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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO – UEMANET


DISCIPLINA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

APRENDER A APRENDER A ESTUDAR A DISTÂNCIA

Bacabal/MA
2019
PÂMELLA DAYANE DA SILVA ROCHA

APRENDER A APRENDER A ESTUDAR A DISTÂNCIA

Atividade apresentada à disciplina de


Educação a Distância do curso de
Pedagogia da Universidade Estadual do
Maranhão, Núcleo de Tecnologias para a
Educação – UEMANET, como requisito
parcial para a nota na referida disciplina.

Tutora: Profa Elisângela Moraes Gonçalves

Bacabal/MA
2019
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1. A relação entre a construção de aprendizagens no ensino médio e a


educação a distância
A disciplina que mais gostei no ensino médio foi a de Língua Portuguesa. Pelo
fato de o professor ter demonstrado um entrosamento satisfatório com os alunos
durante as aulas. Ele nos deixava bem à vontade para expor nossos questionamentos,
além de explicar de maneira clara e utilizar-se de exemplos muitas vezes através da
tecnologia (slides). Segundo Abreu e Masseto (1990, p. 115)
“o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas
características de personalidade que colabora para uma adequada
aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do
papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.”

Para Pérez Gomes (2000), o professor exerce a função de facilitador, em busca


de entendimento comum em um processo de formação do conhecimento
compartilhado, que se dá somente por interação. Partindo disso, acredito que o
docente citado manteve uma boa interação na relação professor/aluno, contribuindo
bastante para a construção dos saberes da turma em geral.
Com relação ao segundo tópico, a disciplina com a qual menos me identifiquei
foi a de geografia no segundo ano do ensino médio, pelo fato de o professor ter sido
muito rígido, utilizar-se de um modelo muito tradicional de ensino, que priorizava
apenas notas de provas, impondo sua autoridade sem se deixar ser questionado,
sendo assim, muito inflexível. Segundo Paulo Freire (1996, p. 24) “ensinar exige
respeito à autonomia do ser educando.” Isso significa que não é simplesmente passar
o conteúdo no quadro e usar de autoridade e imposições visando com que os alunos
absorvam os conteúdos, que vai garantir o sucesso do processo ensino-
aprendizagem. Conforme o autor diz em seu livro Pedagogia da Autonomia
O professor que desrespeita a curiosidade do educando (...); o professor que
ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que “ele se ponha em seu lugar”
ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se
exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno,
que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à
experiência formadora do educando, transgride os princípios
fundamentalmente éticos de nossa existência. É neste sentido que o
professor autoritário, que por isso mesmo afoga a liberdade do educando,
amesquinhando o seu direito de estar sendo curioso e inquieto, tanto quanto
o professor licencioso rompe com a radicalidade do ser humano – a de sua
inconclusão assumida em que se enraíza a eticidade. (FREIRE, 1996, p.25)

Considerando o posicionamento dos autores citados e relacionando com minha


experiência discente em sala de aula, afirmo que os conhecimentos poderiam ser
construídos contando com participação mútua de professor e aluno. Essa rigidez de
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uma pedagogia tradicional poderia ser substituída pela flexibilização do aprendizado,


pela compreensão e consideração para com as vivencias dos alunos.
Esse modo flexível e democrático de educação e ensino tem sido bem
desenvolvido na modalidade EAD atualmente, onde professor/tutor é muito mais um
facilitador e orientador em vez de um simples ditador de regras. Nesse caso o papel
do discente é mais valorizado, pois ele passa a ter autonomia na construção do próprio
conhecimento. Catapan et al (2008) afirma que o próprio aluno da educação a
distância é quem organiza suas estratégias de estudo. O objetivo é que ele se torne
um aprendiz eficiente e autônomo.
Diante do que foi exposto, é importante frisar a necessidade de que escolas e
professores da educação básica que ainda se utilizam de métodos muito tradicionais
busquem atualização nesse sentido, bem como de que revejam seus conceitos e
reflitam acerca de suas práticas educativas.
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REFERÊNCIAS

CATAPAN, ARACI H... [et al.]. Introdução à educação a distância. Florianópolis :


Filosofia/EaD/UFSC, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São


Paulo: Paz e terra, 1996 (Coleção Leitura)

BARBOSA, Fayson. CANALLI, Micaela. Qual a importância da relação professor/aluno no


processo de ensino-aprendizagem? EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano
16, Nº 160, Setembro de 2011. Disponível em: <https://www.efdeportes.com/efd160/a-
importancia-da-relacao-professor-aluno.htm> com acesso em 25 de julho de 2019.

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