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étodos

uméricos
SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
(Continuação)
Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO


UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

2016
Eliminação de Gauss
O método de Eliminação de Gauss consiste em transformar o sistema
dado num sistema triangular equivalente através de uma seqüência de
operações elementares sobre as linhas do sistema original.

 Operações l-elementares:
Um SL poder ser transformado em um outro equivalente (que
possui a mesma solução) utilizando as 3 operações l-elementares
(operações de linha):
▪ Trocar a ordem de duas equações:

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Eliminação de Gauss
▪ Multiplicar uma equação por constante não nula:

▪ Somar uma equação à outra:

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Então é possível transformar um SL em um outro de solução mais fácil.
Eliminação de Gauss
 Sistema triangular equivalente:
O método de eliminação de Gauss consiste em transformar um SL
em um sistema triangular superior equivalente por meio das
operações l-elementares.

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Eliminação de Gauss
▪ A transformação pode ser representada por: Ax = b  Ux = d.

▪ A Solução do sistema triangular superior Ux = d é obtida


pelas substituições retroativas.

▪ A exatidão pode ser verificada pelo cálculo do vetor resíduo.


r = b - Ax.

▪ Exemplo: Resolver o sistema pelo método de eliminação de


Gauss e verificar a exatidão da solução:

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Eliminação de Gauss

▪ Eliminar elementos da primeira coluna:


Linha pivotável
Elemento pivô

▪ Eliminar elementos da segunda coluna:


Linha pivotável
Elemento pivô

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Eliminação de Gauss
▪ Sumário das operações:

▪ Sistema triangular superior obtido:

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Eliminação de Gauss
▪ Solução do sistema: substituições retroativas:

▪ Cálculo do resíduo:

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Eliminação de Gauss
▪ Exemplo:

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Eliminação de Gauss

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Eliminação de Gauss
 Cálculo do determinante:
▪ O determinante da matriz dos coeficientes pode ser obtido
como um subproduto do método de Gauss.

▪ Deve-se conhecer as relações entre os determinantes das


várias matrizes dos sistemas equivalentes intermediários
obtidos pelas operações l-elementares durante o processo de
eliminação de Gauss.

▪ a) Se duas linhas quaisquer de uma matriz A forem trocadas,


então, o determinante da nova matriz B é:

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Eliminação de Gauss
▪ b) Se todos os elementos de uma linha de A forem
multiplicados por uma constante k, então, o determinante da
matriz resultante B será:

▪ c) Se um múltiplo escalar de uma linha de A for somado à outra


linha, então, o determinante da nova matriz B é:

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Eliminação de Gauss
▪ d) Se A for uma matriz triangular ou diagonal de ordem n,
então, o seu determinante será igual ao produto dos elementos
da diagonal principal:

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Eliminação de Gauss
▪ e) Se uma matriz A for multiplicada por uma matriz B, então, o
determinante da matriz resultante C é:

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Eliminação de Gauss
▪ Exemplo: calcular o determinante da matriz:

Sequência de matrizes obtidas pelas operações l-elementares:

Matrizes obtidas somente por combinações lineares das linhas,


logo as três matrizes possuem o mesmo determinante que é igual
ao produto dos elementos da diagonal (produto dos pivôs):

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Eliminação de Gauss
 Pivotação Parcial:
▪ O método de Gauss falha quando o pivô é nulo (ou  0 ).
▪ O método de Gauss intensifica a propagação dos erros de
truncamento do computador (Multiplicadores grandes),
principalmente em sistemas grandes.
▪ Estes problemas podem ser evitados utilizando pivotação
parcial, que consiste em escolher como pivô o maior elemento
em módulo da coluna, cujos elementos serão eliminados.
▪ A estratégia de pivotamento parcial é baseada na operação
elementar: Troca de duas equações.
▪ Todos os multiplicadores satisfazem -1  mij  1.

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Eliminação de Gauss
▪ Exemplo: Seja o sistema e sua solução:

Solução pelo método de Eliminação de Gauss, com 3 dígitos


significativos em todas as operações:

Solução utilizando Pivotação Parcial :

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Eliminação de Gauss
▪ Exemplo: Resolver o sistema pelo método de Gauss com
pivotação parcial.

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Eliminação de Gauss

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Decomposição LU
Uma matriz quadrada qualquer pode ser escrita como o produto de
duas matrizes:

▪ A matriz A é fatorada tal que A = LU.


▪ L: matriz triangular inferior unitária.
▪ U: matriz triangular superior.
▪ Para resolver o sistema Ax = b, tem-se:

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Decomposição LU
 Calculo dos fatores:
▪ A matriz triangular superior U é a mesma do método de Gauss;
▪ Para a matriz triangular inferior unitária L
▪ lii=1;
▪ lij i>j = 0
▪ lij = - mij, i < j, sendo mij os multiplicadores utilizados no
processo de eliminação de Gauss.

▪ Exemplo:

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Decomposição LU
Eliminação de Gauss:

Matrizes L e U:

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Decomposição LU
Igualdade A = LU:

Solução do sistema Ly = b:

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Decomposição LU
Solução do sistema Ux = y:

A vantagem deste método é a eficiência computacional, pois


pode-se escolher qualquer novo o vetor b que não é necessário
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voltar a fazer a eliminação de Gauss.
Decomposição LU
 Pivotação Parcial:
▪ Utilizada, assim como na eliminação de Gauss, para evitar pivô
nulo e multiplicadores com valores grandes.
▪ Neste caso a Decomposição é da forma: PA = LU.
▪ P: matriz de permutações (construída das linhas de uma matriz
identidade I, colocadas na mesma ordem das linhas
pivotacionais que geram a matriz U).
▪ L: matriz triangular inferior unitária formada pelos
multiplicadores, com sinais contrários.
▪ U: matriz triangular superior.
▪ Para resolver o sistema Ax = b tem-se:

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Decomposição LU
▪ Exemplo:

Eliminação de Gauss:

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Decomposição LU
Solução do sistema Ly = Pb:

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Decomposição LU
Solução do sistema Ux = y:

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Decomposição LU
 Cálculo do determinante:
Pelas propriedades dos determinantes:

(Propriedade e)

(Propriedade d)

(Propriedade a)

p: numero de trocas de linhas necessárias para transformar a matriz


de permutações em identidade. Logo:
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Decomposição LU
▪ Exemplo: Calcular o determinante de:

Matrizes U e P:

Valor de p:

determinante:

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Decomposição LU
▪ Exemplo: Calcular o determinante de:

Eliminação de Gauss:

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Decomposição LU
Matrizes L, U e P:

Solução do sistema Ly = Pb

Solução do sistema Ux = y

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Decomposição LU
Exatidão:

Unicidade da solução:

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Decomposição LU
 Sistema com matriz singular:
Para um SL Ax=b, onde det(A) = 0, o sistema pode ter infinitas
soluções ou não ter soluções.
▪ Sistema com infinitas soluções. Resolver o sistema Ax = b:

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Decomposição LU

Solução do sistema Ly = Pb

Solução do sistema Ux = y

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Decomposição LU

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Decomposição LU
▪ Sistema sem solução. Resolver o sistema Ax = c:

Solução do sistema Ly = Pc

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Decomposição LU
Solução do sistema Ux = y

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Decomposição de Cholesky
SE a matriz dos coeficientes, A, é simétrica e definida No caso em que a
Positiva: matriz do sistema
linear é simétrica
e pode-se simplificar
os cálculos da
decomposição LU
A decomposição LU pode ser simplificada para: significativamente,
levando em conta a
simetria.

L: matriz triangular inferior. LT : matriz triangular superior.

Teorema (Cholesky)

Se A for uma matriz simétrica e definida positiva, então existe uma


única matriz triangular L com elementos da diagonal positivos tal
que A = LLT .
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Decomposição de Cholesky
 Cálculo do fator:
▪ Obtenção do fator L da Decomposição LLT = A:

▪ O elemento l44 da diagonal é obtido por:

▪ Generalizando para qualquer elemento da diagonal:

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Decomposição de Cholesky

▪ O elemento l43 é obtido por:

▪ Elemento genérico abaixo da diagonal:

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Solução estável, não requer pivotação !!!
Decomposição de Cholesky
 Solução de Ax = b por Cholesky :

▪ Sistema triangular inferior Ly = b:

▪ Sistema triangular superior LTx = y :

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Decomposição de Cholesky
 Cálculo do determinante:
Por meio das propriedades d) e e) dos determinantes tem-se:

▪ Exemplo: Resolver o sistema:

Coluna 1:

43
Decomposição de Cholesky

Coluna 2:

Coluna 3:

44
Decomposição de Cholesky

Resumindo:

Verificação LLT=A:

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Decomposição de Cholesky
Sistema Ly=b:

Sistema LTx=y:

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Decomposição de Cholesky
Exatidão:

Solução exata

Unicidade:

Solução única

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Decomposição de Cholesky
▪ Exemplo: Resolver o sistema:

Coluna 1:

Coluna 2:

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Decomposição de Cholesky
Coluna 3:

Coluna 4:

Resumo:

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Decomposição de Cholesky
Sistema Ly=b:

Sistema LTx=y:

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Decomposição de Cholesky
Exatidão:

Solução exata

Matriz L:

Unicidade:

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Solução única
Decomposição de Espectral
▪ Uma matriz A de ordem n possui auto-valores i, i = 1, 2, ... , n.
▪ Cada auto-valor tem um auto-vetor correspondente.
▪ Generalizando a relação

▪ matriz diagonal contendo os auto-


valores i.
▪ V : matriz cujas colunas são os auto-vetores vi.
▪ Pós-multiplicando por V-1

▪ Matriz A decomposta em termos de seus auto-valores e auto-


vetores.
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Decomposição de Espectral
 Cálculo dos Auto-vetores:

▪ Da relação fundamental

▪ Como a matriz é singular:

▪ E o sistema é homogêneo.

▪ Ele apresenta infinitas soluções vi.


▪ Atribuir um valor arbitrário a um elemento de v, p.ex., vi1 = 1.
▪ Obter os demais elementos do auto-vetor vi pela solução do
sistema resultante de ordem n -1.

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Decomposição de Espectral
▪ Exemplo: Fazer a decomposição espectral da matriz:

Polinômio Característico:

Os três zeros do polinômio característico são os três


auto-valores de A:
e
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Decomposição de Espectral
Matriz  contendo os auto-valores:

Sistema homogêneo:

Auto-vetor v correspondente a 1 = 4

Eq. 1 e 2 são redundantes. Elimina-se a 2ª e faz-se v11 = 1

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Decomposição de Espectral
Sistema homogêneo:

Auto-vetor w correspondente a 2 = 1

Eq. 1 e 3 são redundantes. Elimina-se a 3ª e faz-se w 11 = 1

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Decomposição de Espectral
Sistema homogêneo:

Auto-vetor z correspondente a 3 = -3

Eq. 2 e 3 são redundantes. Elimina-se a 3ª e faz-se z11 = 1

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Decomposição de Espectral
Matriz V contendo os auto-vetores de A:

Inversa de V:

Decomposição espectral

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Decomposição de Espectral
 Solução de sistema:

▪ Solução de Ax = b obtida por x = A-1b.

▪ Vetor solução x depende de i-1


▪ No caso de quase singularidade da matriz A (pelo menos um
auto-valor com valor próximo de zero).
▪ Solução x tem elementos muito grandes.

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Decomposição de Espectral
▪ Exemplo: Calcular a solução do sistema:

Sabendo que:

Grande custo computacional.


Normalmente, não é utilizada
Solução exata: para a solução de SL.

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Referencias Bibliográficas
1. Aderito Luis Martins Araujo , Analise Numérica Engenharias
Mecânica e de Materiais.
2. Frederico Ferreira Campos Filho, Algoritmos Numéricos.

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