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A Teoria dos Tipos Psicológicos

Carl Gustav Jung, um dos maiores psicólogos do século XX escreveu em 1921 um de seus mais importantes
trabalhos, o livro “Tipos Psicológicos” onde em seu parecer “tipo” é uma disposição geral que se observa no
indivíduos, caracterizando-os quanto a interesses, referências e habilidades. Jung distinguiu nas pessoas duas
formas de atitudes e as chamou de extroversão e introversão, onde extroversão ou a pessoa extrovertida prefere
focar sua atenção no mundo externo de fatos ou pessoas e a pessoa introvertida (introversão) foca sua atenção
no mundo interno de ideias, emoções e impressões pessoais.
Na extroversão, a energia das pessoa flui de maneira natural para o mundo externo de objetos, fatos e pessoas,
em que se observa: atenção para a ação, impulsividade (ação antes de pensar), comunicabilidade, sociabilidade
e facilidade de expressão oral.
Na introversão, o indivíduo redireciona a atenção para o seu mundo interno de impressões, emoções e
pensamentos. Assim observa-se uma ação voltada para o interior, o pensar antes de agir; postura reservada,
retraimento social, retenção de emoções, discrição e facilidade no campo da escrita.
Nenhum ser humano é exclusivamente introvertido ou extrovertido, segundo Jung, as duas atitudes existem
dentro de uma pessoa, mas só uma delas se desenvolve enquanto a outra permanece adormecida.
Na visão de Jung, o tipo psicológico de um indivíduo é determinado pela introversão ou pela extroversão, e
por quatro funções conscientes denominadas funções psíquicas.

As funções psíquicas

Algum tempo depois de publicar o livro “Tipos Psicológicos” Jung percebeu que existiam diferenças
importantes entre pessoas de um mesmo grupo, ou seja, um introvertido poderia diferir muito de outro
introvertido. Para Jung essas diferenças entre indivíduos eram causadas pelas diversas maneiras em como as
pessoas utilizam suas mentes, ou seja, pela maneira da pessoa se relacionar com o mundo externo ou interno.
Jung identificou quatro funções psíquicas que a consciência usa para fazer o reconhecimento do mundo exterior
ou interior e orientar-se. Ele definiu as funções como: sensação, pensamento, sentimento e intuição. Estas junto
com as atitudes de introversão e extroversão, representam os tipos psicológicos.
A sensação e a intuição são maneiras opostas através das quais percebemos o mundo, pensamentos e
sentimentos são utilizados para julgarmos os fatos e julgamento e percepção indica o nosso estilo de vida.
A sensação e a intuição são funções irracionais, ou seja, acontece sem que percebamos, sem a mediação de um
julgamento ou avaliação. Já as funções pensamento e sentimento são consideradas racionais por terem caráter
judicativo e por serem influenciadas pela reflexão, determinando o modo de tomadas de decisões.
A função sensação é a função dos sentidos, informações (recepções) do mundo através dos órgãos dos sentidos.
Pessoas do tipo sensação tem enfoque no real e no concreto, são voltadas para o “aqui-agora”, e costumam ser
práticas e realistas.
A função intuição é o oposto da função sensação, onde a percepção se através do inconsciente, geralmente
acontece por meio de “pressentimentos”, “palpites” ou “inspirações”. Pessoas do tipo sensação tendem a ver o
todo e não as partes, e, por isso, costumam apresentar dificuldades na percepção de detalhes.
A função pensamento estabelece a conexão logica e conceitual entre os fatos percebidos. As pessoas que
utilizam o pensamento fazem uma análise logica e racional dos fatos: julgam, classificam e discriminam uma
coisa da outra sem mais interesses pelo seu valor afetivo. Procuram se orientar por leis gerais aplicáveis a
situações, sem levar em conta as interferências de valores pessoais, naturalmente voltadas para a razão
procuram ser imparciais em seus julgamentos.
Função sentimento é a função racional que se contrapõe a função pensamento. Quem usa o sentimento julga o
valor intrínseco das coisas e tendem a usar os sentimentos em suas avaliações, preocupa-se com a harmonia
do ambiente e incentiva movimentos sociais.

A dinâmica da personalidade

Jung, ao analisar as quatro funções percebeu que elas mantinham uma ordem de superioridade, sendo elas a
função dominante, a função secundaria, a função terciaria e a função inferior.
A função dominante torna-se mais desenvolvida, sendo assim a função que caracteriza o tipo psicológico de
cada indivíduo. A função secundaria ou função auxiliar, como o próprio nome já diz, auxilia a função
dominante. A função terciaria é aquela com desenvolvimento rudimentar e geralmente é oposta à função
auxiliar na escala de preferencias. A função inferior é a função menos desenvolvida e se contrapões a função
dominante.

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