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BED I e BEB I Prof. Dr.

Carlos Fonseca
1. PHYLUM CHORDATA

Caracterização geral;

Filogenia;

Características mais relevantes;

Filogenia do grupo CHORDATA

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERIZAÇÃO GERAL
- Não é o filo que apresenta
maior diversidade nem maior
número de espécies;

- Porquê o interesse neste filo?

1) Humanos pertencem aos


cordados;
2) A sua constituição (partes
duras, etc.) torna-os destacados
registos fósseis, importantes na
definição dos fenómenos
evolutivos;
3) Os cordados mais avançados
são extremamente complexos
não só ao nível da organização
biológica como ao nível dos
mecanismos evolutivos.
(adaptado de Kardong, 2005)

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1. PHYLUM CHORDATA

FILOGENIA
1) Organismos CELOMADOS:
Possuem uma cavidade interna repleta de fluidos, totalmente delimitada
pela Mesoderme.

Animal acelomado (acima à esquerda)


representado por um platelminte, animal
pseudocelomado (à esquerda)
representado por um nemátodo e animal
celomado (acima à direita) representado por
um ser humano.

(adaptado de: http://www.simbiotica.org/animalia.htm)

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1. PHYLUM CHORDATA

FILOGENIA
2) Organismos com um Plano Corporal com SIMETRIA BILATERAL :
As metades direita e esquerda do corpo são a imagem espelhada uma da outra.

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1. PHYLUM CHORDATA

FILOGENIA
3) Organismos DEUTEROSTÓMIOS :
Os animais c/ simetria bilateral podem apresentar, aparentemente, duas linhas
embrionárias evolutivas independentes:

• PROTOSTOMIA – a mesoderme forma-se a partir de duas células endodérmicas


localizadas junto ao blastóporo, que vão originar os folhetos parietal (externo) e
visceral (interno) que envolvem o celoma. Todos os animais com este tipo de
desenvolvimento são protostómios (a boca definitiva forma-se directamente a
partir da boca embrionária ou blastóporo). Incluem os acelomados e
pseudocelomados);

• DEUTEROSTOMIA – a mesoderme forma-se a partir de duas evaginações da


parede do arquêntero, ou seja da endoderme, que ao se individualizar desta
formam os mesmos dois folhetos. Todos os animais com este tipo de
desenvolvimento são deuterostómios (a boca definitiva forma-se secundariamente
no lado oposto ao blastóporo, originando este o ânus).

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1. PHYLUM CHORDATA

FILOGENIA

Relações Filogenéticas
entre os principais grupos
de animais

(adaptado de Kardong, 2005)

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1. PHYLUM CHORDATA

FILOGENIA

Fóssil mais antigo: Yunnanozoon lividum do Câmbrico (há 542 M.a.), na China.

Os cordados dividem-se em três grupos taxonómicos de diferentes dimensões:


1) CEPHALOCHORDATA (anfioxo);
2) UROCHORDATA (Tunicados: ascidia, salpas e appendicularia);
3) VERTEBRATA (vertebrados).

O QUE DEFINE UM CHORDATA (Cordado)?


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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

NOTOCORDA DORSAL
Estrutura de origem mesodérmica, semelhante a um bastonete de células
contendo uma matriz gelatinosa envolvida por tecido conjuntivo fibroso, presente
pelo menos durante parte do ciclo de vida.
A notocorda é a primeira estrutura de sustentação do corpo de um cordado,
formando-se no embrião acima do intestino primitivo.
Esta estrutura longitudinal, situada entre o tubo digestivo e a corda dorsal, é
flexível mas rígida, sendo sobre ela que os músculos locomotores actuam.
Permanece nos cordados mais primitivos e, na maioria dos vertebrados, acaba
por ser substituída pela coluna vertebral;
Há, no entanto, vestígios da notocorda, no material gelatinoso entre as vértebras.

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

NOTOCORDA DORSAL

Tecido Conjuntivo Fibroso;

Bainha de colagénio;

Vacúolos nas células da notocorda.

CT da Notocorda

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

TUBO NERVOSO DORSAL


Tubo oco (exclusivo dos cordados), ao contrário dos invertebrados onde o
cordão nervoso era maciço, presente pelo menos durante parte do ciclo de vida;
Forma-se no embrião jovem na superfície dorsal através de uma invaginação
da ectoderme localizada acima da notocorda;
A sua extremidade anterior, principalmente nos vertebrados, diferencia-se em
encéfalo, protegido pelos ossos do crânio;
As restante partes diferenciam-se na espinal medula e restante Sistema Nervoso
Central.

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

TUBO NERVOSO DORSAL

(adaptado de Kardong, 2005)

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

TUBO NERVOSO DORSAL

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

FENDAS BRANQUIAIS
Fendas localizadas na região faríngica, geralmente em número de sete, presentes
pelo menos durante o desenvolvimento embrionário a partir de uma evaginação
da endoderme da faringe e de uma invaginação correspondente da ectoderme
da parede do corpo.
As fendas são suportadas e mantidas abertas por arcos esqueléticos entre elas
– arcos branquiais. Originariamente servem para a alimentação.
Nos vertebrados superiores, que respiram por pulmões, estas fendas apenas
existem durante o desenvolvimento embrionário. Nos peixes os arcos branquiais
vão originar as brânquias funcionais do adulto, enquanto noutros vertebrados
nunca são funcionais e acabam por fechar e originar estruturas completamente
diferentes, como as mandíbulas, cartilagens da faringe ou ossículos do
ouvido.
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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

CAUDA
Todos os embriões cordados apresentam uma extensão do corpo posterior ao
ânus, cujo desenvolvimento varia com os diferentes grupos.
Primariamente a cauda é uma extensão do aparelho locomotor dos cordados,
da musculatura segmentada e da notocorda (nos protocordados).
A cauda pode servir para a locomoção, natação, apoio do corpo, defesa,
para agarrar ou para, p.e., espantar insectos. Vestigial nos Humanos.

Cauda pós-anal de um
Anfioxo.

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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

ENDÓSTILO OU GLÂNDULA TIRÓIDE


Situado ventralmente, em forma de sulco e ciliado, o endóstilo, situado na
zona ventral da faringe produz uma secreção mucosa rica em iodo usada
para a captura de alimento.
O endóstilo é considerado o percursor da Glândula Tiróide.
Muito provavelmente todos os cordados possuem endóstilos ou tiróides.
As Glândulas tiróides só existem nos cordados.

1. Pharynx
2. Gill bars
3. Endostyle
4. Hepatic caecum
5. Gonads

Endóstilo no anfioxo
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1. PHYLUM CHORDATA

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UM CORDADO

NOTOCORDA DORSAL
TUBO NERVOSO DORSAL
FENDAS BRANQUIAIS
CAUDA
ENDÓSTILO OU GLÂNDULA TIRÓIDE

Estão presentes temporariamente no desenvolvimento embrionário;

Podem persistir no estado adulto;

Exclusivas dos CORDADOS.

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1. PHYLUM CHORDATA

FILOGENIA DO GRUPO CHORDATA

As mixinas ou enguias do lodo são “peixes” marinhos, de águas frias, com forma de enguia e sem maxilas.
Não possuem um verdadeiro esqueleto interno. Possui corda dorsal e o crânio é incompleto.
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1. PHYLUM CHORDATA

CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA
Subphylum Urochordata
Subphylum Cephalochordata
Subphylum Vertebrata
Superclasse Agnatha
Classe Myxini
Classe Cephalaspidomorphi
Superclasse Gnathostomata
Classe Chondrichthyes
Classe Actinopterygii
Classe Sarcopterygii
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia
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2. PHYLUM CHORDATA: “PROTOCORDADOS”

(adaptado de Kardong, 2005)

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2. PHYLUM CHORDATA: “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

- “Conjunto informal” de animais e não propriamente um grupo taxonómico;

- Todos os protocordados possuem as cinco características básicas de um


Cordado (excepto os Hemicordados);

- Cordados Primitivos ou Cordados Invertebrados, pois são simples, não


apresentando crânio nem coluna vertebral. A única estrutura sustentável é a
notocorda, que pode estar ausente nos adultos;

- Marinhos, alimentando-se através de cílios. Podem ser pelágicos, enquanto


larvas (planctónicos) e bentónicos, quando adultos. Alguns enterram-se no
substrato, outros são sésseis. Há também adultos solitários e coloniais;

- Podem ser dióicos ou monóicos (gónadas masculinas e femininas no mesmo


indivíduo);

- Grande importância para compreender a origem dos cordados, nomeadamente


dos vertebrados.

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2. PHYLUM CHORDATA: “PROTOCORDADOS”

PHYLUM HEMICHORDATA

CLASSES Graptolithina (†),


Enteropneusta
Pterobranchia

(PHYLUM CHORDATA)

SUBPHYLUM UROCHORDATA

CLASSES Ascidiacea
Larvacea
Thaliacea

SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA

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2. PHYLUM HEMICHORDATA: “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

- Pequeno filo com cerca de 85 espécies conhecidas actualmente, que


apresentam afinidades com os cordados;

- Não possuem, no entanto, qualquer estrutura semelhante à corda dorsal


dos cordados nem à cauda pós-anal;

- Animais vermiformes, de corpo mole, marinhos, vivendo em tubos


permanente ou temporariamente;

- Celoma tripartido;

- Tubo neural oco numa região do corpo;

- Duas Classes bastante diferentes (há autores que as consideram dois fila):

Enteropneusta e
Pterobranchia

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2. PHYLUM HEMICHORDATA : “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

(adaptado de Kardong, 2005)

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2. PHYLUM HEMICHORDATA : “PROTOCORDADOS”

PHYLUM HEMICHORDATA – Classe ENTEROPNEUSTA


- Corpo dividido num probóscis (probóscide) ou prossoma, num colar ou
mesossoma e num tronco ou metassoma;
- Parede do corpo formada por uma epiderme ciliada rica em células glandulares
mucosas;
- Um camada de músculos circulares e uma camada de músculos longitudinais
na probócide e no colar. Tronco – músculos longitudinais;
- Cavidade bucal com um divertículo localizado no probócis (inicialmente
confundido com uma notocorda – dando origem ao nome do Filo);
- Sistema digestivo c/ boca abrindo ventralmente, na transição do probócis para o
colar, faringe e intestino localizados no tronco, ânus terminal;
- Faringe c/ 1 ou mais pares de fendas que comunicam com os sacos branquiais
que abrem para o exterior através de poros branquiais (cílios provocam correntes
de água com um papel fundamentalmente alimentar);
- Sistema circulatório aberto; - Não possuem sistema excretor;
- Sistema nervoso muito primitivo (rede nervosa sub-epidérmica);
- Sexos separados, fecundação externa, segmentação radial. Desenvolvimento
com larva tornaria.
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2. PHYLUM HEMICHORDATA: “PROTOCORDADOS”

PHYLUM HEMICHORDATA
Classe ENTEROPNEUSTA

Marinhos de águas baixas


e profundas;

Escavam galerias no
sedimento arenoso,
com a ajuda da probóscis.

A probóscis é também
usada na alimentação e
locomoção;

Filtradores

(adaptado de Kardong, 2005)

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2. PHYLUM HEMICHORDATA: “PROTOCORDADOS”

PHYLUM HEMICHORDATA
Classe ENTEROPNEUSTA

(adaptado de Kardong, 2005)

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2. PHYLUM HEMICHORDATA: “PROTOCORDADOS”

PHYLUM HEMICHORDATA – Classe PTEROBRANCHIA


- Hemicordados sésseis, usualmente tubícolas e coloniais;

- Cada zoóide tem poucos milímetros de comprimento ligado mediante um


pedúnculo a um ramo esquelético horizontal comum a toda a colónia;

- Probócis achatado, que suporta braços com tentáculos e que segrega o tubo
onde vive o zoóide, um colar, um tronco e um pedúnculo;

- Diferenciação de tentáculos contendo extensões de mesocélio (filtradores)

- Sistema digestivo em U, sem fendas faríngicas;

- Sistema circulatório sem vasos distintos;

- Sistema nervoso totalmente sub-epidérmico;

- Animais em geral dióicos;

- Reprodução sexuada ou assexuada.

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2. PHYLUM HEMICHORDATA: “PROTOCORDADOS”

PHYLUM HEMICHORDATA – Classe PTEROBRANCHIA

(adaptado de Kardong, 2005)

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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

- Compreende cerca de 2000 espécies marinhas, das quais a Ascidia é o


organismo mais representativo;

- Solitários ou coloniais. Adultos maioritariamente sésseis;

- Cobertos por uma túnica de fibras de tunicina (substância celulósica) e


Hidratos de Carbono (TUNICADOS);

- Pelo menos uma numa fase do seu desenvolvimento apresentam todas as


cinco características básicas de um cordado (e.g. – estado larvar);

- Alimentam-se de plâncton por filtração das partículas em suspensão.


Possuem dois sifões (inalante e exalante);

- Sistema Digestivo completo, em forma de U;

- Sistema Circulatório com um coração e dois vasos longitudinais;

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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

- Monóicos (Hermafroditas). Desenvolvimento indirecto: Apresentam


metamorfoses;

- Três Classes:
Ascidiacea (larva pelágica - nadadora; adulto – séssil)
Larvacea (pelágicos, flutuando no plâncton) e
Thaliacea (pelágicos, flutuando no plâncton).

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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

ASCIDIACEA - larva

- Larva móvel e nadadora;


- Possui as 5 características básicas de um cordado: notocorda dorsal, tubo
Nervoso dorsal, fendas branquiais, cauda pós-anal e endóstilo;
- A partir do momento em que a larva se fixa a um substrato (p.e. rochas, docas,
etc.) entra em metamorfose e perde estas características.
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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

ASCIDIACEA - metamorfose

5 minutos

18 horas
48 horas

- Os discos adesivos (tb. papilas adesivas) contribuem para que a larva se fixe ao
substrato;
- Ocorre uma rotação das fendas branquiais, com a reposição dos sifões;
- Grande parte do complexo axial (músculo, notocorda e tubo nervoso) é
reabsorvido, a rotação completa-se e temos um juvenil diferenciado.
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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

ASCIDIACEA – ciclo de vida

(adaptado de Kardong, 2005)

BED I e BEB I Prof. Dr. Carlos Fonseca Stolon – estolho (rebento)


2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

LARVACEA
- Conhecem-se cerca de 70 espécies;
- Pequenos animais marinhos, com alguns
milímetros de comprimento (5 mm), vivendo
por entre o plâncton;
- Os adultos mantém as características
larvares (daí LARVACEA), semelhantes às
larvas das ascídeas (também
APPENDICULARIA).
- Dois sifões em posição anterior
- Cauda com a notocorda e tubo neural;
- Não possuem túnica típica dos
urocordados. Segregam um material
gelatinoso formando um casulo, mudado
com frequência (16 x/dia);
- Solitários e a reprodução é sexuada.

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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

LARVACEA

(adaptado de Hickman, 2004)

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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

THALIACEA
- Conhecem-se cerca de 70 espécies
planctónicas de salpas, que são
transparentes e algumas
bioluminiscentes (vivem nas águas quentes);
- Filtradores: Alimentam-se à medida
que vão nadando. O alimento entra pelo
sifão inalante (há a criação de uma
corrente de água), passa pelos
inúmeros poros da faringe (que ocupa
grande parte do corpo), onde é
“capturado” pelo muco, é filtrado e
segue para o sifão exalante, sempre
com a ajuda de cílios;
- Aberturas oral e atrial em lados
opostos; Sem notocorda;
- Algumas espécies são coloniais e a
reprodução pode ser assexuada por
brotamento.
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2. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM UROCHORDATA “PROTOCORDADOS”

THALIACEA – colónia

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

A. E. Brehm (1824-1884) in “Vida dos Animais” sobre o Anfioxo (Branchiostoma sp.)

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

O anfioxo pode ser considerado como a imagem dos nossos mais antigos ancestrais, um
peixe primitivo ou um animal vermiforme dotado de notocorda, a qual lhe dá sustentação.

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL
- Compreende cerca de 25 espécies marinhas (mares temperados e tropicais),
sem túnica, geralmente designados por Anfioxos;

- Solitários. Animais bentónicos (sedimentos móveis – areia) de águas pouco


profundas, enterrados no sedimento com a extremidade anterior sobressaindo
à superfície. Movimentos natatórios (flexões laterais do corpo);

- Corpo achatado lateralmente (ca. 5 a 7,5 cm);

- Musculatura formada por uma série de unidades em forma de V (miómeros),


separadas por septos de tecido conjuntivo (mioseptos). Os músculos do tronco
são segmentados = VERTEBRADOS;

- Boca protegida por uma coroa oral de cirros sensoriais;

- Metade do tubo digestivo formado por uma faringe perfurada com cerca de
100 arcos branquiais. Curto intestino médio e um intestino posterior.
Ânus assimétrico localizado do lado esquerdo;

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA “PROTOCORDADOS”

CARACTERIZAÇÃO GERAL

- Sistema circulatório fechado. Sem coração, sendo a circulação assegurada


por movimentos peristálticos;

- Sistema excretor formado por protonefrídios;

- Sistema nervoso central dorsal sem dilatação anterior;

- Sexos separados (dióicos), fecundação externa. Larva pelágica, plânctónica


idêntica ao animal adulto (NEOTENIA);

- Os adultos apresentam todas as cinco características básicas de um cordado;


A notocorda estende-se até à Região Anterior do Anfioxo – Cefalocordado;

- Alimentam-se por filtração (corrente de água provocada pelos cílios laterais dos
arcos branquiais) das partículas em suspensão, à semelhança dos restantes
protocordados. Consomem microorganismos e fitoplâncton.

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA “PROTOCORDADOS”

ANFIOXO
Branchiostoma lanceolatum

BED I e BEB I Prof. Dr. Carlos Fonseca Wheel - rotação


3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM CEPHALOCHORDATA “PROTOCORDADOS”

ANFIOXO
Branchiostoma
lanceolatum

- Enterram-se no
sedimento arenoso;

- Reduzida
cefalização;

- Expansões
tegumentares
“Barbatanas”;

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM VERTEBRATA

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM VERTEBRATA

CARACTERIZAÇÃO GERAL
- Animais aquáticos (marinhos e de água doce), terrestres e aéreos (48500 sps);

- Possuem (pelo menos durante uma parte do seu desenvolvimento) as cinco


características básicas de um cordado (notocorda dorsal, tubo nervoso dorsal,
fendas branquiais, cauda pós-anal e endóstilo ou glândula da tiróide);

- Solitários de vida livre;

- Corpo com endoesqueleto (tecido vivo em peças articuladas), que inclui


inicialmente a notocorda, substituída posteriormente por cartilagem ou ossos
(e.g. COLUNA VERTEBRAL) e uma caixa craniana – CRANIATA;

- A coluna vertebral, que se estende desde a base do crânio até ao extremo da


extremidade posterior do corpo, é constituída por vértebras de onde partem os
arcos neurais dorsais que protegem o cordão dorsal nervoso: espinal medula.
O crânio aloja o encéfalo e possui cápsulas pares que contêm os órgãos dos
sentidos. Ainda na cabeça, podem-se encontrar as mandíbulas (Gnathostomata)
que resultam da evolução dos arcos branquiais;

- Endoesqueleto serve de sustentação e protecção aos órgãos moles e


inserção muscular;
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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM VERTEBRATA

CARACTERIZAÇÃO GERAL

(adaptado de Kardong, 2005)

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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM VERTEBRATA

CARACTERIZAÇÃO GERAL (cont.)


- Epitélio estratificado, constituído por uma epiderme e por uma derme com
numerosas glândulas mucosas nas espécies aquáticas;

- Nas Classes Chondrichthyes e Osteichthyes o corpo está coberto por escamas


de origem dérmica;
- Nos vertebrados terrestres a parte externa queratinizada, com escamas
epidérmicas na Classe Reptilia, penas na Classe Aves e pelos na Classe
Mammalia;

- Os vertebrados apresentam três tipos de músculos: Estriado esquelético


(fixo ao esqueleto, responsável pelo movimento do corpo), estriado cardíaco
(presente no coração e responsável pelo contínuo bombear de sangue pelo
corpo) e liso (presente nas vísceras ocas, como o esófago, estômago, intestino,
bexiga e útero, bem como nas glândulas e vasos sanguíneos, permitindo a
movimentação desses órgãos e seus conteúdos);

- Sistema excretor - a excreção está a cargo dos rins, órgãos especializados


em retirar resíduos do sangue e não do líquido celómico, como era vulgar nos
invertebrados;
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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM VERTEBRATA

CARACTERIZAÇÃO GERAL (cont.)

- Sistema circulatório fechado com um coração ventral bem musculado e


desenvolvido e com 2, 3 ou 4 câmaras. Plasma sanguíneo com glóbulos
vermelhos (hemoglobina) e glóbulos brancos;

- Respiração branquial nas formas inferiores e pulmonar nos vertebrados


superiores. Pulmões desenvolvem-se como evaginações do tubo digestivo;
- Nos vertebrados o sistema nervoso atinge o seu auge, com uma centralização
máxima, com os maiores encéfalos e os padrões comportamentais mais
complexos. O cordão nervoso dorsal possui uma dilatação anterior, o cérebro,
formado por diversas vesículas estrutural e funcionalmente diferenciadas;

- O Sistema digestivo é completo, com diversos compartimentos especializados


(boca, faringe, esófago, estômago e intestino) e glândulas anexas bem
desenvolvidas (fígado e pâncreas);

- Sistema reprodutor - os sexos são separados e cada indivíduo apresenta um


par de gónadas, que descarregam os gâmetas através de ductos que abrem
dentro ou perto do ânus.
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3. PHYLUM CHORDATA – SUBPHYLUM VERTEBRATA

CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA

Subphylum Vertebrata
Superclasse Agnatha
Classe Myxini
Classe Cephalaspidomorphi
Superclasse Gnathostomata
Classe Chondrichthyes
Classe Actinopterygii
Classe Sarcopterygii
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia

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