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“AS BRUXAS DE SALEM” de Arthur Miller

Guga Lopes
CENA 1
A peça inicia-se com o Rev. Parris rezando sobre o corpo da filha Betty que está
paralisada na cama.

Entra Tituba que é afugentada por Parris.

Chega Abigail, sobrinha de Parris, que traz Suzanna Walcott que vinha da casa
do Doutor Griggs e afirma que o doutor não encontra remédio algum para a doença de
Betty e recomenda procurar causa sobrenaturais.

Toda a aldeia já falava que era causa de bruxaria e Parris recusa-se a falar sobre
isso em público, pois a filha Betty e a sobrinha Abigail haviam sido vistas dançando na
mata junto de outras meninas e Tituba que gritava e gemia.

Abby nega que isso envolvia bruxaria e diz que Tituba cantava musicas da terra
dela.

Durante a conversa Suzana da à entender que Mercy Lewis estava nua na mata
junto das meninas.

Sabemos aqui também que Abigail havia sido despedida da casa de Elizabeth
Proctor por ter se envolvido com o marido dela, John (coisa que descobrimos mais
tarde). Abby conta que foi demitida por negar ser escrava de Elizabeth.

CENA 2
Muda-se para a casa dos Proctor. Mary Warren está ajudando Elizabeth na
cozinha.

Chegam John Proctor e Marta Corey que vem falando que a filha de Parris está
enfeitiçada.

Mary Warren nega saber de qualquer coisa e sai de cena.

Aqui Marta nos conta que o Reverendo Harris mandou chamar o Reverendo
Hale, um exorcista de Beverly, e que Giles pediu para chamar John até a casa do
Reverendo Parris.
CENA 3
Na casa de Parris entra Ana Putman, uma mulher mais velha curiosa para saber
o que houve com Betty e diz que a filha Rute se encontra no mesmo estado, porém
com os olhos abertos.

Parris manda embora Suzana que se intrometia na conversa.

Putman desabafa de ter dado a luz a sete filhas que morreram antes mesmo de
terem sido batizadas e tem certeza de que a única filha sobrevivente está possuída por
demônios e por isso afirma ter chamado Tituba para se comunicar com os espíritos.

Abigail afirma que Tituba e Rute estavam invocando espíritos.

Surge Mercy Lewis para ver como está Betty.

Reverendo Parris diz que vai cantar salmos com toda a vila.

Mercy é mandada embora, mas antes vai falar com Abigail que avisa Mercy de
que contou à Parris que estavam apenas dançando, mas que Tituba invocara o espírito
das irmãs de Rute, mas Parris viu Mercy nua.

Entra Mary Warren na conversa e afirma que o melhor a se fazer é contar tudo.

Betty então acorda e diz querer a mãe (morta já há tempos), e afirma que
Abigail bebeu sangue para matar a mulher de John Proctor.

Abigail então ameaça as amigas, caso contem alguma coisa. Afirma ter visto
coisas de pôr os cabelos em pé e que tem a capacidade de fazer com que todas se
arrependam de ter nascido.

Entra John Proctor que manda Mary Warren voltar para casa. Mercy e Suzana
aproveitam para ir embora também.

Abigail implora para que John fique com ela como ele ficava enquanto ela
trabalhava na casa dele.

Em meio às provocações de Abby para John, Betty levanta-se e tapa os ouvidos


ao ouvir as preces vindas da rua.

Entra Parris junto de Ana Putnan e Mercy Lewis, Parris manda chamar o
médico.

Entra Rebeca Nurse, acompanhada de Suzana Walcot e logo depois de


afirmarem que Betty não suporta ouvir as palavras de deus entra Giles Coroy junto da
esposa Marta.
Enquanto Betty geme e se debate Rebeca Nurse debruça-se sobre a menina
que vai sossegando, e afirma que todas as meninas acordarão quando se cansarem de
dormir, com amor e paciência. Afirma ainda para Parris que não vá atrás de espíritos e
causas sobrenaturais.

Rebeca também o convence de que é melhor mandar embora o padre exorcista


Rev. Hale quando ele chegar para evitar velhas discussões na comunidade e afirma que
ao invés de culpar espíritos "Por que não procuramos a culpa em nós mesmos?".

Sai Suzana.

Senhora Putnan e John Proctor tem uma discussão sobre o que deve Parris
fazer, até Proctor afirmar que o Rev. Parris não fala de Deus em sua igreja. Rebeca
concorda.

Parris afirma estar vivendo na miséria naquela aldeia e que ali muitos o devem
dinheiro de lenha.

Proctor continua afirmando contra Parris, dizendo que ele só pede dinheiro e
doações. Parris diz existir um partido contra ele e Ana Putnam concorda.

Entra Hale que afirma conhecer a fama de caridosa de Rebeca.

Ana Putnam de imediato diz a Hale que deve ir a casa dela salvar a filha.

Sai John.

Hale afirma poder derrotar o demônio até liberar as garotas.

Sai Rebeca.

Giles pergunta a Hale a respeito da mulher Marta que lê livros esquisitos e


afirma não conseguir rezar até a mulher parar de ler.

Hale analisa a situação de Betty, que continua imóvel sem responder e


pergunta para Abigail e Suzana o que faziam na mata, que afirmam estarem dançando
e que Tituba invocou o demônio.

Ao entrar Tituba, Abby afirma que ela a obrigou a beber sangue de galinha.

Abby desata a acusar Tituba de mandar demônios segui-la para rir durante o
culto, ter sonhos vergonhosos, acordar e não sentir o corpo, ouvir gargalhadas
enquanto dorme...

Parris e Putnam ameaçam Tituba a ser enforcada e chicoteada e Tituba


confessa que o Diabo obrigou-a a trabalhar para Ele.
Tituba diz que quem fez aquilo às meninas é alguma outra bruxa e não ela.
Tituba responde varias perguntas e afirma que quatro mulheres de Salem serviam ao
Diabo na noite em que foram na floresta e que o Diabo havia pedido para matar o Rev.
Parris e, ao recusar, o Diabo mostrou outras servas, como Sara Good, a parteira
Osburn e Bridget Bishop.

Betty acorda e começa a denunciar muitos nomes, George Jacobs, a senhora


Howe, Marta Bellows... Na mesma hora Abigail e Suzana entram na histeria e repetem
as acusações de Betty que aumentam a cada nome (Marta Bellows, senhorita Sibbers,
Alice Barrows, senhora Hawkins, senhora Bibber, senhora Booth).

CENA 4
Oito dias depois, na casa dos Proctor.

Elizabeth está chateada e Proctor preocupado. Ela conta que Mary diz fazer
parte do Tribunal, do qual tem juízes de Boston e quem preside é o delegado do
governador.

Quatorze pessoas estão na prisão para ir a julgamento e depois à forca. Essas


pessoas são as acusadas de bruxarias, irão morrer caso não confessem.

Quem leva as pessoas ao tribunal é Abigail que passa entre as pessoas e todas
as assistem séria até ela escolher alguém para ir para a prisão ao ser acusada de
bruxaria.

Elizabeth acha tudo isso absurda e implora a John para ir a Salem e dizer que é
tudo mentira. Ao saber que Abigail confessa a mentira a John quando estava a sós com
ela, Elizabeth persiste ainda mais para que ele vá desmascara-la.

Entra Mary Warren vindo de Salém, Proctor a interroga, pois havia impedido
ela de ir até a cidade. Ela justifica ter estado o dia inteiro no julgamento das acusadas e
entrega para Elizabeth uma boneca de trapos que havia feito no tribunal.

Mary afirma que de quatro, o numero de mulheres presas passou para trinta e
nova e entre ela está a Senhora Osburn para ser enforcada.

Sara Good em contramão confessou tudo e não será enforcada. Confessou ter
feito pacto com Lúcifer e assinou o nome no livro dEle e que iria atormentar os cristãos
até o Diabo tomar o trono divino. Mary conta que duvidou por instancia da culpa de
Sara, mas enquanto ela a ouvia no tribunal, ela sentiu alguém apertar sua garganta e
começou a gritar.
Mary então conta que se lembrou de coisas que Sara Good fazia com ela, sentia
o intestino arrebentar durante dias ao nega-la pão.

Dá-se um flashback e mostra a cena no tribunal no qual Sara Good diz não
saber os mandamentos.

Ao contar isso para os Proctor, John não acha provas suficientes para acusa-la
como culpada.

Mary levanta o dedo para Elizabeth e diz que o nome dela foi citado no
tribunal, mas que tiraram a acusação por Mary Warren viver junto dela e nunca ter
visto nada suspeito.

Elizabeth diz que Abigail quer matá-la em troca de alguma promessa que havia
feito John. Mas John afirma não haver promessa algum.

Surge o Rev. Hale querendo falar com Elizabeth.

Ele começa a questionar alguns hábitos da família, como o de não ir à igreja.


Pede-lhes para citar os mandamentos, do qual John os cita, esquecendo apenas o do
adultério – Elizabeth o lembra.

Ao ir embora, Elizabeth pede para que John conte-lhe tudo, Hale para e ouve
Proctor dizer que a doença das garotas não tem nada a ver com feitiçaria.

Giles Corey aparece na porta dizendo que haviam levado sua mulher. Logo em
seguida surge Francis Nurse dizendo que a mãe, isto é, Rebeca, havia sido levada por
Cheever.

Entra Ezequiel Cheever.

Dizendo que há um mandato de prisão contra Elizabeth Proctor e pede para lhe
entregar todas as bonecas que tenha em casa. Eles entregam a boneca que Mary havia
dado a ela e ele encontra uma agulha espetada na boneca.

Corta a cena num flashback no qual mostra Abigail espetando uma agulha na
barriga e acusando Elizabeth Proctor de fazer uma boneca dela e enfiar-lhe uma
agulha. Betty confirma.

Volta a cena e Proctor chama Mary Warren que diz ter feito a boneca no
tribunal e deve ter esquecido a agulha enquanto a fazia. Diz também que duas amigas
viram-na fazendo, entre elas, Abigail.

Elizabeth é levada mesmo assim e John diz à Mary que ela vai ao tribunal depor
contra Abigail, mas a garota nega que irá fazer isso.
CENA 5
Inicia-se com o julgamento de Marta Corey que foi denunciada por Walcott de
ter amaldiçoado os porcos dele.

Surge Giles Corey dizendo ter provas de que a mulher é inocente e Francis
também, de que a mãe é inocente.

As provas entram: John Proctor junto de Mary Warren. Mary Warren diz ter
mentido, ela e as outras meninas.

O Juiz Hathorn afirma que Elizabeth Proctor está grávida e dá a garantia à John
de que ela ficará viva até dar a luz.

Giles ataca as acusações de Ana Putman, mas nega-se a dizer o nome de quem
lhe informou tais informações e por isso Hathorne anuncia a prisão de Giles.

Mandam chamar as outras meninas (Susana, Mercy, Betty e Abigail) perante o


testemunho de Mary Warren.

Em meio ao testemunho, Abigail finge ser tomada pelo espírito de Mary e todas
as garotas ao redor dizem sentir o mesmo.

Proctor confessa que Abigail se jogou sobre ele enquanto trabalhava na casa
dele, chamando-a de prostituta. E assim, Hathorne manda chamar Elizabeth para
testemunho, mas Elizabeth nega que ele cometeu adultério.

Logo em seguida Abigail afirma ver um enorme pássaro amarelo tomado pelo
espírito de Mary que está prestes a ataca-las e tudo que Mary grita para fazê-las parar,
as meninas repetem.

Mary, então, ao ser ameaçada de ir para a forca, confessa que estava


trabalhando para Proctor, o real homem do Diabo e une-se às outras meninas.

CENA 6
Alguns meses depois em uma cela, presas Tituba e Sara Good. Um guarda joga
para dentro Marta Corey e Rebeca Nurse.

Tanto Tituba quanto Sara afirmam ser servas do Diabo em pessoa (mas fica
claro no discurso de Tituba que o Diabo em que se refere são os Deuses que ela segue
e não o Diabo cristão).

Surge Rev. Hale pedindo para que Marta e Rebeca confessem os crimes para
salvar-lhes a vida.
CENA 7
No tribunal Parris conta a Hathorne que Abigail e Mercy Lewis desapareceram e
que imagina terem partido para algum navio após terem roubado o cofre dele e então
pede para Hathrone que adie as execuções, que muita morte já havia acontecido em
Salem e afirmando que corre perigo.

É trazida Elizabeth e Hale pede-a para que faça com que John minta e confesse
ser bruxo e termina a cena com ela pedindo para falar com ele.

CENA 8
Elizbeth e John estão juntos se cariciando.

Elizabeth conta que houve mais de 100 confissões e que Giles morreu
esmagado por diversas pedras.

Entra Hathorne e John diz que quer salvar a própria vida. Hathorne grita que ele
quer se confessar e Rebeca se espanta com isso.

Porém após assinar o papel da confissão, John o rasga em favor de seu nome e
sua dignidade.

John é levado para a forca e termina a peça.

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