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PERCEPÇÃO ECONÔMICA E ENVOLVIMENTO DOS BRASILEIROS COM A

POLÍTICA: UM ESTUDO LONGITUDINAL (2002 – 2018)

Alessandro Manoel da Silva


Linha 01 – Instituições, Políticas Públicas e Participação
Rafael da Silva
?
2

SUMÁRIO
RESUMO :...........................................................................................................................................3

INTRODUÇÃO....................................................................................................................................4

MODELOS DE COMPORTAMENTO ELEITORAL.........................................................................5

O VOTO ECONÔMICO......................................................................................................................9

O VOTO ECONÔMICO NA AMÉRICA LATINA E NO BRASIL..................................................11

OBJETIVOS:......................................................................................................................................16

JUSTIFICATIVAS ............................................................................................................................16
METODOLOGIA.............................................................................................................................. 16
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .................................................................................................17

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................18
3

RESUMO :

A proposta deste trabalho consiste em analisar eleições (especificamente os processos que


ocorreram entre 2002 e 2018) fazendo uso de teorias e dados, buscando a compreensão de como
vota o eleitor brasileiro, ou de como o fez no período analisado. Este trabalho pretende buscar no
período analisado longitudinalmente, uma contextualização, recorrendo a outros estudos
semelhantes que foram feitos no exterior e no Brasil mediante revisão da literatura. Também
propõe analisar surveys públicos para descobrir como as questões relacionadas à economia foram
vividas a ponto de impactar as eleições de cada período e como esses dados agregados podem
permitir compreender os resultados nas urnas. Sinteticamente, busca-se medir a percepção dos
eleitores sobre a economia para compreender como e em que sentido a partir disso acontece o
engajamento com a politica eleitoral.

Palavras-chave; Comportamento Político; Comparecimento Eleitoral; Percepção da


Economia; Voto econômico.
4

INTRODUÇÃO

As eleições de 2018 e uma grande parte dos fatos sociais contemporâneos deste processo,
pelo menos desde o início das campanhas eleitorais, movimentaram praticamente todas as frações
da sociedade Brasileira evidenciando características, divisões e tensões entre as forças da sociedade.
Considerando os principais fatores envolvidos nos processos eleitorais, vimos a articulação de
partidos com suas bases eleitorais; as diversas mídias também interessadas em desempenhar um
papel específico na corrida, assim como movimentos sociais, empresas, personalidades, intelectuais,
etc. Nesse cenário, os eleitores foram às urnas e elegeram um candidato à presidência que começou
pontuando 22% das intenções de voto indo para o segundo turno com 40%. O candidato adversário,
começou pontuando 4% no início das pesquisas, sendo derrotado com 39% contra 47% no
segundo turno1.

Diante de variações tão grandes, esse estudo propõe um isolamento da dimensão


econômica para analisa-la na perspectiva do eleitor. Trata-se de uma pauta importante o
questionamento sobre como vota o brasileiro e o quanto de critério econômico tem nesse ato, tanto
no que diz respeito à atitude do indivíduo quanto dos grupos. A economia pode ser entendida como
um fator de engajamento, definidora do sentido do voto e do comparecimento eleitoral? Até que
ponto a opinião pública e os índices de satisfação com a performances de candidatos e eleitos
deixam-se impactar pela percepção que se tem da economia?

Em linhas gerais, este projeto pretende conhecer o campo de estudo, visitar o que foi
produzido em eleições anteriores (nacionais e internacionais) acumulando recursos (conhecimento
das metodologias mais adequadas, resultados já obtidos, etc) para que se torne possível realizar um
estudo longitudinal das eleições brasileiras que ocorreram entre o ano de 2002 e 2018.

1 Pesquisa divulgada em 28/10/2018 pelo Datafolha.


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MODELOS DE COMPORTAMENTO ELEITORAL

De uma forma geral o pensamento pioneiro sobre a hipótese de fatores econômicos


exercerem interferência no comportamento do eleitor, releva pelo menos três abordagens que
buscam compreender os determinantes do voto, elaborando três modelos de comportamento que
buscam compreender a ação do voto. A obra de Andre Freire, Modelos de Comportamento Eleitoral
Uma Breve Introdução, tem como ambiente de estudo as eleições nas democracias ocidentais onde
analisa o comportamento dos eleitores e escreve para o público português. Apresenta alguns
modelos de comportamento que influenciaram grande parte das análises acerca do assunto. Segue
abaixo os principais esquemas explicativos, onde nos ateremos ao modelo econômico:

1) Modelo Sociológico: Os estudos sobre este modelo de voto, utilizam a


operacionalização de dados agregados, o que apresenta diversas vantagens em relação à análise
individual. Por sua tradição sociológica, a análise política por esse viés, considera importante o
entendimento das ações sociais, sobretudo na democracia. Em outras palavras, releva elementos de
divisões sociais, diferenças, semelhanças e alianças que relacionadas, configuram o regime
democrático (Lipset, 1959: 21 Apud Freire 2001). Considera os contextos das ações e busca
explicar diferenças nas taxas de voto e variações relacionadas a diferentes grupos sociais
(Lazarsfeld, citado por Figueiredo, 1991: 43 Apud, Freire 2001: 9) Portanto o principal aspecto do
modelo sociológico é a ênfase nas características sociais dos indivíduos e nos contextos sociais nos
quais se desenrola a sua acção, enquanto factores explicativos da forma como os cidadãos se
relacionam com os sistemas políticos. (FREIRE, P 10) Trabalhos como de Lipset (1959) e Lipset e
Rokkan (1967) e Bourdieu (1979: 463-541). As principais obras dessa tradição são The People's
choice, Voting e Personal Influence e os teóricos que seguiram essa tradição investigaram os efeitos
da exposição dos eleitores à mídias, e como os padrões de identificação e intenção de voto variam.
Condiciona o voto pelo contexto social e pelo desenvolvimento social. Em síntese, esse modelo
enfatiza as características sociais dos fatores explicativos da relação do eleitor com o sistema
político. (ANTUNES, P. 19, 20, 2008).

Ao expor esse modelo, Freire verifica que os funcionários públicos, têm uma maior
proximidade da política do que outras categorias, e grupos menos afetados pelas medidas
governamentais seriam coagidos a votar, tendo em vista as "pressões econômicas" que os atingem
(Lipset, 1959: 162 Apud Freire 2001: 10). [ok] Dessa forma, o pertencimento a grupos econômicos,
determinados pela profissão, se relaciona com o grau de impacto das políticas em suas condições
6

de vida. Da mesma maneira, essa participação também depende e varia em relação aos recursos
disponíveis ao qual têm contato2 O que se observa no modelo sociológico é que o pertencimento
profissional também é um fator de aproximar ou distanciar o eleitor no universo da política, o que
deixa subentendido que quem controla o nível de recursos (instrução, rendimento, tempo
disponível) também controla a ação dos indivíduos (p.15). [ok] Em síntese, considera variáveis
sociológicas como as citadas (instrução, profissão) e psicológicas, como a identificação partidária,
porque elas integram indivíduo e determinantes em relação ao voto. No que diz respeito a análise
de modelo sociológico dividida por território, verificou-se em Portugal um impacto positivo nos
resultados de participação por parte das áreas rurais, salvo em relação à questões específicas como o
aborto.3 Salvo no caso de Portugal, essa análise indicou irrelevância estatística na diferença entre
homem e mulher na Espanha e na França. O modelo considera as determinações estruturais do voto
além do papel dos partidos políticos4 e das associações da sociedade civil, transformando as
clivagens5 sociais em clivagens políticas, ao que se atribui “determinadas experiências de vida e
determinadas solidariedades sociais (comunidade de residência, trabalho, etc.)” (P. 33). Tendo
destacado as principais considerações sobre o modelo sociológico, faz-se importante repetirmos o
procedimento no próximo:

2) Modelo Sociopsicológico: Tem sua origem nos estudos conduzidos pela Universidade
de Michigan durante as eleições de 1948 nos Estados Unidos. Nesse modelo, o conceito central é o
de Identificação Partidária. Segundo Freire esse modelo foi dominante nos Estados Unidos e na
Europa, com ênfase nas atitudes políticas, ao mesmo tempo que considera os fatores psicológicos,
cujas variáveis acabam no comportamento político. Campbel e outros (1970) explicam que a
estrutura causal dessa dinâmica pode ser melhor compreendida pelo "funil da causalidade" onde são
consideradas influências históricas e sociológicas na base do funil relacionando-as com as atitudes
dos indivíduos. (Campbel e outros, 1960: 24-37 Apud Freire, 2001: 42). O centro de preocupação

2 - O modelo sociológico traz o fato de que eleitores com maiores recursos educacionais, tradicionalmente gozam
também de uma maior participação política enquanto a análise dos dados agregados colhidos em Portugal mostraram
que a abstenção foi menor em comunidades com maior desempenho econômico de forma que proporcionalmente foi
maior em territórios periféricos. (FREIRE, P12).
3 - Resultados obtidos através de análise bivariada
4 - Os próprios partidos políticos, sobretudo os antigos "partidos de integração" ,funcionam como agências de
socialização política, nomeadamente através da doutrinação, e podem inverter completamente os efeitos negativos do
baixo estatuto educacional e profissional sobre os níveis de participação eleitoral (Lipset, 1959: 170-171, e Memmi,
1985: 346; para o caso português, ver Cabral, 1995: 194-202, e 1998b: 363- 365, 200: 68 Apud Freire, 2001: 16)
5 - Nesse sentido, "Clivagens" trata-se de posições estruturais, onde se localizam de forma estrutural o eleitor e
determina o voto, fenômeno denominado como “Voto Estrutural” (Knutsen e Scarbrough, 1995: 499-500 Apud Freire
2001: 33)
7

desse modelo é o indivíduo, contando com recursos da psicologia social, na busca de uma
compreensão das "influências psicológicas" causadoras do voto.

Segundo as teorias da socialização política, as atitudes dos indivíduos em relação aos


objetos políticos formam-se antes de estes terem idade para votar e são, em larga medida, um
reflexo do ambiente social imediato (familia, grupos de vizinhança, grupos de amigos, etc.),
especialmente o contexto familiar. Portanto, as atitudes adquiridas através da socialização passam a
integrar a estrutura da personalidade dos indivíduos e "tornam-se a base para a formação de
opiniões, auto-avaliações e propensões para a acção fremte ao 'ambiente' político mais
amplo"(Figueiredo, 1991: 20 - 21; Campbell e outros, 1960: 146- 148 Apud Freire, 2001: 43).
Compreende-se mediante análise da literatura, que o modelo entende o voto como uma
determinação do próprio indivíduo, resultante do próprio “ser”, como uma sincronização entre os
diferentes fatores que formam um cidadão votante, de forma que a ação em si, é antecedida por uma
série de sistemas de naturezas diversas, envolvendo fatores como gostos e preferências, cultura e
tradições e inclusive personalidade.

O terceiro modelo, cuja importância é ainda mais relevante mais e constitui a base
predominante do presente trabalho, segue abaixo:

3) Modelo Econômico : Com base na teoria da escolha racional desenvolvida por Antony
Downs que começou a ganhar relevância a partir dos anos 70 e 80, este modelo de voto considera a
economia como fator central dependendo dela a popularidade e a possibilidade do candidato ser
eleito ou reeleito6. Embora o modelo econômico de voto seja anterior à escola de Michigan, projeta
o eleitor como um sujeito já livre da influência sociológica e psicológica 7 mantendo critérios de
escolha ligados mais fortemente aos parâmetros de uma racionalidade econômica. Isso indica que
ao escolher um representante para votar nas eleições, os temas políticos são levados em
consideração de forma mais significativa que os fatores anteriores. Nesse sentido, o voto acontece
quando os custos de o fazer são menores do que o ato em si.

Antony Downs em sua obra Uma Teoria Econômica Sobre a Democracia,8 cria a
hipótese de que o processo de escolha política acontece dentro de um sistema de mercado. Assim, o
6 - Weyland 2003, Lewis Beck, Martini e Kiewiet (2013), Apud, Bozza 2012
7 - Downs não nega as influências psicológicas no comportamento político, simplesmente não as incorpora no modelos
(1957a: 7) (FREIRE, 2001 p.61a)
8 - Antes, Joseph Schumpeter em Capitalismo, Socialismo e Democracia de 1945, elabora as primeiras formas de
entendimento das eleições como um mercado dividido em interesses dos eleitores, candidatos e partidos, onde são
oferecidos propostas políticas a grupos de eleitores de forma que "[...] o papel desses é escolher uma opção dentre as
ofertadas nesse mercado[...] Como resultado dessa escolha, produz-se governos, sendo o voto do eleitor mera agregação
de preferências individuais, destituídas de conteúdo normativo, cuja finalidade é formar tão somente governos"
(SILVA,P. 44, 2016)
8

que entra em jogo é a demanda e oferta de elementos de utilidades, no caso, o voto e bens
socioeconômicos. De um lado estariam organizados os partidos políticos com suas próprias divisões
ofertando serviços, e de outro o eleitorado, formando um mercado. Formula suas hipóteses sobre
como o eleitor decide qual será seu voto.

A teoria da escolha racional considera que as ações humanas caso formem algum
padrão, podem ser previstas. Assim, conhecendo os propósitos do que toma a decisão é possível
inferir que a escolha será pela forma mais fácil de atingir o objetivo. Desse modo , todas as vezes
que economistas se referem a um "homem racional", eles não estão designando um homem cujos
processos de pensamento consistem exclusivamente de preposições lógicas, ou um homem sem
preconceitos, ou um homem cujas emoções são inoperantes. No uso normal, todos esses poderiam
ser considerados homens racionais. Mas a definição econômica refere-se unicamente ao homem que
se move em direção a suas metas de um modo que, ao que lhe é dado saber, usa o mínimo insumo
possível de recursos escassos por unidade de produto valorizado (Downs, p, 27, 1999)

Downs orienta seu estudo para o comportamento político numa racionalidade


estritamente econômica, onde o fim é escolher o governo e os meios são as eleições, sendo o eleitor
que age racionalmente o "eleitor médio". Essa racionalidade política não exclui a possibilidade do
erro, mas sempre considerando as relações que envolvem custos e lucros, consideração essa que é
inexistente em caso de irracionalidade, de forma que quando identificado o erro a decisão de
eliminá-lo ou não considera pontos importantes, dentro de outra dinâmica, como a identificação do
erro e perdas e ganhos com sua eliminação. Dessa forma, erro e racionalidade não são, como pode
parecer em primeiro momento, coisas opostas e impossíveis de serem relacionadas 9. Torna-se
importante considerar que dentro desse raciocínio, a função social do povo é votar o que leva a
considerar que o sistema democrático e seus processos de escolha de governos, especificados no
voto da maioria, acontecem da seguinte maneira: levando em conta a renda de utilidade ao escolher
entre candidatos e as alternativas políticas em relação as questões defendidas; as questões que
surgem durante o processo eleitoral; divisão do eleitorado entre maioria e minoria onde se
manifestam as questões individuais; o partido no poder e o partido de oposição. Assim, diante das
questões relevadas por cada uma das frações que aspiram ao governo durante o período, a unidade
dos eleitores se fragmentam com base na diferença de vantagens ou prejuízos com a eleição de
determinado representante. Sendo eleito ou reeleito, o partido no poder passa então a se preparar
para a próxima disputa, controlando a satisfação de seus eleitores e contornando estratégias
adversárias. (DOWNS, 1999)

9 - Mesmo quando agindo de formas a produzir erros, um eleitor/político/partido pode mediante a percepção de ganhos,
seguir influências racionais, como no caso de partidos, mídia e candidatos.
9

O eleitor/político/partido se comporta como o homo-economicus da economia, age de


forma a maximizar os retornos de utilidade, com o mínimo de custo possível. Essa forma de agir
racionalmente, a partir de um cálculo entre custos e benefícios, não é exclusividade do eleitor, todos
os envolvidos com a política, agem assim, inclusive candidatos e partidos políticos. Considerando o
eleitor, analisando as opções no mercado eleitoral, caso ele conclua ser mais vantajoso, em termos
de retorno, votar no candidato do governo, ele o fará, se concluir o contrário, que as suas
expectativas serão melhor atendidas pela oposição, ele votará nela. Porém, caso nenhuma das
ofertas lhe forneça algum diferencial, que justifique sua ida às urnas, ele se absterá 10. Ou seja, é um
modelo simples, que desconsidera os condicionantes sociais das ações dos indivíduos, levando a
teoria a receber muitas críticas. É sobre essas noções básicas de racionalidade econômica que se
assenta a teoria política do voto econômico como um desdobramento da escolha racional.

O VOTO ECONÔMICO

A economia entendendo e determinando o bem-estar do eleitor como fim, estabelece


uma relação de proporção entre a satisfação e insatisfação com o desempenho do governo frente ao
adversário na corrida eleitoral. As bases da teoria do voto econômico começaram a ser definidas e
modeladas em meados da década de 70 com nomes como Gerald H. Kramer, John Farejohn e
Fiorina. Tufte (1978) também reconhece a estreita relação das eleições com a vida financeira dos
eleitores. Seus estudos sobre o eleitor norte-americano, mostraram que a cada 100 dólares de
aumento na renda per capta, correspondeu a um aumento de 3,5 percentuais de votos no mandatário.
Dessa forma, o eleitor vota com o bolso. (SILVA, 2016, P. 53). No entanto, a teoria do voto
econômico e toda a literatura decorrente dela, não ignora a importância da qualidade das
informações que chegam aos eleitores. ( RIBEIRO, VEIGA, JUNIOR, 2018). Kramer (1983)
considera que é a avaliação econômica, portanto sociotrópica, que impacta de maneira mais forte na
decisão do eleitor dos Estados Unidos; (BOZZA, P.12) enquanto Weyland (1988), desenvolve
algumas noções que precisam ser compreendidas sobre essas percepções que deságuam no voto. A
primeira é que há uma divisão nos critérios entre considerações da economia em si e entre interesses
não econômicos. A segunda coisa é o bem- estar individual e o da sociedade como um todo 11 e por
último a avaliação baseada na trajetória das ações do governo em questão, ou do incumbente 12. A
10 - SILVA, R. Comportamento Eleitoral na América Latina e no Brasil: Em Busca dos determinantes das Abstenções,
votos brancos e nulos, 2016.
11 - Avaliação Egotrópica e sóciotrópica, respectivamente
12 - Downs, Key, e Fiorina concordam que nesse caso o eleitor faz uma análise retrospectiva para intuir o futuro,
portanto, de forma propectiva. (Martins, p 22, 2013)
10

tese de Martins apresenta ainda uma leitura de "The Nature of Economic Perceptions in Mass
Public" por Lewis Beck, onde se encontra um estudo do embate teórico entre aqueles que defendem
a hipótese do voto econômico e os que defendem a importância das preferências políticas.(Esse é
um debate que agrupa estudos sobre como acontece a percepção econômica, se em dados objetivos
ou se em tendências partidárias (Lewis-Beck et al., 2013, 525, apud Martins, P 23))

Fiorina assim como Kramer, Lewis-Beck & Stegmaier fazem parte dos teóricos que
defendem que o eleitor olha para temas que se relacionam com o desempenho, como temas de
desemprego e crescimento ou estagnação da economia bem como o estabelecimento das
capacidades de vida, e também considera questões objetivas13 onde coisas como ideologia ou
filosofias políticas não são consideradas. (ANTUNES, 2008, P. 79); explica que na disputa por
diferentes órgãos de poder, o comportamento do eleitor varia entre os partidos, para que haja um
equilíbrio entre os poderes. Também defende que a percepção retrospectiva dá elementos para que o
indivíduo considere prováveis elementos futuros. Nisso temos o voto prospectivo, onde Kiwet
(1983) incorpora à teoria dois tipos de avaliações que trazem consigo importante contribuição aos
determinantes do voto.

Em contrapartida ao voto retrospectivo desenvolvido por Dows, Key e Kramer, Fiorina


ressalta a importância da identificação com o partido na expectativa em relação a futuros governos.
O desenvolvimento da teoria como fizeram, segundo Fiorina, imputaria nos eleitores uma
padronização de raciocínio que independe do nível de esclarecimento. Dessa forma entende que a
identificação partidária, provém de uma avaliação retrospectiva e da percepção de questões
demográficas consideradas relevantes. A construção de seu pensamento resultou em um modelo
relacional entre a análise da economia prospectiva e retrospectiva como elementos do voto do
eleitor, onde a expectativa como função do voto acompanha a avaliação retrospectiva e a
preferência partidária.

Martins (2013) traz os resultados de estudos que foram feitos por meio de perguntas
acerca da opinião pública sobre a economia, onde a contagem e o agrupamento das respostas foram
distribuídos na lógica que considera o crescimento do PIB, da inflação e do S&P 5018 como
avaliação negativa do período em questão. No nível individual, destaca a seguinte fórmula:
AVALIAÇÃO ECONÔMICA (BINÁRIA) = CRESCIMENTO DO PIB + INFLAÇÃO + S&P 500.
A análise desses dados apontou que há uma relação de dependência e causalidade entre as variáveis
objetivas e as subjetivas, indicando a presença de impacto da percepção econômica no
comportamento do eleitor. No entanto, com a inserção da variável preferência partidária, verificou-
se que eleitores mais alinhados ao posicionamento do incumbente tenderam a fazer uma análise
positiva.
13- Whenever comparable economic complaints do not translate into similar electoral responses across the board, class
and education may offer better explanations (Fiorina 1981; Sniderman et al. 1991, Apud, Camargos 1999).
11

Ainda em relação ao mesmo estudo, Kramer (1983) verificou que a análise sóciotrópica
da economia é predominante em relação à egotrópica. Aponta que os dados colhidos do nível
individual são imprevisíveis e apresentam grande margem de erro, sendo uma alternativa a ele, a
análise de dados agregados como mais adequada à análise de dados econômicos. Martins conclui
com Kramer, ressaltando que a operacionalização de dados agregados são as formas mais indicadas
para estudar a hipótese do voto econômico.

O VOTO ECONÔMICO NA AMÉRICA LATINA E NO BRASIL

Essas abordagens iniciais foram produzidas em contextos diferentes nas democracias


europeias, onde na maioria dos casos o sistema eleitoral é bipartido de forma que a escolha racional
entre os candidatos e partidos é mais visível, e o comportamento econômico nessa racionalidade
parte de problemas sociais específicos e de estruturas próprias das sociedades estudadas. As novas
clivagens ofereceram desafios aos politólogos, pois a opinião pública foi se tornando cada vez mais
imprevisível. Dalton e Kleigemann (2009) acreditam que no centro dessas mudanças está a
necessidade de entender o comportamento individual.
A hipótese do voto econômico foi testada de uma forma ampla nos países onde o sistema
democrático mostra um nível maior de estabilização, o que coloca a América Latina como um
território pouco inexplorado no que diz respeito a investigações do comportamento eleitoral onde o
voto econômico é testado. Observa-se uma predominância do “voto no incumbente” como alvo de
interesse de pesquisadores14 desse campo na América Latina, o que contribui com a compreensão
agregando aos estudos do voto econômico. No entanto, para prosseguir de forma linear, é necessário
verificar o que a literatura apresenta como importância histórica, onde se encontram as
especificidades das novas democracias em especial das Latino Americanas.
A América Latina é marcada por acordos feitos no âmbito da política internacional, como
o consenso de Washinton, o Plano Brady e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (Martins,
apud Veiga). Na prática, isso significou uma interrupção, em meados de 1892 no ciclo de
desenvolvimento desses países e uma exigência, em razão da dívida, de uma reformulação das
políticas econômicas que fossem mais alinhadas aos acordos e objetivos mundiais. A nível
socioeconômico, essas estruturas externas produziram no interior dos países Latinos, um grande
14 - Remmer (1991); Echegaray (2005); Camargos (2006) e Singer (2013) 20 Flavia Bozza Martins em sua dissertação
de mestrado dedica um capítulo inteiro sobre a condição econômica da América Latina desde o pós guerra. 21 Que
chegou a atingir quatro dígitos. 22 Entre eles Fernando Henrique Cardoso, visto mais a fundo por Yan Carreirão e
Camargos
12

desequilíbrio nos índices inflacionários e uma realidade de pobreza, onde os índices de desemprego
eram alarmantes, quadro que foi se alterar somente no início dos anos 2000 com a interferência da
ONU.
Condicionado pela economia latino americana, o estudo do voto econômico na América
Latina, normalmente seleciona duas variáveis dependentes para serem analisadas que são o voto no
incumbente e a avaliação do presidente (Lewis Beck e Stagmaier, 2008, apud, Martins, 2013) sobre
as quais acontecem os estudos dos períodos e dos casos específicos. Nos primeiros realizados nos
anos 80, Remmer (1991) verificou que houve uma forte relação entre a alta na inflação 15 e o
desempenho dos partidos de oposição, porém houve nos anos 90 uma redução da inflação e uma
ênfase na adesão ao mandatário em comparação com o ano anterior. (VEIGA, RIBEIRO e
GIMENES, 2018) . Os autores apresentam Singer (2013) que também estudou o impacto da
economia no apoio ao presidente nos mesmos períodos que Remmer - 1982 a 2011- totalizando 79
eleições em 18 países. Além de constatar o papel da percepção econômica, percebeu uma alteração
nessa relação ao longo do tempo. No primeiro caso, havia uma forte associação entre a inflação e o
voto no presidente, enquanto na outra década, presidentes 16 que tiveram boa performance no
controle da inflação foram reeleitos. Concluem constatando que no período de 2001 a 2011 o
crescimento econômico se tornou um critério mais importante que a inflação. Por outro lado, Ratto
e Lewis-Beck (2013) se ocuparam de estudar 12 países 17 onde a avaliação sociotrópica retrospectiva
no mandatário esteve presente, havendo semelhanças com os resultados obtidos por Veiga (2013) ao
estudar 18 países Latino Americanos e constatar que as variáveis macroeconômicas afetam
indiretamente os resultados das eleições. Isso aponta para o fato de que o crescimento econômico e
a inflação não afetam de forma direta o presidente e seu partido, enquanto o crescimento e os
investimentos sociais estão mais presentes nas avaliações retrospectivas dos eleitores.
Patricio Navia em seu artigo "Una Aproximación al Estado del Voto Econômico en
América Latina" traz Mathew Singer que Analisa 18 países latinos mostrando a presença do voto
econômico e de outras variáveis, onde o padrão de castigar ou recompensar o governo após a
performance econômica também foi constatada, mostrando também variações importantes na forma
em que se apresenta o voto econômico em cada país. José Miguel Cabezas por sua vez, destaca as
diferenças dos países onde predomina o voto econômico com dados do LAPOP de 2010 e 2012,
sobre 24 países latino americanos e do Caribe. Constata que os votantes que se identificam com
partidos tendem menor inclinação a avaliar os governos partindo do desempenho e expectativas
econômicas. Navia, Ryan Carlin y Katherine Hunt estudaram o Uruguay entre 2007 e 2013 e
concluiram que os eleitores do Uruguai são mais imediatistas, e egotrópicos, sem considerar tanto
as questões econômicas do país, enquanto Rodrigo Osório conclui que o voto econômico teve uma
15 Chegou a atingir quatro dígitos
16 Entre eles Fernando Henrique Cardoso, visto mais a fundo por Yan Carreirão e Camargos
17 Entre eles Paraguay, Peru, Uruguai e Venezuela nos anos 1996, 2000, 2004
13

presença maior na eleição de Humala no Peru em 2011 mais que em 2014. Para ele, os peruanos
além de se orientarem por questões de curto prazo, suas percepções acontecem com base em como
vai o país. Esses autores destacam a identificação política como um elemento importante que
molda o voto, assim como o modelo sociotrópico de comportamento. É importante considerarmos
nesse contexto as condições em que ocorrem as percepções acerca da performance de governo do
eleitor Latino Americano, o que faz Martins inserindo na discussão o conceito de Clareza de
responsabilidade. Nesse sentido, uma eventual reeleição ou voto no incumbente, dentro dos
parâmetros do estudo do voto econômico, estão relacionados com os padrões de transparência e a
identificação dos responsáveis pelo desempenho das políticas econômicas. (Martins, Veiga, Dutt-
Ross, 2014 ) Assim a clareza de responsabilidade é maior quando o número de envolvidos no
manejo de políticas é menor, de maneira que a identificação dos autores das medidas políticas é um
requisito para o voto econômico, já que ele acontece considerando dados dessa realidade18.
Essa é uma iniciativa intelectual que conta com poucos estudos e constitui um campo de
muitas possibilidades de investigação principalmente tendo o Brasil como campo. Camargos
(1999) escolhe a questão presidencial como alvo de boa parte de sua tese ao analisar pela
perspectiva do voto econômico o caso das eleições brasileiras de 1998 entre Fernando Henrique
Cardoso e Lula. Seu estudo mostra que o plano real, mais especificamente a implementação da
segunda etapa, com a queda da inflação, foi o principal fator que elegeu FHC à Lula.
(CAMARGOS, P.19). Carreirão (2007), analisando o mesmo período, onde o impacto dos fatos
econômicos 19 (a efetivação do real e as alterações na inflação) verificou através de análise dos
dados do Datafolha que 55% dos entrevistados que avaliaram como bom o plano real, também
avaliaram o governo de forma positiva, enquanto entre os que avaliavam o plano como negativo,
12% aprovavam o governo, diferente dos outros 64%, o que foi decisivo para as eleições de 1998
(P.225). Por outro lado, a intenção de voto no candidato Lula apresentou motivos como o
desemprego e os salários como campo de melhora. A escolha parece ter se dado entre manter a
estabilidade (inflação baixa, poder de compra da moeda), mesmo à custa de um certo nível de
desemprego, ou votar em Lula, apostando em mudanças sócio-econômicas, especialmente quanto à
redução do desemprego e da miséria, mesmo com o risco de aumentar a inflação (CARREIRÃO, P.
228, 2007) Camargos conclui sua tese constando que os que avaliaram o governo Fernando
Henrique Cardoso como positivo tenderam a premiá-lo novamente com o voto e os que avaliaram
negativamente, votaram na oposição. Além da identificação partidária, constatou a importância de
se considerar a identificação com o representante, já que a importância atribuída à dimensão
econômica da performance do candidato Lula foi posterior à identificação partidária e a avaliação
18 - Para mensurar a clareza de responsabilidade no voto econômico, Martins analisa variáveis como número de partidos
na coalizão, número de coalizões ao ano, percentual de cadeiras do partido do presidente na Câmera dos deputados e
tipo de gabinete.
19 - Seu estudo inclui as mudanças significativas na aprovação do governo em relação às mudanças e instabilidades

anteriores ao plano real, como durante a tentativa do plano cruzado


14

prospectiva sociotrópica20. Timothy Power e Wendy Hunter, por exemplo, ao analisarem as


eleições de 2006 que delegaram a Lula a presidência, encontraram no bolsa familia um fator de
alterações nos padrões do IDH proporcionais à satisfação pública e a consequente reeleição do
candidato. (Hunter e Power, 2007, Apud Ribeiro, Junior e Veiga, 2018). Acerca dessa mesma
questão - o baixo índice de desenvolvimento humano e a implantação do bolsa familia, - Jairo
Nicolau e Vítor Peixoto corroboram a presença do voto econômico com base retrospectiva, ao que
Zuco (2013) reafirma a presença do voto econômico na reeleição de Lula, com base em pesquisa de
metodologia similar, mas considerando a aceitação dos programas de transferência de renda, ao que
atribui parte da perda de identificação com o PT dos que atribuem às políticas de transferência de
renda um fator despolitizante.
Veiga e Ross (2016) através de dados do Eseb de 2014 testam a hipótese nas eleições do
mesmo ano, onde buscam mensurar a percepção dos eleitores acerca das principais questões acerca
da economia, como "conhecimento da taxa de desemprego", "sensação de mobilidade social",
"região geográfica" e "afetividade partidária". Seus resultados apontaram para a inexistência de uma
relação entre conhecimento relativo da economia e voto no mandatário, o que demanda estudo do
perfil dos eleitores. Dessa forma conclui que nas eleições de 2014, o conhecimento objetivo da
economia não apresentou impacto na avaliação do eleitor, de forma que a variável da afinidade
partidária mostraram impacto na economia, o que contribui com um relativo compartilhamento de
espaço entre o voto econômico e a identificação partidária.
Um dos principais objetivos desse estudo, é a compreensão e o conhecimento das teorias
que estiveram ao longo do tempo, interessadas em estudar a forma com que os eleitores votam, no
sentido de compreender suas motivações e seus critérios, sobretudo no que diz respeito às variações
no voto com base na percepção da economia. Vimos que esse é um assunto amplamente discutido,
pelo menos desde o início da década de 70 e se constitui um campo de estudo de muitas
possibilidades, podendo agregar problemáticas, metodologias e abordagens diversas. Vimos de uma
forma breve, quais as principais abordagens na literatura que baseiam a construção dos diferentes
modelos de votos, como o modelo sociológico, o psicosociológico e o racional, que por sua vez
constitui a base mais relevante para as teorias acerca do voto econômico. A compreensão da teoria
da escolha racional, permitiu de uma forma lógica o acesso ao entendimento da hipótese do voto
econômico, hipótese esta que foi amplamente testada, pela perspectiva de diferentes variáveis, na
Europa, na América Latina e no Brasil. Através das leituras das teses dos estudiosos que
investigaram a aplicabilidade das teorias europeias na América Latina; formamos as bases dos
principais pontos chaves para ter um panorama das maiores problemáticas que remetem às
diferenças profundas de contextos e realidades sociais, políticas e econômicas nas democracias e
20- Entre as principais variáveis estudadas estão: Preferência partidária e avaliação do Governo mais presentes no voto
em FHC enquanto preferência partidária e análise prospectiva sociotrópica e retrospectiva pessoal esteve mais atrelada
ao voto em Lula
15

suas estreitas relações com o voto econômico. As diferenças entre os resultados coletados
retratando resultados das eleições como fruto de um processo de satisfação e de opinião pública
mediante análises individuais e coletivas, contaram na maioria dos casos estudados , com a presença
do voto econômico (sobretudo nos países onde a democracia é mais consolidada) sendo impactada
pela preferência partidária.
O Brasil como um país Latino Americano, pode ser compreendido, pelo menos nos
períodos de eleição analisados, como uma nova democracia onde o voto econômico ainda se faz
presente mesmo que moldado e modificado em maior ou menor grau, a depender do período, pela
identificação partidária. Dessa forma, diante das crises políticas e econômicas vividas a nível
continental e também nacional, emergem as especificidades históricas nos resultados das eleições e
no comportamento dos eleitores, e diante de turbulências recentes, o Brasil torna-se um campo onde
o estudo baseado nos testes da hipótese torna-se possível e necessário. Assim, esse trabalho é
finalizado como um estudo que buscou conhecer os principais caminhos, importantes e necessários,
para o estudo do comportamento eleitoral com base na economia (o voto econômico), no Brasil.
16

OBJETIVOS:

1) Geral: analisar longitudinalmente o impacto da saúde da economia no envolvimento do


brasileiro com a política.
2) Específicos: a. Analisar a saúde da economia a partir de dados macroeconômicos e de
avaliação subjetiva retrospectiva do eleitor, medida por survey, de 2002 à 2018;
b) Analisar o envolvimento do eleitor com a política ao longo do mesmo período;
c) Testar a existência de impacto da saúde da economia nas diversas formas de
envolvimento do brasileiro com a política.

• Justificativas:
Os estudos sobre voto econômico se concentram, hegemonicamente, nos países
desenvolvidos, principalmente os Estados Unidos, que possui algumas características específicas
como o bipartidarismo, porém, é preciso trazer essa abordagem para a realidade brasileira. O Brasil,
quando abordado, os efeitos da economia é medido apenas no voto, não se estendendo a outras
formas de envolvimento do brasileiro com a política.

• Metodologia: Tendo como norte a relação entre as percepções acerca da economia


com o voto, pretende-se visitar o nascimento das principais teorias, em contexto de eleições
americanas e os posteriores estudos em que o voto econômico foi testado em vários países Latino
Americanos. Tendo feito essa revisão da teoria internacional. Os materiais empíricos utilizados
serão as pesquisas do Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB), 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Esta
pesquisa é realizada logo após o encerramento das eleições nacionais, e tem como pontos positivos
o fato de as eleições terem ocorrido recentemente, além de trabalhar com um uma multiplicidade de
variáveis. Os dados serão analisados com o emprego de técnicas estatísticas descritivas (tabelas,
gráficos), bivariadas (testes de associação de qui-quadrado, Gamma e tau) e multivariadas
(regressão linear e logística).
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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

período de 1º/01/2020 a 31/12/2020

DESCRIÇÃO DAS Assinalar o mês em que a atividade


ATIVIDADES será executada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Pesquisa Bibliográfica X X X X X X
X X X X
Revisão Bibliográfica X X X X
X X X X
Preparação dos bancos de dados X X X X
X X X X

Período de 1º/01/2021 a 31/12/2021


DESCRIÇÃO DAS Assinalar o mês em que a atividade será
ATIVIDADES executada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1
1
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Análise Descritiva e Bivariada x x x x x
X X X X X
Análise Multivariadfa x x x x x
X X X X
Relatório e Artigo x x x X
X X X
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BIBLIOGRAFIA

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ELEITORAL FACTORES ESTRUTURAIS, ATITUDES E MUDANÇAS NO SENTIDO DO
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19

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