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26-1 O que é física?

Nos últimos capítulos discutimos eletrostática, ou seja, a física das cargas


estacionárias. Neste capítulo e no que se segue vamos discutir correntes
elétricas, isto é as cargas em movimento.
Meteorologistas estudos relâmpagos e outras formas de movimentos de
cargas. Biólogos, fisiologistas e engenheiros que trabalham na área da
bioengenharia se interessam pelas correntes nervosas que controlam os
músculos; ou aos seus danos à coluna vertebral. Os engenheiros eletricistas
trabalham com sistemas elétricos de todos os tipos. Os engenheiros espaciais
observam e estudam as partículas carregadas provenientes do Sol e sua
eventual interferência com os sistemas de telecomunicações ou até mesmo
com as linhas de transmissão.

26-2 Corrente elétrica

Vamos nos limitar ao estudo de correntes constantes de elétrons de condução


em condutores metálicos
A Fig. 26-2 mostra um seção reta de um condutor, parte de um circuito no
qual existe uma corrente. Se uma carga passa por um plano hipotético
(como ) em um intervalo de tempo , a corrente nesse plano é definida
como

(definição de corrente) (26-1)

Me. Leandro B. Holanda, email: leandro.holanda@anhanguera.com


Fig26-2 A corrente que atravessa o
condutor tem o mesmo valor nos
planos , e . Fonte:PLT 709

Fig 26-3 relação é


verdadeira para a junção qualquer
que seja o orientação dos três fios no
espaço. A corrente não é uma
grandeza vetorial, e sim uma
grandeza escalar. Fonte:PLT 709

A unidade de corrente no SI é o coulomb por segundo, ou ampère,


representado pelo símbolo A:
1 ampère = 1 A = 1 coulomb/segundo = 1 C/s.

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Na Fig 26-3 mostra um condutor percorrido por uma corrente se dividindo
em dois ramos. Como a carga é ocnservada, a soma das correntes nos dois
ramos é igual à corrente inicial:

O sentido da corrente
A seta da corrente é desenhada no sentido em que portadores de carga
positivos se moveriam, mesmo que os portadores sejam negativos e se
movam no sentido oposto.
Teste 1 A figura ao lado mostra
parte de um circuito. Quais são
o valor absoluto e o sentido da
corrente no fio da estremidade
inferior direita?

Fonte:PLT 709

Solução

Resposta: 8A para a direita

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26-4 Resistência e resistividade

Quando aplicamos a mesma diferença de potencial às extremidades de barras


de mesmas dimensões feitas de cobre e de vidro os resultados são muito
diferentes. A característica do material que determina essa diferença é a
resistência elétrica. Medimos a resistência entre dois pontos de um condutor
aplicando uma diferença de potencial entre esses pontos e medindo a
corrente resultante. A resistância é dada por:

(definição de ) (26-8)

De acordo com esta equação, a unidade de resistência no SI é o volt por


ampère, que recebeu um nome especial: ohm.
1 ohm = 1 = 1 volt por ampère = 1 V/A
Cálculo da resistência a partir da resistividade
Quando conhecemos a resistividade de um material, como o cobre, por
exemplo, não é difícil calcular a resistência de um fio feito desse material.
Seja a área da seção reta, o comprimento e a diferença de potencial
entre as extremivdade do fio (Fig. 26-9) .
Fig.26-9 Uma diferença de
potencial é aplicada às
extremidades de um fio de
comprimento e seção reta
, estabelecendo uma corrente
. Fonte:PLT 709

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Para materiais isotrópicos (materiais cujas propriedades são as
mesmas em todas as direções) relacionamos resistência e resistividade
através de
(26-16)

No SI, a unidade de é o ohm-metro:

1 ohm-metro = 1 m=1 = 1

A resistência é uma propriedade de um dispostivo;


A resistividade é uma propriedade de um material.
Teste 3 A figura ao lado mostra três
condutores cilíndricos de cobre co
os respectivos valores do
comprimento e da seção reta.
Coloque os consudores na ordem da Fonte: PLT 709
corrente que os atravessa quando a
mesma diferença de potencial é
aplicada às suas extremidades,
começando pela maior.
Solução
Vemos que
portanto

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26-5 Lei de Ohm
A Lei de Ohm é a afirmação de que a corrente que atravessa um dispotivo é
sempre diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada ao
dispositivo.
Hoje sabemos que essa afirmação é correta apenas em certas situações;
entretanto, por razões históricas continua a ser chamada de “lei”.
Um dispositivo obedece à lei de Ohm se a resistência do dispositivo não
depende do valor absoluto nem da polaridade da diferença de potencial
aplicada.
Um material obedece à lei de Ohem se a resistividade do material não
depende do módulo nem da direção do campo elétrico aplicado.
Todos os materiais homogênios, sejam eles condutores com o cobre ou
semicondutores como o silício puro ou dopado com impurezas, obedecem a
lei de Ohm dentro de uma faixa de valores do campo elétrico aplicado.

26-7 Potência em circuitos elétricos


A potência , ou taxa de transferência de energia, em um dispositivo elétrico
submetido a uma diferença de potencial é dada por

(taxa de transferência de energia elétrica) (26-26)


De acordo com a Eq. 26-26 a unidade de potência elétrica é:

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Dissipação resistiva
No caso de um resistor, a Eq. 26-26 pode ser escrita na forma

(dissipação resistiva) (26-27)


Ou
(26-28)
(dissipação resistiva)

26-8 Semicondutores
Os condutores são materiais nos quais as cargas elétricas se movem com
facilidade, como os metais (como o cobre dos fios elétricos, o corpo humano
e a água de torneira.

Os não-condutores ou isolantes são materiais nos quais as cargas não podem


mover-se, como os plásticos, a borracha, o vidro, e a água destilada.
Os semicondutores como o silício (usados nos microcircuitos dos
computadores) e o germânio, são materiais com propriedades elétricas
intermediárias entre as dos condutores e as dos não-condutores.
Os semicondutores constituem a base da revolução da microeletrônica,
responsável pela era da informação. Comparando o silício (um semicondutor
típico) com o cobre (um condutor metálico típico), notamos que o silício

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possui um número muito menor de portadores de carga, uma
resistividade muito maior e um coeficiente de temperatura de resistividade
que é ao mesmo tempo elevado e negativo. Assim enquanto a resistividade
do cobre aumenta quando a temperatura aumenta, a resistividade do
silício diminui.

Um semicondutor tem as mesmas propriedades de um isolante, exceto pelo


fato de que a energia necessária para liberar alguns elétrons de condução é
um pouco menor. Através da dopagem de um semicondutor, podemos
controlar a concentração de portadores de carga e assim modificar as
propriedades elétricas do material.
Nos semicondutores, o número de portadores de carga é pequeno (quando
comparado com um condutor), mas o número aumenta rapidamente com a
temperatura. Isso resulta na redução da resistividade.

26-9 Supercondutores

São condutores elétricos perfeitos, ou seja, materiais nos quais as cargas se


movem sem encontrar nenhuma resistência. Os melhores condutores
normais, como a prata e o cobre, não se tornam supercondutores nem em
temperaturas muito baixas, enquanto os supercondutores cerâmicos são
isolantes à temperatura ambiente.

Uma explicação para a supercondutividade é o fato de que os elétrons


responsáveis pela corrente se movem em pares. Um dos elétrons do par

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distorce a estrutura cristalina do material supercondutor, criando
nas proximidades uma concentração temporária de cargas postiivas. O outro
elétron do par é atraído por essas cargas positivas. Segundo a teoria, essa
coordenação dos movimentos dos elétrons impede que colidam com os
átomos da rede cristalina, eliminando assim a resistência elétrica. A teoria
explicou com sucesso o comportamento dos supercondutores de baixa
temperatura, descobertos antes de 1986, mas parece que será necessária uma
nova teoria para os novos supercondutores cerâmicos.
probl. 1 da pág 151 do PLT 709
Durante os 4,0 min em que uma corrente de 5,0 A atravessa um fio, (a)
quantos coulombs e (b) quantos elétrons passam por uma seção reta do fio?
Solução
(a) (b)

kC

elétrons

probl. 15 da pág 151 do PLT 709 Uma bobina é formada por 250 espiras de
fio isolado de cobre de calibre 16 (diâmetro: 1,3 mm) enroladas em uma
única camada em uma forma cilíndrica de 12 cm de raio. Qual é a resistência
da bobina? Despreze a espessura do isolamento. Use a Tabela 26-1 da pág.
141 do PLT 709.
Solução

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m

probl. 41 da pág 154 do PLT 709 Uma diferença de potencial de é


aplicada a um aquecedor de ambiente cuja resistência de operação é .
(a) Qual é a taxa de conversão de energia elétrica em energia térmica? (b)
Qual é o custo de de uso do aquecedor se o preço da eletricidade é
?
Solução

(a)

(b)

custo=

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Pratique!:
No PLT 709, 9a. Edição, faça:
o teste 4 da pag 144
As perguntas 1,2,4 5,da pág 150
Os problemas 2 e 3 da pág. 151
Os problemas 14, 17, 19 e 20 da pág. 152
Os problemas 26 e 27 da pág. 153
os problemas 38, 39, 40, 47, 49, 50 da pág 154

No PLT 179, 9a. Edição, faça


os pontos de verificação
as perguntas 1 a 4 da pág. 151
ou os problemas 2, 3 da página 152
os problemas 13,15 e 17 da pág. 152
os problemas 13,15 e 17 da pág. 152
os problemas 18, 21, 23 e 24 da pág. 153
os problemas 38, 41, 42, 43, 61, 69, da pág. 152

Referências
[PLT 709] D. HALLIDAY, R. RESNICK, J. Walker, Fundamentos da Física, (LTC,
2012).
[1] D. HALLIDAY, R. RESNICK, J. Walker, Fundamental of Physics, (John Willey
&Sons, Inc., 2004).
[2] R. A. SERWAY, J. W. JEWETT, Physics for Scientists and Engineers, (Brooks/Cole,
2004).
[3] P. A. TIPLER, G. MOSCA, Physics for scientists and engineers, (W. H. Freeman
&Co.).
[4] F. W. SEARS, M. ZEMANSKY, H.D. YOUNG, R.A. FREEDMAN, University
Physics With Modern Physics, (Addinson Wesley, 2005).

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