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A norma para o ferro fundido apresenta números que se referem a dados correspondentes

a suas propriedades: resistência à tração, e ao alongamento e limite de escoamento. Esses


números foram obtidos a partir de ensaios ou testes feitos com instrumentos especiais.
Assim, os FERROS FUNDIDOS CINZENTOS são classificados pela norma NBR 6589, de
acordo com seus limites de resistência à tração.
A classificação é codificada por duas letras e um número de três dígitos: FC-XXX. Nela, as
letras FC indicam o ferro cinzento e o número indica a resistência à tração em MPa.

Por exemplo: um ferro fundido FC-200 é um ferro fundido cinzento, com 200 MPa (20
kgf/mm²) de resistência à tração.

O FERRO FUNDIDO NODULAR é designado por um conjunto de duas letras e um número


de cinco dígitos, no qual os três primeiros algarismos indicam a resistência à tração em MPa e os
dois últimos, a porcentagem de alongamento. Segundo a norma NBR 6916, o ferro fundido
nodular é classificado nos seguintes tipos:

Isso significa que, um ferro fundido FE 50007 é um ferro fundido nodular, com 500 MPa de
resistência à tração e com 7,0% de alongamento mínimo.

Os FERROS FUNDIDOS MALEÁVEIS DE NÚCLEO BRANCO são normalizados pela NBR 6914
e são designados por um conjunto de quatro letras e cinco dígitos, seguindo o mesmo critério dos
ferros fundidos maleáveis de núcleo preto: FMBS 38012.
Um ferro fundido FMBS 38012, é um ferro fundido maleável de núcleo branco com 380 [MPa]
de limite de resistência à tração e 12% de porcentagem mínima de alongamento.
O FERRO FUNDIDO MALEÁVEL DE NÚCLEO PRETO é normalizado pela NBR 6590. Sua
designação é composta por três letras e cinco dígitos, dos quais os três primeiros indicam a
resistência à tração em [MPa] e, os dois últimos, indicam a porcentagem de alongamento: FMP
30006, FMP 35012, FMP 45007, FMP 50005, FMP 55005, FMP 65003, FMP 70002.
Um ferro fundido FMP 55005, é um ferro fundido maleável de núcleo preto com 550 [MPa] de
limite de resistência à tração e 5% de porcentagem mínima de alongamento.

O FERRO FUNDIDO BRANCO varia conforme composição e processo de obtenção:

Importância de alguns elementos de liga

Elemento de Liga Influência na Estrutura Influência nas Propriedades Aplicações Produtos

Níquel Refina o grão Diminui a velocidade de transformação na estrutura do aço Aumento


da resistência à tração. Alta ductilidade Aço para construção mecânica. Aço inoxidável Aço resistente a altas
temperaturas Peças para automóveis. Utensílios domésticos. Caixas para tratamento térmico Manganês Estabiliza os
carbonetos. Ajuda a criar microestrutura dura por meio de têmpera. Diminui a velocidade de resfriamento Aumento
da resistência mecânica e temperabilidade da peça. Resistência ao choque. Aço para construção mecânica Peças
para automóveis e peças para uso geral em engenharia mecânica
Ensaio mecânico: Dureza
Características
A dureza é uma propriedade mecânica largamente utilizada em estudos e pesquisas
mecânicas e metalúrgicas, e principalmente na especificação e comparação de materiais.

Para o conceito de dureza são atribuídos diferentes significados, tais como medida de
resistência do material a ações de origem mecânica sobre sua superfície, resistência à
penetração, à deformação plástica e ao risco.
Vários fatores influenciam a dureza de uma junta soldada; dentre eles citam-se a
composição química do metal de base e seu grau de encruamento, a composição química
do metal de adição, os efeitos metalúrgicos inerentes ao processo de soldagem, o
tratamento térmico e os parâmetros de soldagem.
Uma junta soldada apresenta regiões bastante definidas, que são denominadas metal
de base, zona afetada pelo calor e zona fundida; os limites máximos de dureza para estas
regiões são definidos por algumas normas e especificações. Quando esses limites são
ultrapassados, significa que houve perda de ductilidade e que a junta soldada pode estar
comprometida.
Os métodos mais utilizados no ramo da metalurgia e mecânica para determinação de
dureza são Brinell, Rockwell e Vickers.

Máquinas de dureza
As máquinas de dureza ou durômetros, utilizadas em laboratórios, podem ter
finalidades específicas para um determinado método, ou seja, um durõmetro para cada um
dos métodos, Brinell, Rockwell ou Vickers, ou podem ser um durõmetro universal que
permite a execução de ensaios pelos três métodos.

Aplicação
O ensaio de dureza é bastante utilizado na especificação e comparação de materiais;
além disso, é possível, por meio de tabelas, obter uma correlação aproximada entre os
métodos de determinação de dureza Brinell, Rockwell e Vickers e os valores de limite de
resistência à tração.

Método de dureza Brinell


O método de dureza Brinell consiste em comprimir uma esfera de diâmetro D por uma
força F, durante um tempo T, contra a superfície do material a ensaiar; a superfície deve
ser plana e polida ou preparada através de lixamento ou esmeril. Essa compressão produz
uma mossa, isto é, uma impressão permanente no metal, que após a remoção da força,
pode ser medida por meio de uma lupa graduada ou por um micrômetro óptico acoplado
ao durômetro; a impressão é chamada diâmetro d.

O valor do diâmetro d é a média de duas leituras tomadas a 90° uma da outra.


A dureza Brinell ou HB (Hardness Brinell) é definida como o quociente, medido em
Kgf/mm2, entre a carga aplicada e a superfície da calota esférica ou mossa deixada no
material.

carga para o método Brinell


Quando o ensaio é realizado nas condições consideradas como padrão, a unidade
Kgf/mm2 é omitida e o número de dureza Brinell deve ser seguido pelo símbolo HB, sem
nenhum sufixo. As condições-padrâo são: diâmetro da esfera D = 10mm; carga aplicada
3000Kgf; duração da aplicação da carga de 10 a 15 segundos. Para condições diferentes da
condição-padrão, o símbolo HB recebe um sufixo que representa as condições nas quais o
teste foi realizado. Exemplo: 85HB 10/500/30 em que o resultado do teste de dureza Brinell
é de 85HB, realizado com esfera de diâmetro de 10mm e carga de 500Kgf aplicada durante
30 segundos.

Através de estudos realizados com o método Brinell, verificou-se que os valores de


dureza com cargas diferentes variavam muito pouco se o diâmetro da impressão d ficasse
no intervalo 0,3D < d < 0,6D; por isso foi considerado que a impressão d seria ideal se
permanecesse dentro desses limites.
Para obter o mesmo resultado de dureza para um mesmo material, deve-se observar
que a relação seja constante para diversas faixas de dureza.
Na prática podem-se utilizar as condições de dureza Brinell constantes do quadro.

aplicação do método Brinell


O método Brinell é utilizado para metais terrosos e não ferrosos, produtos siderúrgicos
em geral e peças não temperadas; não é aconselhável a sua utilização em materiais de
endurecimento superficial.
Existem algumas limitações ao método Brinell de ensaio de dureza, tais como: a peça a
ser ensaiada deve ter uma espessura mínima de duas vezes o diâmetro da impressão
obtida no ensaio; o raio de curvatura da superfície da peça a ser ensaiada deve ser no
mínimo cinco vezes o diâmetro da esfera utilizada; a distância mínima, medida de centro a
centro entre duas impressões, deve ser de no mínimo duas vezes e meia o seu diâmetro; a
carga de ensaio deve ser mantida no mínimo por 30 segundos para materiais entre 60 e 300
HB, 10 segundos para materiais em que HB é maior que 300; e 60 segundos para materiais
em que HB é menor que 60; o ensaio de dureza Brinell é tido como um ensaio não
destrutivo, porém se a impressão obtida é relativamente grande em relaçãoà superfície
medida, a peça poderá ser inutilizada.

equipamento para o método Brinell


O equipamento de ensaio Brinell é constituído por um sistema de aplicação de força e
por um penetrador, podendo ter um sistema de medidas com possibilidade de ampliação
entre 20 e 80 vezes.
O penetrador deve possuir uma dureza bastante superior à do material a ensaiar; para
materiais com durezas nãomuitoaltas, utilizam-seesferas de aço temperado como
penetrador; para materiais com durezas maiores, empregam-se esferas de carbeto de
tungstênio sinterizado.
durômetros portáteis
Os durômetros de laboratório são de grande utilização para peças pequenas, que são
transportáveis até a máquina; porém, existem casos em que isto não é possível,
principalmente quando se trata de peças de grande porte; neste caso, opta-se por
durômetros portáteis, de grande utilização para medição de dureza na área de soldagem.

Os durômetros portáteis mais utilizados para o ensaio de dureza Brinell são o tipo Poldi
e o tipo Telebrineller. Os durômetros operam pela comparação das impressões causadas
no material testado e em uma barra-padrão de dureza conhecida. A impressão é obtida por
meio de impacto manual de um martelo.

As leituras, da mesma maneira que no método convencional, são realizadas por meio
de uma lupa graduada, que determina os diâmetros médios da impressão da barra-padrão
e do material testado.

De acordo com recomendação dos fabricantes, a dureza da barra-padrão deve ser


próxima à do material testado e o diâmetro da impressão não deve ultrapassar 4mm. O
método não tem a mesma precisão do método convencional, porém é satisfatório na
verificação de dureza de soldas após tratamento térmico.

os ensaios de dureza de metais, com o emprego de durômetros portáteis, são


normalizados pela ASTMEl 10

verificação da calibração
A fim de garantir a confiabilidade dos resultados do ensaio realizado, os equipamentos
de ensaio devem ser periodicamente verificados.
As normas prevêem dois métodos de verificação: a verificação direta e a indireta. Na
verificação direta, é checado o sistema de aplicação de forças, a geometria do penetrador e
o sistema de medidas. A verificação indireta consiste em executar diversas impressões
sobre blocos-padrão e comparar os resultados obtidos com a dureza indicada nos
padrões; a máquina será considerada satisfatória quando o diâmetro médio de qualquer
impressão no bloco-padráo não for maior que 3% do diâmetro médio correspondente ao
valor determinado do bloco-padrão. A verificação indireta deve ser rotineiramente utilizada
para os equipamentos em serviço.
os métodos de ensaio para determinação da dureza Brinell, a verificação das máquinas e a
calibração dos blocos-padrão estão normalizados pela ASTM ATO

Método de dureza Rockwell


O método de dureza Rockwell, representado pelo símbolo HR (Hardness Rockwell), leva
em consideração a profundidade que o penetrador atingiu, descontando-se a recuperação
elástica, devido à retirada da carga maior, e a profundidade atingida que é devida à carga
menor. Nesse método, o resultado é lido diretamente na máquina de ensaio; além da
rapidez maior, este método elimina o possível erro de medição que depende do operador.
Os penetradores utilizados no ensaio de dureza Rockwell podem ser de dois tipos:
penetrador de tipo esférico, que é uma esfera de aço temperado, ou penetrador cônico, um
cone de diamante com conicidade de 120°.

etapas do método Rockwell


O método é realizado em três etapas. Na primeira, o corpo de prova é submetido a uma
pré-carga, garantindo um contato firme do penetrador com a superfície a ser ensaiada. Na
segunda, aplica-se a carga maior que, somada à pré-carga, resulta a carga total ou carga
nominal do ensaio. Na terceira, retira-se a carga; neste momento, a profundidade da
impressão é dada diretamente no mostrador sob forma de um número de dureza, lido em
uma escala apropriada ao penetrador e à carga utilizada.

Rockwell normal e Rockwell superficial


A dureza Rockwell é subdividida em dois grupos: Rockwell normal e Rockwell superficial.
A diferença entre um e outro está basicamente na carga utilizada para a realização do
ensaio.
Os métodos de dureza Rockwell normal e superficial empregam várias escalas
independentes, que devem ser selecionadas de acordo com a aplicação, conforme se pode
ver nos quadros.

As escalas mais aplicadas para dureza Rockwell normal são B, C, e A. Para dureza
superficial, as mais utilizadas são N e T.
Para calcular a profundidade de impressão, que é a profundidade mínima em milímetros
atingida pelo penetrador, podem-se empregar fórmulas empíricas.

Para obter a espessura mínima, em milímetros, da peça a ser ensaiada, multiplica-se


por 10 o valor obtido pela aplicação da fórmula.

preparação para o método Rockwell


Alguns cuidados devem ser observados quando da preparação do ensaio Rockwell a fim
de garantir resultados satisfatórios. O primeiro ensaio serve para assentar corretamente o
penetrador; portanto, não se deve considerar o resultado após a troca do penetrador.
Deve-se verificar se a peça e a mesa de apoio do durômetro estão limpas e bem
assentadas uma sobre a outra; certificar-se que o penetrador, quando montado, mantenha
um perpendicularismo em relação à peça, com desvio máximo de sete graus.
Não deve haver choque ou vibração durante a aplicação da carga; para isso, os
durômetros são providos de um sistema de amortecedor hidráulico.
Quando se realiza um ensaio em que a dureza do material a ser ensaiado é
desconhecida, deve-se utilizar uma escala alta de dureza para evitar danos no penetrador.
Ao realizar ensaio de dureza de peças cilíndricas, é preciso fazer correções,
adicionando determinados valores aos valores obtidos através da leitura do mostrador,
conforme se observa no quadro.

A espessura mínima da peça ensaiada deve ser pelo menos 10 vezes maior que a
profundidade da mossa provocada no ensaio.

equipamento para o método Rockwell


O equipamento de dureza Rockwell é constituído por um sistema de aplicação de força,
por um penetrador cônico de diamante com 120° de conicidade ou esférico com diâmetros
variados, e ainda por um comparador para medição de profundidade de penetração.

verificação da calibração
Para verificar a calibração da máquina, existem dois métodos: um consiste de
verificação da capacidade da máquina para cada uma das cargas do penetrador e de
elaboração de um plano de medição de profundidade seguido de um teste de desempenho;
o outro método de calibração requer a verificação periódica por meio de medição de
dureza em bloco-padrão, correspondente á escala e ao nível de dureza nos quais a
máquina será utilizada.

os métodos de ensaio para determinação de dureza Rockwell normal e superficial estão


normalizados pela ASTM E18

O durômetro será considerado adequado para uso quando os resultados obtidos


durante o ensaio com os blocos-padrão estiverem dentro dos limites de tolerância dos
valores de dureza aos quais os blocos-padrão estão vinculados.

Método de dureza Vickers


O método de dureza Vickers, representado pela abreviação HV (Hardness Vickers), é um
ensaio em que um penetrador de diamante em forma de pirâmide de base quadrada e
ângulo entre faces de 136° é comprimido contra a peça a ensaiar por uma força pré-
determinada. Após a remoção da força, medem-se as diagonais da impressão e o número
de dureza Vickers é calculado dividindo o valor da carga de ensaio P pela área de
impressão S. O método de dureza Vickers fornece escala contínua de dureza que varia
entre HV5 até HV1000Kgf/mm2 para cada carga utilizada.

carga para o método Vickers


A carga para o ensaio Vickers deve ser aplicada progressivamente, sem choque nem
vibrações, por meio de um pistão movido por alavanca, e mantida por um período de 10 a
15 segundos. Em seguida, retira-se a carga e movimenta-se manualmente o microscópio,
de maneira a focalizar a impressão deixada pelo penetrador. O penetrador, feito de
diamante, tem um tamanho praticamente indeformável e permite impressões
independentes da carga aplicada; isso significa que para qualquer carga utilizada, o valor
de dureza será o mesmo para materiais homogêneos. A mudança de carga é necessária
para obter uma impressão regular, sem deformação e de tamanho compatível para a
medida no visor da máquina, o que depende naturalmente da dureza do material ensaiado.
Para a dureza Vickers, as cargas recomendadas são de: 1,2,3,4, 5,10, 20,30,40,60,80, 100 e
120 Kgf. Para aparelhos especiais de micro-dureza, as cargas variam de 1 gf a 1000gf (1
Kgf).
Os valores da dureza HV são obtidos por meio de tabelas que acompanham as
máquinas de dureza e mostram o valor em função das diagonais (d) medidas na máquina e
das cargas aplicadas disponíveis. A título de exemplo, considera-se parte de uma tabela de
números de dureza com carga de 5kgf; supondo que uma diagonal medida pelo
micrõmetro do durômetro tenha valor de 0,093, procura-se na linha correspondente à
diagonal o valor centesimal da medida, que neste caso é 0,09. Depois, procura-se na
coluna de milésimos, o valor que complementa a medida, isto é, 0,003; no ponto de
encontro da linha com a coluna estará o valor correspondente à dureza Vickers, 1072HV.

aplicação do método Vickers


O método de dureza Vickers tem aplicação em toda a gama de durezas encontradas nos
diversos materiais; além disso, devido à utilização de cargas relativamente baixas e do tipo
de penetrador, o ensaio pode ser aplicado para qualquer espessura bem como para
determinar durezas superficiais. Além disso, é possível utilizar a micro-dureza que permite
a determinação de dureza individual de microestruturas, de superfícies

cementadas e temperadas, além da determinação de durezas em peças extremamante


pequenas e finas.
O ensaio de dureza Vickers é também bastante utilizado em juntas soldadas,
particularmente na detecção de heterogeneidades devido a transformações metalúrgicas
associadas a ciclos térmicos de soldagem. Assim, por meio de filiações, determinam-se
durezas das diversas zonas de uma junta soldada, desde o metal de base que não sofreu
qualquer alteração metalúrgica, até o metal que fundiu, passando pela zona afetada pelo
calor (ZAC) e pela zona de ligação. Isso permite detectar as transformações metalúrgicas
capazes de comprometer o comportamento da junta soldada.

preparação para o método Vickers


O método de dureza Vickers requer algumas providências para garantir resultados
satisfatórios; assim, a superfície a ser ensaiada deve estar limpa, plana e preparada
através de retificação e polimento; o acabamento da superfície deve ser tanto melhor
quanto menor for a impressão; durante a usinagem do corpo de prova, deve-se tomar o
cuidado de eliminar partes que possam ter sido afetadas pela operação de corte; a
superfície do corpo de prova deve ser perpendicular ao eixo do penetrador; o desvio
permitido no ângulo é um grau.
É possível considerar dois tipos de desvio quanto à impressão obtida: o primeiro é a
impressão defeituosa, no caso de metais recozidos, devido ao afundamento do metal em
torno das faces do penetrador, resultando um valor d maior que o real; o segundo tipo de
erro é a impressão defeituosa, no caso de metais encruados, devido à aderência do metal
em volta das faces do penetrador, resultando um valor d menor que o real. Para os dois
casos faz-se necessária um correção de até 10% nos valores de dureza encontrados.

correção de valores
Para obter valores corretos de durezas medidas em superfícies de formato esférico ou
cilíndrico, os valores encontrados devem ser corrigidos de acordo com um quadro, na qual
se considera, em primeiro lugar, o quociente de d/D (d – diagonal média da impressão; D –
diâmetro da esfera ou cilindro) e em segundo, a multiplicação dos fatores de correção pelo
número de dureza obtido no ensaio.

representação dos resultados


A representação dos resultados é feita pelo número de dureza Vickers seguido pelo
símbolo HV com um sufixo numerai, que representa a carga; por exemplo, 440 HV30, que
representa uma dureza Vickers de 440Kgf/mm 2, medida sob uma carga de 30Kgf, aplicada
durante 10 a 15 segundos. É possível utilizar um outro sufixo também numerai, que indica
a duração da aplicação da carga quando esta for diferente da carga considerada como
normal, de 10 a 15 segundos; por exemplo, 440 HV 30/20, que representa uma dureza
Vickers de 440Kgf/mm2
medida sob uma carga de 30Kgf, aplicada durante 20 segundos.

equipamento para o método Vickers


O equipamento para o ensaio de dureza Vickers é constituído por um sistema de
aplicação de forças, um penetrador de diamante em forma de pirâmide de base quadrada e
um sistema de medição por microscópio de grande ampliação, com um micrômetro
acoplado.

Verificação da calibração
Para verificar a calibração da máquina existem dois métodos: um consiste de
verificação da capacidade da máquina para cada uma das cargas, do penetrador, das
medições no microscópio e da elaboração de um plano de medição das diagonais de
impressão seguido de um teste de desempenho.

a dureza Vickers de materiais metálicos é normalizada por ASTM E92; a microdureza


Vickers de materiais metálicos utiliza ASTM E384
O outro método requer a verificação periódica por meio de teste em blocos
padronizados que estejam de acordo com a escala e o nível de dureza segundo os quais a
máquina será utilizada. Se os valores estiverem dentro da faixa de tolerância de dureza do
bloco-padrão, a máquina está adequada para o uso.

Avaliação dos resultados


A avaliação dos resultados nos ensaios de dureza depende do objetivo determinado
para o ensaio; de modo geral, porém, o resultado da dureza obtida é sempre comparado
com valores mínimos, máximos ou com a faixa de dureza especificada para o material
ensaiado.

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