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CAPÍTULO 7 – BANCOS I

Os bancos são as instituições mais relevantes no processo de financiamento da atividade económica e


atuam como intermediários financeiros entre agentes excedentários e agentes deficitários – no sentido de
genuínos ‘transformadores’ de ativos financeiros.

 Market-based systems: economias em que prevalece o financiamento através de mercados financeiros;

 Bank-based systems: economias nas quais essa afetação é predominantemente suportada na intervenção
de intermediários financeiros.

7.1 Porque existem e o que são ‘bancos’?

Porque existem bancos?


Porque as imperfeições dos mercados financeiros, a não completude dos mesmos mercados e a incidência
de custos de transação legitimam e viabilizam essa existência.

Os bancos atuam como intervenientes em processos de intermediação financeira – de prazos e de


montantes – de redução de custos de transação, de diversificação e gestão de risco e de prestação de serviços.

Definição de banco
Os bancos são empresas cuja atividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos
reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito. De facto, esta
definição envolve quatro dimensões relevantes:

(1) Um banco é uma empresa, ou seja, pessoa coletiva, que tem como objetivo maximizar a riqueza dos seus
acionistas, gerindo ativos e passivos;

(2) Um banco está legalmente habilitado a receber depósitos (e outros fundos reembolsáveis cuja natureza os
equipare a depósitos) efetuados pelo público.

(3) Um banco usa, por sua própria conta e risco, os depósitos e outros recursos angariados.

(4) Um banco aplica os recursos angariados predominantemente na concessão de crédito.

Característica exclusiva: possibilidade legal de angariar e receber depósitos do público (e outros fundos
reembolsáveis, equiparáveis a depósitos) - ‘instituições de depósito’.
Operações legalmente permitidas aos bancos

Operações legalmente vedadas aos bancos

 Tomada de riscos de seguro: está vedado aos bancos é a intermediação, por sua conta própria, sobre
contratos de seguro ou resseguro, excetuando-se a mediação de seguros e a comercialização de apólices.

 Nos seguros de vida, intermediação sobre seguros envolve, na ótica do intermediário, exposição a
riscos de longo prazo, traduzidos na assunção de responsabilidades com prazos muito longos.

 Nos ramos não-vida, a atividade seguradora está também exposta a riscos consideráveis,
designadamente os decorrentes de catástrofes naturais ou da eclosão de conflitos sociais e bélicos.

Bancassurance: abrange as atividades de venda cruzada (cross-selling) de produtos da indústria


seguradora e de serviços bancários. Objetivo: otimização de sinergias entre bancos e empresas de
seguros, visando a redução de custos globais de comercialização de contratos de seguro e a ampliação
de economias de escala e de gama em benefício recíproco.

 Investimentos em imóveis: proibição da aquisição ou detenção de bens imóveis, salvo se indispensáveis


à sua instalação e funcionamento ou à prossecução do seu objeto social.

 Os bens imóveis são, em regra, ativos de reduzida liquidez, e tendem a exibir flutuações significativas
nos seus preços de mercado ao longo do tempo.

 Participações em empresas não financeiras: impede os bancos de deterem participações qualificadas no


capital de empresas não financeiras.

 Visa que a atividade de investimento dos bancos se concentre fundamentalmente na atividade


bancária tradicional, obstando a que os bancos se transformem em entidades gestoras de negócios.
 Participações excessivas no capital de empresas não financeiras tendem a fazer emergir conflitos de
interesses ao nível da dupla atuação dos bancos como financiadores e, simultaneamente, acionistas
dessas empresas.

7.2 Estrutura e segmentação do mercado

 Banca universal: neste sistema, os bancos são autorizados a desenvolver um modelo de negócio que
cobre, na totalidade, o espectro de serviços financeiros.

A universalidade é um direito e não uma obrigação a que a iniciativa empresarial na banca esteja obrigada.
Assim, não impede que as instituições se especializem em determinados domínios da intermediação
financeira e da prestação de serviços financeiros que são uma opção estratégica de muitos bancos.

 Banca de retalho / Banca comercial: envolve operações básicas, tais como a disponibilização de
instrumentos de pagamento, a captação de recursos sob a forma de depósitos – à ordem, com pré-aviso
e a prazo – com maturidades curtas (predominantemente <1 ano) e a concessão de crédito a empresas e
a particulares, também em regra mais centrada nos prazos curtos.

 Modelo de negócio estável no tempo assente em relacionamentos de longo prazo com um elevado
número de clientes, em que a fidelização da clientela é a base fundamental que permite a renovação
contínua de negócios, serviços e operações. Para que seja sustentável, propende à realização de
significativos investimentos em infra estruturas.

 A oferta de serviços financeiros é tipicamente padronizada, o que não significa que não possa envolver
níveis significativos de inovação e sofisticação.

 A rendibilidade deste modelo de negócio assenta nas margens de intermediação dadas pela diferença
entre os juros cobrados a clientes e os juros pagos a depositantes e outros financiadores de recursos.

 Banca de investimento: adota um modelo assente em nichos de clientela com necessidades específicas
de serviços financeiros, designadamente indivíduos titulares de elevados rendimentos, grandes empresas,
multinacionais, investidores institucionais e, também, emitentes soberanos de dívida.

 Modelo mais dinâmico do que o da banca de retalho, muito adaptado à performance dos mercados
financeiros e orientado para o permanente ajustamento a necessidades empresariais.

 A oferta de serviços é menos padronizada, sendo típica a oferta de soluções ‘à medida’ de cada cliente
(taylor-made) e elevados índices de inovação financeira.

 O negócio da banca de investimento assenta de forma menos intensa nas margens de intermediação
entre recursos e investimentos em crédito, sendo os rendimentos fundamentalmente originados pela
cobrança de comissões em contrapartida dos serviços prestados pelos bancos.
Segmentação da banca de retalho

 Bancos comerciais: instituições cuja atividade consiste na realização de operações de retalho sobre
depósitos e empréstimos de fundos e na prestação de serviços financeiros ligados, dispondo de uma rede
comercial de balcões mais ou menos dispersa, de âmbito nacional ou internacional.

 Bancos de poupança: (ou savings banks) são bancos retalhistas vocacionados para a captação de
poupanças (oferta de instrumentos de poupança), a concessão de crédito a pessoas singulares e a
pequenas e médias empresas, a comercialização de seguros e a oferta de instrumentos de pagamento.

 Bancos de poupança postal: (ou savings postal banks) são bancos retalhistas especializados na captação
de pequenas poupanças e na comercialização de instrumentos financeiros, associados a redes de serviços
postais.

 ‘Private banks’: esta expressão aplica-se a certos bancos especializados na gestão de patrimónios de
indivíduos titulares de rendimentos e patrimónios de elevado valor e na prestação de serviços bancários
ligados a essa atividade.

 O seu modelo de negócio assenta numa oferta personalizada e ajustada a cada cliente, numa ótica
‘taylor-made’, com um elevado poder de atração de segmentos de clientela pouco apetentes pela
operação padronizada e ‘em massa’ típica dos bancos comerciais convencionais.

 Bancos comunitários: exploram o negócio bancário segundo lógicas comunitárias e assistencialistas.


Tipicamente, são instituições pequenas de âmbito local ou regional.

 Assenta num modelo de negócio secular em que a finalidade lucrativa é preterida em benefício de
uma intervenção assente no mutualismo e na ação cooperativa.

 ‘Community banks’: recaem neste nicho da banca de retalho, como bancos que operam;

 ‘Community development banks’: centram-se mais no financiamento de infra estruturas comunitárias


e no desenvolvimento de projetos visando o bem-estar social das comunidades que servem,
beneficiando para esse efeito de programas governamentais específicos.

 ‘Building societies’ e ‘Landesbanks’: bancos comerciais especializados na concessão de crédito hipotecário


e serviços conexos.

 ‘Building societies’: no Reino Unido, com o propósito de financiar, através de processos de pooling de
pequenas poupanças, a aquisição e construção de habitação pelos próprios cooperantes.

 ‘Landesbank’: na Alemanha, são bancos vocacionados para o crédito hipotecário, se bem que a sua
dimensão lhes permita a prestação de uma gama ampla de serviços de banca universal.

 ‘Ethical banking’: (ou social banks, ou civic banks), são instituições que operam segundo regras de conduta
assentes em lógicas de responsabilidade social e de avaliação sistemática do impacto da sua atuação em
termos sociais, ambientais e de equidade e transparência.
 ‘Offshore banking’: são instituições localizadas em jurisdições com baixos índices de fiscalidade e fraca
intensidade regulatória, normalmente especializadas na prestação de serviços específicos de private
banking. Na maioria dos casos, são sucursais de outros bancos, sendo vulgar que bancos de grande
dimensão assegurem o controlo de diversos offshore banks.

 ‘Electronic banking’: (ou online banks, ou virtual banks ou direct banks) abrange uma gama crescente de
serviços suscetíveis de ser prestados através de plataformas de Internet (internet banking), via telefone
(telephone banking) ou via telemóvel (mobile banking), designadamente serviços de pagamento, de
transação de ativos financeiros e de difusão de informação.

 Banca islâmica: são instituições que operam sob os princípios éticos inerentes aos princípios da lei
islâmica. Como os bancos islâmicos não podem contratar pagamentos de juros, os proveitos da sua
atividade advêm, essencialmente, da cobrança de comissões por serviços prestados a clientes.

Atividades de banca de investimento

 Banca de investimento ‘strictu sensu’: a atividade de banca de investimento compreende a prestação de


serviços de assessoria na montagem de operações de captação de fundos nos mercados de capitais, de
operações de project finance ou de fusões e aquisições, e de outros serviços ligados a corporate finance.

 Gestão de ativos: compreende as atividades de gestão de capitais por conta de terceiros, no âmbito de
gestão coletiva ou individual de patrimónios. Os clientes diretos destes serviços podem ser empresas e
investidores institucionais (asset management) ou clientes individuais de serviços de private banking
(private wealth management).

 ‘Sales & trading’: compreende atividades de prospeção de clientes (clientes institucionais e de private
banking), de comercialização de novas emissões e da transação de ativos em mercados secundários,
através de serviços de brokerage, dealing e market making disponibilizados por um banco de investimento.

 ‘Structured finance’: abrangem a conceção e contratação de produtos financeiros complexos (ativos


estruturados), em regra envolvendo a utilização de instrumentos derivados, com o propósito de
comercializar soluções de financiamento que, no confronto com instrumentos convencionais, exibam
menor custo de capital, maior retorno esperado ou facultem uma gestão mais eficaz da exposição a
determinados riscos.

Por exemplo, uma operação em regime de project finance é normalmente configurada como um
financiamento estruturado de longo prazo, que permite mitigar riscos da operação de financiamento e
otimizar a sua partilha, adequando as características da dívida ao perfil e prazo dos cash flows gerados
pelo projeto financiado.

 ‘Merchant banking’: engloba tipicamente os serviços que gravitam em torno das atividades de venture
capital e private equity protagonizadas por bancos de investimento.
 ‘Research & strategy’: abrangem atividades de análise, pesquisa e produção de informação de suporte a
decisões ou a recomendações de investimento, destinadas a clientes do banco ou a assistir traders em
atividades de prospeção de investidores, de colocação de novas emissões de títulos ou de transação de
ativos em mercados secundários.

 Gestão de riscos: (ou risk management) compreendem a análise, a avaliação e a gestão dos riscos a que
o banco de investimento ou os seus clientes estejam expostos (essencialmente, os riscos de crédito, de
mercado, de taxa de juro, de liquidez, de solvabilidade e o risco operacional).

7.3 Principais ativos, passivos, proveitos e custos dos bancos


Como podemos observar, o banco emite ativos secundários (ou indiretos) com o intuito de assim
financiarem a realização de investimentos em ativos primários (ou diretos) de características distintas.

A diversidade e a complexidade são características da atividade dos bancos (num só dia, um banco de
grande dimensão pode ver-se envolvido em milhões de transações). Estas características importam, por sua
vez, prudência e complexidade acrescidas na avaliação e gestão das suas carteiras de riscos.

Pode compreender-se que a ausência de métodos de registo sistemático da atividade prosseguida pelas
instituições bancárias poderia resultar na impossibilidade de estas prosseguirem o seu negócio. Assim, os
bancos são obrigados a dispor de contabilidade organizada e a manter registo de todas as transações
efetuadas, de conta própria ou por conta de clientes.

Normas internacionais de contabilidade


As Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) são conhecidas por ‘Normas IAS / IFRS’.

 ‘Mark-to-market’: As NIC são medidas regulatórias recentes com maior impacto na aferição da exposição
dos bancos a risco de mercado. Essa realidade advém da institucionalização legal da obrigatoriedade de
contabilização ‘a valores de mercado’ do ‘justo valor’ dos ativos financeiros que integram as carteiras de
ativos e passivos financeiros negociáveis (ex.: ações, obrigações). Esta prática da indexação regular das
carteiras de ativos ao seu valor de mercado tem a designação de mark-to-market.
 Fonte e finalidade das NIC

Na ótica dos vários intervenientes nos mercados financeiros, as NIC:

 Permitem a produção de informação contabilística melhor ajustada às necessidades de gestão das


instituições financeiras;

 Facilitam o reporte e os procedimentos de consolidação contabilística em empresas multinacionais,


alargando o acesso a fontes de capital, nomeadamente em mercados financeiros internacionais,
permitindo, assim, reduzir o custo médio do capital.

Na ótica dos investidores, as NIC:

 Asseguram o acesso a informação mais fidedigna, objetiva e completa;

 Facilitam a perceção das características de risco e retorno dos emitentes, o que conduz ao reforço da
confiança dos investidores na informação empresarial e simplifica os esforços de comparabilidade a
nível internacional.

Por fim, na ótica dos reguladores, as NIC:

 Incrementam a eficiência e a solidez dos sistemas financeiros;

 Melhoraram a qualidade da supervisão e das políticas regulatórias;

 Reforçam os níveis de proteção dos investidores e a confiança nos pilares do sistema financeiro.

Classificação de ativos e passivos financeiros


As NIC consagram categorias específicas de classificação dos ativos e passivos financeiros, como
podemos ver na imagem seguinte.

 Ativos e passivos denominados em moeda estrangeira: estes ativos e passivos estão sujeitos a risco de
câmbio, são mensurados pela taxa de câmbio registada no mercado na data a que o balanço se reporte e
reconhecidos no balanço como um ganho e ou perda em ‘Resultados de reavaliação cambial’.
Ativos financeiros Passivos financeiros
ao JV através de ao JV através de
resultados / Justo resultados / Justo
valor valor

Outros passivos
Crédito a clientes /
financeiros /
Custo amortizado
Custo amortizado

Investimentos
detidos até à
maturidade /
Custo amortizado

Ativos Financeiros detidos para


venda / Justo valor se estiver cotado
no mercado; outro critério (Custo de
aquisição) se não estiver cotado

 Mensuração ao justo valor:

O justo valor é a quantia pela qual um ativo financeiro pode ser trocado, ou um passivo financeiro liquidado,
entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas.

Assim, um banco desenvolve o seu negócio num pressuposto de continuidade (going concern), e não sob
o propósito ou a necessidade de liquidar os seus ativos. Logo, o justo valor nunca é o montante que uma
entidade receberia ou pagaria numa transação forçada, involuntária ou realizada sob pressão.

As NIC estabelecem uma hierarquia de fontes de aferição do justo valor de um ativo ou passivo financeiro:

(1) O preço de mercado público ou a cotação corrente do ativo num mercado ativo, no qual os preços sejam
difundidos pronta e regularmente por uma bolsa de valores, brokers, dealers, serviços de avaliação de
ativos ou agências reguladoras;

(2) Uma cotação recente registada num mercado ativo, eventualmente ajustada por novas informações ou por
alterações nas condições de mercado do ativo ou de ativos com características similares;

(3) Pela utilização de modelos teóricos de avaliação, desde que os dados de entrada incorporados nesses
modelos possam ser mensurados com fidedignidade (métodos do valor atual, método dos múltiplos de
mercado e método de avaliação de opções).

 Mensuração ao custo amortizado:

O custo amortizado é a quantia pela qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado no
reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o
método do juro efetivo, de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade. Este valor
deve ainda ser abatido de qualquer perda por imparidade.

 Nos instrumentos financeiros de taxa de juro fixa (ex.: uma obrigação clássica), a taxa de juro efetiva é o
yield to maturity que iguala o valor atualizado de todos os fluxos financeiros futuros libertados pelo ativo
financeiro até à sua maturidade ao valor pelo qual o ativo está avaliado no Balanço.

 Nos instrumentos de taxa de juro variável (ex.: indexada a um benchmark de referência), é necessária a
prévia reestimação dos fluxos financeiros futuros que dependam da taxa variável. Essa reestimação pode
por exemplo ser promovida, através da ‘leitura’ de taxas de juro futuras esperadas implícitas numa yield
curve, à luz da hipótese de expectativas puras.

Imparidades

Diz-se existir uma imparidade sempre que o justo valor (ou a quantia recuperável) de um ativo seja inferior
ao seu valor contabilístico. Esta noção afeta todos os ativos financeiros não mensurados à luz do método do
justo valor. Assim, em cada período de reporte, um banco deve avaliar a eventual existência de imparidades.
Existindo, deve ser reconhecida na Demonstração de Resultados em perdas por imparidades (gasto).

Para um instrumento mensurado ao custo amortizado, a perda por imparidade é a diferença entre a quantia
escriturada e o valor atual dos fluxos financeiros futuros estimados, descontados à taxa de juro efetiva e para
instrumentos de capital próprio é a diferença entre a quantia escriturada e a estimativa do justo valor do ativo.

 Significativa dificuldade financeira do emitente ou devedor;

 Quebra contratual, como o incumprimento no pagamento de juros ou amortizações de uma dívida;

 Por razões económicas ou legais relacionadas com a dificuldade financeira do devedor, o credor oferecer
ao devedor concessões que de outro modo o credor não consideraria;

 Tornar-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reestruturação financeira;

 Verificar-se o desaparecimento de um mercado ativo para o ativo financeiro, devido a dificuldades


financeiras do devedor;

 Existir informação indicativa de uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros
de uma carteira de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial, embora a diminuição não possa
ser ainda identificada para um dado ativo financeiro individual da carteira.

 Ocorrência de choques significativos e com efeitos adversos que tenham ocorrido no ambiente tecnológico,
de mercado, económico ou legal em que o emitente opere.

 Se significativo ou prolongado no tempo, o declínio do justo valor de um ativo de capital próprio abaixo do
seu custo também é indício de imparidade.

Uma perda por imparidade pode ser revertida. Contudo, da reversão não poderá resultar uma quantia
escriturada que exceda o que seria o custo amortizado do ativo caso a perda por imparidade não tivesse sido
reconhecida. A quantia da reversão deve ser reconhecida na Demonstração de Resultados. Refira-se ainda
que, à luz das NIC, a reversão de imparidades em instrumentos de capital próprio não é permitida.
Demonstrações financeiras dos bancos
À luz das NIC, o conceito de ‘demonstrações financeiras’ abrange: o balanço, a demonstração de
resultados, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa, a
identificação das principais políticas e princípios contabilísticos adotados na elaboração das demonstrações
financeiras e as notas explicativas às demonstrações financeiras.

Contas em base consolidada: Normalmente, o grupo de empresas é composto pela ‘empresa-mãe’ (ou holding
company), e por várias outras empresas associadas/participadas.

Sempre que um banco surge integrado num grupo financeiro, a respetiva supervisão processa-se em base
consolidada. Objetivo: visa propiciar uma imagem fidedigna e abrangente da real situação económica,
financeira e patrimonial do conjunto de empresas que integram o grupo.

(1) Balanço
Ativo = Passivo + Capital Próprio

 Ativo: é integrado pelos saldos das aplicações de recursos efetuadas por um banco, com reporte a um
dado momento do tempo, desdobrados por categorias ou contas. A conta mais importante do ativo de um
banco é ‘Crédito a clientes, líquido’, comprovando a vocação dos bancos para a concessão de crédito.

 Passivo: responsabilidades por dívidas contraídas por um banco perante terceiros, independentemente do
seu prazo de vencimento. A conta mais importante do passivo de um banco é ‘Recursos de clientes e
outros empréstimos’.

 Capital Próprio: mede o valor patrimonial líquido de um banco, correspondente ao excesso do ativo total
sobre o passivo total.

Âmbito e conteúdo de contas do balanço:


Ativos:

 Caixa e disponibilidades em bancos centrais: inclui o numerário (notas e moedas) com curso legal no país
ou no estrangeiro, bem como depósitos constituídos no Banco de Portugal e outros bancos centrais.

 Disponibilidades e aplicações e outras instituições de crédito: engloba instrumentos financeiros com a


natureza de disponibilidades à vista, nomeadamente depósitos à ordem e cheques.

 Crédito a clientes, líquido: é a conta mais expressiva e relevante do Balanço de um banco. Inclui o saldo
total do crédito concedido a clientes, quer através de contratos não representados por valores mobiliários,
quer sob a forma de créditos titulados ou outros valores a receber, desde que tais créditos e contratos
tenham sido originados pelo banco e sobre eles não exista a intenção de venda ou cedência a curto prazo.

 São mensurados ao custo amortizado e reconhecidos no balanço como um ganho ou perda no


resultado líquido do período (ex.: empréstimos a clientes, empréstimos hipotecários).
 Ativos financeiros ao justo valor através de resultados: integra todos os ativos financeiros que um banco
classifique como detidos para negociação, destinados a venda no curto prazo (ex.: ações cotadas,
instrumentos de dívida ou ativos derivados).

 São mensurados ao justo valor e reconhecidos no balanço como um ganho ou perda no resultado
líquido do período.

 Investimentos detidos até à maturidade: ativos financeiros não derivados que incorporam pagamentos fixos
ou determináveis e tenham maturidade fixa e finita, que o banco pretenda detê-los em carteira até à
maturidade, e desde que o banco manifeste esse propósito aquando da aquisição dos mesmos ativos (ex.:
obrigações de dívida pública e privada, ações preferenciais remíveis).

 São mensurados ao custo amortizado e reconhecidos no balanço como um ganho ou perda no


resultado líquido do período.

 Vantagem: como a mensuração é feita pelo custo amortizado e pela taxa de juro efetiva, o banco fica
dispensado de, na sequência de choques ascendentes nas taxas de juro de mercado, ter que
promover a relevação de menos-valias que pudessem ser ditadas pelo critério do justo valor, tão mais
pesadas quanto mais elevada a duration das obrigações. Assim, a conta ‘investimentos detidos até à
maturidade’ configura-se como uma exceção à lógica predominante do mark-to-market.

 ‘Tainting rule’: ‘regra de quarentena’ que impõe que um banco fique impedido durante dois anos de
relevar quaisquer ativos nesta conta caso proceda à reclassificação de mais do que um montante
insignificante de ativos anteriormente relevados nessa conta.

 Ativos financeiros disponíveis para venda: Outros ativos financeiros que um banco pretenda manter em
carteira por tempo indeterminado e cujas características não se enquadram nas restantes categorias. A
alienação destes ativos pode ocorrer em resposta a alterações em taxas de juro, taxas de câmbio, cotações
de ações ou como meio de realização de necessidades de liquidez.

 São mensurados ao justo valor ou ao custo de aquisição caso não estejam cotados e são
reconhecidos no capital próprio, em reservas como um ganho ou perda no resultado líquido.

 Derivados de cobertura: são utilizados para fins de cobertura (hedging) de riscos do Balanço. À luz da
norma IAS 39, um instrumento de cobertura é um derivado cujo justo valor ou fluxos de caixa esperados
compensam simetricamente as alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa do ativo.

 São avaliados segundo o critério do justo valor e reconhecidos no balanço como um ganho ou perda
no resultado líquido do período.

 Investimento em filiais: valor dos investimentos decorrentes de participações em empresas nas quais um
banco exerce controlo efetivo (mais de 50%) sobre a sua gestão corrente, com a natureza de ‘filiais’,
‘associadas’ ou ‘empreendimentos conjuntos’ (ou joint-ventures), e inclui, nomeadamente, as aplicações
em capital social e prestações suplementares concedidas.

 Podem ser valorados ao justo valor ou ao custo de aquisição.


 Ativos titularizados e não desreconhecidos: todos os ativos que, tendo sido objeto de cedência a terceiros
no âmbito de operações de titularização de ativos (ex.: titularização de créditos), não respeitam todas as
condições indispensáveis ao seu desreconhecimento definitivo do Balanço (write-off).

 Se a operação de transferência não permitir o seu desreconhecimento, isso significará que o banco
retém na sua esfera os riscos e benefícios, pelo que fica obrigado a continuar a reconhecer o ativo
transferido de forma integral e a reconhecer um passivo financeiro por eventual retribuição recebida.

 No caso inverso, um banco só pode desreconhecer um passivo financeiro (ou uma sua parte) quando
a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire.

 Ativos tangíveis e intangíveis: valor de ativos tangíveis, tais como imóveis, equipamentos, mobiliário de
escritório e ativos intangíveis como licenças de software, propriedade intelectual, marcas.

 São reconhecidos no balanço pelos valores líquidos de amortizações acumuladas sobre os ativos
tangíveis e intangíveis considerados.

 Outros ativos: engloba o valor de outros ativos do Balanço sem a natureza de ativos financeiros ou que
não são relevados noutras contas antes especificadas. Inclui, nomeadamente:

(1) Ativos não correntes detidos para venda (ex.: imóveis, equipamento e ativos tangíveis);

(2) Propriedades de investimento;

(3) Ativos por impostos sobre o rendimento;

(4) Rendimentos a receber;

(5) Despesas com encargo diferido;

(6) Diferenças de consolidação positivas (ex.: goodwill).

Passivos:

 Recursos de bancos centrais: responsabilidades assumidas por um banco junto do Banco de Portugal ou
de bancos centrais de outros países.

 São mensurados ao custo amortizado.

 Recursos de outras instituições de crédito: responsabilidades assumidas por um banco junto de outras
instituições de crédito, que não sejam bancos centrais, residentes no país ou no estrangeiro.

 São mensuradas ao custo amortizado.

 Recursos de clientes e outros empréstimos: principal fonte de financiamento de um banco, agregando os


recursos captados pelo banco junto dos seus clientes (particulares, empresas, administrações públicas),
sob a forma de depósitos (à ordem, com pré-aviso e a prazo e de poupança), bem como recursos de
clientes representados por cheques e ordens a pagar e por acordos de recompra de títulos (repos).

 São mensuradas ao custo amortizado.


 Responsabilidades representadas por títulos: responsabilidades pela emissão de certificados de depósito,
obrigações clássicas, outras obrigações (incluindo obrigações de caixa), aceites próprios, promissórias e
outras responsabilidades representadas por títulos negociáveis.

 São mensuradas ao custo amortizado.

 Passivos subordinados: instrumentos de dívida emitidos por um banco com a natureza de dívida
subordinada, nomeadamente empréstimos subordinados (titulados ou não), instrumentos de capital com a
natureza de passivos e outros passivos subordinados.

 São mensurados ao custo amortizado.

 Passivos financeiros de negociação: passivos em que um banco incorra com a principal finalidade de
recompra de ativos financeiros num prazo muito próximo, bem como os passivos que integrem uma carteira
de instrumentos financeiros, devidamente identificados e geridos em conjunto e para os quais exista
evidência de um modelo real recente de obtenção de lucros a curto prazo e instrumentos derivados (ex.:
FRA’s) com justo valor negativo.

 São mensurados ao justo valor e são reconhecidos no balanço em ‘Resultados de ativos e passivos
financeiros avaliados ao justo valor’.

 Derivados de cobertura

 Passivos por ativos não desreconhecidos em operações de titularização: integra os passivos que são
reconhecidos contabilisticamente como contrapartida de ativos titularizados que, tendo sido cedidos a
terceiros no âmbito de operações de titularização, não respeitam todas as condições necessárias ao seu
desreconhecimento definitivo do balanço.

 Outros passivos: mensurados ao custo amortizado e reconhecidos no balanço como um ganho ou perda
no resultado líquido do período.

(1) Passivos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas;

(2) Provisões diversas;

(3) Passivos por impostos sobre o rendimento, do período corrente ou por impostos diferidos;

(4) Responsabilidades com pensões e outros benefícios de empregados;

(5) Credores e outros recursos;

(6) Encargos a pagar;

(7) Receitas com recebimento diferido.

 Capital próprio:

(1) O capital social, subscrito e realizado;

(2) Os prémios de emissão de ações;

(3) A emissão de ações preferenciais, perpétuas, remíveis ou não, com ou sem voto;
(4) As ações próprias detidas pela instituição, a deduzir;

(5) As reservas de justo valor que sejam apuradas por correção direta ao capital próprio;

(6) Outras reservas e resultados transitados de exercícios anteriores;

(7) O resultado líquido do exercício;

(8) Eventuais dividendos antecipados, a deduzir.

Operações e posições extrapatrimoniais:

As contas extrapatrimoniais (off-balance sheet) relevam o valor das responsabilidades assumidas por um
banco perante terceiros que não são relevados em contas ativas ou passivas do Balanço. A posição
extrapatrimonial de um banco é uma extensão do seu Balanço, na medida em que aquelas obrigações e direitos
podem vir a ser exercidos e a suscitar impactos no Balanço. A informação sobre operações e posições
extrapatrimoniais é prestada sob a forma de anexos às demonstrações financeiras de um banco.

(1) Garantias prestadas pelo banco e outros passivos eventuais (ex.: fianças);

(2) Garantias recebidas a favor do banco;

(3) Compromissos do banco perante terceiros (ex.: linhas de crédito irrevogáveis);

(4) Compromissos de terceiros perante o banco;

(5) Responsabilidades por operações sobre divisas e taxas de juro;

(6) Responsabilidades por serviços prestados pelo banco (ex.: cobrança de valores de clientes);

(7) Serviços prestados por terceiros.

(2) Demonstração de resultados


A Demonstração de Resultados de um banco evidencia os proveitos e os custos incorridos na sequência
da atividade desenvolvida durante um determinado período de tempo, bem como o respetivo saldo final: o
resultado líquido gerado no período.

Âmbito e conteúdo de contas da demonstração de resultados:

 Juros e rendimentos similares: rendimentos financeiros com a natureza de juros ou proveitos de natureza
similar, respeitantes à remuneração de ativos financeiros e incluindo os rendimentos com carácter de juro
que integram o valor de Balanço de ativos registados ao custo amortizado ou ao justo valor.

 Juros e encargos similares: encargos financeiros respeitantes à remuneração de todos os recursos alheios
captados pelo banco, incluindo rendimentos com carácter de juro que integram o Balanço na condição de
passivos relevados pelo custo amortizado ou pelo justo valor.

 Margem financeira: é a diferença entre os valores de ‘Juros e rendimentos similares’ e ‘Juros e encargos
similares’.
 É, tipicamente, a principal fonte de rendibilidade do sistema bancário.

 Rendimentos de serviços e comissões (líquido): diferença entre proveitos de rendimentos de serviços e


comissões e custos de idêntica natureza.

 O saldo desta conta é uma importante fonte de rendibilidade de um banco.

 Rendimentos de instrumentos de capital: incorpora os rendimentos de instrumentos de capital próprio que


não decorram da sua reavaliação ou alienação, como é o caso, por exemplo, dos dividendos distribuídos
por empresas emitentes de ações.

 Resultados de ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor: é a diferença entre os ganhos
inerentes à carteira de ativos e passivos avaliados ao justo valor e as perdas incorridas nas mesmas
posições.

 Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda: integra os ganhos e perdas originados pelos
ativos classificados na categoria de ‘Ativos disponíveis para venda’.

 Resultados de reavaliação cambial: integra os ganhos e perdas resultantes da detenção de posições em


ativos e passivos financeiros denominados em moeda estrangeira.

 Resultados de alienação de outros ativos financeiros: agrega os ganhos, líquidos de perdas, resultantes
da alienação de ativos financeiros que não recaiam noutras contas de resultados de operações sobre
ativos e passivos, acima identificadas.

 Outros resultados de exploração (líquido): aglutina outros proveitos, deduzidos de outros custos, de
natureza operacional.

 Produto bancário (ou produto de atividade): resulta da agregação de três grandes fontes de rendibilidade:
a ‘Margem financeira’, os ‘Rendimentos de serviços e comissões’ e os resultados gerados pelas várias
componentes da carteira de ativos e passivos financeiros.

 Custos com o pessoal: aglutina os custos em que um banco incorre com remunerações de trabalhadores.

 Gastos gerais administrativos: integra gastos que não se relacionam diretamente com o produto da
atividade bancária, mas que são indispensáveis à normal operação de um banco (ex.: despesas com
fornecimentos externos – eletricidade).

 Amortizações do exercício

 Provisões líquidas de reposições e anulações: inclui os encargos decorrentes da constituição ou reforço


de provisões para riscos diversos.

 Perdas por imparidade e outras correções do valor (líquido)

 Diferenças de consolidação negativas


 Apropriação de resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (pelo MEP - Método da
equivalência patrimonial): integra os valores dos resultados gerados por empresas associadas (menos de
50%) e por empreendimentos conjuntos.

 Resultado antes de impostos e de interesses minoritários: diferença entre o valor do ‘Produto bancário’ e
as sete rubricas anteriormente descritas.

 Imposto sobre lucros do exercício

 Resultado antes de interesses minoritários

 Resultado líquido

Indicadores de desempenho
Principais agregados contabilísticos dos bancos:

Rácios de desempenho de bancos


 Transformação de recursos de clientes em
 Rácios de estrutura patrimonial
crédito
 Estrutura do ativo:
𝐶𝑟é𝑑𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠, 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐶𝑟é𝑑𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠, 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜𝑠
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
 Solvabilidade
 Capacidade creditícia geral
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝐶𝑟é𝑑𝑖𝑡𝑜 𝑎 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠, 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜
 Rácios de eficiência dos bancos

 Rácios de Rendibilidade dos bancos

 Rendibilidade do ativo (ROA)


𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

 Rendibilidade do capital próprio (ROE)

𝑅𝑂𝐸 = 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 × 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 × 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜


𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑣𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜
⇔ 𝑅𝑂𝐸 = × ×
𝑃𝑟𝑜𝑣𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
⇔ 𝑅𝑂𝐸 =
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜

ou

𝑅𝑂𝐸 = 𝑅𝑂𝐴 × 𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

 Notas:
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 =
𝑃𝑟𝑜𝑣𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠

𝑃𝑟𝑜𝑣𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠
𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 =
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜

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