DA PRÉ-HISTÓRIA À CHEGADA DOS BRANCOS

A Pré-história de Sergipe

Descobrindo o Passado

A Pré-história em Sergipe é o período de tempo de que vai da origem da do homem

até o aparecimento das primeiras civilizações que já conheciam a escrita.
Arqueologia é a ciência que estuda os grupos humanos de tempos muitos antigos,
principalmente na Pré-história. Ela nos traz informações sobre os povos que deixaram de
existir a milhares de anos.
O estudioso que recolhe materiais que pertenceram aos povos antigos é chamado de
arqueólogo.
Os materiais recolhidos pelos arqueólogos que pesquisam a Pré-história são: ossos
humanos, armas, peças de cerâmicas (potes, panelas, moringas), objetos artísticos, enfeites,
entre outros.

Arqueologia em Sergipe

Desde o século XIX que pesquisadores encontram material arqueológico em Sergipe.

Principalmente objetos de cerâmicas nas roças do interior e pinturas em rochas e em grutas
(arte rupestre).
Os principais municípios onde foram encontrados materiais arqueológicos são:
Canindé do São Francisco, Cristinápolis, Pacatuba, Divina Pastora, Frei Paulo e Lagarto.
Em Canindé do São Francisco, na margem direita do rio São Francisco, bem próximo
a hidrelétrica de Xingó foram encontrados milhares de objetos e pinturas além de centenas de
esqueletos pertencentes ao homem primitivo sergipano que habitava por aqui a mais de 9.000
anos atrás. Isso mesmo existiu grupos humanos em Sergipe há mais de 7.000 anos antes de
Jesus Cristo nascer em Belém e 8.500 anos antes de Pedro Álvares Cabral chegar ao Brasil.

A Vida do homem Pré-histórico sergipano

Conheça algumas características da vida dos primitivos grupos humanos que viveram
no atual território de Sergipe:
Viviam em pequenas famílias; não possuíam moradia fixa; suas casas eram feitas de
troncos de madeira e cobertas com palha; usavam também abrigos naturais como as grutas do
canyon do rio São Francisco; os homens pescavam e caçavam com arco e flechas; As
mulheres plantavam; fabricavam objetos de cerâmicas como panelas, potes, tigelas e
cachimbos; Fabricavam com pedras: pontas de flechas, machados e pilões para moer grãos;
nas grutas ao ar livre desenhavam e pintavam animais, seres humanos e figuras geométricas;
Possivelmente acreditavam em espíritos dos mortos, e cultuavam os astros e nas forças da
natureza (chuvas, trovão, fogo, etc.).

Os Índios

Existiam muitos povos indígenas diferentes no Brasil, quando os portugueses aqui

chegaram. Falavam línguas diferentes, e os costumes variavam de um grupo para outro.
Os principais grupos (ou nações) indígenas brasileiros na época do descobrimento
eram: Tupis, Jês, Aruaks e os Caribes (ou Caraíbas).
Os índios de Sergipe

Em Sergipe viviam dois desses grupos: Os Jês e os Tupis:

Os Jê-Kariris eram denominados pelos tupis

de “Tapuias” que significava “inimigos”. Os grupos
que falavam línguas diferentes geralmente eram
inimigos uns dos outros.
Os Jês habitavam o agreste e o sertão sergipano,
eram os andantes do interior. Os tupis eram os
canoeiros do litoral, viviam numa área com rios
cheios de peixes, terras férteis e florestas com
muitas caças. Os tupis do atual território sergipano
eram divididos em vários grupos: Tupinambás,
Kaetés, Tupiniquins e Tupinauês.

Maneira de viver dos Tupis

 As aldeias Tupis eram organizadas em círculos tendo no centro uma praça (a
taba) e protegidas por cercas de madeira (a caiçara), as casas (ocas ou malocas)
eram cumpridas e nelas vivam cerca de 50 pessoas.
 Os homens caçavam, pescavam, construíam ocas e faziam a guerra.
 As mulheres cuidavam da roça onde plantavam mandioca, milho, feijão,
banana, abacaxi, mamão, batata-doce, e fumo; Faziam beijú, mingaus, farinhas;
Fabricavam cerâmica, cestas de palha e ainda criavam os filhos. Elas
trabalhavam mais do que os homens.
 O conselho da aldeia era formado pelos homens casados.
 O cacique (Morubixaba) era eleito pelo conselho dos homens da aldeia.
Comandava os guerreiros nas batalhas e presidia as reuniões do conselho. Os
mais famosos caciques de Sergipe foram Serigi, Aperipê, Surubi, Japaratuba,
Pacatuba e Pindaíba.
 Os Tupis faziam muitas guerras contra outros povos e entre eles mesmos. O
motivo pelo qual lutavam era geralmente a vingança. Combatiam com arco,
flechas e bordunas.
 Acreditavam em um grande número de deuses e espíritos: Mair, Yara, Tupã,
Caapora,
-Boitatá, e em heróis que teriam lhe ensinado as coisas que sabiam fazer: caça,
agricultura, fogo e guerra. Também acreditavam na vida após a morte.
 O pajé era o curandeiro e feiticeiro, ou seja, aquele que ouvia os espíritos,
dançavam ao som de maracas (os chocalhos sagrados), tratava os doentes com
chás de ervas e raízes com fumaça dos cachinhos nas partes doloridas ou
feridas do corpo.,
  Pintavam o corpo com urucum (vermelho) jenipapo (preto), calcário ou
tabatinga (branco) e se enfeitavam com mantas, cocares e cintas de penas
coloridas.
 Tomavam vários banhos por dia e faziam higiene bucal após as refeições.

ATIVIDADE

1ª) Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falsa as alternativas abaixo:

( ) A pré-história é o tempo que vai da origem do homem até o aparecimento das

segundas civilizações que já conheciam a leitura.

( ) Arqueologia é a ciência que estuda os grupos humanos de tempos muitos antigos

principalmente na Pré-história.

( ) O estudioso que reconhece materiais que pertenceram aos povos antigos é chamado
de arqueólogo.

( ) Em Canindé, na margem direita do rio São Francisco, bem próximo a hidroelétrica

de a hidroelétrica de Xingó, foram encontrados milhares de objetos e pinturas além de
centenas de esqueletos pertencentes ao homem primitivo sergipano que habitava por aqui a
mais de 9000 anos atrás.

2ª) Cite algumas características da vida dos primitivo grupos humanos que viveram no atual
território de Sergipe.

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3ª) “Existiam muitos povos indígenas diferentes no Brasil, quando os portugueses aqui
chegaram”. Cite os principais grupos (ou nações) indígenas brasileiros na época do
descobrimento e também os que viviam em Sergipe.

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4ª) Cite três características da maneira de viver dos Tupis.

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