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Introdução ......................................................................................................................... 2
Objectivos ......................................................................................................................... 2
Objectivo Geral................................................................................................................. 2
Objectivos Específicos ..................................................................................................... 2
Abreviaturas...................................................................................................................... 3
Aula 13 - Revisão de Sistemas: Sistema Urinário e Sistema Genital/ Reprodutivo......... 4
Aula 14 - Revisão de Sistemas: Sistema Hemolinfopoiético, Endócrino e Músculo-
esquelético ........................................................................................................................ 4
Aula 15 - Revisão de Sistemas: Sistema Nervoso e Sistema Psíquico ............................. 6
Aula 16- Registo de anamnese ......................................................................................... 7
Aula 17 - Revisão de Sistemas (1).................................................................................. 10
Aula 18- Revisão de Sistemas (2)................................................................................... 11
Aula 19 - Revisão de Sistemas (3).................................................................................. 12
Aula 20- Trauma e Emergências .................................................................................... 13
Questionários .................................................................................................................. 17
Conclusão ....................................................................................................................... 18
Referencias ..................................................................................................................... 19
Introdução
A semiologia é a disciplina médica que estuda como investigar, encontrar e interpretar
os sinais e sintomas através dos quais as doenças se manifestam no paciente. É uma
disciplina propedêutica, ou seja, cujo conhecimento é imprescindível para o estudo das
doenças e indispensável para se poder fazer um diagnóstico correcto e tomar decisões
clínicas apropriadas. O presente trabalho vai debruçar sobre os conteúdos abordados
durante a primeira aula até a décima segunda aula da disciplina de semiologia.
Objectivos
Objectivo Geral
Conhecer os conteúdos abordado durante a décima terceira aula até a vigésima
aula da disciplina de semiologia.
Objectivos Específicos
Definir os conceitos abordados durante a décima terceira aula até a vigésima
aula da disciplina de semiologia;
Explicar os conteúdos abordados durante a décima terceira aula até a vigésima
aula da disciplina de semiologia.
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Abreviaturas
ex - exemplo
PC-Paralisia Cerebral
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Aula 13 - Revisão de Sistemas: Sistema Urinário e Sistema Genital/ Reprodutivo
Os sintomas cardinais do sistema urinário variam dependendo dos órgãos envolvidos
neste sistema, que incluem: rins, ureteres, bexiga, uretra. Os diferentes órgãos podem ter
sintomas comuns; a associação de outros sintomas e sinais podem ajudar em diferenciar
a origem do sintoma. Sintomas que se manifestam como sintomas urinários podem ser
causados por patologias de outro sistema.
No início da revisão do sistema urinário o clínico irá introduzir a sua investigação com
umas perguntas gerais como: “Esta a urinar sem problemas?” Para depois continuar com
perguntas específicas aos sintomas apresentados.
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Astenia: “O senhor está com cansaço? Sente que quer ficar todo o tempo na
cama e não tem vontade de fazer nada?”
Petéquias, equimoses, hematomas: “O senhor reparou se tem machas um pouco
escuras na pele?” “ Quando o senhor aleija-se aparecem manchas na área que
aleijou?”
Gengivorragia: “Está a sangrar na boca?”;
Hematúria: „A urina tem uma cor escura? Ou mais intensa que o normal?”
Hemorragia digestiva: “As suas fezes estão mais escuras que o normal?”, “Está a
vomitar sangue ou material escuro?”
Linfadenopatias, organomegalias: “Reparou nalguma massa ou nódulos em
alguma região do seu corpo: no pescoço, na área inguinal ou nas axilas?”
Intolerância ao frio ou calor: “O senhor reparou se está a sentir mais frio ou mais
calor que as outras pessoas ao seu redor?”
Alterações de pêlos, hirsutismo: “A senhora reparou que tem pêlos a mais nos
braços, nas pernas? Notou o crescimento de novos pelos nos braços ou pernas?”
Retardo do crescimento: “A sua altura é a mesma dos seus familiares?”, “Acha
que é mais baixo ou alto que a maioria dos seus familiares?”, ‟‟Como tem sido o
seu desempenho na escola/trabalho?‟‟
Polifagia: “Está a comer muito e descontroladamente?”
Polidipsia: “Está a beber muitos líquidos? Mais do que o normal”?
Poliúria: “Está a fazer muito xixi‟?”
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Os sintomas cardinais do sistema músculo-esquelético ou locomotor podem ser a
manifestação de alterações ao nível dos músculos, do esqueleto, ossos, articulações,
tendões, ligamentos, bolsas articulares ou de uma combinação desses. Através de
perguntas específicas o clínico deve indagar sobre os seguintes sintomas do sistema
músculo-esquelético:
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Confusão mental: “O senhor sabe aonde está agora?”, Sabe que dia da semana é
hoje?”
Disfasia, afasia, disartria: avalia-se escutando o paciente e verificando a sua
articulação e coordenação das palavras.
Distúrbios de marcha e do equilíbrio: “Consegue andar normalmente, sem
dificuldade?”; “Quando anda ou fica parado, tem a impressão de estar caindo?”
Escrever pequenas notas numa folha de papel branco enquanto o paciente fala
para lembrar dos pontos importantes, se o clínico não tem muita prática e
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experiência em recolher a anamnese. Com a prática, o clínico aprenderá a
identificar e escolher as principais informações.
Fazer o resumo da anamnese no processo clínico depois de o paciente ter
reportado tudo ou depois do exame físico. Se escreveu notas e tiver certeza,
pode escrever logo de maneira ordenada.
Não ficar escrevendo todo o tempo enquanto o paciente fala, pois vai parecer
que não está a escutar e que a sua atenção está voltada somente às anotações.
Ter sempre consigo um guião de anamnese („roteiro‟) para consulta caso não
lembre dos passos e das perguntas a serem feitas durante a entrevista. Com a
prática, vai-se lembrar de tudo.
Caso use o guião, não deve lê-lo em voz alta em frente do paciente mas, de vez
em quando, olhe para as informações do guião para saber se todas as perguntas
foram abrangidas.
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desordenada, alterando um documento oficial. O clínico é responsável perante a
lei pelos actos que pratica no exercício da sua profissão e assim pode demonstrar
todos os passos feitos no processo de diagnóstico, incluindo eventuais erros que
foram corrigidos.
Caso seja necessário acrescentar informações e se não houver espaço, é preciso
escrever uma nota que explique onde encontra-se o resto da informação
(Exemplo: escrever ver nota 1 na página 2)
Limitar o uso de abreviações e utilizar somente as abreviações universais como
FC, T, FR, PC, que são conhecidas por todos os clínicos.
Caso não seja claro o motivo pelo qual determinados procedimentos ou exames
são pedidos, é preciso explicar e justificar a decisão escrevendo claramente
porque foi decidido seguir esses procedimentos.
Ter certeza de ter registado os sintomas que o paciente está a relatar e de ter
documentado todos os passos necessários na pesquisa das possíveis causas.
Não escrever críticas no processo clínico ou contradizer um colega caso o
clínico não concorde com os achados e/ou as decisões do outro clínico. Neste
caso, é preciso justificar suas decisões diagnósticas e terapêuticas com base em
seus achados e resultados de análise.
Anotar todas as informações providenciadas ao paciente e
familiar/acompanhante. Exemplo: foi explicado como preparar o leite artificial;
ou foi explicado como utilizar o preservativo.
Todas as informações devem ser redigidas no momento da visita, com o paciente
dentro do consultório, para evitar o risco de esquecer detalhes importantes e não
ter a possibilidade de perguntar eventuais dúvidas ao paciente.
Em pouca palavras podemos dizer que, uma recolha e registo organizada, abrangente e
lógica da anamnese é o primeiro passo para oferecer um cuidado de qualidade ao
paciente: vai ajudar o clínico a chegar a um diagnóstico e vai ajudar o paciente na
resolução da sua condição de saúde.
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Ao fazer perguntas durante a anamnese, pode não se seguir o esquema definido mas, no
registo, as informações devem ter uma lógica e uma ordem que permita construir um
processo diagnóstico acurado e específico. O clínico deve respeitar e proteger a
privacidade das informações de cada paciente.
Os sintomas cardinais são diferentes dos sintomas constitucionais ou gerais que são
relacionados com o efeito sistémico da doença, eles afectam o corpo inteiro e não
somente o aparelho específico. Exemplos de sintomas constitucionais são: febre, mal-
estar, anorexia, emagrecimento.
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Sintomas da cabeça e pescoço
Sintomas da pele e anexos
Sintomas das mamas
Sintomas do aparelho cardiovascular
Sintomas do aparelho respiratório
Sintomas do aparelho digestivo
Sintomas do aparelho urinário
Sintomas do aparelho genital-sexual
Astenia: “O senhor está sentindo cansaço? Sente que quer ficar todo o tempo na
cama e não tem vontade de fazer nada?”
Petéquias, equimoses, hematomas: “O senhor reparou que tem manchas na pele
um pouco escuras?” “ Quando o senhor aleija-se aparecem manchas na área que
alejou?”
Gengivorragia: “Está a sangrar na boca?”
Hematúria: “A urina tem uma cor escura ou mais intensa em respeito ao
normal?”
Hemorragia digestiva: “As fezes estão escuras?” “Está a vomitar sangue ou
material escuro?”
Linfadenopatias, organomegalias: “Tem reparado massas ou nódulos em alguma
região do seu corpo, como no pescoço, na área inguinal, ou nas axilas?”
Sistema endócrino. (Os estudantes podem listar os sintomas sem identificar o sistema
endócrino específico a qual o sintoma pertence; depois o docente pode dividir os
sintomas por sistema endócrino.)
Intolerância ao frio ou calor: “O senhor reparou que está a sentir mais frio ou
mais calor do que outras pessoas ao seu redor?”
Alterações de pêlos, hirsutismo: “A senhora reparou que tem pêlos a mais nos
braços ou nas pernas? Cresceram novos pêlos nos braços, nas pernas?”
Retardo do crescimento: “A sua altura é a mesma dos seus familiares?” “Acha
que é mais baixo ou alto em respeito aos seus familiares?”
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Polifagia: “Está a comer muito e descontroladamente?”
Polidipsia: “Está a beber muito? Mais do seu normal?”
Poliúria: “Está a fazer muito xixi‟?”
Escrever pequenas notas num papel branco enquanto o paciente fala para lembrar dos
pontos importantes (sobretudo nas primeiras vezes). Com prática, o clínico irá aprender
a identificar e escolher as informações chaves.
A demonstração será feita pelo docente que será o clínico e um aluno que será o
paciente. O docente deverá ensaiar todos os passos da anamnese, incluindo as técnicas
de comunicação e de registo de informação durante a entrevista com o paciente.
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consulta por tosse seca há 3 semanas, com expectoração com sangue nos últimos 2 dias,
com perda de peso de 3 kg, sem febre, e com fraqueza geral.
Quando era criança, ele ficou internado várias vezes: com 2 anos de idade, por malária e
acabou recebendo transfusão; com 5 anos, por diarreia e desidratação; com 7 anos por
pneumonia. Lembra que recebeu todas as vacinas e que não é alérgico a nada. Quando
tinha 25 anos ficou internado para fazer uma cirurgia inguinal. Tem 3 irmãos, um deles
que nesse momento está a tomar comprimidos todos os dias para uma tosse que tinha há
muito tempo, mas não sabe dizer o que está a tomar. O resto da família está saudável.
Ele está a comer bem, regularmente todos os dias; não faz actividade física; fuma por
volta de 7 cigarros por dia. Nunca foi ao médico tradicional para tratar da tosse.
O Júlio tem perda de apetite, e quando come sente dor durante a deglutição; refere
suores nocturnos na última semana; se sente fraco e às vezes tem tonturas; nos últimos
dias não tem urinado muito; não tem nenhuma lesão na pele ou no pescoço.
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Obter informações sobre os mecanismos do trauma (dinâmica), os detalhes do
ferimento e identificar as circunstâncias do trauma;
Recolher os sintomas clínicos numa sequência lógica que permita tomar
decisões imediatas de salvamento ou para atenuar a progressão de um estado
choque pós-trauma;
Fazer perguntas directas e específicas para poder identificar sinais e sintomas que
alertam a presença de uma emergência. Em situações de emergência, podem acontecer
quatro possíveis cenários:
Se há pessoal de apoio ao clínico, como por exemplo uma enfermeira, ela pode
perguntar, num segundo momento, o contacto de um familiar para informar a família e
tentar ter informações importantes sobre o manejo do paciente. Todas as outras
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informações para identificação podem ser recolhidas sucessivamente, quando o paciente
estiver estabilizado.
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da picada/mordida; os sintomas associados: locais e sistémicos; se foi tomado algum
medicamento em casa.
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Questionários
1. Mencione umas duas perguntas dirigidas ao paciente pelo clinico na revisão do
sistema genital/reprodutivo.
2. Fale sobre Sistema Hemolinfopoiético de uma forma resumida.
3. Apresente pelo menos duas perguntas gerais a ser apresentado pelo clinico ao
investigar a Hemorragia digestiva.
4. Quais são as principais glândulas endócrinas do organismo/
5. Os sintomas cardinais do sistema músculo-esquelético ou locomotor podem ser
a manifestação de alterações ao nível de o quê?
6. De uma forma resumida, como é feita revisão do sistema psíquico?
7. Apresente umas dicas que podem ser seguidas para facilitar o clínico a escolher
e elaborar as informações relevantes na recolha de anamnese.
8. O que é um processo clinico?
9. As técnicas de comunicação para a obter a informação, são agrupadas em 4
categorias que são?
10. Por que é difícil ou impossível para o clínico recolher a anamnese de forma
ordenada e abrangente em condições de emergência, seja da área médica ou
cirúrgica?
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Conclusão
Pode se concluir que esta disciplina aborda o estudo da sociotécnica, ou seja, o conjunto
de passos e regras para examinar o paciente através da anamnese e do exame físico
padronizados, para que o TMG possa conhecer o estado normal do corpo humano e
identificar o estado anormal, sem necessariamente entrar no campo da interpretação dos
achados anormais, que será abordado nas respectivas disciplinas de clínica médica.
A história clínica é a parte mais importante da medicina, pois é essencial para se poder
fazer o diagnóstico certo da condição patológica e apoiar no manejo do paciente, para
além de estabelecer condições para uma adequada relação clínico-paciente.
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Referencias
Semiologia Medica – Celmo Celeno Porto, Arnaldo Lemos Porto-6^ edição
Bates Propedêutica Médica, Lynn S. Bickley (Oitava edição)
Bickley L. S. Bates Propedêutica Médica. 8 ed. Brasil: Guanabara Koogan;
2005.
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