH2CH2CH3
CH2CH3 Zn(Hg)
HCl, H2O

O
Zn(Hg)
CH2 C CH2 CH3
H HCl, H2O

3-30
3

3-31
3

3-32
3

3-33
3
Compostos Carboxílicos: Ésteres
quimioreceptores do olfato

Acetato de benzila Acetato de isopentila Butirato de metila

3-34
3
Hidrólise de ÉSTERES

3-35
Compostos Carboxílicos: Ésteres - hidrólise ácida
3

3-36
3 Substituição nucleofílica em grupos acila
Quanto mais estável o grupo de saída
(Y-) , mais o equilíbrio estará deslocado
para o lado dos produtos.

3-37
3

Adição
conjugada

3-38
3 ALCENOS - Reações características
Hydrochlorination
H
C C + HCl C C
Cl
Hydration
+
H
H
C C + H2 O C C
OH
Bromination
Br
C C + Br2 C C
H Br
Bromohydrin formation
Br
+ Br2 H2 O
C C C C
OH 3-39
3 Reações características

3-40
3 Adições eletrofílicas

• Hidrohalogenação, usando-se HCl, HBr, HI


• hidratação, usando-se H2O, H2SO4
• Halogenação, usando-se Cl2, Br2
• Formação de halidrinas, usando-se HOCl, HOBr

3-41
3 Adição de HX
 Realizadacom reagentes puros ou em um
solvente polar, como ácido acético.

 Adição regiosseletiva
• Reação regiosseletiva: reação que ocorre
exclusivamente em uma das diversas posições
possíveis do substrato.
• Reação regioespecífica: reação que, do ponto de vista
de orientação (posição) gera quase que
exclusivamente um só dos vários produtos possíveis
de serem formados.

3-42
3 Adição de HX
H é adicionado ao carbono menos substituído
Cl H H Cl
CH3 CH= CH2 + HCl CH3 CH- CH 2 + CH3 CH- CH 2
Propene 2-Chloropropane 1-Chloropropane
(not observed)

 Regrade Markovnikov: em uma adição de HX,


H2O ou ROH em uma alceno, o H é adicionado ao
carbono da dupla que contém o maior número de
hidrogênios ligados diretamente a ele.

3-43
3 HCl + 2-Buteno
 Um mecanismo em dois passos
1o passo: formação do cation sec-butila, um carbocátion
intermediário.
slow, rate H
+ -
CH3 CH= CH CH 3 + H- Cl : determining
+ -

:
CH3 CH- CHCH3 + : Cl :

:
sec-Butyl cation
(a 2° carbocation
intermediate

2o passo : reação do carbocátion (um ácido de Lewis) com íon


cloreto (uma base de Lewis) completa a reação

:
: Cl :
- + fast
:

: Cl : + CH3 CHCH 2 CH3 CH3 CHCH 2 CH3


:

Chloride ion sec- Butyl cation 2-Chlorobutane


(a Lewis base) (a Lewis acid)
3-44
3 Carbocations
 Carbocation: uma espécie na qual o átomo de carbono
apresenta seis eletrons na camada de valencia e assim
contém uma carga positiva

 Os carbocátion são:
• classificados como 1°, 2°, ou 3° dependendo do
número de carbonos ligados ao carbono que
apresenta a carga positiva
• eletrófilos; isto é, são ávidos por elétrons
• ácidos de Lewis

3-45
3 Estabilidade de carbocations
• Um carbocátion 3° é mais estável que um carbocátion
2° e requer uma menor energia de ativiação para sua
formação.

• Um carbocátion 2° é, por sua vez, mais estável que um


carbocátion 1° e, do mesmo modo, requer uma menor
energia de ativação para sua formação.

• Carbocátions metilicos e primários são muito


instáveis e não forma observados em solução.

3-46
3 Estabilidade de carbocations
• Estabilidade relativa
H H CH3 CH3
H C+ CH3 C+ CH3 C + CH3 C +
H H H CH3
Methyl Ethyl Isopropyl tert-Butyl
cation cation cation cation
(methyl) (1°) (2°) (3°)
Increasing carbocation stability

A capacidade de doação eletrônica dos grupos


alquílicos é devido a ocorrência de dois efeitos:
efeito indutivo
hiperconjugação
3-47
3 Adição de H2O
• A reação de adição de água é conhecida como
hidratação
• uma reação de adição de água catalisada por ácido é
regiosseletiva, e segue a regra de Markovnikov.
OH H
H2 SO 4
CH3 CH= CH 2 + H2 O CH3 CH- CH2

Propene 2-Propanol

CH3 CH3
H2 SO 4
CH3 C= CH2 + H2 O CH3 C- CH2
HO H
2-Methylpropene 2-Methyl-2-propanol

3-48
3 Adição de H2O
• Passo 1: Tranferência de próton do solvente para o
alceno slow, rate
+ determining +

:
:
CH3 CH= CH 2 + H O H CH3 CHCH 3 + :O H

H A 2o carbocation H
intermediate

• Passo 2: ocorrência de uma reação acido/base de Lewis


+
fast
:
CH3 CHCH 3 + : O-H CH3 CHCH 3
H O+
H

:
H
An oxonium ion
• Passo 3: Tranferência de próton para o solvente
fast +

:
CH3 CHCH 3 CH3 CHCH 3 + H O H
H O+ : OH
:

O: H
H
:

:
H
H 3-49
3 Rearranjos de carbocátions
• Adição de HCl a um alceno
CH3 CH3 CH3
CH3 CHCH = CH 2 + HCl CH3 CHCH CH 3 + CH3 CCH2 CH 3
3-Methyl-1-butene Cl Cl
2-Chloro-3- 2-Chloro-2-
methylbutane methylbutane
(expected) (rearrangement)
(40%) (60%)

• hidratação de um alceno catalisada por ácido


CH3 CH3
H2 SO 4
CH3 CHCH = CH 2 + H2 O CH3 CCH2 CH 3
OH
3-Methyl-1-butene 2-Methyl-2-butanol

3-50
3 Rearranjos de carbocátions
• A “driving force” de um rearranjo é a formação de um
carbocátion mais estável
CH3 slow, rate CH3
determining -

:
:
CH3 CCH= CH2 + H Cl : CH3 C- CHCH3 + : Cl :
+

:
H H
3-Methyl-1-butene A 2° carbocation
intermediate

• o carbocátion 2° - menos estável - rearranja a um 3o


devido a um deslocamento 1,2 de um íon hidreto

CH3 CH3
fast
CH3 C- CHCH3 CH3 C- CHCH3
+ +
H H
A 3° carbocation
3-51
3 Rearranjos de carbocátions
• Assim, a reação do carbocátion mais estável (um
ácido de Lewis) com o íon cloreto (uma base de Lewis)
completa o processo reacional
CH3 CH3
: - fast
CH3 C- CH2 CH3 + : Cl : CH3 C- CH2 CH3
+
:

: Cl :

:
2-Chloro-2-methylbutane

3-52
3 Adição de Cl2 e Br2
• Realizado com reagentes puros ou em um solvente
inerte, como por exemplo, CH2Cl2
• A adição é estereosseletiva

 Reação estereosseletiva: é uma reação que


produz predominantemente um dos
estereoisômeros dentre vários possíveis.

 Reaçãoestereoespecífica: é uma reação na qual


moléculas estereoquímicamente diferentes
reagem de forma diferentes.
3-53
3 Adição de Cl2 e Br2
Br Br
CH3 CH= CH CH 3 + Br2 CH3 CH- CHCH3
CH2 Cl 2
2-Butene 2,3-Dibromobutane

Br
+ Br2
CH2 Cl 2
Br
Cyclohexene trans-1,2-Dibromo-
cyclohexane

3-54
3 Adição de Cl2 e Br2
Passo 1: formação do íon de bromônio como intermediário

:
: Br :
: Br :
: : Br :
-

:
C C C C + : Br :

:
Passo 2: ataque do haleto formado pelo lado oposto ao do
ion de bromônio formado.

:
:Br : : Br :
-
:

: Br : + C C C C
:

: Br :
:

Anti (coplanar) orientation


of added bromine atoms3-55
3 Adição de Cl2 e Br2
 Parao cicloexeno, uma adição de Cl2 ou Br2 gera
produtos anti-coplanares que correspondem a
adição trans-diaxial
Br
Br
+ Br2 Br

Br
trans diaxial trans diequatorial
(less stable) (more stable)

3-56
3 Adição de HOCl ou HOBr
 Tratamento de um alceno com Br2 ou Cl2 em
água leva a formação de uma halidrina.

 Halidrina:um composto que contém grupos -OH


e -X em átomos de carbono adjacentes.
HO Cl
Cl 2
CH3 CH= CH 2 CH3 CH- CH2 + HCl
H2 O
Propene 1-Chloro-2-propanol
(a chlorohydrin)

3-57
3 Adição de HOCl e HOBr
• Ambas as adições são estereoespecíficas (adição anti)
e estereosseletivas (OH ligado ao carbono mais
substituído)

Br2
Br H3 C + HBr
H2 O
H CH3
H OH
1-Methylcyclopentene 2-Bromo-1-methylcyclopentanol
(anti addition of -OH and -Br)

3-58
3 Adição de HOCl e HOBr
Passo 1: formação da ponte de três membros
correspondente (clorônio ou bromônio):
:
: Br :
: Br :

:
: Br : : Br :
:

-
H H - Br
C C C C C C
R H H H H H
R H R H
bridged bromonium minor contributing
ion structure
Passo 2: ataque da água ao carbono mais substituído
leva a abertura do anel de três membros
: Br :

:
H : Br :
R
C C C C
H H
:

H O: R + H
H O H
H H H
:

3-59
3 Oxidação com O3
 Tratamento
de um alceno com ozônio seguido de
redução produz a clivagem da ligação C=C
formando dois grupos carbonila
CH3 O O
1 . O3
CH3 C= CHCH2 CH 3 CH3 CCH3 + HCCH 2 CH3
2 . ( CH3 ) 2 S
2-Methyl-2-pentene Propanone Propanal
(a ketone) (an aldehyde)

3-60
3 Redução de Alcenos
 Muitosalcenos reagem com H2 na presença de
um catalisador metálico gerando um alcano
Pd
+ H2
25°C, 3 atm
Cyclohexene Cyclohexane

• catalisadores comuns: Pt, Pd, Ru, and Ni

O processo é chamado de redução catalítica ou,


alternativamente, hidrogenação catalítica

3-61
3 Redução de alcenos
 Produtos com estereosseletividade syn

CH3 CH3 CH3


Pt
+ H2 +
CH3 CH3 CH3
1,2-Dimethyl- 70% to 85% 30% to15%
cyclohexene cis-1,2-Dimethyl- trans-1,2-Dimethyl-
cyclohexane cyclohexane

3-62
3 Redução de Alcenos
 Mecanismo da hidrogenação catalítica

• H2 é adsorvido na superfície do metal, formando uma


ligação metal-hidrogênio
• o alceno é também adsorvido formando ligações
metal-carbono
• um átomo de hidrogênio é transferido ao alceno de
modo a formar uma nova ligação C-H
• um segundo átomo de hidrogênio é também tranferido
de modo a formar a segunda ligação C-H.

3-63
3 Reações estereoquímicas
 Reação do bromo com alceno um intermediário -
o ion de bromonio cíclico

+
Br
H CH3 Br2
C C C C
H3 C H CH3
H H3 C H
trans-2-Butene
(achiral)

E o ataque do brometo???

3-64
3 Reações estereoquímicas
Br CH3
2 3 H
C C
+
Br H
H3C Br
2 3
C C (2R,3S)-2,3-Dibromo- identical;
H CH3 butane a meso
H3C H compound
H Br
- - H3C
Br Br 2 3
C C
CH3
Br H
(2S,3R)-2,3-Dibromo-
butane

3-65
3 Sistemas conjugados
• Sistemas contendo ligações duplas conjugadas, não
somente em dienos, são mais estáveis do que aqueles
que contém duas ligações duplas não conjugadas.
O O

2-Cyclohexenone 3-Cycloh exenone


(more s table) (less s table)

3-66
3 Adição 1,2- e 1,4
A adição de 1 mol de HBr ao butadieno a -78°C
fornece uma mistura de dois isômeros
constitucionais
-78°C
CH2 = CH- CH= CH2 + HBr
1,3-Butadiene
Br H Br H
CH2 = CH- CH- CH 2 + CH2 - CH= CH- CH 2
3-Bromo-1-butene 1-Bromo-2-butene
90% 10%
(1,2-addition) (1,4-addition)

A formação desses produtos deve-se a um mecanismo


de duas etapas
3-67
3 Adição 1,2- e 1,4
• O intermediário chave é um carbocátion alílico
estabilizado por ressonância:

CH2 = CH- CH= CH2 + H- Br

H H
+ +
CH2 = CH- CH- CH 2 CH2 - CH= CH- CH 2

- -
Br Br

Br H Br H
CH2 = CH- CH- CH 2 CH2 - CH= CH- CH 2
(1,2-Addition) (1,4-Addition)

3-68
3 Reação de Diels-Alder
 Reação de Diels-Alder: uma reação de
cicloadição de um dieno conjugado e certos
tipos de ligações duplas e triplas
• dienófilo: espécie que reage com dieno
• Aduto de Diels-Alder: o produto de uma reação de
Diels-Alder
O
O

1,3-Butadiene 3-Buten-2-one Diels-Alder adduct


(a diene) (a dienophile)

3-69
3 Reação de Diels-Alder
• Alcinos também atuam como dienófilos
COOEt
COOEt
+
COOEt
COOEt
1,3-butadiene Diethyl Diels-Alder adduct
(a diene) 2-butynedioate
(a dienophile)

• Reação de cicloadição: uma reação na qual dois


reagentes são unidos em uma única etapa para formar
um produto cíclico
3-70
3 Reação de Diels-Alder
• Mecanismo da reação de Diels-Alder

Diene Dieno- Adduct


phile

• Reação de Diels-Alder – considerações sobre a utilização em


síntese orgânica
(1) formam-se anéis de seis membros
(2) formam-se duas novas ligações C-C ao mesmo tempo
(3) são estereoespecíficas e regiosselectivas
3-71
3 Reação de Diels-Alder
• a conformação do dieno DEVE SER s-cis

s-Trans s-Cis
conformation conformation
(lower in energy) (higher in energy)

3-72
3 Reação de Diels-Alder
• A reação é facilitada por uma combinação de
substituintes doadores de elétrons de um reagente e de
substituintes aceptores de elétrons do outro reagente
200°C
+ pressure
1,3-Butadiene Ethylene Cyclohexene
O O

140°C
+
1,3-Butadiene 3-Buten-2-one
O O

30°C
+

2,3-Dimethyl- 3-Buten-2-one
1,3-butadiene 3-73
3 Reação de Diels-Alder
• A reação de Diels-Alder pode ser uasada para formar
sistemas biciclicos
room H
temperature
+
170°C
Diene Dienophile H
Dicyclopentadiene
(endo form)

3-74
3 Reação de Diels-Alder
• As posições exo e endo são relativas as ligações
duplas do dieno

the double bond


derived from exo (outside)
the diene relative to
the double
endo (inside) bond

3-75
3 Reação de Diels-Alder
• Para uma reação de Diels-Alder sob controle cinético,
a orientação endo do dienófilo é favorecida:
O

+ OCH3

Cyclopentadiene Methyl
propenoate

COOCH 3 H
redraw
COOCH 3

Methyl bicyclo[2.2.1]hept-5-en-
endo-2-carboxylate

3-76
3 Reação de Diels-Alder
• a configuração do dienófilo é mantida

COOCH3 COOCH3
+
COOCH3 COOCH3
A cis D imethyl cis-4-cyclohexen e-
dien op hile) 1,2-dicarb oxylate

H3 COOC COOCH3
+
COOCH3 COOCH3
A tran s D imeth yl t rans-4-cyclohexene-
d ienophile) 1,2-dicarboxylate

3-77
3 Reação de Diels-Alder
 Mecanismo

• Não existem evidências da participação de quaisquer


intermediários iônicos ou radicalares
• Propõe-se que a reação de Diels-Alder é uma reação
pericíclica.

 Reação periciclica: reação que ocorre em uma


única etapa, sem intermediários, que envolve
uma redistribuição dos elétrons das ligações
químicas

3-78
3

Substituição Nucleofílica

S N1 e S N 2

3-79
3

3-80
3

3-81
3

3-82
3

3-83
3

3-84
3

3-85
3

3-86
3

3-87
3

3-88
3

3-89
3

3-90
3

3-91
3

3-92
3

3-93
3

3-94
3

3-95
3

3-96
3

3-97
3

3-98
3

3-99
3

3-100
3

3-101
3 Outros métodos para conversão de
um álcool em haleto de alquila: PBr3

3-102
3 Outros métodos para conversão de
um álcool em haleto de alquila: SOCl2

3-103
3

3-104
3

3-105
3

Substituição Eletrofílica
Aromática (SEAr)

3-106
3Reatividade de hidrocarbonetos cíclicos
Br2
não reage

cicloexano
Br
Br2
(incolor)
Br

cicloexeno
Br

Br2 Br Br
(incolor)
Br Br
benzeno Br

EXPERIMENTALMENTE: na reação desses três


compostos com Br2, o que se observou?
3-107
3 Reatividade de hidrocarbonetos cíclicos

3-108
3

3-109
3

3-110
3

3-111
3
ASSIM COMO OBSERVADO PARA O
CICLOEXANO, A REAÇÃO DE BENZENO
COM Br2 NÃO SE PROCESSOU...

3-112
3 REATIVIDADE DE COMPOSTOS AROMÁTICOS
Duas possibilidades de produtos: adição ou substituição

eletrófilo

nucleófil
o

3-113
3 Diagrama de Coordenada de
Reação

3-114
3

Derivados aromáticos como o


benzeno não sofrem reações
de adição como os alcenos e
sim de substituição

3-115
3

Reações de Substituição
Eletrofílica Aromática

SEAr

3-116
3 Mecanismo Geral deBenzeno
Substituição Eletrofílica no

H H H

Y+ Y Y Y
lento
+

rápido base

3-117
3 Halogenação do Benzeno

3-118
3 Nitração do Benzeno

3-119
3 Alquilação de Friedel–Crafts

R
AlX3 ou FeX3
R-X +

3-120
3 Acilação de Friedel–Crafts

O O

R C Cl + AlCl3 R C + AlCl4

R C O
3-121
3 O substituinte já presente no anel
benzênico determina a localização da
entrada do novo substituinte

Todos os substituintes ativadores e


halogênios orientam na posições 2 e 4 são
orto-para dirigentes.
Todos os substituintes mais desativadores
que os halogênios são meta dirigentes.
122 3-122

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