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Normas sociais: Para Coelho, são normas de conduta derivadas em geral da tradição e cujo
reconhecimento e observância dependem da identidade do indivíduo como membro do
grupo social, identidade está baseada na educação e na cultura do grupo. São espécies de
recomendações para vida social: moda, cortesia e amizade. Não reclamam uma adesão “
espiritual” das pessoa ao seu conteúdo.
Norma moral: As normas morais são regras de convivência social ou guias de ação, porque
nos dizem o que devemos ou não fazer e como o fazer. As normas morais não têm uma
origem concentrada (ao revés da norma jurídica). Não necessariamente se estabelece entre
duas ou mais pessoas (como na hipótese da norma jurídica). As normas jurídicas se
revestem de um caráter forma e procedimental de criação o que não ocorre com as normas
morais.
A questão do poder formal legitimado pelo Estado e o poder material das relações
sociais específicas na história.
Coelho: A norma jurídica fica, portanto, definida, em sua universalidade, como princípio
racional que determina a conduta humana em sociedade, e que é imposto por essa mesma
sociedade mediante procedimentos característicos, os quais a identificam no contexto de
outras normas intersubjetivas.
Kelsen: Objetivo e princípio delimitador das ocupações teóricas dos juristas. Na concepção
deste autor, norma jurídica é um imperativo hipotético, no qual se prevê uma situação-tipo
ou hipótese de incidência e uma sanção para quem se enquadrar na previsão fática que a
norma institui. Ex: Se F é, deve ser C. Concepção que define norma com um enlace lógico,
que correlaciona, de maneira hipotética, através do verbo dever ser, uma conseqüência C
ao fato F.
Ferraz: Expectativas contrafáticas, que se expressam por meio de proposições de dever ser,
estabelecendo entre os comunicadores sociais relações complementares institucionalizadas
em alto grau, cujos conteúdos têm sentido generalizável, conforme núcleos significativos
mais ou menos abstratos.O próprio autor abrevia seu conceito para concluir serem as
normas jurídicas expectativas contrafáticas, institucionalizadas e de conteúdo generalizável.
Maria Helena Diniz: Com base naqueles que considera essenciais na conformação de uma
norma jurídica – imperatividade e autorizamento – a autora, com apoio em Godofredo Telles
Junior, conclui ser a norma jurídica um imperativo-autorizante.
Norberto Bobbio: Define a norma como comando, alicerçado em um poder soberano que a
institucionaliza e coercibilidade, garantida pela sanção que há de recair contra quem não
obedeça sua prescrição.
OBS: Decorre desta associação entre o direito e a ideia de bilateralidade atributiva três
consequências importantes:
5.2 A polêmica sobre a estrutura da norma, que por sua vez diz respeito à disposição lógico-
formal do enunciado da norma jurídica.
- Com o passar do tempo e com a complexidade das relações sociais exige-se um direito voltado
para papéis do que para pessoas. A norma como um imperativo passa a ter sua estrutura concebida
de outra forma, a partir daquilo que se convencionou chamar de imperativo hipotético.
Kelsen aponta a estrutura deste imperativo hipotético norma a partir articulação de dois elementos
estruturais: a.1) uma situação de fato a.2) Uma consequência.
Nesta perspectiva a disposição do enunciado das normas jurídicas assume a seguinte expressão:
Se F, deve ser C.
Pois a norma ao descrever uma situação fática genérica onde situações concretas podem a ela
se conformarem está a partir de uma estrutura lógica de caráter imperativo calcado no dever
ser, primando pela preservação de um dado valor na sociedade. Por isso ele defende que a
estrutura lógica da norma deve comportar duas hipóteses lógicas que ele representa num
quadro.
Se F é C deve ser.
Se não-C SP deve ser.
norma de conduta ( que têm por objetivo disciplinar o comportamento dos indivíduos) e;
norma de organização ( têm caráter instrumental, visando a estrutura e funcionamento
dos órgãos o à disciplina de processos técnicos de identificação e aplicação das normas
b)Quanto àquilo à natureza imperativa das normas( ou forma de prescrição): podem ser
proibitivas( proíbem a prática de certos atos), permissivas( permitem a prática de certos
atos) e as preceptivas( são aquelas que se determina que se adote certos atos).
c) Quanto ao critério dos destinatários: As normas podem ser gerais ou individuais. As primeiras
reportam-se à generalidade das pessoas e as segundas a um determinado grupo de pessoas. Ex:
Sentença é uma norma individual aplicada às partes envolvidas num processo.
d)Quanto ao critério relativo à matéria: As normas podem ser neste caso geral-
abstratas, normas especiais e normas excepcionais. A norma geral-abstrata descreve
uma hipótese fática de incidência abstrata ou genérica. Como exemplo tem-se norma
constitucional que veda prisão por dívida Ex: A norma excepcional, como fala o
próprio termo excepciona o conteúdo de uma norma geral abstrata.Exemplo: A prisão
civil é permitida quando for a hipótese de pensão alimentícia e depositário infiel. E
as normas especiais não excepcionam as normas gerais abstratas, mas tão somente
tratam o caso de maneira diferente. Como é caso das normas de direito comercial.
OBS: Essa distinção também serve para resolver conflitos entre normas do mesmo
grau hierárquico.