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DIAGNÓSTICO – PROVA PAIE – OBRAS DE TERRA

Dificuldade Preparação
Conteúdo Importância
Antes Depois Antes Depois
1.Tensões no solo 3,0 5% 7,0
2.Contenções 5,0 5% 5,0
3.Interação solo-estrutura 7,0 10% 4,0
4.Solo Reforçado 4,0 5% 6,0
5.Execução de paredes de contenção 5,0 15% 4,5
6.Estabilidade de taludes 6,0 10% 6,0
7.Percolação 4,0 5% 5,0
8.Redes de fluxo 4,5 15% 4,5
9.Túneis 5,0 5% 4,0
10.Cortinas atirantadas 4,5 10% 4,0
11.Paredes de contenção: pressões totais 4,0 5% 6,0
12.Rebaixamento do lençol freático 2,5 10% 6,0
NOTA MÍNIMA 6,7 META 10,0

CONCEITOS E ITENS IMPORTANTES


1. TENSÕES NO SOLO
Tensões verticais: correspondente ao peso sobre o ponto em estudo.
Tensão neutra: correspondente à presença de água em solos saturados.
Tensão vertical efetiva: correspondente à parcela do peso total suportada pelos sólidos do solo, tensão de contato,
descontando-se a tensão neutra.

Tensões horizontais no solo em repouso: tensões propícias ao equilíbrio do maciço, sem tendência de deslocamentos.
Utiliza a Fórmula de Jaki, definindo um coeficiente Ko, que considera parte da tensão vertical efetiva atuando
horizontalmente no estado de repouso.

Tensões horizontais no estado ativo: tensões mobilizadas contra a parede do solo e que geram descompressão.
Utiliza a Fórmula de Rankine para o estado ativo, definindo um coeficiente Ka, que considera parte da tensão
vertical efetiva atuando horizontalmente no estado ativo de tensões.
Solos coesivos: Este tipo de solo possui maior agregação das partículas devido às características inerentes ao tipo
de solo existente (como por exemplo, a presença de argilas). Desta forma, este solo apresenta tensão horizontal no estado
ativo menor do que solos arenosos, devido à maior dificuldade de descompressão das partículas.

Tensões horizontais no estado passivo: tensões mobilizadas contra a parede do solo e que geram compressão.
Utiliza a Fórmula de Rankine para o estado passivo, definindo um coeficiente Ka, que considera parte da tensão
vertical efetiva atuando horizontalmente no estado ativo de tensões.
Solos coesivos: Da mesma forma que no estado ativo, há maior agregação das partículas. Desta forma, este solo
apresenta tensão horizontal no estado passivo maior do que em solos arenosos, devido à maior facilidade de compressão
das partículas.

2. CONTENÇÕES
As obras de contenção são necessárias devido à ocupação antrópica, necessitando de intervenções no meio físico para
estabilizar o processo de transformação do solo e reestabelecer o equilíbrio.
Critérios de segurança: são considerados quatro critérios durante o dimensionamento de estruturas de
contenções.
- Estabilidade ao tombamento (FST = 2,0);
- Estabilidade ao deslizamento (FSE = 1,5);
- Capacidade de suporte do solo (FSS = 1,0);
- Estabilidade global (FSG = 1,75).
Construtivamente, existem três técnicas básicas para a execução de contenções:
- Muros de gravidade: apresentam paramentos verticais e estruturas corridas, indicados para desníveis de até
5m, com baixo custo e facilidades construtivas, necessitando de espaços em frente ao maciço para execução da estrutura.
A sequência executiva deste tipo de muro se dá pela escavação da encosta, compactação do solo na base do muro,
execução do muro e aterro do terrapleno.
Como o nome já diz, este tipo de muro trabalha principalmente com seu próprio peso para estabilizar o maciço,
através do momento resistente gerado e do atrito com o solo na base do muro.
São muros de gravidade:
Gabião: gaiolas prismáticas de arame com matacões;
Bolsacreto: sacos especiais de concreto bombeado;
Crib-wall: peças pré-moldadas justapostas e preenchidas com material granular graúdo;
Muro de concreto ciclópico: preenchido com 70% de concreto e 30% de rochas, possui barbacãs e filtros;
Muro de alvenaria de pedra: assentado com argamassa, não permite deformações e escoamento de água.

- Muros de flexão: apresentam estrutura esbelta em forma de “L”, exigindo escavação e reaterro, sendo indicado
para alturas de 3 a 7m, dependendo do tipo adotado. Este tipo de muro utiliza o próprio peso do solo reaterrado sobre
ele para resistir aos empuxos por flexão através do empuxo passivo, comprimindo o solo contra a parede do muro.
São muros de flexão:
Alvenaria de concreto: alturas até 3m, estrutura mista com vigas baldrame e apoiada em brocas;
Com contraforte: em estruturas com alta concentração de esforços na base do muro;
Concreto armado: para terrenos de boa capacidade, até 7m de desnível.

- Soluções não estruturais: apresentam funcionamento misto, em parte como muro de gravidade e em parte
como reforço do terreno.
São soluções não estruturais:
Rimobloco: blocos de concreto com furos nas extremidades, possibilitando muros articulados;
Solo grampeado: indicado para terrenos de corte com instabilidade através de chumbadores, tela de aço colocada
sobre o solo e aplicação de concreto projetado, seguido de canaletas e drenos horizontais.
Solo armado: elementos modulares pré-fabricados que formam uma cortina em escamas através de elementos
lineares de reforço, submetidos à tração.

Outro tipo de contenções é a cortina, que geralmente é vertical e utilizada para fazer subsolos em edifícios. Existem três
métodos de cortina:
Estacas-prancha: perfis metálicos cravados e com articulações macho e fêmea, resultando possibilidade de corte
e emenda e reutilização do material, apesar de estar sujeito ao desaprumo (devido à sua esbeltez) e a ação da corrosão
em ambientes marítimos. Muito utilizado em subsolos em divisas de terreno.
Cortina com perfis metálicos: parede reticulada de perfis metálicos espaçados preenchidos com madeira ou
blocos de concreto pré-moldado.
Paredes diafragma: painéis de concreto armado moldado in loco com o auxílio de lama bentonítica, material capaz
de suportar e impedir as tensões provenientes da água. São executadas em lamelas de até 3m de comprimento,
intervaladas e preenchidas com lama bentonítica. Simultaneamente à adição do tubo tremonha (que despeja concreto
na lamela), é lançada a armadura correspondente àquela lamela e a bentonita é desarenada para poder ser reutilizada.

Dois tipos especiais de placas são o solo grampeado, que apresenta empuxo passivo relativo à posição de seus tirantes.

3. INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA
As cargas verticais são transmitidas em elementos de fundações de duas formas: atrito lateral e resistência de ponta. Já
as deformações, podem ser axiais da estrutura da estaca, deformação por cisalhamento do solo ao longo do fuste da
estaca ou deformação do solo na ponta da estaca por recalque elástico.
Estacas de pequeno diâmetro: resistência por atrito, deformação da própria estaca.
Estacas de grande diâmetro: resistência por atrito e de ponta, deformação da estrutura da estaca, por cisalhamento ao
longo do fuste da estaca ou deformação do solo na ponta.
Tubulões: resistência de ponta, deformação do solo na ponta.

DESLOCAMENTO VERTICAL DAS FUNDAÇÕES POR RECALQUE ELÁSTICO:


Para esta análise, importa principalmente fundações diretas, estacas curtas e tubulões. A deformação ocorre
principalmente pelo solo da base, devendo ser verificada sua compressibilidade.
Utiliza o Coeficiente de Recalque Vertical (kv) ou módulo de proporcionalidade vertical entre as tensões aplicadas e os
recalques elásticos.
Areia: resistência pelo contato entre as partículas. Quanto mais profundo, maior o confinamento, menores as
deformações (compacidade).
Argila: resistência dada pela estrutura, arranjo e cargas elétricas existentes opostas entre as pontas e meios (coesão e
compressibilidade). Arranjo floculado gera argilas compressíveis e deformações sem mobilização de tensões horizontais.
Arranjo em estrutura dispersa gera argilas pouco compressíveis e com equilíbrio de cargas elétricas.

DESLOCAMENTO HORIZONTAL DAS FUNDAÇÕES:


Deflexões próprias do eixo elástico das estacas por flexão e do
solo de confinamento. Avaliada através do coeficiente de
recalque horizontal (kh), que, diferentemente do kv, podem
variar com a profundidade.
Em argilas, devido à sua baixa compressibilidade e coesão, o kh
é homogêneo. Já as areias, apresentam maior kh ao longo da
profundidade, devido ao maior confinamento das partículas.
Em solos argilo-arenosos e siltes, considera-se a soma dos efeitos acima indicados, isto é, um kh inicial igual ao da argila
(por conta da coesão) e aumenta com a profundidade.
Os métodos de cálculo de interação solo-estrutura visam criar um modelo que garanta rigidez global ao sistema e
consideram 3 elementos:
- Meio elástico: solo (através do coeficiente;
- Apoios fixos: lajes ou estroncas na parede de contenção;
- Estrutura flexível: parede de contenção.

4. SOLOS REFORÇADOS
Os solos reforçados possuem características capazes de melhorar as propriedades dos solos através de diferentes
métodos. Em geral, todos os métodos consideram o aumento da resistência à tração através da inserção de barras de aço
ou geossintéticos (com exceção do Jet Grouting). Os métodos mais utilizados são os seguintes:
Jet Grouting
Técnica de realizada diretamente nas camadas do subsolo,
dispensando escavação prévia, formando colunas de solo-cimento
através de uma perfuração inicial com o objetivo de inserir uma
haste responsável pela injeção de ar comprimido/água seguido de
calda de cimento em altas pressões, que se mistura ao solo,
formando uma estrutura de solo-cimento pela desagregação do
solo.
Geotêxteis tecidos: fabricados por tecelagem são entrelaçados.
Geotêxteis não-tecidos: fabricados por processos térmicos e químicos.
Geogrelha: fornecida em rolos de largura e comprimento definidos.

5.EXECUÇÃO DE PAREDES DE CONTENÇÃO


Estacas-prancha: perfis metálicos cravados e com articulações macho e fêmea, resultando possibilidade de corte
e emenda e reutilização do material, apesar de estar sujeito ao desaprumo (devido à sua esbeltez) e a ação da corrosão
em ambientes marítimos. Muito utilizado em subsolos em divisas de terreno.
Vantagens: reaproveitamento, admite cortes e emendas e suportam elevados esforços de cravação.
Desvantagens: suscetível à corrosão em estruturas marinhas e possíveis desaprumos devido à alta esbeltez.
Cortina com perfis metálicos: parede reticulada de perfis metálicos espaçados preenchidos com madeira ou
blocos de concreto pré-moldado.
Paredes diafragma: painéis de concreto armado moldado in loco com o auxílio de lama bentonítica, material capaz
de suportar e impedir as tensões provenientes da água. São executadas em lamelas de até 3m de comprimento,
intervaladas e preenchidas com lama bentonítica. Simultaneamente à adição do tubo tremonha (que despeja concreto
na lamela), é lançada a armadura correspondente àquela lamela e a bentonita é desarenada para poder ser reutilizada.
Por fim, é realizada a concretagem submersa.

6.ESTABILIDADE DE ENCOSTAS E TALUDES

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