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Geografia A
Módulo Inicial – A posição de Portugal na Europa e no
Mundo
0.1 – Portugal e a sua posição na Europa e no Mundo
0.1.1 – O território português
0.1.1.1 – Constituição e localização
Portugal, com um território de aproximadamente 92000 km2, situa-se no extremo
sudoeste da Europa. Encontra-se numa posição:
periférica relativamente aos centros europeus de maior desenvolvimento;
privilegiada no espaço atlântico, nomeadamente como encruzilhada das rotas do
Atlântico e como interlocutor entre a Europa e o Mundo.
É constituído por:
Portugal Continental ou Peninsular, que tem uma linha de costa com mais de
1200 km de extensão e que se localiza na faixa ocidental da península Ibérica,
ocupando menos de um quinto do seu território;
Portugal Insular, no oceano Atlântico, que inclui dois arquipélagos:
os Açores, a oeste de Portugal Continental, com nove ilhas, distribuídas pelos
grupos Ocidental, Central e Oriental, e um conjunto de ilhéus;
a Madeira, a sudoeste de Portugal Continental, tem duas ilhas e dois conjuntos de
ilhéus.
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pela União Económica e Monetária (UEM), com a adoção de uma moeda única – o euro,
em 1999. A adoção de uma moeda única oferece vantagens:
apoios financeiros;
programas de apoio ao desenvolvimento;
benefícios no mercado único;
harmonização dos padrões de qualidade e das normas.
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Crescimento natural
A redução da taxa de natalidade acentuou-se a partir dos anos 60, sobretudo
depois de 1975;
A maior descida da taxa de mortalidade verificou-se durante a primeira metade do
século XX;
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Saldo migratório
A emigração e o êxodo rural tiveram maior impacte nas regiões do interior;
A imigração tem contribuído para o crescimento demográfico, principalmente nas
regiões do litoral;
Diminuiu na década de 60, aumentou nos anos 70 e cresceu nas últimas décadas.
Crescimento efetivo
Considerando a tendência de redução do crescimento natural, o saldo migratório
tem sido o principal componente efetivo da população, desde os anos 90.
Declínio da fecundidade
O declínio da fecundidade evidencia-se na redução dos indicadores de natalidade:
Nº de nascimentos
Taxa de fecundidade = × 1000;
Nº de mulheres em idade fértil
Índice sintético de fecundidade = Nº de crianças que, em média, cada mulher tem
durante a sua vida fértil. Atualmente, é menor que o índice de renovação de
gerações – valor mínimo do índice sintético de fecundidade para assegurar a
substituição de gerações (2,1).
Esses indicadores diminuíram devido:
ao planeamento familiar;
aos métodos contracetivos;
ao aumento dos encargos com a educação e com a saúde;
à emancipação da mulher;
ao aumento do nº de divórcios;
à diminuição do nº de casamentos.
Aumento da longevidade
O envelhecimento demográfico deve-se ao aumento da esperança média de vida e do
Pop. de 75 e mais anos
índice de longevidade (Pop. de 65 e mais anos × 100), que, conjugados com o declínio da
fecundidade, conduzem a um progressivo envelhecimento da população, evidenciado
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Os índices de dependência total e idosa são menores nos Açores e na Madeira, onde o
ISP é maior, e são maiores no Alentejo e no Centro, onde o ISP é menor.
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os jovens dos 15 aos 24 anos são o grupo etário com maior dificuldade de inserção
no mercado de trabalho;
o desemprego feminino é ligeiramente menor;
no nível de escolaridade superior, a taxa de desemprego é menor.
Ao nível regional, a taxa de desemprego é menor no Centro e maior em Lisboa.
Outros problemas são o desemprego de longa duração, o emprego temporário e o
subemprego.
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1.2.1.2 – Fatores
Fatores físicos
Fatores humanos
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1.2.2.2 – Soluções
Ordenamento do território;
Melhoria das acessibilidades;
Criação dos serviços essenciais de apoio à população;
Desenvolvimento das atividades económicas geradoras de emprego e qualificação
da mão-de-obra;
Concessão de benefícios e incentivos a empresas e a profissionais qualificados.
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Minérios metálicos:
O cobre e o zinco, no Alentejo, na Faixa Piritosa, onde se encontram as minas de
Neves-Corvo e Aljustrel;
O volfrâmio, no Centro, nas minas da Panasqueira.
Minerais industriais:
O caulino, o quartzo, o feldspato e o sal-gema no Norte e Centro.
Minérios para construção:
Agregados e minerais para cimento e cal, nas pedreiras;
Rochas ornamentais – rochas carbonatadas (como o mármore e o calcário), rochas
siliciosas (como o granito e a serpentinite) e as ardósias e xistos ardosíferos – no
Alentejo, com a maior jazida de calcário microcristalino na faixa Estremoz-Borba-
Vila Viçosa, donde são extraídos mármores de boa qualidade.
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Águas:
Minerais e de nascente para engarrafamento;
Termais para termas (turismo de saúde).
Degradação ambiental
Degradação ambiental e paisagística causada pelas explorações;
Contaminação dos solos e águas e poluição atmosférica.
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Consumo de energia
Contaminação ambiental e problemas de segurança;
Dependência externa em relação ao abastecimento energético.
2.1.3.2 – Valorização
Criação de infraestruturas e modernização da tecnologia;
Mobilização de meios políticos, financeiros, científicos e tecnológicos para a
inventariação e localização de recursos;
Preservação ambiental;
Utilização mais eficiente da energia e diversificação das fontes;
Promoção dos recursos explorados.
2.2 – A radiação solar
2.2.1 – Variabilidade da radiação solar
2.2.1.1 – Ação da atmosfera
Devido à imensa distância entre a Terra e o Sol, apenas atinge o limite exterior da
atmosfera uma pequeníssima parte da radiação solar (energia proveniente do Sol sob a
forma de ondas eletromagnéticas), correspondente a 1400 watts, ou seja,
aproximadamente o valor da constante solar (energia que, por segundo, chega a cada
metro quadrado de superfície da camada superior da atmosfera, exposta
perpendicularmente à radiação solar). Dessa energia, só chega à superfície terrestre
aproximadamente metade, devido à ação dos processos atmosféricos de:
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Variação territorial
Em Portugal, a intensidade da radiação global é maior:
no sul;
na faixa oriental junto a Espanha;
nas vertentes soalheiras (vertentes viradas a sul)
É menor:
no norte;
no litoral ocidental a norte do Tejo;
nas vertentes umbrias (vertentes viradas a norte).
Fatores de variação
Exposição das vertentes;
Nebulosidade (influenciada pela distância ao mar e pela altitude);
Latitude (o movimento de translação influencia o ângulo de incidência e o tempo
de exposição).
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Esses fatores vão afetar a insolação – nº de horas de céu descoberto com o Sol acima
do horizonte.
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A AVTA é maior nos vales interiores do Douro, Tejo e Guadiana devido à penetração
de ventos de este que são frios no inverno e quentes no verão, extremando as
temperaturas.
Na Madeira, a vertente sul é mais soalheira e é protegida dos ventos de norte pelas
montanhas. Por isso, é mais abrigada, logo, é mais quente.
Sistemas térmicos
Através dos sistemas térmicos, faz-se a captação, por coletores, da radiação solar
direta para aquecimento de edifícios, águas, etc, e utiliza-se a energia solar como fonte
de calor na produção de eletricidade.
Existe um baixo potencial para a utilização de sistemas térmicos a norte do Tejo,
sobretudo no litoral e nas áreas de montanhas, onde a nebulosidade é maior, e um
maior potencial:
Sistemas fotovoltaicos
Através dos sistemas fotovoltaicos, converte-se diretamente a radiação solar em
energia elétrica.
Existe um baixo potencial para a utilização de sistemas fotovoltaicos no litoral das
regiões Centro e Norte, e um maior potencial:
na costa de Lisboa;
na península de Setúbal;
em boa parte do Alentejo (especialmente o vale do Guadiana);
no Algarve (especialmente no seu litoral sudeste).
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2.2.3.2 – O turismo
A radiação solar constitui um fator de desenvolvimento, pois a atividade turística:
gera emprego;
proporciona a entrada de divisas;
induz efeitos multiplicadores noutras áreas.
O turismo balnear é o que mais beneficia das características do clima português.
O turismo sénior tem vindo a ganhar relevância, contribuindo para resolver o problema
da sazonalidade.
O setor imobiliário tem vindo a beneficiar com a compra de segundas habitações no
nosso país pelos turistas estrangeiros.
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Posição regional
Numa escala local:
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2.3.2.2 – Precipitação
A formação de frentes e sua influência no estado do tempo
A frente polar do hemisfério norte
Quando se encontram duas massas de ar
de características diferentes que se
deslocam em sentidos opostos e
convergentes, forma-se uma superfície
frontal – área de contacto entre duas
massas de ar. À interseção da superfície
frontal com a superfície terrestre chama-
se frente.
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Perturbações frontais
Uma perturbação frontal é o conjunto formado pela associação de uma frente fria, uma
frente quente e uma depressão barométrica (baixa pressão). Ela é constituída por um
setor de ar tropical quente, entre dois setores de ar polar frio (anterior e posterior),
verificando-se uma dupla ascensão do ar – na frente fria, por efeito da interposição do
ar frio por baixo do ar quente; na frente quente, por sobreposição do ar quente ao ar
frio.
A frente fria progride mais rapidamente do que a frente quente, pois, o ar frio, ao
penetrar sob o ar quente, obriga-o a subir mais depressa do que na frente quente.
Assim, a frente fria acaba por alcançar a quente e o ar frio posterior junta-se ao anterior,
obrigando todo o ar quente a subir. Forma-se, então, uma frente oclusa – frente
resultante da junção da frente fria com a frente quente.
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Precipitações convectivas
A superfície terrestre, ao estar quente,
aquece o ar, que sobe e forma baixas
pressões. As nuvens originadas são,
geralmente, de grande desenvolvimento
vertical, que originam precipitações
abundantes e de curta duração (aguaceiros),
por vezes acompanhadas de trovoada e
granizo.
Precipitações orográficas
As vertentes das montanhas obrigam o ar a
subir, desencadeando o processo de
arrefecimento que, por sua vez, conduz à
condensação do vapor de água, formando-se
nuvens e, a partir destas, precipitação.
A precipitação diminui de norte para sul (pois o norte é mais afetado pela
perturbação da frente polar) e do litoral para o interior (a proximidade ao mar
aumenta a humidade);
Nas áreas mais elevadas do noroeste e do centro ocorrem muitas precipitações
orográficas;
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Regiões Autónomas
Nos Açores, a maior influência do oceano faz com que esta região apresente
características mais próximas das do clima temperado marítimo:
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do volume da precipitação;
da sua distribuição ao longo do ano (maior no inverno – o que pode provocar
cheias – menor no verão – o que pode provocar secas que coincidem com a época
de maior consumo).
Os recursos hídricos podem ser:
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Armazenamento de água
A construção de infraestruturas de armazenamento de água, em Portugal, é
importante devido à grande irregularidade da distribuição intra e interanual da
precipitação e, consequentemente, das afluências à rede hidrográfica e aquíferos,
situação que se agrava pelo facto de existir um desfasamento temporal entre as épocas
de maior disponibilidade de água e as de maior necessidade. Neste aspeto tem havido
uma evolução no sentido de se conseguir uma reserva de água cada vez maior.
A construção de grandes barragens onde as disponibilidades hídricas são menores,
como no Alentejo, torna-se um fator de mudança importantíssimo, principalmente para
o espaço rural. A maior disponibilidade de água aumenta muito o potencial agrícola da
região e contribuiu para a prática de atividades de turismo e lazer, com a consequente
dinâmica económica e social que vai contribuir para o desenvolvimento da região.
As barragens permitem os transvases – transferência de reservas hídricas entre
diferentes bacias hidrográficas. Assim, é possível fazer uma redistribuição espacial da
água.
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Lei da Água, que transpôs para a legislação nacional a Diretiva Quadro da Água,
normas comunitárias relativas à utilização, conservação e proteção dos recursos
hídricos.
Estes documentos definem princípios, metas e normas da Política Nacional da Água,
que tem por objetivos:
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Cooperação luso-espanhola
No caso da Península Ibérica, em que Portugal e Espanha partilham as bacias
hidrográficas de vários rios, foi assinada, em 1998, a Convenção sobre Cooperação para
Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-
Espanholas (Convenção de Albufeira).
Para Portugal, a regulamentação e o cumprimento das normas comunitárias
relativamente à partilha de bacias hidrográficas internacionais e dos acordos
estabelecidos na Convenção de Albufeira assume maior importância, uma vez que é ao
território português que afluem as águas vindas de Espanha, podendo ocorrer
problemas como:
praias fluviais;
navegação de lazer;
culturas biogenéticas;
extração de areias;
espaços de recreio e lazer.
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Costa de arriba
Onde as rochas têm maior dureza, a costa é de
arriba alta e escarpada ou de arriba baixa. É
sobretudo de arriba baixa e rochosa no litoral
norte, e de arriba alta e escarpada:
Costas de praia
Onde o mar entra em contacto com rochas mais
brandas, a costa é de praia, sobretudo:
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Mondego;
Carvoeiro;
Roca;
Raso;
Espichel;
Sines;
Sardão;
São Vicente;
Santa Maria.
A linha de costa pouco recortada e
muito exposta a ventos e vagas
oferece poucas condições naturais
propícias aos portos marítimos, daí a
necessidade de construção de abrigos
e portos artificiais, como são os casos
de Leixões e Sines.
A plataforma continental
Portugal tem uma plataforma continental estreita. As águas das plataformas
continentais:
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Correntes marítimas
As correntes marítimas favorecem a abundância de pescado, sobretudo as frias (que
transportam mais nutrientes), e as áreas de confluência de uma corrente fria com uma
corrente quente (favorecem a diversidade de espécies e a renovação de stocks).
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Frota de pesca
A frota de pesca nacional é a 4ª maior da UE em nº de embarcações e a 6ª em arqueação
bruta e potência motriz.
A frota de pesca tem vindo a decrescer, devido à sua reestruturação, à vulnerabilidade
dos stocks e ao aumento das restrições.
Frota de pesca local
Opera em águas interiores e perto da costa;
Utiliza diversas artes de pesca;
Sai por curtos períodos de tempo;
Captura espécies de maior valor;
Ocupa maior nº de pescadores;
Usa embarcações de pequena dimensão e de madeira.
Frota de pesca costeira
Opera para lá das 6 milhas náuticas;
Usa alguns meios modernos (como o cerco e o arrasto);
Tem maior potência matriz e autonomia de navegação;
Usa embarcações com mais de 9 metros e até 33.
Frota de pesca do largo
Opera para lá das 12 milhas náuticas;
Pode permanecer no mar durante meses;
Utiliza técnicas modernas de deteção e captura;
Está equipada com meios de conservação (navio congelador) e transformação
(navio-fábrica).
Mão de obra
A mão de obra tem continuado a decrescer por abandono da atividade, reforma ou
devido à modernização funcional da frota.
O maior nº de ativos na pesca encontra-se nos Açores, no Norte e no Centro, e a maior
representatividade da pesca no emprego regista-se nos Açores, na Madeira e no
Algarve. Os profissionais de pesca são maioritariamente homens com mais de 45 anos
de idade e reduzidos níveis de escolaridade.
É necessário elevar os níveis de escolaridade da mão de obra para desenvolver a pesca.
Por isso, foram criados Centros de Formação nos principais postos do país.
As infraestruturas portuárias
Nas áreas portuárias nacionais, tem vindo a ser exercido um esforço de modernização
e monitorização do cumprimento das regras de desembarque, tempo e condições de
permanência e escoamento do pescado, nomeadamente ao nível das lotas. Os apoios
comunitários no âmbito da Política Comum da Pesca têm-se revelado importantes na
modernização da frota e das infraestruturas portuárias, permitindo a sua modernização.
O porto de Matosinhos é o que dispõe de maior nº de equipamentos.
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2.4.2.2 – A aquicultura
A aquicultura – cultura de espécies aquáticas em ambientes controlados de água doce
ou de água salobra e marinha – constitui uma forma alternativa de obtenção de
pescado, que ajuda a reduzir a pressão sobre os stocks marinhos, favorecendo a sua
recuperação, além de permitir recuperar espécies em risco de extinção e repovoar os
habitats naturais.
Em Portugal, a aquicultura tem vindo a crescer, e predominam os estabelecimentos de
água salobra e marinha ao longo da costa, sobretudo nas áreas lagunares do Centro e
Algarve. Predomina o regime de produção extensivo, com tendência para o aumento do
regime intensivo e semi-intensivo:
Salicultura
Em Portugal Continental, ao longo da costa atlântica, sobretudo no sul, existem
condições naturais favoráveis à produção de sal marinho por evaporação solar. Trata-
se de uma atividade com tradição em Portugal, que decresceu com o encerramento de
muitas salinas.
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2.4.3.2 – Soluções
A investigação no domínio da gestão dos recursos é um elemento importante para
fazer a avaliação do seu estado, do impacte das tecnologias da pesca e do
ordenamento da pesca litoral;
A implementação de medidas de proteção das espécies, como a definição de
quotas de pesca e de restrições às capturas, deverá contribuir para a estabilização
e renovação dos stocks;
O reforço da capacidade de vigilância da ZEE é fundamental para garantir a
preservação dos recursos marítimos;
A gestão do mar e da orla costeira deve ser feita de forma integrada de acordo com
os diversos instrumentos da sua implementação, de que se destacam os POOC, o
POEM, o PAPVL e a ENGIZC;
A produção de energias renováveis, a partir das ondas e das marés ou dos ventos,
constitui uma das potencialidades do mar e das regiões costeiras que pode ser mais
valorizada;
O mar, como fonte de recursos, poderá ser mais valorizado através da exploração
de hidrocarbonetos e minerais, bem como do desenvolvimento de atividades
turísticas e desportivas alternativas ao turismo de sol e praia.
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