Você está na página 1de 60

PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE

REDE DE DOCENTES EM MOBILIDADE

2013-14
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
1 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Índice
1. ENQUADRAMENTO............................................................................................................... 2
2. ABAE | ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA ............................................................ 4
N OTAS BIOGRÁFICA : M ARGARIDA G OMES | ABAE .................................................................. 5
2.1. PROGRAMA ECO-ESCOLAS ........................................................................................... 6
2.2. JOVENS REPORTERES PARA O AMBIENTE ................................................................. 12
3. . ASPEA | ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................. 15
N OTAS BIOGRÁFICAS : J OAQUIM R AMOS P INTO | ASPEA ...................................................... 16
3.1. O PROJETO DE EAS NO ÂMBITO DA MOBILIDADE NO ANO LETIVO 2013-2014 .......................... 17
4. FAPAS - FUNDO PARA A PROTECÇÃO DOS ANIMAIS SELVAGENS .................................... 26
N OTAS BIOGRÁFICAS : L UCÍLIA G UEDES | FAPAS ...................................................................... 27
4.1. ACTIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................ 28
5. GEOTA | GRUPO DE ESTUDOS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE.......... 35
NOTAS BIOGRÁFICAS : G UILHERMINA GALEGO | GEOTA ........................................................... 36
5.1. PROJECTO COASTWATCH EUROPE............................................................................. 37
6. QUERCUS| ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ......................... 43
N OTAS BIOGRÁFICAS : NUNO SEQUEIRA | QUERCUS ................................................................. 44
6.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE DE ÂMBITO
NACIONAL ............................................................................................................................... 45
7. SPEA - SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES ......................................... 52
N OTAS BIOGRÁFICAS : C ARLOS CRUZ | SPEA ........................................................................... 53
7.1. P ROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 54
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
2 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

1. ENQUADRAMENTO
Portugal é um dos países signatários da Estratégia da CEE/ONU da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável (EEDS) assinada pelos Ministros do Ambiente e da Educação da UNECE, em Vilnius, (18 de
março de 2005) e da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-
2014).

Na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, adoptada através da Resolução


do Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de outubro (bem como nas recomendações apresentadas
no Relatório Nacional de Avaliação Intercalar da Execução da ENCNB), entre as suas 10 opções
estratégicas figuravam já duas que pretendem estreitar a articulação entre o MAMAOT e o MEC, e com
ONG, nomeadamente:

“Opção 8 – Promover a educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da


biodiversidade:

a. Promover e apoiar projectos de educação ambiental em matéria de conservação da natureza e


da biodiversidade, ao nível formal e não formal;

b. Aprofundar a articulação entre o organismo do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do


Território responsável pela educação ambiental e os serviços competentes do Ministério da Educação;

c. Consolidar […] nas actividades pedagógicas das escolas a valorização dos temas da conservação
da natureza e da biodiversidade”;

[…]

“Opção 9 – Assegurar a informação, sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e


incentivar a sociedade civil”

[…]

c. “Apoiar iniciativas das organizações não-governamentais e da sociedade civil destinadas a


promover a informação e a sensibilização do público na área da conservação da natureza e da
biodiversidade”.

Em 2006, o grupo de trabalho para a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS),
em Portugal coordenado pela Comissão Nacional da UNESCO (em que participavam especialistas da
sociedade civil e das diferentes tutelas, entre as quais representantes da Educação e do Ambiente),
elaborou um documento intitulado Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável (2005-2014): contributos para a sua dinamização em Portugal, onde se assume: “A DEDS é
uma iniciativa ambiciosa e complexa e o seu objectivo global consiste em integrar os valores inerentes ao
Desenvolvimento Sustentável nas diferentes formas de aprendizagem com vista a fomentar as
transformações necessárias para atingir uma sociedade mais sustentável e justa para todos”.

A educação e a cidadania ambiental visam promover o exercício de boas práticas ambientais e a


participação pública proporcionando à população a aquisição de conhecimentos e capacidades que lhe
permitam intervir, individual e colectivamente, na prevenção e resolução dos problemas ambientais.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
3 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

A promoção da educação ambiental para a sustentabilidade nos sistemas da educação pré-escolar e do


ensino básico e secundário vai ao encontro das linhas orientadoras da declaração da Década das Nações
Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) e da adoção da Estratégia da
CEE/ONU para a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EEDS).

Os Ministérios que tutelam a Educação e o Ambiente celebraram, em 1996, um protocolo de cooperação


que se constituiu como um importante instrumento de promoção da educação ambiental em Portugal e
se concretizou, através de diversas parcerias, em múltiplos Programas e Projetos, de que são exemplo o
Plano Nacional para as Alterações Climáticas, o Plano Nacional Ambiente e Saúde e a Participação de
Portugal na Conferência Infanto-juvenil “Vamos Cuidar do Planeta”, Brasília, 2010, bem como na criação
de uma rede de professores com competências técnico-pedagógicas para a coordenação e dinamização
de projetos desenvolvidos em articulação com Organizações Não Governamentais ou ancorados em
equipamentos de apoio à educação ambiental.

Em dezembro de 2005, foi celebrado novo Protocolo de Cooperação entre os Ministérios que tutelam a
educação e o ambiente, reforçando o trabalho articulado entre ambos.

Este instrumento permitiu, ao longo dos últimos anos, a difusão de práticas inovadoras na realização de
projectos de educação ambiental, consubstanciados em parcerias entre as escolas, o poder local, as
organizações não-governamentais e outras entidades de âmbito local e regional e nacional, sob a
coordenação e/ou acompanhamento dos profissionais da educação e de especialistas na área do
ambiente. É de salientar ainda o contributo desta iniciativa para a formação de professores de diversos
níveis de educação e de ensino em temáticas ligadas à Educação para a Sustentabilidade, bem como, para
o alargamento da educação ambiental aos cidadãos em geral, através de um trabalho de intervenção e
dinamização local, regional e nacional.

As tutelas dos Ministérios da Educação e do Ambiente convergem, assim, os seus esforços para o
desenvolvimento de Projetos de Educação Ambiental.

Estes Protocolos deram origem a uma Rede de Professores Coordenadores de Projetos de Educação
Ambiental, atualmente constituída por um grupo de seis professores.

Esta bolsa de docentes, com competências e práticas reconhecidas, desenvolve trabalho de âmbito
nacional e tem garantido a inovação e a difusão de boas práticas junto das escolas dos diferentes níveis
de ensino.

Os docentes requisitados são interlocutores privilegiados das estratégias nacionais e internacionais, neste
domínio, afirmando-se como promotores decisivos de uma cidadania ativa no contexto das comunidades
escolares.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
4 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

2. ABAE | ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA

Docente: Margarida Gomes


margaridagomes@abae.pt
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
5 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

N OTAS BIOGRÁFICA : M ARGARIDA G OMES | ABAE

A coordenadora

Maria Margarida de Carvalho Gomes. Residente em


Sintra.

Desde 2000 até hoje coordena programas de Educação


Ambiental/EDS na Associação Bandeira Azul da Europa,
dirigidos a diversos públicos alvo: Eco-Escolas; Jovens
Repórteres para o Ambiente; ECOXXI (projecto de que é
autora).

Licenciatura em Geografia, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. 1983.

Diploma de Estudos Avançados em Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Faculdade de


Ciência e Tecnologia. Universidade Nova de Lisboa. 2008.

Certificada como formadora, pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua e pelo Instituto
de Emprego e Formação Profissional.

Exerceu funções docentes no ensino secundário até 2000, tendo dinamizado na escola diversos projetos
e núcleos de ambiente. Durante esse período foi também autora de Programas e de Livros Didáticos para
o ensino secundário.

Retomou o exercício de funções docentes em parte de horário em Setembro de 2010.

Exerceu funções na Agência Portuguesa de Ambiente- Departamento de Promoção e Cidadania Ambiental


em 2009/2010.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
6 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

2.1. PROGRAMA ECO-ESCOLAS


 Q UANDO E PORQUÊ NASCE O ECO - ESCOLAS ?

Enquadramento

O Programa Eco-Escolas é uma iniciativa de âmbito internacional da Foundation for Environmental


Education (FEE), atualmente presente em 59 países, que tem como principal objetivo promover uma
cidadania ativa e participativa encorajando ações e premiando o trabalho desenvolvido por cada escola
em benefício do ambiente/sustentabilidade.

Inspirado pela Cimeira do Rio (1992) e reconhecido pela UNEP (2003) como uma metodologia adequada
para a EDS, este Programa constitui um contributo para a implementação da Agenda 21 ao nível local,
através de ações concretas desenvolvidas pelos alunos e por toda a comunidade educativa,
proporcionando-lhes a tomada de consciência de que simples atitudes individuais podem, no seu
conjunto, melhorar o ambiente global. O seu desenvolvimento visa estimular a criação de parcerias locais
entre a escola e as autarquias, empresas, órgãos de comunicação social, ONGAS e outros agentes
interessados em contribuir para a melhoria do Ambiente.

O Programa Eco-Escolas nasceu em 1994 no Reino Unido, Alemanha, Grécia e Dinamarca e é


implementado em Portugal desde o ano letivo 1996/97 pela Associação Bandeira Azul da Europa.

Conta em Portugal com o apoio e colaboração ativa de uma Comissão Nacional onde estão representadas
várias entidades: Agência Portuguesa do Ambiente; Direção-Geral da Educação; DGEstE - Direção-Geral
dos Estabelecimentos Escolares - Direções dos Serviços das Regiões do Norte, Centro, Lisboa e Vale do
Tejo, Alentejo e Algarve; Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; DROTA - Direção Regional
do Ordenamento do Território e Ambiente; Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (Açores); Estrutura
de Missão para a Extensão da Plataforma Continental; Agência para a Energia. Fornece
fundamentalmente uma metodologia, formação, enquadramento e apoio a muitas das atividades que as
escolas pretendem desenvolver no âmbito da educação ambiental para a sustentabilidade e educação
para a cidadania.

 O QUE É O PROGRAMA ECO - ESCOLAS

Objetivos

Pretende-se estimular nas crianças e jovens o hábito de participação


nos processos de decisão e a adoção de comportamentos adequados, no
seu quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário.

Seguindo a metodologia da Agenda 21 e evidenciando-se como uma prática


consequente de Educação para a Sustentabilidade, o Programa Eco-Escolas visa como principais objetivos:
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
7 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 Aumentar o conhecimento (divulgação, sensibilização e (in)formação em Educação Ambiental


para a sustentabilidade
 Integrar a Educação Ambiental / EDS na educação formal, não formal e informal.
 Trabalhar a gestão ambiental do espaço escola, através da implementação de ações de efetiva
melhoria na gestão de recursos.
 Informar e envolver os participantes e toda a comunidade escolar, com ênfase nos alunos
através da aplicação da metodologia inerente à Agenda 21.
 Orientar para a Ação (mudança de atitude e comportamento, compromisso, participação e
envolvimento, cidadania e governança).
 Abordar “pela positiva” as boas práticas de sustentabilidade (pedagogia de exemplo,
construtiva), reconhecendo e premiando os progressos obtidos.
 Contribuir para o progresso na escala da literacia ambiental através do recurso a metodologias
participativas de exercício da cidadania

 C OMO SE TRABALHA NUMA ECO - ESCOLA

A escola interessada em participar, inscreve-se anualmente no Programa e faz acompanhar o registo de


uma Declaração do Município em que este se propõe colaborar nesta iniciativa. O ponto focal em cada
escola é o(a) professor(a) coordenador(a) que deve ter o apoio da direção da escola que assume
igualmente o compromisso de apoiar o adequado desenvolvimento do Programa. Aconselha-se uma
coordenação partilhada tendo ultimamente várias as Eco-Escolas adotado dois coordenadores.

Metodologia

Cada escola segue uma metodologia inspirada na agenda 21 que, de forma simplificada é constituída
por sete passos:

1.Conselho Eco-Escola, constituído por elementos de toda a comunidade educativa - incluindo


os estudantes- , o qual assegura a execução da metodologia, monitoriza e avalia as ações e decide
sobre a candidatura ao galardão.

2.Auditoria ambiental que visa identificar os problemas através de um conjunto de indicadores


observáveis e de inquéritos na escola.

3.Plano de ação, no qual as atividades planificadas devem dar resposta às principais lacunas
detetadas na auditoria. Este plano deve incluir ações relacionadas com os temas base água,
resíduos, energia e pelo menos um tema dos ano (em 2014: agricultura biológica, mobilidade
sustentável e mar), podendo ainda incluir outras temáticas como espaços exteriores, ruído,
alterações climáticas, biodiversidade, floresta, ou outros.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
8 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

4.Monitorização e avaliação das ações e atividades desenvolvidas face às metas estabelecidas


para cada ano, em muitos casos realizados por brigadas que se tem constituído nas escolas.

5.Trabalho curricular que integra a capacitação dos alunos para as temáticas desenvolvidas

6. Envolvimento da comunidade e divulgação das ações realizadas que deverão tanto quanto
possível extravasar as paredes da escola com efeitos multiplicativos.

7.Eco-código ou código de conduta que visa expressar os compromissos assumidos pela


comunidade educativa para a construção da sustentabilidade.

Quando a escola considera cumpridos os objetivos essenciais do Programa apresenta a candidatura ao


galardão, a qual é analisada pela coordenação do Programa e validada pela Comissão Nacional do Eco-
Escolas. As escolas galardoadas recebem uma bandeira, um certificado e o direito de utilização do título
de Eco-Escola. Estes símbolos significam que a escola cumpriu a metodologia do Programa e,
consequentemente, que tem um bom desempenho ambiental. Simultaneamente, o título de Eco-Escola,
pressupõe que os seus alunos assumem comportamentos ambientais adequados, os quais, vão sendo
transmitidos aos familiares e à comunidade local.

 Q UANTAS DE QUE TIPO S ÃO AS ECO - ESCOLAS ?

Existem Eco-Escolas em todos os graus de ensino: do infantil ao superior, incluindo ainda outros
estabelecimentos de ensino com características especiais. Geograficamente estão dispersas por todo o
território nacional. Internacionalmente a rede Eco-Escolas abrange já os 5 continentes.

Rede nacional

 Em 2013-2014 existem 1233 escolas inscritas contemplando todos os graus de ensino (do pré-
escolar ao ensino superior) e 215 municípios envolvidos no Programa.

 91% de escolas renovaram a inscrição

 45% das escolas são do ensino básico (JI + EB1 + EB1/JI), seguido de 32% de escolas do 2º e 3º
ciclo

 Nº de municípios c/ escolas inscritas 215 (70% do país);

 Nº de alunos nas escolas inscritas: 533.000

 Nº de alunos diretamente envolvidos 306.00

 3 escolas do ensino superior foram galardoadas com a bandeira verde em 2013


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
9 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Rede internacional

 Nº países envolvidos – 59

 Nº de Escolas participantes- 44.547

 Nº de escolas Galardoadas- 15.747

 Nº Alunos- 13.762.202 mais de 13 milhões

 Nº Professores- 1.241.567 (mais de 1milhão)

 Q UE ATIVIDADES E DESAFIOS SÃO LANÇADOS AN UALMENTE ?

As atividades de formação de iniciativa da coordenação do


Programa Eco-Escolas são uma das principais ofertas à rede
disponibilizadas sob diversas formas:

 Seminário Nacional de formação de professores e


técnicos de municípios;

 Formação creditada para professores;

 Encontros regionais em diversos pontos do país com


professores e/ou alunos;

 Ações de (in)formação para diversos públicos -alvo


(pais, professores, alunos, auxiliares de ação educativa;

 Dinamização de atividades
para crianças e jovens (ateliers,
jogos, etc);

 Participação/comunicação em eventos de diversos parceiros .

Anualmente é ainda organizado o Dia das Bandeiras Verdes no qual


participam cerca de 4 milhares de pessoas entre crianças, jovens
professores, municípios e parceiros diversificados, e que constitui a
grande festa de reconhecimento das escolas que evidenciaram um
trabalho de qualidade, cumprindo a metodologia Eco-Escolas.

O Programa desenvolve ainda um diversificado conjunto de iniciativas


para a rede sob a forma de projetos, desafios e concursos às quais as
escolas inscritas poderão aderir. Estes projetos visam capacitar e equipar
as escolas, motivando para a abordagem de diversas temáticas
relacionadas com os seus planos de ação. Reconhecem e divulgam ainda
e, nalguns casos, premeiam, as escolas mais empenhadas.

Em 2013/14 estavam disponíveis para a rede Eco-Escolas os seguintes projetos e desafios:


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
10 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 Geração Depositrão (recolha de REEE).

 Eco-Repórter da Energia (foto e video reportagens sobre energia).

 Hortas Bio nas Eco-Escolas (agricultura biológica em vários tipos de hortas escolares).

 Rota das Eco-Escolas (desafio aos municípios com Eco-Escolas para incrementar a mobilidade
sustentável).

 WDA (World Days of Action- dias de mobilização Internacional das Eco-Escolas; 7 de Novembro
e 22 de Abril).

 Roupas Usadas, não estão acabadas (Recolha de roupas, calçado, brinquedos e material
escolar).

 Sim, criar uma árvore dá frutos (criar uma árvore e frutos com embalagens certificadas com o
símbolo FSC).

 Desafio Valorfito (investigação de práticas agrícolas e sensibilização para o correto


encaminhamento das embalagens dos fitofármacos).

 -Campanha Litter Less (campanha internacional de sensibilização sobre resíduos em formato de


reportagem).

 Prémio Interfileiras (prémio especial nacional para os melhores trabalhos Liter Less
relacionados com a reutilização de materiais).

 Árvores de Portugal (Fichas científicas de espécies arbóreas portuguesas).

 Desliga a ficha (vídeos sobre energia)

 Passatempo Carro de Sonho (criação do carro sustentável do futuro- desenho

 Dark Skies Rangers (projetos sobre poluição luminosa).

 Concurso Nacional Póster Eco-Código (Concurso de pósteres sobre os temas Eco-Escolas).

 Vela por Óleo (Recolha de óleo alimentar usado e transformação em velas).

 Recolha de tinteiros e tonners (recolha destes resíduos).

 COMO É FEITA A AVALIAÇÃO DAS ECO-ESCOLAS?

Avaliação anual

É realizada uma avaliação intermédia em Fevereiro onde é validado o conselho Eco-Escolas, os resultados
da auditoria ambiental e o plano de ação.

No final do ano é realizada uma validação da metodologia aplicada, através da análise de um relatório e
respetivas evidências do desenvolvimento da mesma. O trabalho da escola é reconhecido através da
atribuição de uma bandeira verde e certificado Eco-Escolas, com o apoio da Comissão Nacional do
Programa Eco-Escolas.

Avaliação presencial
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
11 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

É realizada uma auditoria de qualidade das Eco-Escolas, de 3 em 3 anos, pelas DGESTE no território do
continente e serviços regionais de ambiente na Madeira e Açores através das visitas às escolas, para aferir
a qualidade do trabalho desenvolvido. Os indicadores de avaliação são definidos pela Comissão Nacional
e visam aferir a qualidade da aplicação da metodologia proposta bem como as evidencias e efeitos do
desenvolvimento continuado do Programa.

Em 2013 foram visitadas 169 escolas.

ELEVADA QUALIDADE (+ de 80% do índice de qualidade)-52% das Eco-Escolas

EXCELÊNCIA (+ de 90% do índice de qualidade)-10% das Eco-Escolas.

Parceiros Eco-Escolas

Um conjunto de entidades colabora ativamente em todo o Programa como facilitadores de


desenvolvimento de atividades específicas disponíveis para as Eco-Escolas:

ERP Portugal, Fundação EDP, Valorfito, Tetrapack, Agrobio, Sarah Trading, entre outras.

Mais informação em: www.ecoescolas.abae.pt

Facebook: www.facebook.com/ecoescolas
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
12 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

2.2. JOVENS REPORTERES PARA O AMBIENTE


 ENQUADRAMENTO

O Programa Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) decorre em Portugal desde 1996
e destina-se fundamentalmente aos estudantes do Ensino Secundário e Profissional
(embora possa ser iniciado no 3º ciclo), pretendendo contribuir para uma preparação
dos jovens para o exercício de uma cidadania ativa ao incutir o espirito de observação,
análise e reflexão sobre a realidade envolvente.

Tem como principal objetivo contribuir para o treino do exercício de uma cidadania ativa e participativa
enfatizando a vertente do jornalismo ambiental por forma a desenvolver o espirito de observação, sentido
crítico, análise sistémica e a procura de soluções

 R EDE NACIONAL E INTERNACIONAL

A nível nacional existem cerca de 70 escolas, sendo 30% do 3º ciclo e as


restantes do ensino secundário, profissional e até mesmo do ensino
superior. Algumas Eco-Escolas possuem também núcleos de Jovens
Repórteres para o Ambiente que abrange idades dos 13 aos 21 anos.

A nível internacional encontram-se envolvidos neste projeto alunos e


professores de 27 países que constituem a atual rede Young Reporters for
the Environment (YRE) coordenada internacionalmente pela FEE

 O QUE FAZ UM JOVEM REPORTER ?

 Compreende as questões locais

 Recolhe informação no terreno

 Equaciona os diferentes pontos de vista

 Procura soluções: age

 Enfatiza as boas práticas

 Denuncia insustentabilidades

 Comunica por diversos meios

Os Jovens Repórteres para o Ambiente investigam (através de entrevistas, inquéritos, etc…) e interpretam
questões ambientais/ de sustentabilidade relevantes a nível local como se fossem jornalistas, reforçando
os seus conhecimentos no domínio do ambiente, das línguas estrangeiras e das novas tecnologias e
técnicas de comunicação. Inicia-se com um projeto local, que os jovens investigam, reportam e
comunicam recorrendo aos jornais, internet e outros meios de comunicação. Potencializa ainda
possibilidades de intercâmbio em especial durante as Missões. O projeto de investigação ambiental
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
13 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

deverá incidir sobre as problemáticas de desenvolvimento sustentável a nível local podendo abordar
qualquer temática desde que o enfoque seja a sustentabilidade. As mais investigadas pelo JRA são:
agricultura; cidades; água; energia; resíduos; litoral; biodiversidade; floresta; alterações .

Para aderir ao JRA a escola deverá ter acesso fácil à Internet e estabelecer uma parceria com um órgão
de comunicação social (local, regional ou nacional). O(a) professor(a) coordenador(a) do projeto deverá
guiar a investigação no terreno, e a apresentação e divulgação dos trabalhos de jornalismo ambiental.
Desde 2013 o JRA pode também ser freelancer desenvolvendo autonomamente o projeto.

 QUE DESAFIOS E ATIVIDADES SÃO LANÇADOS ANUALMENTE?

Anualmente são organizados:

 Um Seminário Nacional com o objetivo


reunir os professores coordenadores do
Projeto e os alunos mais envolvidos em cada
escola, debater as estratégias e metodologias
do Programa por forma incentivar a
comunicação, possibilitar uma partilha de
objetivos comuns e a troca de experiências;

 “Missões” com a duração de 4 a 6 dias,


durante os quais, os estudantes selecionados
de entre as escolas envolvidas participam
como “enviados especiais” numa pesquisa
jornalística, produzindo diariamente
despachos noticiosos sobre o local de exemplo
ambiental que visitam. Os despachos são
difundidos via Internet, permitindo às escolas da rede participar de forma virtual na Missão,
acompanhando e questionando os enviados especiais. As Missões proporcionam aos estudantes
a perceção da dimensão global dos problemas ambientais investigados ao nível local.

 Concursos que pretendem premiar os melhores trabalhos realizados no âmbito do projeto:


Concurso Internacional de Artigo; Concurso Internacional de Fotografia. Concurso Nacional
Melhor Artigo, Concurso Nacional Melhor Fotografia; Concurso Nacional Melhor Vídeo; Concurso
Nacional Melhor Apresentação.

 COMO É FEITA A AVALIAÇÃO DAS ECO-ESCOLAS?


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
14 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

A Comissão Nacional de acompanhamento do Projeto é responsável pela avaliação e seleção dos


trabalhos premiados em concursos organizados para estimular o aparecimento de trabalhos de qualidade
quer a nível nacional quer internacional.

Fazem parte dessa Comissão Nacional: o Ministério da Educação (ME); Agência Portuguesa de Ambiente
(APA); Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNF);); Agência para a Energia (ADENE),
Secretaria Regional do Ambiente e do Mar; Direção Regional de Ambiente da Madeira (DROTAMadeira);
Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR), revista Visão, jornal Público.

Mais informação em: www.jra.abae.pt

Facebook: www.facebook.com/jraportugal
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
15 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

3. . ASPEA | ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Docente: Joaquim Ramos Pinto


joaquim.pinto@aspea.org
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
16 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

N OTAS BIOGRÁFICAS : J OAQUIM R AMOS P INTO | ASPEA

O C OORDENADOR :

Licenciado em Educação do Ensino Básico pela Universidade de


Aveiro, equiparação a Licenciado em Pedagogia pela Universidade de
Santiago de Compostela (USC), onde obtém o Diploma de Estudos
Avançados (equivalência mestrado) no âmbito do Programa
Interuniversitário de Doutoramento em Educação Ambiental, com
frequência na etapa final da tese de doutoramento sobre o tema
“Educação Ambiental e Participação Social”.

Professor em mobilidade na ASPEA ao abrigo do protocolo entre o


Ministério da Educação e Ministério do Ambiente entre 1996 e 2003, e 2011 e 2013 na coordenação de
projetos de Educação Ambiental.

Coordenou várias jornadas e conferências de E.A. de âmbito nacional e regional, tendo apresentado várias
comunicações em congressos e seminários e publicados vários capítulos em livros e artigos em revistas e
jornais no âmbito de projetos e investigações que desenvolveu.

Presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental desde maio de 2013.


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
17 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

3.1. O PROJETO DE EAS NO ÂMBITO DA MOBILID ADE NO ANO LETIVO

2013-2014

 B REVE CARACTERIZAÇÃO DA ASPEA – ASSOCIAÇÃO PORTUGUES A DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

A ASPEA é uma organização não-governamental de ambiente, ONGA, sem fins lucrativos, fundada em
Junho de 1990, que procura fomentar a Educação Ambiental, quer a nível formal, quer a nível não formal.
Está a completar 24 anos de experiência na formação de adultos, professores e jovens em educação
ambiental, sustentabilidade, arte e ambiente, Agenda escolar 21 e princípios da Carta da Terra. Tem
participado em vários projetos nacionais, projetos europeus e projetos de cooperação para o
desenvolvimento, em parceria com organizações que atuam no campo da educação, ambiente e
desenvolvimento local.

Tem como principais objetivos a contribuição para a generalização da Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis a participação na produção de conhecimentos; a colaboração na formação de
docentes e de monitores e a promoção da cooperação nacional e internacional neste domínio.

A ASPEA também é uma instituição afiliada da Carta da Terra, desde 2005, funcionando como Ponto Focal
em Portugal.

Organizou 21 conferências nacionais de EA, em diferentes cidades de Portugal continental, Madeira e


Açores; 1 Congresso Ibérico e 1 Conferência Internacional para professores e outros especialistas em
Educação Ambiental; 3 conferências nacionais de Art’Ambiente e coorganizou 1 Conferência Internacional
da CEI - Caretakers of the Environment International para alunos e professores do ensino secundário, em
1992.

Tem promovido a realização de Fóruns Infantojuvenis em parceria com autarquias e instituições locais
tendo envolvido nestes eventos mais de 14.000 alunos do ensino básico, secundário e profissional e
professores e outros agentes da comunidade educativa.

A ASPEA é a coordenadora nacional do projeto ibérico “Projeto Rios” e, no âmbito deste projeto,
desenvolveu mais de 50 oficinas de formação e palestras, 3 conferências nacionais e 3 seminários.

A ASPEA é cofundadora da Rede Lusófona de Educação Ambiental e tem conexões privilegiadas com
professores do Brasil, Angola, S. Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Neste contexto propôs-se realizar, em
julho de 2015, o III Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua
Portuguesa, na Torreira, Murtosa.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
18 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 O PROJETO NO ÂMBITO DA MOBILIDADE NO ANO LE TIVO 2013-2014

Educação Ambiental para a Sustentabilidade: … na promoção da cidadania ambiental

As parcerias como factor de sucesso

Para a execução do plano de atividades têm sido estabelecidas várias parcerias indispensáveis à sua
execução, destacando-se as seguintes entidades: Agência Portuguesa do Ambiente; DGE Ministério da
Educação; Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares; Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas; Santa Casa da Misericórdia de Aveiro; Parque Biológico de Gaia; Observatório do Mar dos
Açores; Governos Regionais da Madeira e dos Açores; Autarquias; Universidades e Escolas Superiores
de Educação; Escolas Profissionais; Centros Ciência Viva; Instituto Camões; CPLP; Fundações; Centros
de Informação Europe Direct; Centros de Formação de Professores; Academias e Universidades
Seniores; Escolas (direção e professores); Associações de Pais; Empresas Privadas; Empresas Públicas;
ONGs; Plataforma ONGD; Movimentos em Transição; Escuteiros; Voluntários.

Objetivos pedagógicos e ambientais

 Promover espaços de discussão e de aprendizagem relativamente a temas de Educação


Ambiental para a sustentabilidade;

 Participar ativamente na política educativa relativamente à educação ambiental e à educação


para a cidadania;

 Ampliar redes de reflexão e de ação na área da educação ambiental;

 Cooperar ativamente com as entidades públicas e privadas, as autarquias, as ONGA’s e as escolas


dos vários graus de educação e de ensino, na implementação de projetos de Educação Ambiental;

 Organizar iniciativas de âmbito nacional, regional e local para a promoção de projetos de


inovação, investigação e educação ambiental;

 Apoiar ações e projetos de Educação Ambiental em desenvolvimento por parte de escolas,


associações, autarquias, grupos de voluntários;

 Assegurar um programa de formação de monitores, de professores e de técnicos, na área da


educação ambiental para a sustentabilidade;

 Participar em eventos e projetos nacionais e internacionais, de forma a partilhar e a ampliar os


conhecimentos e fortalecer o papel da Educação Ambiental.

Estratégias e Áreas de Intervenção


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
19 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

O trabalho técnico-pedagógico de intervenção educativa e de coordenação de projetos nacionais de


Educação Ambiental, levados a cabo no ano letivo 2013/2014, tem em conta o Plano Anual de Atividades
da ASPEA, contemplando as seguintes estratégias e áreas de intervenção:

 Formação (formação contínua de professores, monitores e técnicos de ambiente);

 Formação e sensibilização de jovens (ações nas escolas, palestras e oficinas);

 Eventos nacionais e internacionais (participação, dinamização de atividades e comunicações em


conferências, seminários, congressos)

 Campanhas, Mostras e Concursos (participação e dinamização de campanhas, mostras e


concursos);

 Cooperação com outras entidades (autarquias, associações de pais, ONG; etc.);

 Cooperação com países de língua portuguesa através de parcerias com associações congéneres
de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau apoiando e colaborando na assessoria e
implementação de projetos de Educação Ambiental no âmbito da Cooperação e
Desenvolvimento;

 Organização e participação em eventos comemorativos de efemérides;

 Coordenação e participação em projetos europeus no âmbito do programa PROALV e ERASMUS+


;

 Cidadania ambiental através da informação e participação da população em geral;

 Produção de material didático de suporte à promoção de EA (elaboração de materiais


informativos tais como folhetos; jogos didáticos que contribuam para um melhor esclarecimento
do público-alvo e que sejam relevantes para a Educação Ambiental);

 Comunicação (manter informação atualizada nos meios de comunicação da ASPEA e APA);

 Exposições temáticas, atividades de voluntariado ambiental;

 Participação em Conselho Eco escolas;

 Participação no Grupo «Cidade Amiga das Crianças» em Aveiro;

 Participação no projeto «Mil Escolas» das Águas do Douro e Paiva.

 P RINCIPAIS P ROJETOS | P ROGRAMAS | A TIVIDADES

No âmbito da mobilidade de um professor na ASPEA tem sido possível desenvolver e levar a cabo vários
projetos que reforçam o papel da Educação Ambiental no contexto formal e não formal. Para além do
desenvolvimento desses projeto tem sido possível responder a várias candidaturas que ajudam no bom
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
20 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

desenvolvimento das atividades de EAS de acordo com os objetivos e prioridades estabelecidas pelo
Grupo de Trabalho de Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

Breve apresentação dos principais projetos e atividades levadas a efeito pela ASPEA com envolvimento
direto do professor em mobilidade.

Q UINTA E COLÓGICA DA M OITA E C ENTRO DE E DUCAÇÃO A MBIENTAL

A Quinta Ecológica da Moita, com uma área de 17ha é um excelente exemplo de uma área florestal
inserida em ambiente próximo de uma área urbana desempenhando, do ponto de vista ecológico, um
importante papel de manutenção e refúgio de uma biodiversidade que interessa a todos preservar sendo
constituída por zonas de lazer, terrenos agrícolas e mata rica em biodiversidade com grande potencial
para o desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental. No ano letivo 2013/2014 este projeto inicia
a sua atividade, em resultado de uma parceria entre a ASPEA e a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. As
atividades podem ser
acompanhas pelo facebook

https://www.facebook.com/QuintaEcologicadaMoita e passam por:

 Voluntariado ambiental para recuperação e manutenção de trilhos e de linhas de água e


construção de equipamentos, WC Secos, salas polivalentes, etc.;

 Aulas na Natureza onde, a partir de um percurso pela Quinta Ecológica da Moita (Aveiro), estão
previstas atividades como identificação de espécies, limpeza de trilhos no interior da Mata,
manutenção da horta pedagógica com vista a apoiar atividades curriculares em contexto fora de
portas; promover o gosto pela natureza; dinamizar atividades de agricultura biológica e de
permacultura; observar espécies autóctones e outras de interesse ecológico; facilitar projetos de
investigação; realizar oficinas no âmbito das temáticas apresentadas; reabilitar espaços naturais;

 Cursos de formação diversos e Oficinas para o público em geral, no âmbito de temáticas


relacionadas com a biodiversidade da quinta e da mata;

 Exposições e palestas sobre diferentes temáticas sócio ambientais e que possam estar
relacionadas com efemérides e / ou com as épocas do ano;

 Programas de famílias nas vertentes lazer e ambiente, onde se pretende reforçar a valorização
do património ambiental em áreas urbanas ou periferias urbanas;
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
21 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 Horta Pedagógica, Horta Comunitária e Hortas Familiares onde se proporcionarão espaços de


agricultura destinados à comunidade em geral e escolar em particular.

Apesar de ser um projeto no seu início já de realizaram mais de 20 eventos desde cursos de formação,
oficinas, visitas e percursos na mata, atividades de animação social e ambiental, apresentação de filmes
com debate, programas de estágios e programas de voluntariado. Já estão inscritos numa bolsa de
voluntariado 74 pessoas passaram pelas diferentes iniciativas mais de 1.200 crianças, famílias e população
em geral.

F ORMAÇÃO DE P ROFESSORES

Promovemos cursos de
formação de professores,
coerentes com os
princípios e objetivos da
Educação Ambiental, ao
mesmo tempo que se
fomentam atitudes
ambientalmente
responsáveis e socialmente
mais justas, respondendo às necessidades de formação docente. As ações de formação que promovemos
integram atividades práticas de forma a poderem ser implementadas em contexto educativo e
incentivando à implementação de projetos de EA nas escolas. No ano letivo 2013/2014 realizámos 4 ações
de formação envolvendo 110 professores, que produziram um efeito multiplicador em diversas escolas e
agrupamentos.

JORNADAS PEDAGÓGICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

As Jornadas Pedagógicas de EA constituem-se como um espaço e uma


oportunidade para conhecer, explorar, partilhar, (con)viver, fruir a
natureza, nas suas múltiplas facetas, perspetivadas nas suas
potencialidades pedagógicas para a Educação Ambiental. É nosso
propósito continuar nesta senda, procurando parcerias para a
concretização, ano a ano, de forma descentralizada das Jornadas
Pedagógicas de Educação Ambiental, que desde 2010 se assumiram
também como Encontro Nacional de Educação Ambiental, evento de
grande relevância na vida de todos os que trabalham, investigam ou
promovem a Educação Ambiental para a sustentabilidade, ao nível
formal, não formal e informal. Estiveram envolvidos neste encontro
cerca de 170 participantes diretos.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
22 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

PROJECTO RIOCEANOS

«Dos Rios aos Oceanos: percursos entre muitas histórias», é o


projeto pedagógico, de âmbito nacional envolvendo mais de 68.000
participantes, concebido e desenvolvido pela ASPEA, uma Iniciativa
da Comissão Europeia, por sua vez, promovida pelo Centro de
Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), na qualidade de
Organismo Intermediário responsável pela execução do Plano de
Comunicação para informação sobre a UE em Portugal.

A ASPEA pretende, com este projeto, sensibilizar a comunidade


educativa, em especial, e a população, em geral, para a promoção de
atividades educativas que incluam componentes culturais e
artísticas, no âmbito das temáticas apresentadas, de forma a
reforçar a consciência para a importância de uma cidadania mais ativa e responsável sobre as questões
sócio ambientais, sustentabilidade e o uso eficiente de recursos.

As iniciativas que integram este projeto contribuirão para a partilha e visibilidade das atividades
educativas que contemplem conteúdos relacionados com a água, rios, mares e oceanos, enquadradas no
âmbito das diretivas e políticas da “União Europeia: sustentabilidade e uso eficiente de recursos”,
nomeadamente através de atividades com base na Carta Europeia da Água, estando previstas as seguintes
atividades:

C ONFERÊNCIA N ACIONAL I NFANTOJUVENIL PELO A MBIENTE

As conferências infantojuvenis, de âmbito local e regional, promovidas


pela ASPEA há 12 anos têm provado ser um espaço de reflexão e partilha
de experiências por milhares de crianças. Estas, juntamente com os seus
professores, mostram ter sensibilidade para as questões ambientais ao
mesmo tempo que apresentam trabalhos artísticos de interesse
relevante para suscitar novas atitudes em prol do ambiente e com vista
à formação de cidadãos empenhados numa mudança de paradigma que
resulte numa nova atitude que contribua para sociedades sustentáveis
e responsabilidade global. Com este projeto pretende-se ser mais
ambicioso e trabalhar para a realização de uma Conferência Nacional
Infantojuvenil pelo Ambiente;

C ONCURSOS E M OSTRAS
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
23 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

O projeto prevê, também, três concursos que têm como objetivos: despertar o interesse das crianças e
dos jovens para os temas ambientais e uso eficiente dos recursos; lançar alertas e contribuir com
propostas para a mitigação ou resolução dos problemas identificados; alertar para a importância de
preservar a biodiversidade, culturas e tradições.

 - Palestras e oficinas sobre água, rios, mares e oceanos » alunos e comunidade educativa. Todas
as escolas inscritas no projeto podem solicitar gratuitamente uma oficina para os alunos
participantes ou uma palestra para a comunidade;
 - Atividades culturais e manifestações artísticas “riocEAnos em festa” » comunidade em geral.
Conheça as atividades que se realização na sua região e incentive a comunidade educativa a
participar;
 - Formação de professores » educadores e professores que se inscrevam no projeto. Aproveite
esta oportunidade para partilhar as suas experiências pedagógicas e adquirir conhecimentos nas
temáticas sugeridas pelo projeto.

P ROJETO R IOS

O Projeto Rios visa incentivar a participação


social na conservação dos espaços fluviais,
procurando dar resposta à visível
problemática, de âmbito nacional e global,
referente à alteração e deterioração da
qualidade dois rios e ribeiras, bem como a
falta de envolvimento efetivo dos
utilizadores e da população em geral na
preservação dos espaços ribeirinhos.

As atividades desenvolvidas no âmbito do


Projeto Rios são principalmente saídas de campo, comunicações em eventos e palestras de divulgação
que tiveram como assistência mais de 5.000 pessoas. A ASPEA foi convidada para participar numa
apresentação do Projeto Rios no âmbito de uma atividade da Presidência Aberta, promovida pelo Exmº
Sr. Presidente da República. No âmbito da parceria com Águas do Porto a sede do Projeto Rios situa-se no
Pavilhão da Água, desenvolvendo no último sábado de cada mês um dia de atividades nesse equipamento
de educação ambiental, em especial oficinas práticas de 60 minutos, envolvendo cerca de 200
participantes. No âmbito do Projeto Rios a ASPEA continua a disponibilizar kits a todos os grupos que
adotem um troço de rio para desenvolverem as atividades previstas pelo respetivo protocolo.

3 º C ONGRESSO L USÓFONO DE E DUCAÇÃO A MBIENTAL


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
24 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

A ASPEA e a Câmara Municipal da


Murtosa têm o prazer de anunciar
a parceria para a organização do
3º Congresso Internacional de
Educação Ambiental das
Comunidades e dos Países
Lusófonos a decorrer na Torreira,
Murtosa (Aveiro), Portugal de 8 de
julho a 11 de julho de 2015. A
programação contará com a
multiplicidade de olhares do
campo da Educação Ambiental dos países, regiões e comunidades falantes da língua portuguesa, além de
fomentar o amplo debate no fórum promovido pela Rede Lusófona sobre o tema “Educação Ambiental e
Participação Social: travessias e encontros para os bens comuns”.

 N º DE PARTICIPANTES ( ESPERADO )/ POR ANO DE ESCOLARIDADE E / OU GRUPO - ALVO

Os destinatários das ações previstas no âmbito do trabalho técnico-pedagógico de intervenção educativa


e de coordenação de projetos nacionais de Educação Ambiental dinamizadas pela ASPEA rondarão, no
ano letivo 2013/2014 uma estimativa de 75.000 alunos distribuídos pelos diferentes níveis de educação e
ensino.

Este número de participantes inclui alunos de escolas inscritas nos projetos da ASPEA tais como:
riocEAnos, Projeto Rios; Atividades na Quinta Ecológica da Moita; Conferências Infantojuvenis; Sessões e
Oficinas nas Escolas; concursos e mostras; estágios (estimativa: 20% do pré-escolar; 48% do 1º ciclo; 10%
do 2ª ciclo; 10% 3º ciclo; 5% do secundário; 5% do profissional; 2% universitário)

Para além das atividades diretamente com as escolas a ASPEA promove iniciativas destinadas a
professores e educadores e técnicos tais como cursos de formação e jornadas e iniciativas para o público
em geral que passam por eventos de fins-de-semana; atividades no âmbito do Programa Bandeira Azul
em parceria com autarquias e atividades de divulgação e animação em feiras e exposições.

 D IVULGAÇÃO DAS ATIVID ADES E DO P LANO DE A ÇÃO

As atividades de divulgação para cada uma das ações previstas estarão relacionadas com as caraterísticas
e o âmbito das mesmas.

a) meios de comunicação
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
25 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Página web e Facebook; Mailing eletrónico e postal; Comunicação Social; Distribuição de folhetos, postais,
cartazes; Participação em eventos; Contactos telefónicos; Reuniões e visitas

b) materiais de comunicação

folhetos, postais, cartazes e pósteres; material de merchandising; newsletter e boletins informativos;


comunicados de imprensa e artigos para publicação em comunicação social; artigos para publicação em
revistas de natureza pedagógica, técnica e científica.

Os materiais a produzir no âmbito de cada ação como forma de divulgação dos resultados das mesmas
serão: desenhos, fotografias, vídeos, publicações em formato digital, boletins informativos, postais,

pósteres, materiais pedagógicos.

 A AVALIAÇÃO DO P ROJETO E DA A ÇÕES

A avaliação das ações contará com evidências resultantes das mesmas tais como os materiais produzidos
e os resultados da aplicação dos instrumentos de avaliação entre outros, fichas de avaliação a preencher
pelos respetivos intervenientes e parceiros.

Os instrumentos de avaliação para as ações concebidos, à partida, serão na base de fichas de avaliação
elaboradas para o efeito.

Serão, ainda considerados como instrumentos de avaliação relatos, registos por email ou outras formas
escritas, desenhos e manifestações escritas por parte das crianças, entre outros.

Os períodos de avaliação de cada ação decorrerão no final das mesmas, podendo em alguns dos casos
suceder no seu início ou durante o período em que decorrem.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
26 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

4. FAPAS - FUNDO PARA A PROTECÇÃO DOS ANIMAIS


SELVAGENS

Docente: Lucília Guedes


fapas@fapas.pt
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
27 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

N OTAS BIOGRÁFICA S : L UCÍLIA G UEDES | FAPAS

A coordenadora

Lucília Maria Fernandes Antunes dos Santos Guedes fez


licenciatura em Biologia na Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto, pós-graduação em Gestão Ambiental e
um Curso de Gestão de Projetos de Educação Ambiental.

Certificada como formadora pelo Conselho Científico-


Pedagógico da Formação Contínua, registo CCPFC/DC-1241/02

Pertence ao Quadro de Nomeação Definitiva da Escola


Secundária Dr. Manuel Laranjeira, em Espinho, onde
desenvolveu atividades de complemento curricular e de
colaboração com outras entidades. Reside na Granja, Vila Nova de Gaia.

Desde 1998 até 2012 e a partir de 2013, coordena Projetos de Educação Ambiental/EDS no
FAPAS, organiza colóquios, jornadas nacionais, seminários e outros , tendo apresentado várias
comunicações em jornadas e seminários.

Co -autora de várias obras de divulgação, de artigos publicados em revistas, autora de um livro


infanto-juvenil e participação em várias Antologias Poéticas.

Sócia do FAPAS, e de Associações culturais (Grupo Poético de Aveiro e Associação Portuguesa


de Escritores). Exerce o Ministério de Salmista.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
28 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

4.1. ACTIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 BREVE CARACTERIZAÇÃO DA ONGA

O FAPAS é uma organização não governamental de âmbito Nacional, sem fins lucrativos, constituída em
1990 por pessoas com longa experiência no domínio da conservação da Natureza, vocacionada para a
promoção de acções que visam a protecção e recuperação da fauna e flora selvagens. O documento oficial
mais recente é o Aviso n.º 1427/2013 (Diário da República, 2.ª série — N.º 21 — 30 de janeiro de 2013).

Agindo sempre de forma livre e independente, o FAPAS é financiado com as quotas dos seus sócios, com
patrocínios de diversas entidades para campanhas específicas, e com verbas comunitárias para o
desenvolvimento de Projectos. Conta ainda com o apoio técnico de biólogos e advogados, para suporte
científico e legal das suas acções.

Mantém contactos internacionais com associações congéneres, nomeadamente espanholas. Neste


momento é ainda membro da IUCN - The World Conservation Union e do CIDN - Conselho Ibérico para a
Defesa da Natureza.

Tem várias delegações: Delegação do Alentejo; Delegação de Lisboa; Delegação de Monfortinho;


Delegação de Torres Novas e Delegação de Viana do Castelo.

 ENQUADRAMENTO

Com este projeto, pretende-se sensibilizar a população escolar e a população em geral para uma
participação activa, indo de encontro aos conteúdos curriculares e às necessidades locais (Agenda 21), no
âmbito de temas como a conservação da natureza e a biodiversidade e, abordar de uma forma integrada,
a água, a energia e as alterações climáticas, a gestão correta de recursos humanos e naturais, integrando
princípios de um Desenvolvimento Sustentável, preconizados na Cimeira do Rio, em 1992. O
Desenvolvimento Sustentável é um conceito abrangente e implica a preocupação pelas gerações futuras
e pela integridade do meio ambiente a longo prazo. Implica a preocupação pela qualidade de vida, a
igualdade e a justiça entre as pessoas no presente e as gerações futuras e as dimensões sociais e éticas
do bem-estar humano, “baseado no respeito pela Natureza, nos direitos humanos Universais, na justiça
económica e numa cultura de paz” (Carta da Terra).

A Conservação da Natureza e a Biodiversidade é uma das vertentes do Desenvolvimento Sustentável. A


estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade estabelece, entre outros pontos, o
desenvolvimento em todo o território Nacional de ações específicas de Conservação e gestão de espécies
e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico; a promoção da educação
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
29 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

e a formação em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade; assegurar a informação;


sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil.

Em 2002 durante o Evento das Organizações das Nações Unidas, em Joanesburgo, Portugal entre outros
Países assumiu o compromisso de reduzir a perda de Biodiversidade até 2015. Esta é uma das metas dos
objetivos do desenvolvimento do Milénio.

No que respeita à “UNEP Convention on Migratory Species” e “Agreement on the Conservation of


Populations of European Bats (Eurabats)” (Acordo sobre a Conservação dos Morcegos na Europa),
Portugal aprovou a aceitação do "Acordo sobre a conservação dos morcegos na Europa" através do
Decreto nº 31/95, de 18 de agosto, em 1995. Realizado à luz da Convenção de Bona, aplica-se a todas as
espécies de morcegos existentes em Portugal. A realização da Noite Europeia dos Morcegos é uma das
obrigações do acordo. No caso de Portugal, as obrigações coincidem com as linhas de ação que têm vindo
a ser tomadas pelo ICNF. Este ano, comemora-se a 17ª Noite Europeia dos Morcegos.

O dia 23 de Novembro foi estabelecido como O Dia da Floresta Autóctone para promover a importância
da conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como o dia mais adaptado às
condições climatéricas de Portugal para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo ao
Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, que foi criado inicialmente para os países do Norte da Europa.

Tendo em conta a importância das zonas costeiras em termos ambientais, económicos, estratégicos,
sociais, culturais e recreativos, nas últimas décadas, os governos, as organizações internacionais e a
comunidade científica têm dado prioridade à ampliação do conhecimento sobre este território de forma
a melhor gizar os planos de gestão de um espaço tão frágil como disputado. As atividades sobre o litoral
/Dunas assentam nas orientações das políticas ambientais e de desenvolvimento territorial onde se
destaca a Estratégia nacional de conservação da natureza (ENCNB), a Estratégia Nacional para o
Desenvolvimento Sustentável (ENDS) de âmbito Nacional, a Estratégia Nacional de gestão Integrada da
Zona Costeira, os Planos de Ordenamento da Orla Costeira, a Agenda 21 local e o Plano nacional para as
Alterações Climáticas.

As Nações Unidas declararam o decénio 2005-2014 como a “Década da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável” e o seu objetivo global consiste em integrar os valores inerentes ao Desenvolvimento
Sustentável nas diferentes formas de aprendizagem, com vista a fomentar as transformações necessárias
para atingir uma sociedade mais sustentável e justa para todos. A intenção é contribuir para um futuro
que compatibilize as necessidades humanas com o uso sustentável dos recursos, superando assim os
efeitos perversos que vão desde a destruição ambiental até à manutenção/agravamento da pobreza.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
30 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 O BJETIVOS

 Disponibilizar informação, com qualidade e de fácil acesso

 Promover o trabalho em rede

 Discutir, refletir, trocar ideias e avaliar sobre o que já fizemos e o que pretendemos para a
divulgação e fortalecimento da educação ambiental nos Municípios envolvidos;

 Articular processos para a sensibilização e mobilização de diferentes atores locais para o


tema da sustentabilidade;

 Ampliar os espaços do pensar e fazer socio ambientais.

 Estimular e acompanhar a elaboração e a implementação das Agendas 21

 Sensibilizar e alertar para a urgência do Modelo de Desenvolvimento Sustentável ser visto,


não como único, mas ser entendido como uma perspectiva inter-pares, naturalmente,
devendo ter-se em conta as realidades locais.

 Estimular para uma Educação ativa e participativa

 Promover a Informação e Cidadania Ambiental

 Enquadrar o programa de Educação Ambiental na legislação Nacional e Comunitária

 P ÚBLICO - ALVO

Comunidade educativa do Ensino Básico, Secundário e Superior, pais, professores e população em geral.

 R ESUMO DAS PRINCIPAIS ATIVI DADES

As atividades desenvolvidas fazem parte do plano anual de atividades das escolas. A maior parte das
campanhas de sensibilização e até de intervenção são ações de continuidade, fundamentais num processo
de educação e de transmissão de conhecimentos.

Apostar no trabalho com escolas, através das Autarquias, como alvo prioritário, é importante quer pelo
facto das crianças e jovens mais facilmente adotarem novos comportamentos e boas práticas por serem
recetivos à mudança, quer pelo efeito multiplicador importante junto das famílias e da população em
geral. ( David Uzzel et. al 1998).
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
31 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

ATIVIDADE: COMEMORAÇÃO DO DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE

Metodologia: As escolas interessadas receberam árvores autóctones,


sugestões de atividades de apoio à comemoração do evento. As árvores
foram plantadas nos Jardins das escolas. O Hospital de S. João participou
igualmente na atividade. Os cartazes produzidos pelas escolas, sobre as
atividades desenvolvidas, estão expostos em Vila Nova de Gaia de 18 de
Março a 26 de Abril.

Participantes: 5100 alunos do ensino básico e secundário

ATIVIDADE: PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS DUNARES

Metodologia: Reuniões com elementos da Autarquia; Reuniões com a Comunidade escolar

Ações de sensibilização/formação; Distribuição de brochuras


sobre o litoral; Pesquisa bibliográfica sobre o tema; Ateliers de
sons de animais, ateliers de pegadas e de caixas abrigo; Saídas ao
litoral; Plantação de estorno; Arranque controlado de chorão;
Exposição de trabalhos escolares, aberta à comunidade na Junta
de Freguesia; Monitorizações intercalares; Avaliação final

Mesa redonda: Espinho e o mar: o passado, o presente e.que futuro?

Participação de cidadãos na limpeza da praia

Parcerias/apoios: ABAE; Regimento de Engenharia de Silvalde, Autarquia de Espinho;


Universidade do Porto

Participantes: 100 alunos do ensino básico


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
32 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

ATIVIDADE: PERCURSOS INTERPRETATIVOS

Em Salreu | .no Parque da Cidade | na Foz do Rio Douro | na Praia da Memória

Metedologia: Antes da visita, procura-se definir


claramente os objectivos da mesma, junto dos
professores acompanhantes para que estes
tenham uma participação ativa no processo,
dando material informativo sobre o local e
principais regras de comportamento; são
distribuídas fichas para os alunos preencherem,
antes e após a visita (ficha diagnóstico e ficha de
avaliação).No final da visita, em conjunto, são
propostas atividades para se realizarem na escola e, assim, poder haver um efeito multiplicador.

Participantes: 300 alunos/ensino básico e superior

AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO/ ATELIERS DE SONS /ATELIER DE PEGADAS/ ATELIER DE CAIXAS NINHO E ATELIER
DE CAIXAS -ABRIGO

Metodologia: Em contexto de sala de aula, são debatidos temas solicitados pelas escolas e
realizados ateliers.

Participantes: 2500 (alunos e militares do regimento de Engenharia de Silvalde)/alunos do pré-


escolar e do ensino básico.

Parcerias/Apoios: APA, DGEstE; ICNF

REFLORESTAÇÃO DE ÁREAS ARDIDAS

Metodologia: Plantação de árvores autóctones na Mata do Desterro (Parque Natural da Serra da


Estrela) e na Foz do Côa

Parcerias/Apoios: CISE (Centro de Interpretação Ambiental da Serra da Estrela); Parque Natural da


Serra da Estrela; Parque Natural de Foz Côa; APA; DGEstE
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
33 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Participantes: 140 alunos do ensino básico

JORNADAS NACIONAIS SOBRE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Será contemplada formação acreditada para professores do 1º ciclo, ensino básico e secundário.

Metodologia: O evento constará de um conjunto de comunicações /debate, ateliers e visitas. Haverá


também uma mostra de trabalhos no âmbito da Educação Ambiental para a sustentabilidade. Será um
espaço e tempo de reflexão – investigação - acção, repensando a escola, os contributos dos processos
sócio educativos em contextos formal, não formal e informal e os próprios projetos de formação.

Participantes: 150 participantes

Parcerias/Apoios: Câmara Municipal de Castelo de Vide, ICNF, APA, DGEstE, Centro de Formação de
Portalegre

NOITE EUROPEIA DOS MORCEGOS

Metodologia: O evento constará de atividades lúdico pedagógicas. Todas as atividades realizadas serão
integradas no enredo de uma história que permitirá às crianças, a elaboração de um fio condutor entre
as diversas estações e a perceção da problemática dos morcegos num enquadramento lúdico e de
fantasia.

Participantes: 600 participantes

Parcerias/Apoios: Câmara Municipal de santa Maria da Feira; ICNF; APA; DGEstE

AÇÕES DE FORMAÇÃO CREDITADAS PARA PROFESSORES

“Biodiversidade em ambiente urbano”

“Plantas invasoras e mapas de avistamentos”

Participantes: 50 participantes

Parcerias/Apoios: Centro de Formação Guilhermina


Suggia/Porto Centro de Formação Aurélio da Paz dos Reis
/Valadares, ICNF; APA; DGEstE

ATIVIDADES INTEGRADAS NO PROGRAMA CIÊNCIA VIVA

“Percursos interpretativos” |

“Ateliers”

“Palestras”

Participantes: 1000 jovens

Parcerias/Apoios: Ciência Viva


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
34 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

A realização deste programa visa a criação e implementação de um mecanismo que permita realizar
uma avaliação ao longo de todo o projecto, a articular entre a comunidade educativa envolvida,
possibilitando uma reformulação de actividades e/ou estratégias adequadas às necessidades e
expectativas do público-alvo.

Prevê-se na avaliação a elaboração de instrumentos (questionários de avaliação) das actividades junto


dos elementos envolvidos na sua execução, adequação de instrumentos à tipologia das actividades
implementadas /encontros de avaliação colectiva; elaboração de um relatório de resultados globais
através de registos escritos e fotográficos.

Haverá uma avaliação inicial através do levantamento de instituições e respectivas acções que se
desenvolverão, uma outra intermédia e final com registo de situações ocorridas durante o percurso e
com os resultados das monitorizações.

Serão indicados indicadores de avaliação, tais como: atitudes e valores, participação, adesão, empenho,
trabalhos realizados, número de pés de estono sobrevivente, quantidade de chorão arrancado, número
de árvores plantadas, etc.

Outras imagens:
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
35 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

5. GEOTA | GRUPO DE ESTUDOS DE ORDENAMENTO DO


TERRITÓRIO E AMBIENTE

Docente: Maria Guilhermina Galego


coastwatchnacional@gmail.com
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
36 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

NOTAS BIOGRÁFICAS : G UILHERMINA GALEG O | GEOTA

A coordenadora

Maria Guilhermina Vilaça Delgado Anjos Galego, licenciada em


Geografia pela Faculdade de Letras de Lisboa - 1984.

Professora do Quadro de Nomeação Definitiva, tendo exercido funções


docentes e de gestão no ensino básico e secundário até 2011.
Responsável pela dinamização e implementação nas escolas onde
exerceu funções de diversos projetos e clubes de Ecologia/Ambiente.
Durante esse período foi também coautora de Manuais escolares para
o ensino básico.

Atualmente está destacada no GEOTA, através da Agência Portuguesa do Ambiente para o


desenvolvimento de Projectos de Educação Ambiental para a Sustentabilidade nomeadamente o Projeto
Coastwatch Europe.

Certificada como formadora, pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua na área das
Didáticas Específicas no domínio da Geografia. Coordena o Projecto Coastwatch desde o ano de 2010
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
37 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

5.1. PROJECTO COASTWATCH EUROPE

O Coastwatch é um projecto de âmbito europeu que consiste num levantamento da situação ambiental,
da faixa costeira. Este projecto tem como objetivos melhorar o conhecimento da situação ambiental do
litoral português e, sobretudo, sensibilizar escolas, instituições e a população em geral para os impactos
negativos da atividade humana na orla costeira

O Projecto está organizado em quatro fases, que se complementam entre si. A primeira fase coincide com
a preparação e divulgação da campanha por parte da coordenação nacional e regional; a segunda com o
acompanhamento da monitorização, formação de professores, alunos e outros participantes; a terceira
inicia-se com a introdução dos dados numa base de dados, e com a elaboração dos relatórios regionais,
nacionais e respectiva análise estatística; a quarta fase com, apresentação do Seminário, divulgação dos
resultados da campanha anual e a elaboração do respectivo relatório.

A metodologia é simples. O levantamento da informação obtém-se a partir do preenchimento de um


questionário in loco, por todo o litoral (sempre que possível na faixa intertidal e sempre em período de
maré vaza). Como base de trabalho é utilizado um mapa à escala 1/25.000, correspondente a um bloco
de 5km; este é dividido em 10 unidades de 500m. A divisão dos blocos está organizada segundo as NUT
III (Nomenclatura de Unidades Territorial para fins estatísticos), estipuladas pelo INE (anexo1 - A área total
para análise está delimitada no mapa).

É um projecto que apresenta diversas potencialidades a diferentes níveis. Ao nível dos dados, apesar de
alguma margem de erro, são fidedignos, objectivos, práticos, comparáveis, atualizáveis e aplicáveis.
Apesar de existirem troços cuja monitorização não é efetuada todos os anos, a informação disponível é
atualizada, o que lhe confere grande utilidade. A solicitação de utilização dos dados CW para trabalhos
específicos, sobretudo ao nível da erosão e poluição, é frequente. É de referir ainda que o projecto CW
permite desenvolver hábitos de voluntariado, de interligação e parceria com diferentes entidades.

Na 23ª Campanha o total de participantes foi de 4995 contra os 4764 registados na 22ª Campanha e os
3681 atingidos na 21ª. A média das 20 campanhas anteriores ronda os 2000 participantes/campanha. Este
aumento de participantes tem tido como consequência, um aumento da área monitorizada assim, e
relativamente à percentagem de costa monitorizada, os dados recolhidos abrangeram uma extensão (km)
de 798,5 (2013), registando-se um novo aumento em relação a anos anteriores - 742,5 (2012) e 549
(2011), o que se traduz por um aumento de 3% da extensão da NUT monitorizada (% da extensão da NUT
monitorizada 43,1% -2013; 40% -2012; 30% -2011).

Ao longo de 24 anos o Projecto Coastwatch tem-se reafirmado sucessivamente como foco difusor da
mensagem - O Litoral português poderá e deverá ser, sem dúvida alguma, uma vasta área saudável,
sustentável e segura.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
38 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Como Projecto de instrução e informação pedagógicas que ambiciona, através de uma educação
ambiental para a sustentabilidade, promover padrões de comportamento responsáveis e satisfatórios,
valoriza a preservação de toda uma área extremamente frágil mas de importância fundamental para todos
nós.

O desenvolvimento e implementação do projecto,


pretende consciencializar os participantes para a
necessidade de se promover uma ética ambiental e de
conhecimento de toda a faixa costeira, o que por sua vez
significa consciencializar as pessoas e principalmente os
professores, do declínio generalizado dos ecossistemas
bem como a degradação do ambiente litoral em geral.

Despertar para esta situação pressupõe uma mudança de comportamentos de todos nós, e uma melhoria
qualitativa do exercício da cidadania, formando “adultos” mais preocupados e conscientes.

Com vinte e quatro campanhas anuais realizadas, o Projecto Coastwatch é um Projecto com um histórico
invejável tendo-lhe sido reconhecido todo o seu mérito ao ser escolhido como exemplo de "Boas práticas"
no âmbito do projecto MARLISCO.

A 23ª Campanha envolveu 388 professores e 3885 alunos,


tendo registado, uma vez mais, um aumento em relação às
Campanhas anteriores (professores: 324 em 2011-2012 e 230
em 2010-2011; alunos: 3528 em 2011-2012 e cerca de 3000 em
2010-2011), o que era pouco expectável face à conjuntura que
se vive, actualmente, nas escolas.

O total de participantes foi de 4995 contra os 4764 registados


na 22ª Campanha e os 3681 atingidos na 21ª.

Algumas participações em programas televisivos


(Biosfera, Revista de Imprensa – SIC Notícias) notícias nos
órgãos de comunicação social (Expresso, Público,
Jornal I, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Correio da
Manhã) e entrevistas (Agência Lusa e Rádio SIM)
bem como nas parcerias efectuadas, nomeadamente
com a FCTUNL, os Centros de Ciência Viva no Algarve,
com a Ordem dos Biólogos, com a Ericeira surfrider
Foundation, entre outros, e a participação em Seminários,
Palestras e Encontros, permitiram uma maior divulgação e projeção do Projecto.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
39 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
40 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Em virtude de nos encontrarmos na 4ª Fase da 24ª Campanha serão referidos os resultados da 23ª
Campanha, assim sendo e no que concerne aos dados propriamente ditos da 23ª campanha Coastwatch,
o ano lectivo 2012/13, contou com um maior nº de alunos e professores (ver quadro), o que traduz a
relevância do projecto ao nível escolar.

O leque das disciplinas envolvidas é muito


abrangente, o que demonstra a interdisciplinaridade
do projecto em si, predominando no entanto as
disciplinas de Ciências Naturais, Biologia e Geologia e
Geografia.

Relativamente à
percentagem de costa
monitorizada os dados
recolhidos abrangeram
uma extensão (km) de
798,5 (2013),
registando-se um novo
aumento em relação a
anos anteriores - 742,5 (2012) e 549 (2011) o que se traduz por um aumento de 3% da extensão da NUT
monitorizada (% da extensão da NUT monitorizada 43,1% -2013; 40% -2012; 30% -2011).

A figura que se segue traduz a designação da área monitorizada e o nº de unidades (1 unidade = a 500m)
de cada uma delas.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
41 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Nesta campanha e à semelhança de anos anteriores, muitos municípios não conseguiram assegurar o
respectivo transporte de alunos, por falta de verba.

Esta situação, conjuntamente com um Inverno


extremamente chuvoso, levou a que alguns coordenadores
e participantes, tivessem solicitado um alargamento do
prazo de monitorização, sendo no entanto para alguns deles,
factores impeditivos da sua participação na Campanha.
Perante esta situação estamos em crer que os dados da 24ª
Campanha não serão muito diferentes dos apresentados na
23ª que aqui apresentamos.

Foi com agrado que se verificou nesta Campanha, uma


maior adesão de participantes ao Projecto, e como
consequência, registou-se um novo aumento de cerca de
3% da área monitorizada, relativamente à Campanha de
2011-2012, e de 13% em relação à Campanha de 2010-
2011.

Como já foi referido anteriormente, as parcerias efectivadas com a Faculdade de Ciências e Tecnologia,
Ordem dos Biólogos, Centros de Ciência Viva no Algarve, CNE, algumas Escolas/Agrupamentos, novas
Câmaras Municipais e com a Portuguese Surf Film Festival, revelaram-se uma mais-valia muito
significativa, principalmente na divulgação do Projecto.

É ainda de realçar, para


além de todo o apoio
logístico prestado nesta
Campanha, o excelente
trabalho de voluntariado
efectuado pela Ana Sofia
Travessa e pelo Marcelo
Ribeiro (ambos Mestrandos
do curso de Geografia da
FNL), o que permitiu a
criação de um novo site do Coastwatch, o lançamento da Plataforma CW e o relançar do Projecto
“Portugal Digital,” - LITORAL DIGITAL: AS NOVAS FERRAMENTAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AO
SERVIÇO DA MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
42 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

“Embora os resultados das Campanhas fossem sempre analisados estatisticamente, fazia-se sentir uma
necessidade cada vez mais premente de obter uma perspectiva espacial dos indicadores recolhidos, bem
como cruzá-los com outros existentes”.

Poderão ser considerados pontos fortes ou mais-valias deste Projecto o facto de o mesmo “funcionar em
rede”; promover e desenvolver o trabalho de campo, o que poderá vir a funcionar como elemento
motivador na leccionação de conteúdos; a sua flexibilidade relativamente aos prazos em que decorre a
Campanha pode ser adaptada consoante cada escola, e ainda o facto de promover parcerias com diversas
instituições (GEOTA e escolas).

As reformas no sistema de ensino, a diminuição do tempo a dedicar aos projectos (Escolas) por parte dos
docentes, o aumento do número de alunos por turma, bem como as dificuldades financeiras sentidas no
seio da comunidade escolar, têm gerado alguns problemas logísticos que tentamos sempre resolver da
melhor forma possível, mas terão que continuar a ser encaradas como situações de que o projecto está
também dependente.

O Projecto Coastwatch tem vindo a integrar um maior número de escolas, professores, alunos e
Municípios, e tem vindo a difundir-se de forma mais concreta no ensino superior (o interesse em trabalhar
os dados das campanhas coastwatch é cada vez maior, nomeadamente na sua utilização em teses de
Mestrado, Doutoramento e Projectos Internacionais como o caso do Projecto POIZON E MARLISCO o que
tem funcionado com catalisador no desenvolvimento de parcerias com Universidades). A replicação das
metodologias e o alargamento a outras áreas de intervenção na sociedade Civil e o potenciar do trabalho
em rede com outras ONGA são também oportunidades que não se devem desperdiçar.

MAIS INFORMAÇÕES:
http://coastwatchnacional.wix.com/coastwatch-portugal
coastwatchnacional@gmail.com
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
43 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

6. QUERCUS| ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA


NATUREZA

Docente: Nuno Sequeira


nunosequeira@quercus.pt
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
44 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

N OTAS BIOGRÁFICAS : NUNO SEQUEIRA | QUERCUS

O coordenador

Nuno Miguel Oliveira Pegado de Matos Sequeira é licenciado


em Biologia pela Universidade de Évora e licenciado em
Educação Física e Desporto pela Faculdade de Motricidade
Humana – Universidade Técnica de Lisboa. Actualmente
frequenta o Mestrado em Biologia da Conservação na
Universidade de Évora.

É Professor do Quadro de Nomeação Definitiva e neste


momento está destacado na Quercus, através da Agência
Portuguesa do Ambiente, para o desenvolvimento de
actividades lectivas em projectos de Educação Ambiental. É também Biólogo no projecto
“Conservação de Aves Estepárias no Alto Alentejo” e Membro do Grupo de Trabalho de
Conservação da Natureza e do Grupo de Trabalho de Educação e Formação da Quercus.

Presidente da Direcção Nacional da Quercus desde Março de 2011 é igualmente sócio da


Agrobio – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica e da SPEA – Sociedade Portuguesa
para o Estudo das Aves, e membro efectivo da Ordem dos Biólogos
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
45 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

6.1. PROJECTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A


SUSTENTABILIDADE DE ÂMBITO NACIONAL

E NQUADRAMENTO

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza é uma Organização Não Governamental de


Ambiente (ONGA) portuguesa, fundada a 31 de Outubro de 1985. É uma Associação independente,
apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e constituída por cidadãos que se juntaram em torno
do mesmo interesse pela Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais e na Defesa do Ambiente em
geral, numa perspectiva de desenvolvimento sustentado. A Associação designa-se “Quercus” por ser essa
a designação comum em latim atribuída aos Carvalhos, às Azinheiras e aos Sobreiros, árvores
características dos ecossistemas florestais mais evoluídos que cobriam o nosso país e de que restam,
atualmente, apenas relíquias muito degradadas.

Ao longo dos anos, a Quercus tem vindo a ocupar na sociedade portuguesa um lugar simultaneamente
irreverente e construtivo na defesa das múltiplas causas da Natureza e do Ambiente. O seu âmbito de
ação abrange hoje diversas áreas temáticas da atualidade ambiental, onde se incluem, além da
conservação da natureza e da biodiversidade, a educação ambiental, a energia, a água, os resíduos, as
alterações climáticas, as florestas, o consumo sustentável, a responsabilidade ambiental, entre outras.
Este acompanhamento especializado é, em grande parte, suportado pelo trabalho desenvolvido por
vários grupos de trabalho e projetos permanentes. O estatuto actual da Quercus foi progressivamente
conquistado através de uma conduta atenta ao real, sem perder o ponto de referência fundamental dos
princípios, nem se afastar das necessidades de complementar a denúncia crítica com o esforço para a
construção de consensos na sociedade portuguesa, sem os quais nenhum efetivo modelo de
desenvolvimento sustentável será possível no nosso país.

Uma das características da Quercus é a sua descentralização, através dos 18 Núcleos Regionais espalhados
um pouco por todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, que acompanham a
realidade ambiental e realizam atividades de sensibilização no seu raio geográfico. Esta importante
característica permite alargar de forma significativa o seu âmbito de acção, fazendo com que se consiga
chegar com uma relativa proximidade à população nacional, independentemente da sua distribuição
geográfica.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
46 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

O BJECTIVOS E M ETODOLOGIA

Em qualquer uma das áreas de trabalho


da Quercus, o tema da Educação
Ambiental para a Sustentabilidade tem
sido um eixo fundamental das suas
acções, na medida em que o trabalho
desenvolvido não se resume a um
trabalho técnico, fechado ou isolado
mas é sim, de permanente intervenção
junto da sociedade, através de acções
dirigidas aos mais variados sectores da
sociedade e escalões etários.

A Quercus faz também parte da “Rede de Professores Coordenadores de Projectos de Educação


Ambiental”, uma parceria entre as tutelas da Educação e do Ambiente, sendo que relativamente à sua
participação nesta Rede, o balanço é extremamente positivo dado que a mesma tem permitido uma acção
mais directa e eficaz sobre o seu público-alvo, diversificando as acções de Educação Ambiental para a
Sustentabilidade desenvolvidas e aumentando o seu número, frequência e abrangência geográfica.

Como exemplo de algumas acções de Educação Ambiental para a Sustentabilidade que a Quercus
desenvolve actualmente, podemos destacar algumas realizadas em locais/espaços tão variados como
Estabelecimentos de ensino (Escolas Básicas, Secundárias, Profissionais, Universidades, etc.), Associações,
Clubes, Empresas, Feiras, Exposições, Órgãos de Comunicação Social, entre outros. Estas acções passam
por iniciativas tão diversas como acções práticas de sensibilização em meio natural, acções de libertação
de animais recuperados, sessões teóricas em escolas, sessões e workshops prácticos em Escolas, apoio na
realização de trabalhos escolares a alunos e professores de vários graus de ensino e rúbricas temáticas na
comunicação social. Ao nível dos projectos, podem ser referidos alguns como as rúbricas “Minuto Verde”
na RTP, “Um Minuto pela Terra” na Antena 1 (diárias) e a crónica semanal “Ecoradar” no Jornal Metro, o
projecto “Ecocasa”, as acções de voluntariado nos projectos “Criar Bosques” e “Floresta Comum”, os
Projectos e acções desenvolvidas na área da Conservação da Natureza e Biodiversidade, como por
exemplo os “Centros de Recuperação de Animais Silvestres” e as “Microreservas Biológicas” e diversas
outras acções descentralizadas através dos Núcleos Regionais ou dos Grupos de Trabalho. Igualmente são
de destacar iniciativas tão abrangentes como os “Green Project Awards”, o “Projeto 80”, o “Green Cork
Escolas” ou as “Jornadas de Ambiente da Quercus”, que anualmente contam com a participação de
milhares de participantes, na sua maioria crianças e jovens.

P ÚBLICO - ALVO
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
47 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Os resultados conseguidos pela


Quercus na área da Educação
Ambiental para a Sustentabilidade
reflectem-se nos diferentes
públicos-alvo que consegue atingir
e em alterações de
comportamentos e atitudes, com
reflexos em acções mais
respeitadoras do Ambiente. A
título de exemplo é possível referir
que os participantes nos Green
Project Awards do ano passado ultrapassaram as 200 Organizações, mas com os reflexos da iniciativa a
sentirem-se certamente num Universo muito mais alargado. Relativamente às principais rubricas de
comunicação já referidas, tem vindo a aumentar, ao longo dos últimos anos, os pedidos de informação e
sugestões de abordagem de temas junto da Quercus por parte de telespectadores, ouvintes e leitores. Ao
nível de acções de sensibilização desenvolvidas junto de diversos agentes, estas terão ultrapassado as 5
centenas no último ano, com uma participação de vários milhares de pessoas ao longo das mesmas.

A CÇÕES MAIS RELEVANTE S

O “Green Project Awards”, uma iniciativa conjunta da Agência Portuguesa do Ambiente, da Quercus e da
GCI, e bastante abrangente ao nível da
Educação Ambiental para a Sustentabilidade, é
de destacar neste âmbito. O projecto teve em
2013 a sua sexta edição e mantém o seu
propósito inicial de reconhecer as boas práticas
em projetos que promovam o desenvolvimento
sustentável. Em 2012 surgiu reformulado com novas categorias, parcerias e destinatários, de modo a
conseguir criar um movimento para o desenvolvimento sustentável, mobilizando toda a sociedade
portuguesa em torno da agenda da sustentabilidade. O Green Project Awards tem como objetivos: 1)
premiar e reconhecer boas práticas em projetos, implementados em Portugal, que promovam o
desenvolvimento sustentável, como complemento ao movimento de sensibilização para as temáticas da
sustentabilidade, alertando e consciencializando a Sociedade Civil para a importância do equilíbrio
ambiental, económico e social; 2) dar visibilidade às entidades, empresas, pessoas e/ou instituições que
identificaram uma oportunidade no apoio e promoção da sustentabilidade e que atuaram positivamente
na construção do desenvolvimento sustentável; 3) envolver os jovens, tanto a nível individual como a
nível associativo, condicionando os seus comportamentos e atitudes, adotando e criando práticas
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
48 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

sustentáveis; 4) reforçar a sustentabilidade com vista a uma repercussão positiva no comportamento dos
cidadãos e decisores em geral, fazendo da inovação e eficácia um caminho para a sustentabilidade.

No ano de 2013, as mesmas três entidades organizadoras do Green Project Awards (Agência Portuguesa
do Ambiente, Quercus e GCI), em conjunto com o Instituto do Desporto e da Juventude, a Direção-Geral
da Educação e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares lançaram uma outra iniciativa na área da
Educação Ambiental para a
Sustentabilidade – o “Projecto 80”. O
Projecto 80 é um programa, de âmbito
nacional, de dinamização do
movimento associativo nas Escolas que
procura promover a educação para a
sustentabilidade, empreendedorismo
e cidadania democrática. Podem
candidatar-se ao Projeto 80 as
Associações de Estudantes do Ensino
Básico e do Ensino Secundário que desenvolvam um ou mais projetos de sustentabilidade ambiental,
nomeadamente, projetos que promovam a gestão eficiente de recursos, a diminuição da pegada
carbónica e hídrica, a biodiversidade, o empreendedorismo, a economia verde e a inovação social, bem
como o voluntariado ou outras formas de cidadania e participação pública.

Com o propósito de
sensibilizar a comunidade, e a
população escolar em
particular, para o risco de
extinção de inúmeras espécies
animais e vegetais a nível
mundial, a Quercus elaborou a
exposição “Natureza em
Risco”, uma mostra que alerta
sobretudo para a necessidade
do Homem alterar alguns
comportamentos que são
prejudiciais ao Ambiente, nomeadamente a destruição e fragmentação de habitats, a sobre exploração
de espécies e a comercialização ilegal de animais e materiais derivados da fauna e flora. A exposição
“Natureza em Risco” representa uma viagem iconográfica por este preocupante e cada vez mais urgente
tema das espécies ameaçadas, com particular destaque para aquelas que em Portugal, por causas
diversas, se encontram hoje em diferentes categorias de risco. Este percurso temático é feito através da
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
49 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

actividade de Ilustração Científica, sob a forma de desenhos realizados em diversas técnicas artísticas,
disponibilizados por Nuno Farinha, autor e coleccionador de inúmeras obras de ilustração científica.

A exposição é constituída por 25 cartazes A1, sobre os diferentes grupos taxonómicos e sobre a
importância da biodiversidade, os quais, para além de possibilitarem a exploração livre de alunos e
professores, podem ser o mote para a realização de algumas outras actividades relacionadas com a
conservação da Natureza e a biodiversidade. Muitas destas actividades passam pela realização de
apresentações ligadas aos vários sub-temas da área (classificação de espécies e grupos taxonómicos,
ameaças à biodiversidade, exemplos de projectos de conservação de espécies, espécies autóctones e
endémicas de Portugal, alterações climáticas e seus efeitos na biodiversidade, etc.), organização de
debates envolvendo a comunidade escolar, elaboração de trabalhos escritos e de pesquisa sobre o tema,
elaboração de ilustrações e desenhos de campo, organização de workshops e oficinas práticas,
representações teatrais, etc.

Também as Jornadas de Ambiente da Quercus, organizadas anualmente, são um importante momento


para sensibilizar a
comunidade, e a
população escolar
em particular, para
diversas questões
ambientais
relevantes,
promovendo o debate e a discussão em torno das mesmas. Nas Jornadas Quercus de 2013, o tema em
destaque foi a alimentação sustentável nas escolas por considerarmos que o contexto escolar apresenta
um conjunto de características que potenciam efeitos multiplicadores. Com efeito, é o local privilegiado
para incutir hábitos sustentáveis de alimentação e desenvolver uma consciência de responsabilidade e
integração das acções individuais em contextos mais globais. Isto para além de ser um local de formação
por onde passam os decisores e educadores do futuro, que tem uma escala suficientemente alargada para
dar sinais claros ao mercado sobre quais os caminhos que o país pretende trilhar nesta matéria.

Assim, nestas Jornadas de Ambiente, partimos de um enquadramento breve e amplo da temática da


alimentação sustentável, para depois passarmos ao debate sobre a alimentação nas escolas portuguesas,
tomando conhecimento do que foi feito até hoje mas, muito em particular, sobre o que o futuro
poderá/deverá proporcionar.

De igual forma, o Projecto Green Cork Escolas da Quercus - Projecto de Reciclagem de Rolhas de Cortiça
constitui-se como uma acção relevante para a difusão da Educação Ambiental para a Sustentabilidade
junto de diferentes públicos-alvo em meio escolar. Este projecto visa sensibilizar para o tema da
conservação da Floresta Autóctone, assim como para o programa de reciclagem de rolhas de cortiça
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
50 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

“Green Cork”, e tem envolvido a comunidade escolar na valorização de um recurso económico importante
e fundamental à conservação dos montados de sobro. O projecto objectiva-se na organização de um
programa de reciclagem de rolhas de cortiça “Green Cork”, com um concurso de recolha de rolhas nos
vários estabelecimentos escolares e a realização de diversos trabalhos alusivos ao tema, assim como de
várias sessões de sensibilização.

D ADOS ESTATÍSTICOS

O facto da Quercus fazer parte da “Rede de Professores Coordenadores de Projectos de Educação


Ambiental”, tem permitido
Professores em mobilidade, ações em números 2012- desenvolver uma acção mais
2013
directa e eficaz sobre o seu
Docente Nuno Sequeira
ONGA QUERCUS público-alvo, diversificando em
Projeto/programa Educação ambiental grande medida as acções de
Pré-escolar 2 Educação Ambiental para a
1º ciclo 3
Nº total de Sustentabilidade desenvolvidas,
escolas por nível 2/3º ciclo 123
de escolaridade Secundário 103 aumentando o seu número,
Outro (profissionais, frequência e abrangência
…) 12
geográfica e permitindo alargar a
Nº total de municípios envolvidos
19 sua rede de parcerias, na
Nº total de Alunos organização e co-organização de
31.123
diversas iniciativas.
Coordenadores
Nº total de 147
professores Assim, apresentam-se de seguida
outros
515
os dados referentes aos Projectos
Outros participantes (funcionários, pais,
técnicos, formadores, estudantes ensino de Educação Ambiental para a
sup. empresários, etc.) 3.513 Sustentabilidade de âmbito
Nº de participantes em seminários, nacional, desenvolvidos no Ano
Wshps, jornadas, …
1.405 Lectivo 2012/2013, dado ser este o
período para o qual já existem dados finais. É de prever, em função da continuidade de vários projectos e
da boa adesão que se tem verificado, que no actual Ano Lectivo de 2013/2014 os valores apresentados
se mantenham sensivelmente iguais, ou com poucas variações.

PERSPECTIVAS FUTURAS

Na situação actual, é preciso não esquecer que a crise que atravessamos actualmente é não só económica,
mas também ambiental, isto apesar do enfoque dos últimos tempos, tanto ao nível da comunicação social
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
51 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

como do discurso político, se centrar apenas na vertente económica. Continuamos a enfrentar problemas
mundiais tão graves como o aquecimento global e a perda de biodiversidade, que em conjunto com o
crescimento exponencial da população humana e a alteração dos seus padrões de consumo, podem vir a
ter a consequências catastróficas no futuro do nosso planeta. A espécie humana tem vindo a adoptar um
padrão de desenvolvimento completamente insustentável, assente na depleção crescente dos recursos
naturais e esperemos que a actual crise possa realmente funcionar como uma oportunidade para
evoluirmos para um outro paradigma, que garanta um futuro mais sustentável.

Neste sentido, o trabalho de mobilização da sociedade portuguesa para as questões ambientais é


fundamental, e sendo certo que vivemos hoje em dia numa sociedade bastante mais sensibilizada para as
temáticas ambientais, é essencial que as pessoas se mantenham realmente proactivas e se envolvam
enquanto cidadãos na defesa dos recursos naturais. A Quercus, enquanto Organização Não-
Governamental de Ambiente, através do desenvolvimento da sua actividade e dos projectos de Educação
Ambiental para a Sustentabilidade em particular, está certamente disponível para dar o seu contributo na
superação desses desafios e a colaborar para que os temas relacionados com o Ambiente estejam na
ordem do dia e na linha da frente das prioridades nacionais.

A participação da Quercus na “Rede de Professores Coordenadores de Projectos de Educação Ambiental”


é pois fundamental a este nível e espera-se que no futuro o trabalho desenvolvido possa continuar a ter
o mesmo nível de regularidade e de participação, eventualmente sendo mesmo alargado a outras
temáticas e projectos, de modo a que a população portuguesa, e em especial a escolar, possa manter a
Quercus como um parceiro de referência na área da Educação para a Sustentabilidade.

Mais informações em: www.quercus.pt

https://www.facebook.com/Quercus
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
52 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

7. SPEA - SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS


AVES

Docente: Carlos Cruz


ccruzkau@spea.pt
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
53 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

N OTAS BIOGRÁFICAS : C ARLOS CRUZ | SPEA

O coordenador

Carlos Miguel Gonçalves Cruz da Cruz, nascido e residente em


Évora onde se licenciou em Ensino de Biologia e Geologia. Mestre
em Gestão de Recursos Biológicos pela Universidade de Évora.

Docente em mobilidade estatutária ao abrigo do protocolo entre


o Ministério da Educação e o Ministério do Ambiente, entre 1996
e 2010 (LPNAlentejo); 2013/14 (SPEA) na coordenação de
Projetos de Educação Ambiental.

Organizador regional no atlas de aves nidificantes (1999/2005);


atlas de migradores e invernantes 2011/12.

Exerceu funções técnico-pedagógicas na CCDRAlentejo em


2010/11.

Exerceu funções docentes no ensino básico e secundário, tendo dinamizado, entre outros projectos
Clubes de Ambiente/Natureza, em Mora, Torrão, Portel e Évora.

Actual director do Ciamb, Centro de Iniciação ao Ambiente/Espaço Ambiente, em Évora fundado em 1989.

Anilhador de aves credenciado pelo ICNF desde 1991.

Galardoado com: 2º Prémio no Concurso “Conhecer para melhor estimar”, com a monografia: -
Considerações Gerais sobre a Ocorrência e a problemática da Conservação dos Grous Grus grus L. em
Áreas de Invernia no

Alentejo. Ministério do Planeamento e da Administração do Território – C. Coor. Região Alentejo em 1989;


1º Lugar, na categoria de Zonas Húmidas com o

Projecto: “Prospecting the forests and wetlands of South Guinea-Bissau”. Pela BP Conservation
Expedition Award BirdLife International and Fauna and Flora Society

Preservation em 1994 e Prémio Conservação da Natureza Quercus em 1996.

Associado da LPN desde1984, da Quercus desde 1985 e da SPEA desde 1993 tendo sido associado
fundador.
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
54 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

7.1. P ROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 Breve caracterização da ONGA

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma associação científica sem fins lucrativos que
promove o estudo e a conservação das aves em Portugal. Foi fundada a 25 de novembro de 1993 e
correspondeu a um desejo manifestado por um grande número de profissionais e amadores que
desenvolviam atividade na área da Ornitologia e conservação da avifauna. Em julho de 2012, a SPEA foi
reconhecida como entidade de utilidade pública.

Atualmente com cerca de 3400 sócios, a SPEA desenvolve projetos de conservação da Natureza em
território Nacional e também em parceria no estrangeiro (Cabo Verde, São Tomé e Espanha).

A sensibilização ambiental e a promoção do Birdwatching são também duas das suas prioridades.

A SPEA tem como missão trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats,
promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das
gerações futuras.

Principais objetivos

 Promover, dinamizar e divulgar o estudo da biologia das aves e desenvolver as bases


científicas e técnicas para a aplicação de medidas de gestão e conservação;

 Promover a conservação das populações de aves que vivem no estado selvagem e dos seus
habitats, em particular no território português;

 Contribuir para a valorização e promoção da Ornitologia, nas suas diversas vertentes, através
da elaboração e divulgação de princípios orientadores desta disciplina;

 Contribuir para a formação da população em geral e grupos específicos sobre a avifauna, a


Ornitologia e outras atividades ligadas à observação de aves, e à divulgação da importância
de conservação das mesmas.

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

 Aprender e conhecer com as aves

Objetivos

 Conhecer as ZPE (Zona de Protecção Especial para as aves) com características estepárias.

 Promover a divulgação das zonas classificadas no Alentejo que visam a conservação das espécies
de aves estepárias.

 Cultivar o gosto pela natureza.


PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
55 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 Sensibilizar para a necessidade de conservar o elenco das espécies destas ZPE muitas delas com
estatuto de ameaça.

 Desenvolver atividades lúdico- pedagógicas.

 Metodologia

 Recorrer a modelos em pasta de papel representando cinco das espécies de aves emblemáticas
da região alentejana.

 Através dos modelos são abordadas as questões que se prendem com a conservação de
populações destas espécies como abandono de práticas agrícolas tradicionais, caça, alterações
climáticas…

 Nas sessões com cada grupo-turma promovemos a divulgação e a importância de áreas


protegidas para a conservação da biodiversidade geralmente do desconhecimento dos jovens e
docentes envolvidos na ação, salientamos a importância da Rede Natura 2000 e procuramos
promover práticas agrícolas tradicionais que potenciam a existência de aves estepárias
ameaçadas.

Publico alvo

Estas ações destinam-se essencialmente a alunos do 4º ano.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo Publico Escolas Nº prof


a Sec.
Aprender e Conhecer 22 950 - 18 22 45
com as Aves
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
56 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 Spring Alive

Objetivos

 Contribuir para a divulgação de conhecimentos sobre as


migrações em particular das aves.

 Sensibilizar para a conservação de habitats importantes para


algumas espécies de aves migradoras.

 Estimular a participação num projeto comum internacional,


que conta com parceiros de vários países europeus e
africanos.

Metodologia

Sessões dirigidas a grupos-turma de vários níveis de ensino com apoio de uma apresentação sobre as cinco espécies
migradoras do projeto – Cegonha-branca; Andorinha-das-chaminés; Abelharuco; Andorinhão e Cuco-canoro.

A apresentação é acompanhada também com informação por nós fornecida sobre as espécies e suas migrações em
suporte de papel.

As sessões têm duração máxima de 45 minutos nas quais se sugere a docentes e alunos que disponibilizem as suas
observações no portal www.springalive.net à semelhança de milhares de participantes alunos de escolas na região
euroasiática e continente africano. Está em constante atualização durante o período aberto aos contributos dos
observadores.

Este desafio é feito no período compreendido entre 1 de fevereiro e 30 de junho.

Publico alvo

Procuramos dirigir-nos a turmas do 2º,3º Ciclo e Secundário no entanto qualquer tipo de publico pode participar.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Publico Escolas Nº prof


Sec.
Spring Alive 12 44 900 40 22 50
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
57 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

 Programa Antídoto Portugal

Objetivos

Dar continuidade à divulgação do programa, principalmente junto de


escolas de regiões mais afetadas pelo uso ilegal de veneno.

Sensibilizar para a conservação de habitats e biodiversidade.

Metodologia

Utilizar como principal recurso os dados recolhidos ao longo dos anos com especial destaque para o período 2003/08
sobre episódios detetados que envolveram utilização ilegal de venenos e consequências nefastas para a fauna de
necrófagos e animais domésticos.

Distribuir material informativo produzido pela plataforma de associações envolvidas no Programa Antídoto Portugal
junto das turmas do 8º ano, pois consideremos que são o público alvo com mais ligação a esta temática visto que
abordam as relações de predação e competição na disciplina de ciências naturais. Exploração de uma apresentação
digital fornecida pela Plataforma Antídoto Portugal, por nós adaptada para que possa ser utilizada por alunos e
docentes do 3º Ciclo.

Publico alvo

Turmas 8ºAno Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Publico Escolas Nº prof


Sec.
Antídoto Portugal - - 750 - 18 34

 Festival Internacional de Observação de Aves de Sagres

Objetivos

 Garantir atividades cientifico-pedagógicas enquadradas no evento


como captura e marcação de aves Passeriformes.

 Realização de várias sessões de anilhagem nas zonas conhecidas de


passagens de aves em migração destinadas aos participantes no festival.

 Dar formação sobre a identificação de espécies.

 Integrar a componente científica em programas de turismo de


natureza.

Metodologia
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
58 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

Realização de sessões de captura e anilhagem de aves Passeriformes a partir das quais se exemplifica o conjunto de
métodos que envolvem esta prática bem como aspetos relacionados com a identificação de espécies e outros
parâmetros que são recolhidos no âmbito desta atividade.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Sec. Publico Escolas Nº prof


Festival Sagres - - - 800 3 7

 Outras actividades

No âmbito de pedidos solicitados por escolas e outras instituições, tentamos sempre corresponder aos mesmos desde
que se enquadrem nos temas e que visem os públicos-alvo considerados prioritários. Como principais exemplos, têm-
se realizado visitas de estudo, sessões de anilhagem, contagens e monitorizações de populações de espécies da nossa
avifauna.

Pré 1ºCiclo 2ºCiclo a Publico Escolas Nº


Sec. prof
Visitas de Estudo, Anilhagens, Grous, 45 24 350 20 9 16
Abetardas, Cegonhas

Mais informações em: http://www.spea.pt

https://www.facebook.com/spea.Birdlife?fref=ts
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADEREDE
59 DE 2013-14
DOCENTES EM MOBILIDADE

FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃO Francisco Teixeira


Lurdes Soares

Isaura Vieira

Sílvia Castro

António Proença

Paula Abreu

TEXTOS Carlos Cruz

Guilhermina Galego

Joaquim Ramos Pinto

Lucília Guedes

Margarida Gomes

Nuno Sequeira

9 de maio de 2014

Você também pode gostar