Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
§ 65
BOM e MAU
Essencialmente relativo
Indica ADEQUAÇÃO DE UM OBJETO COM ALGUM ESFORÇO DA VONTADE
o Aquilo que é favorável à vontade
Divide-se em duas subespécies
Agradável
• Satisfação imediata e momentânea da vontade
Útil
• Satisfação mediata da vontade em relação ao futuro
Aplicado a seres não cognoscentes - oposto de RUIM (passivo) - "isto me é bom, mas aquilo não"
Exame
• respeito objetivo produzido pela disposição BOA e da satisfação consigo mesmo
• Dor íntima que acompanha a disposição MÁ independentemente das vantagens
ORIGEM DOS SISTEMAS ÉTICOS (filosóficos e religiosos)
• Felicidade – virtude (como consequência lógica ou metafísica
[outros mundos])
•
“Ao contrário, em conseqüência de nossa consideração, a essência Íntima da virtude res
ultará de um esforço em direção totalmente oposta à da felicidade, ou seja, oposta à
direção do bem-es tar e da vida.”
BOM – relativo à vontade
• BOM ABSOLUTO / summum bonun contradição
Satisfação final da vontade
“É tão impossível a vontade deixar de querer de novo através de uma
satisfação, quanto é o tempo findar ou começar.”
VINGANÇA – maldade com aparência de direito, não como meio mas como fim
“A violência com que o mau indivíduo afirma a vida é-lhe exibida no sofrimento por ele infligido a
outrem, fazendo-lhe mensurar a distância que se encontra da renúncia e negação da Vontade, I I única
redenção possível para o mundo e seus tormentos”
§ 66
“Uma moral sem fundação , portanto um simples moralizar, não pode fazer efeito, pois não motiva.”
Motivação moral que atua sobre o amor próprio
“mediante moral e conhecimento abstrato em geral, nenhuma virtude autêntica pode fazer
efeito”
Brotar da intuição reconhece no outro a mesma essência que a própria
VIRTUDE
Não provém do conhecimento abstrato / não pode ser ensinada
“o conceito é infrutífero para a verdadeira essência íntima da virtude, assim como o é para a
arte”
Velle non discitur [vontade não se aprende] Sêneca
Os dogmas só tem valor na medida em que o virtuoso cria um esquema para si mesmo que
explique seus atos não egoístas, cuja essência não concebe.
A conduta pode ser alterada por dogmas mas apenas formalmente, com ohábito, para o
individuo que não confia no próprio juízo
Eticamente indiferente doar dinheiro à caridade pensando em uma vida futura ou aplicar em
juros
“um homem que, em nome de sua ortodoxia, entrega o herético às chamas da fogueira, é tão
assassino quanto o bandido que mata para roubar”
Motivos nào mudam a vontade
Velle non discitur
O Dogma pode ser a explicação fácil e imediata que o indivíduo bom encontra para a ação de sua
vontade
Diferença sutil entre o bom que se justifica e o egoísta que se motiva
“Eis por que quase nunca podemos julgar com acerto moral os atos de outrem e raras vezes os
nossos”
Atos e maneiras de agir são modificados por hábito e dogmas imagens vazias
Só a disposição de caráter que conduz a eles fornece-lhes sentido moral
É possível imaginar um Estado ou dogma que previnam todo o crime ganho político
porém nenhum ganho moral. “apenas se turvaria a revelação da imagem especular da
Vontade através da vida”
- Para o justo o principium individuationis não é, como para o mau, uma barreira absoluta.
- Reconhece a vontade de vida como coisa-em –si tbm no fenômeno do outro como
representação
“vê através do Véu de Maia e iguala a si o ser que lhe é exterior, sem injuriá-lo.”
“Pois àquele que pratica obras de amor, o Véu de Maia se torna transparente e a ilusão do
principii individuationis o abandona”
“Embora outros estabeleçam princípios morais e os ofereçam como preceitos de virtude e leis a serem
necessariamente observadas, eu não consigo fazê-lo, pois não posso fazer pairar em frente à Vontade
nenhum ‘dever’ ou lei”
- a Vontade é o Em-si de cada fenômeno, porém ela mesma, enquanto tal, é livre das formas
dele, portanto
também da pluralidade.
- “o caráter que alcançou a bondade suprema e a nobreza de caráter perfeita sacrifica inteiramente seu
bem-estar e sua vida em favor do bem-estar de muitos outros”
“Nesse sentido, não importa o que a bondade, o amor e a nobreza de caráter possam fazer
pelos outros, tem-se aí sempre apenas o alívio dos sofrimentos;”
Conceito infrutífero para a virtude [contradizendo Kant], assim como para a arte.
CHORO – dor sentida, refletida na reflexão compaixão por si mesmo retorno à sensação
- capacidade de amar
- capacidade de fantasia