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Sétima Lista de Mecânica Quântica: 11/11/19

1. Siga os passos presentes no livro do Griffiths e desenvolva a teoria de perturabação,


tanto para estados não degenerados, como degenerados. Faça os exemplos 6.1 e 6.2.
No gradaluno você tem uma versão alternativa.
2. Considere uma partı́cula de massa m numa caixa de potencial definida por V (x) = 0
se |x| ≤ L/2 e V (x) = ∞ para |x| ≥ L/2. Determine a correção de ordem mais baixa
na energia para as seguintes perturbações: (a) W (x) = αx e (b) W (x) = α|x|.
3. Um sistema fı́sico é descrito por um Hamiltoniano cuja representação matricial é
 

1 C 0 
H=


C 3 0 


,
0 0 C −2
onde C << 1 é uma contante. Por teoria de perturbação, ache os autovalores até
segunda ordem em C. Compare-os com os valores exatos expandidos até essa ordem.
4. Griffiths Prob. 6.1 reescrito - Os nı́veis do poço quadrado infinito (onde V (x) = 0
para 0 < x < a e ∞ fora) é perturbado por H 0 = αδ(x − a/2). Calcule as
correções de primeira ordem em α para todos os nı́veis de H 0 . Expresse as correções
de segunda ordem em α, para todos os nı́veis En de H 0 , em termos da soma
S = m ı́mpar6=n 1/(n2 − m2 ). Mostre que essa correção no estado fundamental é
P

negativa, isto é, ela abaixa a energia En .


5. Griffiths Prob. 6.2 - A constante de mola de um oscilador sofre a alteração k para
(1 + )k. Escreva as novas autoenergias, exatas, desse oscilador (é trivial). Expanda
até segunda ordem em . Em seguida, determine as energias de todos os nı́veis usando
teoria de perturbação até segunda ordem. Para isso, é conveniente escrever x em
termos dos operadores a e a† .
6. Uma partı́cula com spin 1 é regida pelo hamiltoniano (escrito na base dos autoestados
de Sz , isto é, na base {|0i, | − 1i, |1i})
 

0 0 0 
H 0 = αSz2 = 


0 α 0 


.
0 0 α
Uma perturbação H 0 = βSz passa a atuar nessa partı́cula. Obtenha as correções
até segunda ordem (em β) no autovalor não degenerado e em ordem mais baixa nos
autovalores e autovetores degenerados. É fácil diagonalizar exatamente H 0 + H 0 e
comparar os resultados. Você pode também resolver outro exercı́cio simplesmente
trocando os papéis de H 0 e H 0 , isto é, considerando agora α << β.
7. Repita o exercı́cio anterior, mas com H 0 = bSx2 . Faça um gráfico das energias
versus o valor de b. Observe como ao fazer b → 0 os novos autovalores tendem
aos não perturbados, (logicamente), mas os novos autovetores continuam os mesmos!
Aparentemente isso não é lógico, ou esperado, mas é que no subespaço degenerado
os novos autovetores são combinações lineares dos autoestados degenerados de H 0 ,
portanto, também são autoestados de H 0 . É muito importante que você entenda essa
afirmação!
8. Um estudo da camada n = 3 do átomo de hidrogênio pretende levar em conta os
momentos angulares orbitais e o spin eletrônico. Da equação de Dirac sabe-se que o
espectro de energias depende apenas do momento angular total J~ = L ~ + S.
~ Diga,
então, quantos valores de energia teremos e suas respectivas degenerescências?
~ ·S
9. Mostre que L ~ comuta com os operadores L2 , S 2 , J 2 e Jz , sendo J~ = L
~ + S.
~

10. Quais os possı́veis valores do spin total na soma de três spins 1/2? Ver Prob. 4.35
do Griffiths. Quais os valores das componentes z que aparecem nessa soma, e quantas
vezes cada uma aparece?
11. Responda, sucintamente, as seguintes perguntas:
(a) quais são as ordens de grandezas envolvidas nas interações Coulombiana, fina e
hiperfina? Expresse seus resultados em função de mc2 e constantes fundamentais,
e também em elétron volts.
(b) O átomo de hidrogênio emite a radiação de 21 cm, famosa em rádio-astronomia.
Quais são os nı́veis de energia envolvidos e a origem dos mesmos (ou seja, as
interações responsáveis)?
(c) Qual (quais) termo(s) da interação fina não remove(m) a degenerescência do nı́vel
2s e por quê?
(d) Por que a interação fina não levanta a degenerescência do nı́vel 1s do hidrogênio?
(e) Por que a interação fina não tem elementos de matriz entre os estados 2s e 2p?
12. O teorema do virial aplicado ao potencial do hidrogênio resulta na igualdade: hEc i =
−En e hV i = 2En . Com isso, determine o valor médio de 1/r em qualquer estado ψnlm .
Ele é utilizado na correção relativı́stica. (Cuidado, não escreva que h1/ri seja igual a
1/hri; são bem diferentes!).
13. Griffiths, Prob. 6.38 - Considere o efeito Stark para o estado n = 3 do hidrogênio
(sem considerar spin). Coloque o campo elétrico apontado em ẑ. Monte a matriz
de perturbação (9×9) e identifique todos os elementos nulos (por paridade ou pela
comutação da matriz de perturbação com outros operadores). Os elementos não nulos
podem ser obtidos do enunciado do problema no livro.
14. A interação fina tem ainda o termo de Darwin, HD0 = (h̄2 /8m2 c2 )∇2 V (r). Como
∇2 V (r) = −4πe2 δ(~r), essa perturbação afeta apenas os nı́veis com funções de onda
não nulas na origem, ou seja, orbitais s. Obtenha a correção de primeira ordem na
energia de um estado qualquer ψn,l,m e mostre que sua ordem de grandeza é α4 mc2 ,
tı́pica da interação fina. Pesquise a origem de HD0 .
15. Opcional. Obtenha os coeficientes de Clebsch-Gordan para a soma de dois spins 1/2.
Idem para dois spins 1.

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