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2013-14
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
1 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
Índice
1. ENQUADRAMENTO............................................................................................................... 2
2. ABAE | ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA ............................................................ 4
N OTAS BIOGRÁFICA : M ARGARIDA G OMES | ABAE .................................................................. 5
2.1. PROGRAMA ECO-ESCOLAS ........................................................................................... 6
2.2. JOVENS REPORTERES PARA O AMBIENTE ................................................................. 12
3. . ASPEA | ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................. 15
N OTAS BIOGRÁFICAS : J OAQUIM R AMOS P INTO | ASPEA ...................................................... 16
3.1. O PROJETO DE EAS NO ÂMBITO DA MOBILIDADE NO ANO LETIVO 2013-2014 .......................... 17
4. FAPAS - FUNDO PARA A PROTECÇÃO DOS ANIMAIS SELVAGENS .................................... 26
N OTAS BIOGRÁFICAS : L UCÍLIA G UEDES | FAPAS ...................................................................... 27
4.1. ACTIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................ 28
5. GEOTA | GRUPO DE ESTUDOS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE.......... 35
NOTAS BIOGRÁFICAS : G UILHERMINA GALEGO | GEOTA ........................................................... 36
5.1. PROJECTO COASTWATCH EUROPE............................................................................. 37
6. QUERCUS| ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ......................... 43
N OTAS BIOGRÁFICAS : NUNO SEQUEIRA | QUERCUS ................................................................. 44
6.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE DE ÂMBITO
NACIONAL ............................................................................................................................... 45
7. SPEA - SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES ......................................... 52
N OTAS BIOGRÁFICAS : C ARLOS CRUZ | SPEA ........................................................................... 53
7.1. P ROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 54
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1. ENQUADRAMENTO
Portugal é um dos países signatários da Estratégia da CEE/ONU da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável (EEDS) assinada pelos Ministros do Ambiente e da Educação da UNECE, em Vilnius, (18 de
março de 2005) e da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-
2014).
c. Consolidar […] nas actividades pedagógicas das escolas a valorização dos temas da conservação
da natureza e da biodiversidade”;
[…]
[…]
Em 2006, o grupo de trabalho para a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS),
em Portugal coordenado pela Comissão Nacional da UNESCO (em que participavam especialistas da
sociedade civil e das diferentes tutelas, entre as quais representantes da Educação e do Ambiente),
elaborou um documento intitulado Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável (2005-2014): contributos para a sua dinamização em Portugal, onde se assume: “A DEDS é
uma iniciativa ambiciosa e complexa e o seu objectivo global consiste em integrar os valores inerentes ao
Desenvolvimento Sustentável nas diferentes formas de aprendizagem com vista a fomentar as
transformações necessárias para atingir uma sociedade mais sustentável e justa para todos”.
Em dezembro de 2005, foi celebrado novo Protocolo de Cooperação entre os Ministérios que tutelam a
educação e o ambiente, reforçando o trabalho articulado entre ambos.
Este instrumento permitiu, ao longo dos últimos anos, a difusão de práticas inovadoras na realização de
projectos de educação ambiental, consubstanciados em parcerias entre as escolas, o poder local, as
organizações não-governamentais e outras entidades de âmbito local e regional e nacional, sob a
coordenação e/ou acompanhamento dos profissionais da educação e de especialistas na área do
ambiente. É de salientar ainda o contributo desta iniciativa para a formação de professores de diversos
níveis de educação e de ensino em temáticas ligadas à Educação para a Sustentabilidade, bem como, para
o alargamento da educação ambiental aos cidadãos em geral, através de um trabalho de intervenção e
dinamização local, regional e nacional.
As tutelas dos Ministérios da Educação e do Ambiente convergem, assim, os seus esforços para o
desenvolvimento de Projetos de Educação Ambiental.
Estes Protocolos deram origem a uma Rede de Professores Coordenadores de Projetos de Educação
Ambiental, atualmente constituída por um grupo de seis professores.
Esta bolsa de docentes, com competências e práticas reconhecidas, desenvolve trabalho de âmbito
nacional e tem garantido a inovação e a difusão de boas práticas junto das escolas dos diferentes níveis
de ensino.
Os docentes requisitados são interlocutores privilegiados das estratégias nacionais e internacionais, neste
domínio, afirmando-se como promotores decisivos de uma cidadania ativa no contexto das comunidades
escolares.
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A coordenadora
Certificada como formadora, pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua e pelo Instituto
de Emprego e Formação Profissional.
Exerceu funções docentes no ensino secundário até 2000, tendo dinamizado na escola diversos projetos
e núcleos de ambiente. Durante esse período foi também autora de Programas e de Livros Didáticos para
o ensino secundário.
Enquadramento
Inspirado pela Cimeira do Rio (1992) e reconhecido pela UNEP (2003) como uma metodologia adequada
para a EDS, este Programa constitui um contributo para a implementação da Agenda 21 ao nível local,
através de ações concretas desenvolvidas pelos alunos e por toda a comunidade educativa,
proporcionando-lhes a tomada de consciência de que simples atitudes individuais podem, no seu
conjunto, melhorar o ambiente global. O seu desenvolvimento visa estimular a criação de parcerias locais
entre a escola e as autarquias, empresas, órgãos de comunicação social, ONGAS e outros agentes
interessados em contribuir para a melhoria do Ambiente.
Conta em Portugal com o apoio e colaboração ativa de uma Comissão Nacional onde estão representadas
várias entidades: Agência Portuguesa do Ambiente; Direção-Geral da Educação; DGEstE - Direção-Geral
dos Estabelecimentos Escolares - Direções dos Serviços das Regiões do Norte, Centro, Lisboa e Vale do
Tejo, Alentejo e Algarve; Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; DROTA - Direção Regional
do Ordenamento do Território e Ambiente; Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (Açores); Estrutura
de Missão para a Extensão da Plataforma Continental; Agência para a Energia. Fornece
fundamentalmente uma metodologia, formação, enquadramento e apoio a muitas das atividades que as
escolas pretendem desenvolver no âmbito da educação ambiental para a sustentabilidade e educação
para a cidadania.
Objetivos
Metodologia
Cada escola segue uma metodologia inspirada na agenda 21 que, de forma simplificada é constituída
por sete passos:
3.Plano de ação, no qual as atividades planificadas devem dar resposta às principais lacunas
detetadas na auditoria. Este plano deve incluir ações relacionadas com os temas base água,
resíduos, energia e pelo menos um tema dos ano (em 2014: agricultura biológica, mobilidade
sustentável e mar), podendo ainda incluir outras temáticas como espaços exteriores, ruído,
alterações climáticas, biodiversidade, floresta, ou outros.
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5.Trabalho curricular que integra a capacitação dos alunos para as temáticas desenvolvidas
6. Envolvimento da comunidade e divulgação das ações realizadas que deverão tanto quanto
possível extravasar as paredes da escola com efeitos multiplicativos.
Existem Eco-Escolas em todos os graus de ensino: do infantil ao superior, incluindo ainda outros
estabelecimentos de ensino com características especiais. Geograficamente estão dispersas por todo o
território nacional. Internacionalmente a rede Eco-Escolas abrange já os 5 continentes.
Rede nacional
Em 2013-2014 existem 1233 escolas inscritas contemplando todos os graus de ensino (do pré-
escolar ao ensino superior) e 215 municípios envolvidos no Programa.
45% das escolas são do ensino básico (JI + EB1 + EB1/JI), seguido de 32% de escolas do 2º e 3º
ciclo
Rede internacional
Nº países envolvidos – 59
Dinamização de atividades
para crianças e jovens (ateliers,
jogos, etc);
Hortas Bio nas Eco-Escolas (agricultura biológica em vários tipos de hortas escolares).
Rota das Eco-Escolas (desafio aos municípios com Eco-Escolas para incrementar a mobilidade
sustentável).
WDA (World Days of Action- dias de mobilização Internacional das Eco-Escolas; 7 de Novembro
e 22 de Abril).
Roupas Usadas, não estão acabadas (Recolha de roupas, calçado, brinquedos e material
escolar).
Sim, criar uma árvore dá frutos (criar uma árvore e frutos com embalagens certificadas com o
símbolo FSC).
Prémio Interfileiras (prémio especial nacional para os melhores trabalhos Liter Less
relacionados com a reutilização de materiais).
Avaliação anual
É realizada uma avaliação intermédia em Fevereiro onde é validado o conselho Eco-Escolas, os resultados
da auditoria ambiental e o plano de ação.
No final do ano é realizada uma validação da metodologia aplicada, através da análise de um relatório e
respetivas evidências do desenvolvimento da mesma. O trabalho da escola é reconhecido através da
atribuição de uma bandeira verde e certificado Eco-Escolas, com o apoio da Comissão Nacional do
Programa Eco-Escolas.
Avaliação presencial
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É realizada uma auditoria de qualidade das Eco-Escolas, de 3 em 3 anos, pelas DGESTE no território do
continente e serviços regionais de ambiente na Madeira e Açores através das visitas às escolas, para aferir
a qualidade do trabalho desenvolvido. Os indicadores de avaliação são definidos pela Comissão Nacional
e visam aferir a qualidade da aplicação da metodologia proposta bem como as evidencias e efeitos do
desenvolvimento continuado do Programa.
Parceiros Eco-Escolas
ERP Portugal, Fundação EDP, Valorfito, Tetrapack, Agrobio, Sarah Trading, entre outras.
Facebook: www.facebook.com/ecoescolas
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O Programa Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) decorre em Portugal desde 1996
e destina-se fundamentalmente aos estudantes do Ensino Secundário e Profissional
(embora possa ser iniciado no 3º ciclo), pretendendo contribuir para uma preparação
dos jovens para o exercício de uma cidadania ativa ao incutir o espirito de observação,
análise e reflexão sobre a realidade envolvente.
Tem como principal objetivo contribuir para o treino do exercício de uma cidadania ativa e participativa
enfatizando a vertente do jornalismo ambiental por forma a desenvolver o espirito de observação, sentido
crítico, análise sistémica e a procura de soluções
Denuncia insustentabilidades
Os Jovens Repórteres para o Ambiente investigam (através de entrevistas, inquéritos, etc…) e interpretam
questões ambientais/ de sustentabilidade relevantes a nível local como se fossem jornalistas, reforçando
os seus conhecimentos no domínio do ambiente, das línguas estrangeiras e das novas tecnologias e
técnicas de comunicação. Inicia-se com um projeto local, que os jovens investigam, reportam e
comunicam recorrendo aos jornais, internet e outros meios de comunicação. Potencializa ainda
possibilidades de intercâmbio em especial durante as Missões. O projeto de investigação ambiental
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deverá incidir sobre as problemáticas de desenvolvimento sustentável a nível local podendo abordar
qualquer temática desde que o enfoque seja a sustentabilidade. As mais investigadas pelo JRA são:
agricultura; cidades; água; energia; resíduos; litoral; biodiversidade; floresta; alterações .
Para aderir ao JRA a escola deverá ter acesso fácil à Internet e estabelecer uma parceria com um órgão
de comunicação social (local, regional ou nacional). O(a) professor(a) coordenador(a) do projeto deverá
guiar a investigação no terreno, e a apresentação e divulgação dos trabalhos de jornalismo ambiental.
Desde 2013 o JRA pode também ser freelancer desenvolvendo autonomamente o projeto.
Fazem parte dessa Comissão Nacional: o Ministério da Educação (ME); Agência Portuguesa de Ambiente
(APA); Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNF);); Agência para a Energia (ADENE),
Secretaria Regional do Ambiente e do Mar; Direção Regional de Ambiente da Madeira (DROTAMadeira);
Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR), revista Visão, jornal Público.
Facebook: www.facebook.com/jraportugal
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O C OORDENADOR :
Coordenou várias jornadas e conferências de E.A. de âmbito nacional e regional, tendo apresentado várias
comunicações em congressos e seminários e publicados vários capítulos em livros e artigos em revistas e
jornais no âmbito de projetos e investigações que desenvolveu.
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AMBIENTAL
A ASPEA é uma organização não-governamental de ambiente, ONGA, sem fins lucrativos, fundada em
Junho de 1990, que procura fomentar a Educação Ambiental, quer a nível formal, quer a nível não formal.
Está a completar 24 anos de experiência na formação de adultos, professores e jovens em educação
ambiental, sustentabilidade, arte e ambiente, Agenda escolar 21 e princípios da Carta da Terra. Tem
participado em vários projetos nacionais, projetos europeus e projetos de cooperação para o
desenvolvimento, em parceria com organizações que atuam no campo da educação, ambiente e
desenvolvimento local.
Tem como principais objetivos a contribuição para a generalização da Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis a participação na produção de conhecimentos; a colaboração na formação de
docentes e de monitores e a promoção da cooperação nacional e internacional neste domínio.
A ASPEA também é uma instituição afiliada da Carta da Terra, desde 2005, funcionando como Ponto Focal
em Portugal.
Tem promovido a realização de Fóruns Infantojuvenis em parceria com autarquias e instituições locais
tendo envolvido nestes eventos mais de 14.000 alunos do ensino básico, secundário e profissional e
professores e outros agentes da comunidade educativa.
A ASPEA é a coordenadora nacional do projeto ibérico “Projeto Rios” e, no âmbito deste projeto,
desenvolveu mais de 50 oficinas de formação e palestras, 3 conferências nacionais e 3 seminários.
A ASPEA é cofundadora da Rede Lusófona de Educação Ambiental e tem conexões privilegiadas com
professores do Brasil, Angola, S. Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Neste contexto propôs-se realizar, em
julho de 2015, o III Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua
Portuguesa, na Torreira, Murtosa.
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Para a execução do plano de atividades têm sido estabelecidas várias parcerias indispensáveis à sua
execução, destacando-se as seguintes entidades: Agência Portuguesa do Ambiente; DGE Ministério da
Educação; Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares; Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas; Santa Casa da Misericórdia de Aveiro; Parque Biológico de Gaia; Observatório do Mar dos
Açores; Governos Regionais da Madeira e dos Açores; Autarquias; Universidades e Escolas Superiores
de Educação; Escolas Profissionais; Centros Ciência Viva; Instituto Camões; CPLP; Fundações; Centros
de Informação Europe Direct; Centros de Formação de Professores; Academias e Universidades
Seniores; Escolas (direção e professores); Associações de Pais; Empresas Privadas; Empresas Públicas;
ONGs; Plataforma ONGD; Movimentos em Transição; Escuteiros; Voluntários.
Cooperação com países de língua portuguesa através de parcerias com associações congéneres
de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau apoiando e colaborando na assessoria e
implementação de projetos de Educação Ambiental no âmbito da Cooperação e
Desenvolvimento;
No âmbito da mobilidade de um professor na ASPEA tem sido possível desenvolver e levar a cabo vários
projetos que reforçam o papel da Educação Ambiental no contexto formal e não formal. Para além do
desenvolvimento desses projeto tem sido possível responder a várias candidaturas que ajudam no bom
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desenvolvimento das atividades de EAS de acordo com os objetivos e prioridades estabelecidas pelo
Grupo de Trabalho de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.
Breve apresentação dos principais projetos e atividades levadas a efeito pela ASPEA com envolvimento
direto do professor em mobilidade.
A Quinta Ecológica da Moita, com uma área de 17ha é um excelente exemplo de uma área florestal
inserida em ambiente próximo de uma área urbana desempenhando, do ponto de vista ecológico, um
importante papel de manutenção e refúgio de uma biodiversidade que interessa a todos preservar sendo
constituída por zonas de lazer, terrenos agrícolas e mata rica em biodiversidade com grande potencial
para o desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental. No ano letivo 2013/2014 este projeto inicia
a sua atividade, em resultado de uma parceria entre a ASPEA e a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. As
atividades podem ser
acompanhas pelo facebook
Aulas na Natureza onde, a partir de um percurso pela Quinta Ecológica da Moita (Aveiro), estão
previstas atividades como identificação de espécies, limpeza de trilhos no interior da Mata,
manutenção da horta pedagógica com vista a apoiar atividades curriculares em contexto fora de
portas; promover o gosto pela natureza; dinamizar atividades de agricultura biológica e de
permacultura; observar espécies autóctones e outras de interesse ecológico; facilitar projetos de
investigação; realizar oficinas no âmbito das temáticas apresentadas; reabilitar espaços naturais;
Exposições e palestas sobre diferentes temáticas sócio ambientais e que possam estar
relacionadas com efemérides e / ou com as épocas do ano;
Programas de famílias nas vertentes lazer e ambiente, onde se pretende reforçar a valorização
do património ambiental em áreas urbanas ou periferias urbanas;
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Apesar de ser um projeto no seu início já de realizaram mais de 20 eventos desde cursos de formação,
oficinas, visitas e percursos na mata, atividades de animação social e ambiental, apresentação de filmes
com debate, programas de estágios e programas de voluntariado. Já estão inscritos numa bolsa de
voluntariado 74 pessoas passaram pelas diferentes iniciativas mais de 1.200 crianças, famílias e população
em geral.
F ORMAÇÃO DE P ROFESSORES
Promovemos cursos de
formação de professores,
coerentes com os
princípios e objetivos da
Educação Ambiental, ao
mesmo tempo que se
fomentam atitudes
ambientalmente
responsáveis e socialmente
mais justas, respondendo às necessidades de formação docente. As ações de formação que promovemos
integram atividades práticas de forma a poderem ser implementadas em contexto educativo e
incentivando à implementação de projetos de EA nas escolas. No ano letivo 2013/2014 realizámos 4 ações
de formação envolvendo 110 professores, que produziram um efeito multiplicador em diversas escolas e
agrupamentos.
PROJECTO RIOCEANOS
As iniciativas que integram este projeto contribuirão para a partilha e visibilidade das atividades
educativas que contemplem conteúdos relacionados com a água, rios, mares e oceanos, enquadradas no
âmbito das diretivas e políticas da “União Europeia: sustentabilidade e uso eficiente de recursos”,
nomeadamente através de atividades com base na Carta Europeia da Água, estando previstas as seguintes
atividades:
C ONCURSOS E M OSTRAS
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O projeto prevê, também, três concursos que têm como objetivos: despertar o interesse das crianças e
dos jovens para os temas ambientais e uso eficiente dos recursos; lançar alertas e contribuir com
propostas para a mitigação ou resolução dos problemas identificados; alertar para a importância de
preservar a biodiversidade, culturas e tradições.
- Palestras e oficinas sobre água, rios, mares e oceanos » alunos e comunidade educativa. Todas
as escolas inscritas no projeto podem solicitar gratuitamente uma oficina para os alunos
participantes ou uma palestra para a comunidade;
- Atividades culturais e manifestações artísticas “riocEAnos em festa” » comunidade em geral.
Conheça as atividades que se realização na sua região e incentive a comunidade educativa a
participar;
- Formação de professores » educadores e professores que se inscrevam no projeto. Aproveite
esta oportunidade para partilhar as suas experiências pedagógicas e adquirir conhecimentos nas
temáticas sugeridas pelo projeto.
P ROJETO R IOS
Este número de participantes inclui alunos de escolas inscritas nos projetos da ASPEA tais como:
riocEAnos, Projeto Rios; Atividades na Quinta Ecológica da Moita; Conferências Infantojuvenis; Sessões e
Oficinas nas Escolas; concursos e mostras; estágios (estimativa: 20% do pré-escolar; 48% do 1º ciclo; 10%
do 2ª ciclo; 10% 3º ciclo; 5% do secundário; 5% do profissional; 2% universitário)
Para além das atividades diretamente com as escolas a ASPEA promove iniciativas destinadas a
professores e educadores e técnicos tais como cursos de formação e jornadas e iniciativas para o público
em geral que passam por eventos de fins-de-semana; atividades no âmbito do Programa Bandeira Azul
em parceria com autarquias e atividades de divulgação e animação em feiras e exposições.
As atividades de divulgação para cada uma das ações previstas estarão relacionadas com as caraterísticas
e o âmbito das mesmas.
a) meios de comunicação
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Página web e Facebook; Mailing eletrónico e postal; Comunicação Social; Distribuição de folhetos, postais,
cartazes; Participação em eventos; Contactos telefónicos; Reuniões e visitas
b) materiais de comunicação
Os materiais a produzir no âmbito de cada ação como forma de divulgação dos resultados das mesmas
serão: desenhos, fotografias, vídeos, publicações em formato digital, boletins informativos, postais,
A avaliação das ações contará com evidências resultantes das mesmas tais como os materiais produzidos
e os resultados da aplicação dos instrumentos de avaliação entre outros, fichas de avaliação a preencher
pelos respetivos intervenientes e parceiros.
Os instrumentos de avaliação para as ações concebidos, à partida, serão na base de fichas de avaliação
elaboradas para o efeito.
Serão, ainda considerados como instrumentos de avaliação relatos, registos por email ou outras formas
escritas, desenhos e manifestações escritas por parte das crianças, entre outros.
Os períodos de avaliação de cada ação decorrerão no final das mesmas, podendo em alguns dos casos
suceder no seu início ou durante o período em que decorrem.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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A coordenadora
Desde 1998 até 2012 e a partir de 2013, coordena Projetos de Educação Ambiental/EDS no
FAPAS, organiza colóquios, jornadas nacionais, seminários e outros , tendo apresentado várias
comunicações em jornadas e seminários.
O FAPAS é uma organização não governamental de âmbito Nacional, sem fins lucrativos, constituída em
1990 por pessoas com longa experiência no domínio da conservação da Natureza, vocacionada para a
promoção de acções que visam a protecção e recuperação da fauna e flora selvagens. O documento oficial
mais recente é o Aviso n.º 1427/2013 (Diário da República, 2.ª série — N.º 21 — 30 de janeiro de 2013).
Agindo sempre de forma livre e independente, o FAPAS é financiado com as quotas dos seus sócios, com
patrocínios de diversas entidades para campanhas específicas, e com verbas comunitárias para o
desenvolvimento de Projectos. Conta ainda com o apoio técnico de biólogos e advogados, para suporte
científico e legal das suas acções.
ENQUADRAMENTO
Com este projeto, pretende-se sensibilizar a população escolar e a população em geral para uma
participação activa, indo de encontro aos conteúdos curriculares e às necessidades locais (Agenda 21), no
âmbito de temas como a conservação da natureza e a biodiversidade e, abordar de uma forma integrada,
a água, a energia e as alterações climáticas, a gestão correta de recursos humanos e naturais, integrando
princípios de um Desenvolvimento Sustentável, preconizados na Cimeira do Rio, em 1992. O
Desenvolvimento Sustentável é um conceito abrangente e implica a preocupação pelas gerações futuras
e pela integridade do meio ambiente a longo prazo. Implica a preocupação pela qualidade de vida, a
igualdade e a justiça entre as pessoas no presente e as gerações futuras e as dimensões sociais e éticas
do bem-estar humano, “baseado no respeito pela Natureza, nos direitos humanos Universais, na justiça
económica e numa cultura de paz” (Carta da Terra).
Em 2002 durante o Evento das Organizações das Nações Unidas, em Joanesburgo, Portugal entre outros
Países assumiu o compromisso de reduzir a perda de Biodiversidade até 2015. Esta é uma das metas dos
objetivos do desenvolvimento do Milénio.
O dia 23 de Novembro foi estabelecido como O Dia da Floresta Autóctone para promover a importância
da conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como o dia mais adaptado às
condições climatéricas de Portugal para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo ao
Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, que foi criado inicialmente para os países do Norte da Europa.
Tendo em conta a importância das zonas costeiras em termos ambientais, económicos, estratégicos,
sociais, culturais e recreativos, nas últimas décadas, os governos, as organizações internacionais e a
comunidade científica têm dado prioridade à ampliação do conhecimento sobre este território de forma
a melhor gizar os planos de gestão de um espaço tão frágil como disputado. As atividades sobre o litoral
/Dunas assentam nas orientações das políticas ambientais e de desenvolvimento territorial onde se
destaca a Estratégia nacional de conservação da natureza (ENCNB), a Estratégia Nacional para o
Desenvolvimento Sustentável (ENDS) de âmbito Nacional, a Estratégia Nacional de gestão Integrada da
Zona Costeira, os Planos de Ordenamento da Orla Costeira, a Agenda 21 local e o Plano nacional para as
Alterações Climáticas.
As Nações Unidas declararam o decénio 2005-2014 como a “Década da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável” e o seu objetivo global consiste em integrar os valores inerentes ao Desenvolvimento
Sustentável nas diferentes formas de aprendizagem, com vista a fomentar as transformações necessárias
para atingir uma sociedade mais sustentável e justa para todos. A intenção é contribuir para um futuro
que compatibilize as necessidades humanas com o uso sustentável dos recursos, superando assim os
efeitos perversos que vão desde a destruição ambiental até à manutenção/agravamento da pobreza.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
O BJETIVOS
Discutir, refletir, trocar ideias e avaliar sobre o que já fizemos e o que pretendemos para a
divulgação e fortalecimento da educação ambiental nos Municípios envolvidos;
P ÚBLICO - ALVO
Comunidade educativa do Ensino Básico, Secundário e Superior, pais, professores e população em geral.
As atividades desenvolvidas fazem parte do plano anual de atividades das escolas. A maior parte das
campanhas de sensibilização e até de intervenção são ações de continuidade, fundamentais num processo
de educação e de transmissão de conhecimentos.
Apostar no trabalho com escolas, através das Autarquias, como alvo prioritário, é importante quer pelo
facto das crianças e jovens mais facilmente adotarem novos comportamentos e boas práticas por serem
recetivos à mudança, quer pelo efeito multiplicador importante junto das famílias e da população em
geral. ( David Uzzel et. al 1998).
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO/ ATELIERS DE SONS /ATELIER DE PEGADAS/ ATELIER DE CAIXAS NINHO E ATELIER
DE CAIXAS -ABRIGO
Metodologia: Em contexto de sala de aula, são debatidos temas solicitados pelas escolas e
realizados ateliers.
Será contemplada formação acreditada para professores do 1º ciclo, ensino básico e secundário.
Parcerias/Apoios: Câmara Municipal de Castelo de Vide, ICNF, APA, DGEstE, Centro de Formação de
Portalegre
Metodologia: O evento constará de atividades lúdico pedagógicas. Todas as atividades realizadas serão
integradas no enredo de uma história que permitirá às crianças, a elaboração de um fio condutor entre
as diversas estações e a perceção da problemática dos morcegos num enquadramento lúdico e de
fantasia.
Participantes: 50 participantes
“Percursos interpretativos” |
“Ateliers”
“Palestras”
A realização deste programa visa a criação e implementação de um mecanismo que permita realizar
uma avaliação ao longo de todo o projecto, a articular entre a comunidade educativa envolvida,
possibilitando uma reformulação de actividades e/ou estratégias adequadas às necessidades e
expectativas do público-alvo.
Haverá uma avaliação inicial através do levantamento de instituições e respectivas acções que se
desenvolverão, uma outra intermédia e final com registo de situações ocorridas durante o percurso e
com os resultados das monitorizações.
Serão indicados indicadores de avaliação, tais como: atitudes e valores, participação, adesão, empenho,
trabalhos realizados, número de pés de estono sobrevivente, quantidade de chorão arrancado, número
de árvores plantadas, etc.
Outras imagens:
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
A coordenadora
Certificada como formadora, pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua na área das
Didáticas Específicas no domínio da Geografia. Coordena o Projecto Coastwatch desde o ano de 2010
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
O Coastwatch é um projecto de âmbito europeu que consiste num levantamento da situação ambiental,
da faixa costeira. Este projecto tem como objetivos melhorar o conhecimento da situação ambiental do
litoral português e, sobretudo, sensibilizar escolas, instituições e a população em geral para os impactos
negativos da atividade humana na orla costeira
O Projecto está organizado em quatro fases, que se complementam entre si. A primeira fase coincide com
a preparação e divulgação da campanha por parte da coordenação nacional e regional; a segunda com o
acompanhamento da monitorização, formação de professores, alunos e outros participantes; a terceira
inicia-se com a introdução dos dados numa base de dados, e com a elaboração dos relatórios regionais,
nacionais e respectiva análise estatística; a quarta fase com, apresentação do Seminário, divulgação dos
resultados da campanha anual e a elaboração do respectivo relatório.
É um projecto que apresenta diversas potencialidades a diferentes níveis. Ao nível dos dados, apesar de
alguma margem de erro, são fidedignos, objectivos, práticos, comparáveis, atualizáveis e aplicáveis.
Apesar de existirem troços cuja monitorização não é efetuada todos os anos, a informação disponível é
atualizada, o que lhe confere grande utilidade. A solicitação de utilização dos dados CW para trabalhos
específicos, sobretudo ao nível da erosão e poluição, é frequente. É de referir ainda que o projecto CW
permite desenvolver hábitos de voluntariado, de interligação e parceria com diferentes entidades.
Na 23ª Campanha o total de participantes foi de 4995 contra os 4764 registados na 22ª Campanha e os
3681 atingidos na 21ª. A média das 20 campanhas anteriores ronda os 2000 participantes/campanha. Este
aumento de participantes tem tido como consequência, um aumento da área monitorizada assim, e
relativamente à percentagem de costa monitorizada, os dados recolhidos abrangeram uma extensão (km)
de 798,5 (2013), registando-se um novo aumento em relação a anos anteriores - 742,5 (2012) e 549
(2011), o que se traduz por um aumento de 3% da extensão da NUT monitorizada (% da extensão da NUT
monitorizada 43,1% -2013; 40% -2012; 30% -2011).
Ao longo de 24 anos o Projecto Coastwatch tem-se reafirmado sucessivamente como foco difusor da
mensagem - O Litoral português poderá e deverá ser, sem dúvida alguma, uma vasta área saudável,
sustentável e segura.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
38 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
Como Projecto de instrução e informação pedagógicas que ambiciona, através de uma educação
ambiental para a sustentabilidade, promover padrões de comportamento responsáveis e satisfatórios,
valoriza a preservação de toda uma área extremamente frágil mas de importância fundamental para todos
nós.
Despertar para esta situação pressupõe uma mudança de comportamentos de todos nós, e uma melhoria
qualitativa do exercício da cidadania, formando “adultos” mais preocupados e conscientes.
Com vinte e quatro campanhas anuais realizadas, o Projecto Coastwatch é um Projecto com um histórico
invejável tendo-lhe sido reconhecido todo o seu mérito ao ser escolhido como exemplo de "Boas práticas"
no âmbito do projecto MARLISCO.
Em virtude de nos encontrarmos na 4ª Fase da 24ª Campanha serão referidos os resultados da 23ª
Campanha, assim sendo e no que concerne aos dados propriamente ditos da 23ª campanha Coastwatch,
o ano lectivo 2012/13, contou com um maior nº de alunos e professores (ver quadro), o que traduz a
relevância do projecto ao nível escolar.
Relativamente à
percentagem de costa
monitorizada os dados
recolhidos abrangeram
uma extensão (km) de
798,5 (2013),
registando-se um novo
aumento em relação a
anos anteriores - 742,5 (2012) e 549 (2011) o que se traduz por um aumento de 3% da extensão da NUT
monitorizada (% da extensão da NUT monitorizada 43,1% -2013; 40% -2012; 30% -2011).
A figura que se segue traduz a designação da área monitorizada e o nº de unidades (1 unidade = a 500m)
de cada uma delas.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
41 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
Nesta campanha e à semelhança de anos anteriores, muitos municípios não conseguiram assegurar o
respectivo transporte de alunos, por falta de verba.
Como já foi referido anteriormente, as parcerias efectivadas com a Faculdade de Ciências e Tecnologia,
Ordem dos Biólogos, Centros de Ciência Viva no Algarve, CNE, algumas Escolas/Agrupamentos, novas
Câmaras Municipais e com a Portuguese Surf Film Festival, revelaram-se uma mais-valia muito
significativa, principalmente na divulgação do Projecto.
“Embora os resultados das Campanhas fossem sempre analisados estatisticamente, fazia-se sentir uma
necessidade cada vez mais premente de obter uma perspectiva espacial dos indicadores recolhidos, bem
como cruzá-los com outros existentes”.
Poderão ser considerados pontos fortes ou mais-valias deste Projecto o facto de o mesmo “funcionar em
rede”; promover e desenvolver o trabalho de campo, o que poderá vir a funcionar como elemento
motivador na leccionação de conteúdos; a sua flexibilidade relativamente aos prazos em que decorre a
Campanha pode ser adaptada consoante cada escola, e ainda o facto de promover parcerias com diversas
instituições (GEOTA e escolas).
As reformas no sistema de ensino, a diminuição do tempo a dedicar aos projectos (Escolas) por parte dos
docentes, o aumento do número de alunos por turma, bem como as dificuldades financeiras sentidas no
seio da comunidade escolar, têm gerado alguns problemas logísticos que tentamos sempre resolver da
melhor forma possível, mas terão que continuar a ser encaradas como situações de que o projecto está
também dependente.
O Projecto Coastwatch tem vindo a integrar um maior número de escolas, professores, alunos e
Municípios, e tem vindo a difundir-se de forma mais concreta no ensino superior (o interesse em trabalhar
os dados das campanhas coastwatch é cada vez maior, nomeadamente na sua utilização em teses de
Mestrado, Doutoramento e Projectos Internacionais como o caso do Projecto POIZON E MARLISCO o que
tem funcionado com catalisador no desenvolvimento de parcerias com Universidades). A replicação das
metodologias e o alargamento a outras áreas de intervenção na sociedade Civil e o potenciar do trabalho
em rede com outras ONGA são também oportunidades que não se devem desperdiçar.
MAIS INFORMAÇÕES:
http://coastwatchnacional.wix.com/coastwatch-portugal
coastwatchnacional@gmail.com
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
43 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
O coordenador
E NQUADRAMENTO
Ao longo dos anos, a Quercus tem vindo a ocupar na sociedade portuguesa um lugar simultaneamente
irreverente e construtivo na defesa das múltiplas causas da Natureza e do Ambiente. O seu âmbito de
ação abrange hoje diversas áreas temáticas da atualidade ambiental, onde se incluem, além da
conservação da natureza e da biodiversidade, a educação ambiental, a energia, a água, os resíduos, as
alterações climáticas, as florestas, o consumo sustentável, a responsabilidade ambiental, entre outras.
Este acompanhamento especializado é, em grande parte, suportado pelo trabalho desenvolvido por
vários grupos de trabalho e projetos permanentes. O estatuto actual da Quercus foi progressivamente
conquistado através de uma conduta atenta ao real, sem perder o ponto de referência fundamental dos
princípios, nem se afastar das necessidades de complementar a denúncia crítica com o esforço para a
construção de consensos na sociedade portuguesa, sem os quais nenhum efetivo modelo de
desenvolvimento sustentável será possível no nosso país.
Uma das características da Quercus é a sua descentralização, através dos 18 Núcleos Regionais espalhados
um pouco por todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, que acompanham a
realidade ambiental e realizam atividades de sensibilização no seu raio geográfico. Esta importante
característica permite alargar de forma significativa o seu âmbito de acção, fazendo com que se consiga
chegar com uma relativa proximidade à população nacional, independentemente da sua distribuição
geográfica.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
46 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
O BJECTIVOS E M ETODOLOGIA
Como exemplo de algumas acções de Educação Ambiental para a Sustentabilidade que a Quercus
desenvolve actualmente, podemos destacar algumas realizadas em locais/espaços tão variados como
Estabelecimentos de ensino (Escolas Básicas, Secundárias, Profissionais, Universidades, etc.), Associações,
Clubes, Empresas, Feiras, Exposições, Órgãos de Comunicação Social, entre outros. Estas acções passam
por iniciativas tão diversas como acções práticas de sensibilização em meio natural, acções de libertação
de animais recuperados, sessões teóricas em escolas, sessões e workshops prácticos em Escolas, apoio na
realização de trabalhos escolares a alunos e professores de vários graus de ensino e rúbricas temáticas na
comunicação social. Ao nível dos projectos, podem ser referidos alguns como as rúbricas “Minuto Verde”
na RTP, “Um Minuto pela Terra” na Antena 1 (diárias) e a crónica semanal “Ecoradar” no Jornal Metro, o
projecto “Ecocasa”, as acções de voluntariado nos projectos “Criar Bosques” e “Floresta Comum”, os
Projectos e acções desenvolvidas na área da Conservação da Natureza e Biodiversidade, como por
exemplo os “Centros de Recuperação de Animais Silvestres” e as “Microreservas Biológicas” e diversas
outras acções descentralizadas através dos Núcleos Regionais ou dos Grupos de Trabalho. Igualmente são
de destacar iniciativas tão abrangentes como os “Green Project Awards”, o “Projeto 80”, o “Green Cork
Escolas” ou as “Jornadas de Ambiente da Quercus”, que anualmente contam com a participação de
milhares de participantes, na sua maioria crianças e jovens.
P ÚBLICO - ALVO
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
47 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
O “Green Project Awards”, uma iniciativa conjunta da Agência Portuguesa do Ambiente, da Quercus e da
GCI, e bastante abrangente ao nível da
Educação Ambiental para a Sustentabilidade, é
de destacar neste âmbito. O projecto teve em
2013 a sua sexta edição e mantém o seu
propósito inicial de reconhecer as boas práticas
em projetos que promovam o desenvolvimento
sustentável. Em 2012 surgiu reformulado com novas categorias, parcerias e destinatários, de modo a
conseguir criar um movimento para o desenvolvimento sustentável, mobilizando toda a sociedade
portuguesa em torno da agenda da sustentabilidade. O Green Project Awards tem como objetivos: 1)
premiar e reconhecer boas práticas em projetos, implementados em Portugal, que promovam o
desenvolvimento sustentável, como complemento ao movimento de sensibilização para as temáticas da
sustentabilidade, alertando e consciencializando a Sociedade Civil para a importância do equilíbrio
ambiental, económico e social; 2) dar visibilidade às entidades, empresas, pessoas e/ou instituições que
identificaram uma oportunidade no apoio e promoção da sustentabilidade e que atuaram positivamente
na construção do desenvolvimento sustentável; 3) envolver os jovens, tanto a nível individual como a
nível associativo, condicionando os seus comportamentos e atitudes, adotando e criando práticas
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
sustentáveis; 4) reforçar a sustentabilidade com vista a uma repercussão positiva no comportamento dos
cidadãos e decisores em geral, fazendo da inovação e eficácia um caminho para a sustentabilidade.
No ano de 2013, as mesmas três entidades organizadoras do Green Project Awards (Agência Portuguesa
do Ambiente, Quercus e GCI), em conjunto com o Instituto do Desporto e da Juventude, a Direção-Geral
da Educação e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares lançaram uma outra iniciativa na área da
Educação Ambiental para a
Sustentabilidade – o “Projecto 80”. O
Projecto 80 é um programa, de âmbito
nacional, de dinamização do
movimento associativo nas Escolas que
procura promover a educação para a
sustentabilidade, empreendedorismo
e cidadania democrática. Podem
candidatar-se ao Projeto 80 as
Associações de Estudantes do Ensino
Básico e do Ensino Secundário que desenvolvam um ou mais projetos de sustentabilidade ambiental,
nomeadamente, projetos que promovam a gestão eficiente de recursos, a diminuição da pegada
carbónica e hídrica, a biodiversidade, o empreendedorismo, a economia verde e a inovação social, bem
como o voluntariado ou outras formas de cidadania e participação pública.
Com o propósito de
sensibilizar a comunidade, e a
população escolar em
particular, para o risco de
extinção de inúmeras espécies
animais e vegetais a nível
mundial, a Quercus elaborou a
exposição “Natureza em
Risco”, uma mostra que alerta
sobretudo para a necessidade
do Homem alterar alguns
comportamentos que são
prejudiciais ao Ambiente, nomeadamente a destruição e fragmentação de habitats, a sobre exploração
de espécies e a comercialização ilegal de animais e materiais derivados da fauna e flora. A exposição
“Natureza em Risco” representa uma viagem iconográfica por este preocupante e cada vez mais urgente
tema das espécies ameaçadas, com particular destaque para aquelas que em Portugal, por causas
diversas, se encontram hoje em diferentes categorias de risco. Este percurso temático é feito através da
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
49 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
actividade de Ilustração Científica, sob a forma de desenhos realizados em diversas técnicas artísticas,
disponibilizados por Nuno Farinha, autor e coleccionador de inúmeras obras de ilustração científica.
A exposição é constituída por 25 cartazes A1, sobre os diferentes grupos taxonómicos e sobre a
importância da biodiversidade, os quais, para além de possibilitarem a exploração livre de alunos e
professores, podem ser o mote para a realização de algumas outras actividades relacionadas com a
conservação da Natureza e a biodiversidade. Muitas destas actividades passam pela realização de
apresentações ligadas aos vários sub-temas da área (classificação de espécies e grupos taxonómicos,
ameaças à biodiversidade, exemplos de projectos de conservação de espécies, espécies autóctones e
endémicas de Portugal, alterações climáticas e seus efeitos na biodiversidade, etc.), organização de
debates envolvendo a comunidade escolar, elaboração de trabalhos escritos e de pesquisa sobre o tema,
elaboração de ilustrações e desenhos de campo, organização de workshops e oficinas práticas,
representações teatrais, etc.
De igual forma, o Projecto Green Cork Escolas da Quercus - Projecto de Reciclagem de Rolhas de Cortiça
constitui-se como uma acção relevante para a difusão da Educação Ambiental para a Sustentabilidade
junto de diferentes públicos-alvo em meio escolar. Este projecto visa sensibilizar para o tema da
conservação da Floresta Autóctone, assim como para o programa de reciclagem de rolhas de cortiça
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
“Green Cork”, e tem envolvido a comunidade escolar na valorização de um recurso económico importante
e fundamental à conservação dos montados de sobro. O projecto objectiva-se na organização de um
programa de reciclagem de rolhas de cortiça “Green Cork”, com um concurso de recolha de rolhas nos
vários estabelecimentos escolares e a realização de diversos trabalhos alusivos ao tema, assim como de
várias sessões de sensibilização.
D ADOS ESTATÍSTICOS
PERSPECTIVAS FUTURAS
Na situação actual, é preciso não esquecer que a crise que atravessamos actualmente é não só económica,
mas também ambiental, isto apesar do enfoque dos últimos tempos, tanto ao nível da comunicação social
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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DOCENTES EM MOBILIDADE
como do discurso político, se centrar apenas na vertente económica. Continuamos a enfrentar problemas
mundiais tão graves como o aquecimento global e a perda de biodiversidade, que em conjunto com o
crescimento exponencial da população humana e a alteração dos seus padrões de consumo, podem vir a
ter a consequências catastróficas no futuro do nosso planeta. A espécie humana tem vindo a adoptar um
padrão de desenvolvimento completamente insustentável, assente na depleção crescente dos recursos
naturais e esperemos que a actual crise possa realmente funcionar como uma oportunidade para
evoluirmos para um outro paradigma, que garanta um futuro mais sustentável.
https://www.facebook.com/Quercus
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
52 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
O coordenador
Exerceu funções docentes no ensino básico e secundário, tendo dinamizado, entre outros projectos
Clubes de Ambiente/Natureza, em Mora, Torrão, Portel e Évora.
Actual director do Ciamb, Centro de Iniciação ao Ambiente/Espaço Ambiente, em Évora fundado em 1989.
Galardoado com: 2º Prémio no Concurso “Conhecer para melhor estimar”, com a monografia: -
Considerações Gerais sobre a Ocorrência e a problemática da Conservação dos Grous Grus grus L. em
Áreas de Invernia no
Projecto: “Prospecting the forests and wetlands of South Guinea-Bissau”. Pela BP Conservation
Expedition Award BirdLife International and Fauna and Flora Society
Associado da LPN desde1984, da Quercus desde 1985 e da SPEA desde 1993 tendo sido associado
fundador.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
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A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma associação científica sem fins lucrativos que
promove o estudo e a conservação das aves em Portugal. Foi fundada a 25 de novembro de 1993 e
correspondeu a um desejo manifestado por um grande número de profissionais e amadores que
desenvolviam atividade na área da Ornitologia e conservação da avifauna. Em julho de 2012, a SPEA foi
reconhecida como entidade de utilidade pública.
Atualmente com cerca de 3400 sócios, a SPEA desenvolve projetos de conservação da Natureza em
território Nacional e também em parceria no estrangeiro (Cabo Verde, São Tomé e Espanha).
A sensibilização ambiental e a promoção do Birdwatching são também duas das suas prioridades.
A SPEA tem como missão trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats,
promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das
gerações futuras.
Principais objetivos
Promover a conservação das populações de aves que vivem no estado selvagem e dos seus
habitats, em particular no território português;
Contribuir para a valorização e promoção da Ornitologia, nas suas diversas vertentes, através
da elaboração e divulgação de princípios orientadores desta disciplina;
ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
Objetivos
Conhecer as ZPE (Zona de Protecção Especial para as aves) com características estepárias.
Promover a divulgação das zonas classificadas no Alentejo que visam a conservação das espécies
de aves estepárias.
Sensibilizar para a necessidade de conservar o elenco das espécies destas ZPE muitas delas com
estatuto de ameaça.
Metodologia
Recorrer a modelos em pasta de papel representando cinco das espécies de aves emblemáticas
da região alentejana.
Através dos modelos são abordadas as questões que se prendem com a conservação de
populações destas espécies como abandono de práticas agrícolas tradicionais, caça, alterações
climáticas…
Publico alvo
Spring Alive
Objetivos
Metodologia
Sessões dirigidas a grupos-turma de vários níveis de ensino com apoio de uma apresentação sobre as cinco espécies
migradoras do projeto – Cegonha-branca; Andorinha-das-chaminés; Abelharuco; Andorinhão e Cuco-canoro.
A apresentação é acompanhada também com informação por nós fornecida sobre as espécies e suas migrações em
suporte de papel.
As sessões têm duração máxima de 45 minutos nas quais se sugere a docentes e alunos que disponibilizem as suas
observações no portal www.springalive.net à semelhança de milhares de participantes alunos de escolas na região
euroasiática e continente africano. Está em constante atualização durante o período aberto aos contributos dos
observadores.
Publico alvo
Procuramos dirigir-nos a turmas do 2º,3º Ciclo e Secundário no entanto qualquer tipo de publico pode participar.
Objetivos
Metodologia
Utilizar como principal recurso os dados recolhidos ao longo dos anos com especial destaque para o período 2003/08
sobre episódios detetados que envolveram utilização ilegal de venenos e consequências nefastas para a fauna de
necrófagos e animais domésticos.
Distribuir material informativo produzido pela plataforma de associações envolvidas no Programa Antídoto Portugal
junto das turmas do 8º ano, pois consideremos que são o público alvo com mais ligação a esta temática visto que
abordam as relações de predação e competição na disciplina de ciências naturais. Exploração de uma apresentação
digital fornecida pela Plataforma Antídoto Portugal, por nós adaptada para que possa ser utilizada por alunos e
docentes do 3º Ciclo.
Publico alvo
Objetivos
Metodologia
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
58 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
Realização de sessões de captura e anilhagem de aves Passeriformes a partir das quais se exemplifica o conjunto de
métodos que envolvem esta prática bem como aspetos relacionados com a identificação de espécies e outros
parâmetros que são recolhidos no âmbito desta atividade.
Outras actividades
No âmbito de pedidos solicitados por escolas e outras instituições, tentamos sempre corresponder aos mesmos desde
que se enquadrem nos temas e que visem os públicos-alvo considerados prioritários. Como principais exemplos, têm-
se realizado visitas de estudo, sessões de anilhagem, contagens e monitorizações de populações de espécies da nossa
avifauna.
https://www.facebook.com/spea.Birdlife?fref=ts
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FICHA TÉCNICA
Isaura Vieira
Sílvia Castro
António Proença
Paula Abreu
Guilhermina Galego
Lucília Guedes
Margarida Gomes
Nuno Sequeira
9 de maio de 2014