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MANUAL CONFORMAÇÃO
COMPETÊNCIAS FINANCEIRAS
Objetivos Gerais:
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MANUAL DE COMPETÊNCIAS FINANCEIRAS
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
1. Competências Financeiras - Contas clientes .......................................................................... 4
1.1 Movimentação de fundos relativos ao contrato de seguro .................................................. 4
1.2 Conceitos de Conta Clientes e Conta Patrimonial e suas diferenças..................................... 6
1.3 Modelos de Negócio na Distribuição de Seguros .................................................................. 7
1.4 Modelos de Transmissão de Carteira de Seguros................................................................ 13
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INTRODUÇÃO
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Deve ser dada especial atenção ao facto da necessidade de os agentes de seguros (com
cobrança) terem que controlar as suas contas clientes que dizem respeito às receitas e
às despesas da carteira de seguros, à gestão da conta bancária (para este efeito) e ainda
para os lançamentos efetuados dos pagamentos às Empresas de Seguros ou aos
Corretores.
Nesse sentido, o n.º 1 do artigo 24.º da Norma Regulamentar n.º 17/2006-R estabelece
que os montantes entregues pelos tomadores de seguros ao mediador de seguros, bem
como aqueles que lhe sejam entregues pelas empresas de seguros para os tomadores
de seguros, segurados ou beneficiários, são depositados em contas “clientes” abertas
junto de instituições de crédito autorizadas a exercer atividade na União Europeia.
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c) Contas abertas em seu nome para pagamento das comissões que lhe sejam
devidas.”
Conta Clientes é uma conta “técnica” aberta numa instituição financeira destinada aos
movimentos exclusivos dos fluxos financeiros entre tomadores de seguros,
beneficiários, terceiros lesados e uma ou várias empresas de seguros com quem o
agente de seguros se relacione desde que detenha poder de cobrança atribuido.
Esta conta “técnica” tem como suporte junto das instituições financeiras uma conta de
depósitos à ordem de que é titular o mediador de seguros.
Quando acima referimos, por exemplo, uma conta à ordem num banco estamos a falar
de uma conta patrimonial, na medida em que o seu saldo é património dos seus
titulares assim como os seus débitos, quando não suportados por fundos na conta, são
uma responsabilidade para com o banco desses mesmos titulares (da conta).
Por exemplo, quando uma empresa solicita uma conta caucionada a um banco
(representativa de um empréstimo) este atribui a mesma, sob uma conta à ordem dessa
mesma entidade. Ou seja, a conta caucionada funciona portanto como uma conta
“técnica” equivalente à conta cliente (finalidade exclusiva).
Nas contas “técnicas”, como a Conta Cliente, não são atribuidos cheques ou cartões ais
seus titulares para a sua movimentação.
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Um Business Model Canvas permite que todo o negócio seja visualizado numa única
página (ou slide). Isto significa que não é necessário analisar um documento cheio de
texto e números, passando página por página para compreender as diferentes
estratégias definidas. Segue modelo exemplo:
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https://www.strategyzer.com/canvas/business-model-canvas
Vamos transcrever uma notícia publicada no Jornal Negócios, em março de 2018, onde
diferentes players da Área Seguradora prestam o seu contributo para a definição de
novos modelos de negócio na atividade.
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significativamente o seu peso. Mas nos seguros não se fazem só vendas, oferecem-se
serviços.
Clientes mais conectados e interactivos são uma realidade digital a que todas as
seguradoras se têm de adaptar sob pena, como adverte Conceição Tomás, agents e
marketing manager da Generali, "de os seus modelos de negócio ficarem obsoletos e
perderem competitividade".
A caminho do digital
Porém, como refere Gastão Taveira, CEO da i2S, "estudos realizados no Norte da Europa
indicam que 8% dos clientes de seguros de Vida interagem online na compra de seguros.
Estima-se que passem a 15% dentro de poucos anos. Em seguros gerais, essas
percentagens são de 10% e 23%. Em alguns segmentos de mercado, os sites de
comparação de preços detêm uma quota significativa".
Para este gestor o que "é inquestionável, é que os canais digitais vão aumentar
significativamente o seu peso". Com o uso de tecnologias avançadas, "podem construir
produtos mais personalizados, que respondam melhor ao perfil de cada cliente".
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A estratégia omnicanal
Neste momento o peso dos canais digitais ainda não é muito expressivo.
ROGÉRIO BICHO - ADMINISTRADOR E DIRECTOR COMERCIAL DA LIBERTY
SEGUROS
Gastão Taveira refere que sem as novas tecnologias não haveria seguros "como por
exemplo, o pagamento por uso ou os incentivos como "telemetria nos seguros
automóveis; wearables nos seguros de saúde, etc. ou o uso de "smart contracts" em
seguros de viagem (por exemplo compensação por atraso de voos)". Mas mesmo nos
seguros já existentes, "há grandes adaptações a fazer para assegurar uma estratégia
"omnichannel". É possível, hoje em dia, assegurar um "single point of thruth" que
garanta que todo e qualquer canal obtém a mesma informação, por forma a assegurar a
coerência do "client journey"".
"As seguradoras têm de ser capazes de servir os clientes através dos seus mais variados
canais. A experiência diz-nos que para prestar o melhor serviço ao cliente é necessário
ter uma estratégia omnicanal" afirma Conceição Tomás. Defende que é necessário
desenvolver soluções tecnológicas eficazes e articular-se com a rede de distribuição
como os agentes. Até porque "é verdade que os custos de distribuição online são mais
reduzidos, mas nos seguros não basta vender, é preciso prestar um serviço".”
O orçamento anual deve ser construído com base nas receitas previstas (por tipo de
receitas) e quais as despesas associadas à empresa em termos individuais ou coletivos,
como por exemplo, pessoal, combustíveis, comunicações, outras.
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Neste cálculo vão entrar todas as receitas mensais ou anuais, como receitas de vendas
(recorrentes ou excecionais) ou dividendos de investimentos, por exemplo.
Os custos fixos que tem mensalmente com o seu negócio são os mais fáceis de
perceber, no entanto, é importante não saltar nenhum, por mais pequeno que seja:
Rendas;
Pagamentos de empréstimos;
Salários;
Seguros;
Impostos e taxas;
Avenças.
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As despesas variáveis são um pouco mais complicadas, porque podem diferir muito de
mês para mês. E podem, assim, ter um grande impacto na saúde do seu negócio. São
exemplos:
Matérias-primas;
Serviços de marketing;
Certamente o mais difícil de prever são as despesas únicas, já que podem surgir
inesperadamente. É necessário manter um fundo de maneio, calculando as suas
necessidades, de forma a colmatar custos com:
Material;
Obras e construção;
Eletrónicos.
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O melhor mesmo é fazer uma planificação mês-a-mês das entradas e saídas de dinheiro
previstas (onde inclui todas as rúbricas faladas acima). Assim, tem a certeza de que não
vai ter problemas de liquidez nos meses para os quais está a desenhar o orçamento.
Para efeitos das Carteiras de Seguros, o artigo 53º da Lei 7/2019 esclarece o seguinte:
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bem como que mantêm o direito de escolher e nomear, nos termos legais, mediador de
seguros ou de seguros a título acessório para os seus contratos.
O artigo 54º da Lei 7/2019 refere o seguinte sobre a transmissão de carteira a favor da
empresa de seguros:
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renováveis, na data da sua renovação, devendo, em qualquer dos casos, essa data ser
incluída na comunicação ao tomador do seguro prevista no número anterior.
6 - O ónus da prova da existência de justa causa na cessação cabe à parte que faz cessar
o contrato.
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O entendimento da ASF, nas FAQ’s, sobre quais deverão ser os procedimentos que a
empresa de seguros e o mediador têm que ter nas transferências de carteiras por
constituição de sociedade, é o seguinte:
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