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BRAGANÇA – PA
2019
Soluções da Lista 01 – Análise Real
n(n + 1)
(a) 1 + 2 + · · · + n =
2
Portanto,
n+1
X (n + 1)(n + 2)
k= .
k=1
2
2
(b) 1 + 3 + 5 + · · · + (2n − 1) = n2
Segue-se que:
n+1
X n+1
X n
X
(2k − 1) = (2k − 1) + (2k − 1)
k=1 k=n+1 k=1
2
= 2(n + 1) − 1 + n
= 2n + 2 − 1 + n2
= n2 + 2n + 1
= (n + 1)2 .
Portanto,
n+1
X
(2k − 1) = (n + 1)2 .
k=1
2n3 + 3n2 + n
(c) 12 + 22 + 32 + · · · + n2 =
6
3
Logo, a sentença é válida para n = 1, pois:
1
X 2 · 13 + 3 · 12 + 1 2+3+1 6
k 2 = 12 = = = = 1.
k=1
6 6 6
Segue-se que:
n+1
X n+1
X n
X
k2 = k2 + k2
k=1 k=n+1 k=1
2n + 3n2 + n
3
= (n + 1)2 +
6
6(n + 1)2 + 2n3 + 3n2 + n
=
6
6(n + 2n + 1) + 2n3 + 3n2 + n
2
=
6
6n2 + 12n + 6 + 2n3 + 3n2 + n
=
6
2n + 6n + 6n + 2 + 6n + 4 + 3n2 + n
3 2
=
6
2n3 + 6n2 + 6n + 2 + 3n2 + 6n + 3 + n + 1
=
6
2(n3 + 3n2 + 3n + 1) + 3(n2 + 2n + 1) + (n + 1)
=
6
3 2
2(n + 1) + 3(n + 1) + (n + 1)
=
6
Portanto,
n+1
X 2(n + 1)3 + 3(n + 1)2 + (n + 1)
k2 = .
k=1
6
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Primeiramente, vamos mostrar que as operações de Adição e Multiplicação estão bem
definidas em N, usando indução sobre n. Vale lembrar que as funções + e · não são
nem injetiva nem sobrejetiva. Indicaremos EA e UA por existência da adição e unicidade
da adição, respectivamente, e EM e UM por existência da multiplicação e unicidade da
multiplicação, respectivamente. Temos então:
(EA ) Mostremos que todo par (m, n) ∈ N × N tem sua imagem m + n ∈ N. Para n = 1,
temos que: +(m, 1) = m + 1 = s(m) ∈ N. Supondo verdade para n, verifiquemos para
n + 1. Dessa forma, vem: +(m, n + 1) = m + (n + 1) = m + s(n) = s(m + n). Por hipótese
de indução, tem-se: +(m, n) = m + n ∈ N. Logo, +(m, n + 1) = s(m + n) ∈ N. Portanto,
∀ (m, n) ∈ N × N, tem-se que m + n ∈ N.
(UA ) Agora, mostremos que a imagem é única. Ou seja, dados (m, n), (m0 , n) ∈ N × N,
provemos que +(m, n) 6= +(m0 , n) ⇒ m 6= m0 . Para n = 1, temos +(m, 1) 6= +(m0 , 1) ⇒
m + 1 6= m0 + 1 ⇒ s(m) 6= s(m0 ) ⇒ m 6= m0 , pois s é função. Supondo verdade para n,
mostremos que vale para n + 1. De fato, +(m, n + 1) 6= +(m0 , n + 1) ⇒ m + (n + 1) 6=
m0 + (n + 1) ⇒ m + s(n) 6= m0 + s(n) ⇒ s(m + n) 6= s(m0 + n), e então (m + n) 6= (m0 + n),
pois s é função. Mas pela hipótese de indução, +(m, n) 6= +(m0 , n) ⇒ (m + n) 6=
(m0 + n) ⇒ m = m0 . Segue que a imagem é única.
(EM ) Mostremos que todo par (m, n) ∈ N × N tem sua imagem m · n ∈ N. Para n = 1,
temos que ·(m, 1) = m · 1 = m ∈ N. Supondo verdade para n ∈ N, verifiquemos para
n + 1 ∈ N. Temos que ·(m, n + 1) = m · (n + 1) = m · n + m. Por hipótese de indução,
tem-se: ·(m, n) = m·n ∈ N. Logo: ·(m, n+1) = mn+m ∈ N. Portanto, ∀ (m, n) ∈ N×N,
obtemos que m · n ∈ N.
(UM ) Mostremos agora que a imagem é única. Isto é, dados (m, n), (m0 , n) ∈ N × N,
provemos que ·(m, n) 6= ·(m0 , n) ⇒ m 6= m0 . Para n = 1, vem: ·(m, 1) 6= ·(m0 , 1) ⇒
m · 1 6= m0 · 1 ⇒ m 6= m0 . Supondo verdade para n, mostremos que vale para n + 1. De
fato, ·(m, n + 1) 6= ·(m0 , n + 1) ⇒ m · (n + 1) 6= m0 · (n + 1) ⇒ mn + m 6= m0 n + m0 . Pela
hipótese de indução: ·(m, n) 6= ·(m0 , n) ⇒ m 6= m0 , segue que o resultado.
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Temos ainda as seguintes propriedades de Adição e Multiplicação:
i) Associatividade: m + (n + k) = (m + n) + k e m · (n · k) = (m · n) · k, ∀ m, n, k ∈ N;
ii) Distributividade: m · (n + k) = m · n + m · k, ∀ m, n, k ∈ N;
iii) Comutatividade: m + n = n + m e m · n = m · n, ∀ m, n ∈ N;
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para n + 1, ∀ n ∈ N. Agora, provemos que m + n = n + m, usando indução sobre m
e fixando n. Desse modo, é verdade para m = 1, donde 1 + n = n + 1 (já provado).
Suponhamos que seja verdade para um certo m, tal que m + n = n + m. Então, temos:
(m + 1) + n = m + (1 + n) = m + (n + 1) = (m + n) + 1 = (n + m) + 1 = n + (m + 1).
Portanto, é verdade para m + 1, ∀ n ∈ N.
Observação: Notemos ainda que a Lei do Corte para a Soma e Produto admitem a
recı́proca, dessa forma, temos a Lei do “Acréscimo”para a Soma: m = n ⇒ m + k =
n + k, ∀ m, n ∈ N, a qual pode ser provada por absurdo. Logo, temos: Suponhamos que
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m + k 6= n + k. Logo, como por hipótese m = n, então obtemos n + k 6= n + k, o que é um
absurdo. Concluı́mos que a implicação dada é verdadeira. Agora, levando em consideração
a Lei do “Acréscimo”para o Produto, a saber: m = n ⇒ m · k = n · k, ∀ m, n ∈ N, temos,
usando prova por absurdo: Suponhamos que m · k 6= n · k. Sabendo que por hipótese,
m = n, então concluı́mos que n · k 6= n · k, donde temos novamente um absurdo. Portanto,
a implicação em questão é válida. E daı́, obtemos que vale: m + k = n + k ⇔ m = n e
m · k = n · k ⇔ m = n, ∀ m, n ∈ N.
Transitividade: Se m < n e n < r, então m < r. De fato, por definição, temos que:
existe p ∈ N, com n = m + p e existe q ∈ N, com r = n + q. Dessa forma, obtemos:
r = (m + p) + q = m + (p + q), e concluı́mos que m < r;
Questão 3. Dado n ∈ N, prove que não existe x ∈ N tal que n < x < n + 1.
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Demonstração: Suponhamos que ∃ x ∈ N tal que n < x < n + 1. Logo, tem-se que
x = n+q, para algum q ∈ N. Por outro lado, temos que ∃ r ∈ N, tal que n+1 = x+r, para
algum r ∈ N. Com isso, vem que: n + 1 = (n + q) + r ⇒ n + 1 = n + (q + r) ⇒ 1 = q + r,
o que é um absurdo. Portanto, concluı́mos que @ x ∈ N tal que n < x < n + 1.
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Demonstração: Seja k o menor elemento de X. Se n ∈ X, então k ≤ n. Assim ou n é
múltiplo de k ou ∃ q, r ∈ N tais que n = kq + r e r < k. Neste último caso, pela definição
de X, segue que kq, r ∈ X, o que é um absurdo, pois k é o menor elemento de X e r < k.
Logo, todo elemento n ∈ X é múltiplo de k.
(b) 2n ≥ n2 , ∀ n ∈ N.
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Questão 9. Prove o Princı́pio da Indução como uma consequência do Princı́pio da Boa
Ordenação (P BO : A ⊂ N, A 6= ∅ ⇒ ∃ n0 ∈ A; n0 ≤ n, ∀ n ∈ A).
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