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CAMPUS DE GUARATINGUETÁ
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS E TECNOLOGIA
e-mail: lucas.fn.freitas@unesp.br
jvl.camargo@unesp.br
Resumo: Neste ensaio realizado em laboratório foi feito o teste de dureza Brinell e Vickers em
diversas amostras de materiais metálicos, assim como: aços, alumínios e latão. O ensaio Brinell
consiste na deformação de um corpo de prova por meio de um penetrador esférico de aço
temperado (neste ensaio de diâmetro de 2,5 mm), enquanto o ensaio Vickers possui o mesmo
conceito, com a única diferença sendo o formato e material do penetrador: de diamante em
formato de pirâmide com base quadrada. As amostras de aço possuíam diferentes formas de
tratamentos térmicos e/ou teor de carbono sendo que algumas possui um tratamento
desconhecido por terem sido recebidas sem especificação, e as de alumínio possuíam diferentes
elementos de liga, para que pudéssemos melhor analisar o procedimento e sua eficácia. O
método Vickers é mais preciso do que o Brinell devido à impressão deixada no material, e mais
versátil por poder medir a dureza de materiais mais duros.
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
2. OBJETIVO
Este experimento visa comparar os valores de dureza para cada amostra com a
utilização dos métodos Brinell e Vickers vistos nos laboratórios, além de familiarizar os alunos
com o equipamento para ensaios de dureza.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para este ensaio foi utilizado um penetrador esférico de aço temperado com diâmetro de
2,5mm. O tempo de aplicação da carga adotado foi de 10s. O valor da carga aplicada foi
selecionado de acordo com o material de cada amostra, conforme tabela abaixo:
Tabela 3.1 – Valor da carga aplicada de acordo com material da amostra (Dureza Brinell).
Para realização do ensaio as amostras devem estar previamente lixadas ou até mesmo
polidas. O equipamento utilizado é uma máquina para ensaios de dureza universal modelo
Wolpert, ajustado na escala de precisão 0,01mm.
Após aplicação da carga e o tempo transcorrido, deve-se fazer duas medições do
diâmetro da impressão, uma a 90° da outra e calcular a média das duas.
Após o cálculo do diâmetro médio da impressão, deve-se usar a fórmula abaixo para calcular o
valor da Dureza Brinell.
(1)
Onde:
• HB é o valor da dureza Brinnel
• F é a carga aplicada pelo penetrador
• D é o diâmetro da esfera do penetrador
• Definida em N/mm2 ou Kgf/mm2
• d é a média entre as medidas de diâmetro d 1 e d2 da marca impressa no material
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Tabela 3.2 – Valor da carga aplicada de acordo com material da amostra (Dureza Vickers).
O equipamento utilizado foi o mesmo anterior, máquina para ensaios de dureza universal
modelo Wolpert. A impressão deixada é um quadrado, e assim deve-se medir as suas diagonais.
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Após medidas as diagonais, deve-se tirar à média dos dois valores e utilizar a equação abaixo.
Onde:
• HV é o valor da dureza Vickers
• F é a carga aplicada pelo penetrador
• L é a média entre as medidas das diagonais d e d da marca impressa no material
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As durezas obtidas dos aços estão no valor esperado, sendo que aços com maior teor
de carbono possuem maior dureza e nos recozidos, houve uma diminuição da dureza, porém
existe uma diferença entre os resultados dos aços 1060 e 1045, já que o aço de maior teor de
carbono deveria ser o mais duro. Como não foi informado o processo de fabricação desses
materiais sugere-se que o aço 1060 tenha recebido um tratamento diferenciado, como por
exemplo um processo de recozimento, o que levou a um resultado de dureza menor que o
esperado.
Os valores divergentes podem se referir à visualização imprecisa na tela do microscópio
do durômetro por parte dos leitores, ou até mesmo, e o mais provável, pela qualidade dos
materiais recebidos, já que a literatura fornece uma estimativa dos valores das propriedades
mecânicas, mas como visto, elas podem se alterar por diferenças na composição, impurezas e
no tratamento térmico.
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5. CONCLUSÃO
É notável que cada material reage de uma maneira ao ensaio de dureza, dependendo de
sua composição ou do tratamento térmico ao qual foi submetido. Um exemplo bem claro são os
aços com diferentes teores de carbono, quanto maior o teor de carbono, maior é a sua dureza.
Pode-se concluir que as composições dos materiais assim como o seu histórico de
processamento influem diretamente nas suas propriedades específicas, observando a variação
dos valores da propriedade mecânica medida neste experimento em função destas variáveis.
Assim, ambos os fatores são geralmente controlados a fim de acarretar mudanças previstas no
material. Os ensaios de dureza Brinell e Vickers estão na mediação de propriedades de dureza,
sendo que o Brinell apresenta limitações quanto a gama de valores a serem medidos, enquanto
o Vickers é mais preciso por fornecer uma casa decimal já na medição.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, S. A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. 3.ed. São Paulo: Editora Edgard
Blücher LTDA, 1977.
ALVES, C.S; ALBA, M.J. Ensaios de dureza. Maringá. 2013. Anais eletrônico. Maringá: UEM,
2013 Disponível em <http://www.dem.uem.br/cleber/wp-content/uploads/2013/06/Ensaio-de-
dureza.pdf>. Acessado em 30/03/2017