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Universidade Federal do Amapá – UNIFAP

Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias - PROEAC


Departamento de Extensão - DEX

FORMULÁRIO PARA REGISTRO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Modalidade de Extensão:

( ) Programa ( ) Curso ( ) Prestação de Serviço ( ) Produções

( x ) Projeto ( ) Evento ( ) Assessoria/Consultoria

Título da Atividade de Extensão: ESTUDOS DE RISCO E VULNERABILIDADE


SOCIOAMBIENTAL EM AREAS DE RESSACA

Vinculado ao projeto de pesquisa: Políticas de Meio Ambiente, Territorialidades e Espaço na


Amazônia Transfronteiriça e ao Observatório das Fronteiras do Platô das Guianas.

Área Temática:
/
( ) Comunicação ( x ) Direitos Humanos e Justiça ( X ) Meio Ambiente ( ) Trabalho

( ) Cultura ( ) Educação ( ) Saúde ( ) Produção e Tecnologia

Linha Temática: Planejamento e Desenvolvimento Regional/Questões Ambientais/Urbanismo

Unidade Universitária /Campus/ Departamento/ Outro(a): Campus de Santana/ Curso


de Arquitetura e Urbanismo

CADASTRO DO(S) AUTOR(ES) E DO(S) COORDENADOR(ES)


( x ) Autor ( X ) Coordenador

( X ) Docente (x) Aluno de Graduação Bolsista ( )Aluno de Pós-Graduação

( )Servidor (x) Aluno de Graduação não Bolsista ( ) Externo

Nome: Jodival Mauricio da Costa


Inscrição SIAPE/ Nº 1005983
Unidade: Arquitetura e Urbanismo Titulação: Doutor
Carga Horária para o Projeto: 10 horas
Regime de Trabalho:
Rodovia Juscelino Kubitschek de Oliveira, km 02 – Campus Marco Zero do Equador – Macapá /AP - CEP.
68906-970 Fone: (96) 3241- 5053 – site: www.unifap.br – e-mail: dex@unifap.br
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Departamento de Extensão - DEX

( X) Dedicação Exclusiva ( ) 40 Horas ( ) 20 Horas ( ) Aposentado


Telefone(s):96 8135-5561 E-mail:jodival.costa@usp.br/Jodival.costa@gmail.com

CADASTRO DOS COLABORADORES NA ATIVIDADE DE EXTENSÃO


DOCENTES DA UNIFAP
Nome Função Unidade de Carga Horária
Origem
José Jamil Salim Neto Membro/colaborador Eng. Civil 04 horas
Heldio Carneiro Membro/colaborador CAU 04 horas

DISCENTES DA UNIFAP
Nome Função Unidade de Carga
Origem Horária
Tiago Vieira Pereira Membro/colaborador CAU 04 horas
Kelvin de Almeida Sacramento Membro/colaborador CAU 04 horas
Jacy Soares Correa Neto Membro/colaborador CAU 04 horas
Adriele Trindade Martins Membro/colaborador CAU 04 horas
Edilene Lira da Silva Membro/colaborador CAU 04 horas
Valdelicer Fonseca Silva Membro/colaborador CAU 04 horas
Robson Silva Araújo Membro/colaborador CAU 04 horas
Natália Yolanda Moraes Alves Membro/colaborador CAU 04 horas
Ingrid di Carla Cravo da Silva Membro/colaborador Geografia 04 horas
Taynnara Danna Santos da Silva Membro/colaborador CAU 04 horas
Tabata Fernanda Soares Ribeiro Membro/colaborador CAU 04 horas
Rafaela Batista de Sousa Membro/colaborador CAU 04 horas
Ingrid Tainá da Silva Ferreira Membro/colaborador CAU 04 horas
Luciana Carvalho da Silva Membro/colaborador CAU 04 horas
Letícia Scheer Mendonça Membro/colaborador CAU 04 horas
Amanda Pantoja da Silveira Membro/colaborador CAU 04 horas
Katricia Correa Membro/colaborador CAU 04 horas

O PROBLEMA DE PESQUISA
Consideramos que sendo o espaço resultado dos processos sociais produzidos por
homens e mulheres, esses também sofrem os efeitos desse espaço construído (Villaça, 2001). Outra
forma de dizer isso é considerar que a ação de produzir espaço é reflexiva, pois a condição espacial
se estabelece como relação entre os homens e mulheres e, ao mesmo tempo, como produto dessas
relações. Não obstante, isso ocorre de forma fragmentada e desigual. Assim, o espaço produzido de
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forma assimétrica é, também, ocupado desigualmente. A cidade reflete essa situação, uma vez que
ocupar o urbano se torna uma ação determinada por relações de poder assimétricas, fruto das
políticas que o Estado e as demais instituições escolhem fazer, ou não.
Partimos do entendimento de que as escolhas feitas pelos agentes produtores do espaço
urbano (Estado, Empresas, Agentes Sociais) interferem diretamente na forma de ocupação do
espaço pela população. Pensando assim, o mesmo (espaço) é pensado/construído com a forma e o
sentido que as relações políticas-econômicas-sociais lhes imprimem. Dito de outra maneira, relações
assimétricas não podem produzir um acesso simétrico ao solo urbano.
Assim, partimos do princípio de que a exposição aos riscos potenciais e à situação de
vulnerabilidade é uma produção social, pois resulta dos processos de produção espacial.
Vulnerabilidade, nesse sentido, é entendida como produto das relações sociais, políticas e
econômicas, que produzem uma dada situação de agravo na qual as pessoas são expostas a
determinados tipos de riscos: a exemplo dos deslizamentos nas encostas de morros como os que
ocorrem no Rio de Janeiro, e da influência direta da maré na estabilidade das casas em áreas de
ressacas de Macapá.
Para Acserald (2006), o processo da vulnerabilização está associado a três fatores –
individuais, político-institucionais e sociais. É preciso considerar, no caso do primeiro, que cada
individuo faz escolhas e estas estão diretamente relacionadas a um grau de tolerância às situação de
riscos consideradas vulneráveis por um pesquisador, avaliador ou observador externo. Ao lado
disso, as escolhas políticas feitas pelo Estado contribuem diretamente para vulnerabilizar
determinados grupos sociais.
Mesmo existindo um conjunto de fatores que trabalham a favor da produção de um
cenário de vulnerabilidade, normalmente a análise é centrada no indivíduo e não no processo. Tendo
em vista esse conflito, esse trabalho busca entender riscos e vulnerabilidades nas ressacas
macapaenses a partir dos processos que produzem o espaço urbano, e não reduzindo o problema ao
indivíduo que ocupa determinada área. Ocupar uma área de ressaca e transformá-la em moradia

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pode estar associado mais a uma decisão de ter onde morar, do que a uma escolha que as pessoas
fariam se tivesse outro solo urbano adequadamente disponível1. Assim, algumas questões norteiam
essa problemática:
1. Por que o processo de urbanização das cidades também se dá pela favelização do espaço?
(DAVS)
2. Por que a produção do espaço urbano também é um processo produtor de riscos? Por que
determinados riscos se manifestam de forma assimétrica na sua distribuição?
3. É possível mensurar graus de tolerância ao risco? Como medir vulnerabilidades?

JUSTIFICATIVA DA ATIVIDADE DE EXTENSÃO

Identificar e entender os processos que produzem o espaço urbano é condição


fundamental para nele (espaço) intervir. Uma das formas de fazer tal exercício é através da análise
de textos e políticas que versam sobre a problemática do planejamento urbano e regional e do
urbanismo; a outra é a investigação dos fenômenos estudados por meio do trabalho de campo. Essas
duas dimensões do fazer acadêmico não estão descoladas, pois juntas permitem a prática do
conhecimento e a integração entre a universidade e a comunidade. Do mesmo modo, contribui para
o acoplamento do próprio processo de produção do conhecimento acadêmico.
Nesses termos, o presente projeto de pesquisa proporciona a relação da academia com a
comunidade. Representa uma oportunidade de contribuição social, uma vez que os resultados da
pesquisa podem impactar positivamente a vida dos moradores das referidas áreas de ressaca. Isso,
porque, ao estabelecermos uma classificação dos riscos potenciais, assim como dos agravos que
podem tornar a vida da população vulnerável pode-se buscar soluções políticas, via Estado, para o
tratamento de tais situações de risco e a exposição a estes.

1
Disponivel, nesse sentido, diz respeito às condições socioeconômicas para ocupar solos urbanos economicamente mais
valorizados. Não tem relação, assim, com o difundido discurso do déficit habitacional.
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OBJETIVOS DA ATIVIDADE DE EXTENSÃO


Identificar e entender padrões de urbanização em áreas de ressaca, assim como as práticas espaciais
presentes aí desenvolvidas.

Entender os processos espaciais que produzem a condição de exclusão na sociedade moderna, a


exposição aos riscos e como ocorre produção da situação de vulnerabilidade na modernidade
reflexiva.

Identificar os riscos aos quais a população que habita nessas áreas estão expostos. Feito isso,
objetivamos fazer uma tipologia dos riscos potenciais e das vulnerabilidades percebidas pelos
pesquisadores e pelos moradores.

Fazer um estudo da relação entre a habitação, a proximidade dos canais e o potencial de risco para o
meio ambiente e, do mesmo lado, para a população, considerando a ideia de reflexividade das ações.

Criação de protótipos uni ou multifamiliares baseados em critérios sustentáveis e de diminuição dos


impactos no meio ambiente, juntamente com a elaboração de redes de infraestrutura básica
alternativas.

Procedimentos técnico-metodológicos para realização da atividade de extensão


A atividade tem caráter investigativo, exploratório e de observação dos processos espaciais, assim
como análise dos mesmos a partir da concepção de “modernidade reflexiva” trabalhada por Beck
(2010) e Giddens (1991). Para isso, adotaremos os seguintes procedimentos:

 Montagem de um banco de dados das leituras sobre as consequências da modernidade, os


riscos, vulnerabilidades e processos contemporâneos de produção do espaço urbano;
 Trabalho de Campo em oito áreas de ressaca, a saber: Araxá, Aturiá, Chico Dias, Canal das
Pedrinhas, Canal do Jandiá, Infraero e Lagoa dos índios.
 Análise da água e do solo nas áreas ocupadas.
 A forma de execução do trabalho pelos membros será definida em reunião.

RESULTADOS ESPERADOS
 Composição de um banco de dados com a tipologia dos riscos identificados como potenciais
nas áreas de ressaca.
 Fazer propostas para solução de problemas relacionados a riscos e vulnerabilidades, sempre
levando em consideração o caráter subjetivo da vulnerabilidade e a relação sujeito-espaço.
 Produzir trabalhos científicos e publicá-los em congressos e periódicos.
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 Produção de projetos urbanos arquitetônicos de caráter específicos às áreas de ressaca


através da elaboração de um plano de necessidades, croquis, estudos climáticos,
desenvolvimento da proposta arquitetônica e urbanística e montagem real dos exemplares
criados.

REFERÊRENCIAS
ACSELRAD, Henri. Vulnerabilidade ambiental, processos e relações. In: II Encontro Nacional de
Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, FIBGE, Rio de Janeiro,
24/8/2006.

BECK, Ulrich. Sociedade de Risco – rumo a uma outra modernidade (tradução de Sebastião
Nacimento). São Paulo: Editora 34, 2010.

GIDDENS, Anthony. As Consequências da Modernidade (tradução de Raul Fiker). São Paulo:


Unesp, 1991.

VILLAÇA, Flávio. Espaço Intra-Urbano no Brasil. São Paulo: Nobel/FAPESP, 2001.

LOCAL DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE EXTENSÃO


Município de Macapá

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Início Término
Fevereiro de 2014 Fevereiro de 2016

PÚBLICO A SER ATENDIDO PELA ATIVIDADE DE EXTENSÃO


PÚBLICO Instituição e/ou Organizações Número de
Comunidades e/ou Municípios Participantes
Moradores das áreas de ressaca Macapá

TOTAL DE PÚBLICO ESTIMADO

Atividades 2014 2015 2016


2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1

Inicio do projeto

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Acervo sobre o tema


Coleta de dados
Analise dos dados
Produção de artigos

RECURSOS FINANCEIROS
Discriminação Fonte de Recursos Quant. Valor Valor
Unidade/e/ou Inst. Unit total

TERMOS PARA ACORDOS, CONVÊNIOS, CONTRATOS, PATROCINADORES OU PARCERIAS


ESTABELECIDOS: (Em caso de patrocínio ou parceria e não possuir convênio ou acordo assinado, descrever, enfatizando prazos
e valores envolvidos e em caso de acordos, convênios, contratos, apresentar cópia do \Acordo/Contrato ou Convênio

Macapá/AP,_____ de ___________ de 20__.

____________________________________________
Assinatura do responsável pela Atividade Extensionista

____________________________________________
Assinatura do responsável pela Unidade Acadêmica

DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO-DEX
APROVADO: [] Sim [ ] Não
Em:

____________________________________
Diretoria do Departamento de Extensão

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E AÇÕES COMUNITÁRIAS-PROEAC

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APROVADO: [ ] Sim [] Não


Em:

______________________________________
Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias

TRAMITAÇÃO (Reservado à PROEAC/ DEX)

REGISTRO:
Macapá/AP,_____ de ___________ de 20__.

____________________________________
Responsável pelo registro

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