Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Homicídio
-Homicídio Direto
-Homicídio Indireto
Homicídio qualificado – Parágrafo 2º - Traz as qualificadoras – Hediondo (Altera a pena para 12-30) –
Situações que merecem uma maior reprovabilidade.
Privilegiadoras
Qualificadoras
1- Motivo torpe
2- Motivação fútil
3- Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que
possa resultar perigo comum.
4- Traição
5- Dissimulação
6- Emboscada
7- Assegurar a execução
Vantagem do crime.
Dolo direto de 1º grau – Envolve o resultado direto, a intenção de cometer o crime. Atinge o objetivo
pretendido, qual seja, realizar o crime com dolo direto. Matar a vítima pretendida.
Dolo direto de 2º grau – Envolve os resultados necessários/inevitáveis para a ação do agente. Atinge a
pessoa pretendida e outras por consequência de seu ato. Mata todas sem se importar.
Diferença:
Dolo eventual – Há a previsão do resultado, mas em seguida, em seu âmbito subjetivo, se concorda
com o resultado. Existe previsão do resultado e concordou em continuar. “teoria do foda-se”.
Culpa consciente – Há a previsão do resultado, mas em seguida, levianamente confia que pode evitar
o resultado.
Culpa inconsciente – O agente sequer prevê o resultado. Não previa. “teoria do fodeu”.
Aumento de pena
Sistema trifásico:
Consequência se torna tão grave ao agente, que este recebe o perdão judicial.
Consequência do ato é mais grave que a consequência da pena.
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada,
sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
Detalhe:
1º se verifica a privilegiadora de ordem objetiva, depois em 2° a qualificadora = compatível. Não vai ser
crime hediondo. Auxilia na progressão do crime.
Infanticídio
Precisa do dolo, não existe da forma culposa. Mas admite-se tentativa.
Aborto
Não há aborto culposo. Admite-se tentativa
É a interrupção da gravidez.
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
O consentimento do aborto tem que ser válido, a mãe deve ter pleno discernimento.
Se a mãe desistir antes de retirar o feto, ela não responde pelo crime, e o médico responde pelo art.
125.
Se a mãe se arrepender após a retirada do feto, ela responde pelo aborto.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos,
ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou
violência
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém à morte.
Formas
Ex: Namorado sabia que a namorada estava grávida e empurrou ela do penhasco.
Aborto necessário
Lesão Corporal
Vai por exclusão e o resultado da lesão, sua consequência.
A lesão corporal é um crime comum, qualquer um será o sujeito ativo, qualquer um pode cometer. Da
mesma forma, qualquer um pode ser o sujeito passivo.
Auto lesão em regra não é punida, mas o convencimento para uma pessoa que não tenha
discernimento é punida sob quem convenceu a mutilação.
A lesão leve é aquela que não se enquadra na grave ou gravíssima.
§ 1º Se resulta:
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; (Permanente mas não eterna).
IV - aceleração de parto:
II - enfermidade incurável; (Patologia sem cura – Ex: a pessoa transmite uma doença que sabe ser
portadora).
Diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena
de um sexto a um terço.
É uma minorante.
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis:
§ 6° Se a lesão é culposa:
Aumento de pena
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121
deste Código.
Violência Doméstica
§9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade:
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no §
9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido
contra pessoa portadora de deficiência.
Crimes contra a Honra
Pergunta-se: Qual o dolo, a intenção?
CALÚNIA
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Particularidades:
Denunciação caluniosa – Ofende um bem jurídico do Estado. Por meio de uma acusação é aberto
inquérito policial e posteriormente ação penal.
Exceção da verdade
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.
Extingue a punibilidade.
Detalhes:
Sujeito passivo da calúnia pode ser qualquer pessoa. Isso abrange menor inimputável como vítima?
Entendimento majoritário: “Calúnia é imputar fato previsto como crime. Menor pratica fato previsto como
crime chamado ato infracional, podendo ser vítima de calúnia.”
Segundo o STF, pessoa jurídica não pode ser vítima de calúnia, pois não pratica crime. Só podendo
ser responsabilizada penalmente em caso de infrações ambientais. Pessoa jurídica não pratica crime,
nem mesmo os ambientais. Ela é responsável penalmente por eles no sistema da dupla
imputação, logo, não pode ser vítima de calúnia. Dependendo do que se falou, pode ter atingido a
pessoa do dirigente da pessoa jurídica. Ele é vítima da calúnia.
Morto não pode ser vítima de calúnia. Art. 138, § 2º do CP: É punível a calúnia contra os mortos.Uma
coisa é a calúnia contra os mortos ser punível, outra coisa é dizer que o morto é a vítima. Nesse caso, a
família do morto figura como vítima, interessada na manutenção do seu bom nome. É um crime vago,
cujo sujeito passivo é um ente sem personalidade jurídica (família).
A autocalúnia pode configurar crime contra Administração da Justiça. Autoacusação falsa – art. 341 do
CP.
Calúnia contra Presidente da República, Presidente do Senado, Presidente da Câmara, Presidente do
Supremo – crime contra honra desses personagens pode ser crime contra a segurança nacional se tiver
motivação política. Se não tiver, é crime contra a honra comum.
O verbo “imputar” da calúnia pode ocorrer de forma explícita ou implícita. É delito de execução livre.
Pode ser praticado por palavras, escritos, gestos, etc. E “fato previsto como crime” não abrange
contravenção penal. Contravenção penal configura difamação.
Haverá calúnia quando o fato imputado jamais ocorreu (falsidade que recai sobre o fato) ou, quando
real o acontecimento, não foi a pessoa apontada (falsidade que recai sobre a autoria do fato).
A honra é um bem disponível.
O crime é punido a título de dolo, sendo indispensável a vontade de ofender a honra. No caso do caput
(art. 138), do criador, o dolo é direto ou eventual. Já no caso do §1º, de quem só divulga, o dolo só é
direto. Não se pune o dolo eventual do mero divulgador. No § 1º o dolo eventual (do fofoqueiro) é
impunível.
Se presente só o animus jocandi, não há crime. Brincadeira de mal-gosto não é crime porque não há
dolo necessário para sua configuração. O mesmo coisa aplica-se ao animus narrandi. Esse é
oanimus da testemunha. Se ela está com o espírito de apenas narrar o fato, sem intenção de ofender a
honra, não há crime. Também não há crime no animus criticandi, nem no animus consulendi. Vontade
de só aconselhar. Também não há crime. Animus corrigendi. Vontade de corrigir. E, por fim, não há
crime no animus defendendi. De autodefesa.
A calúnia se consuma no momento em que terceiro toma conhecimento da imputação criminosa,
independentemente do efetivo dano à reputação ofendido. É crime formal. Em regra, não admite
tentativa, salvo quando praticada por escrito e for interceptada pela própria vítima. Quando interceptada
por terceiro que ler o seu conteúdo, é óbvio que está consumado. No caso do telegrama, a consumação
ocorre no momento em que o funcionário está recebendo a mensagem.
Art. 138, § 3º – Exceção da verdade: incidente processual, forma de defesa indireta através da qual o
acusado pretende provar a veracidade do que alegou.
A ingressa com uma queixa imputando calúnia a B. B entra com uma exceção da verdade para provar a
veracidade do fato. B vai ser absolvido por fato atípico. A absolvição é por atipicidade porque a falsidade
é elementar do tipo. Se você prova que é verdade, o tipo perde uma elementar.
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença
irrecorrível; – Exemplo: A imputou a B o exercício arbitrário das próprias razões contra C. B, sentindo-se
caluniado, entrou com a queixa. A não poderá provar esse exercício arbitrário das próprias razões. Só C
pode, por ser de ação penal privada. Se C qiser o silêncio, A não poderá desrespeitar.
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do Art. 141; (Contra o Presidente da
República, ou contra chefe de governo estrangeiro) - Razões políticas e diplomáticas ditam a vedação.
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. –
Exemplo: A imputou a B o homicídio de C. B já foi processado e absolvido por esse homicídio. B
ingressa com uma queixa contra A. A pode provar a verdade desse homicídio? Não. Se for permitido a A
provar a verdade desse homicídio haverá afronta a coisa julgada.
O art. 523 do CPP prevê também a exceção de notoriedade. Se você consegue provar que o fato não
é verdadeiro, mas que é público e notório, haverá absolvição por crime impossível.
INJÚRIA
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Detalhes:
a)Sujeitoativo
Qualquer pessoa. Aqui cabe as mesmas observações feitas no crime de calúnia e difamação quanto às
pessoas que gozam imunidade e, portanto, não praticam crime contra a honra.
b)Sujeitopassivo
Qualquer pessoa, até mesmo o desonrado.
A vítima deve ter a capacidade de entender o que é dignidade e decoro, pois o crime ofende a honra
subjetiva. Uma criança de dois anos, por exemplo, não pode ser vítima de injúria.
Artigo 140, , § 1.º, do Código Penal - Perdão judicial nos crimes contra a honra
É cabível na injúria, nos termos do artigo 140, § 1.º, do Código Penal. Esse benefício só é possível no caso de
injúria simples, nas seguintes hipóteses:
· quando o ofendido, de forma reprovável e direta, provocou diretamente a ofensa;
· no caso de retorsão imediata, consistente em outra injúria (revide).
O artigo 140, § 3.º, do Código Penal (introduzido pela Lei n. 9.459, de 13.5.1997) pune com reclusão, de 1 a 3
anos, e multa, a ofensa (injúria) referente à raça, cor, origem, religião ou etnia.
A Lei n. 7.716/89 estabelece crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
Ofensas referentes à raça ou cor da vítima tipificam o crime de injúria qualificada.
A Lei do Racismo pressupõe uma espécie de segregação em função da raça ou da cor da pessoa. Exemplos:
proibir alguém de freqüentar um clube, não permitir a entrada em estabelecimento etc.
Exceção da verdade
DIFAMAÇÃO
Exceção da verdade
Detalhes:
Sujeito ativo
Qualquer pessoa. Aqui, cabe as mesmas observações feitas no crime de calúnia quanto às pessoas que
gozam imunidade e, portanto, não praticam crime contra a honra.
b) Sujeito passivo
Qualquer pessoa, até mesmo o desonrado.
O morto não pode ser vítima de difamação, por ausência de previsão legal.
Menores e loucos (doentes mentais) podem ser vítimas de difamação.
“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. Esta posição tende a predominar.