Você está na página 1de 11

DIALOGOS Acessibilidade

ENTRE ARTE Cultural:


E Pu, BLICQ oqueeacessivel,
e para quem?

CADERNO DE TEXTOS Ill


Ficha catalográFica:
Diálogos entre Arte e Público: caderno de textos.
Organizado por Anderson Pinheiro Santos. Recife:
Fundação de Cultura Cidade do Recife, v.3, 2010. 136p.:il.

Bibliografia

ISSN: 1983-9960

1.Arte 2. Diálogos 3. Santos, Anderson Pinheiro. I. Título

CDD- 700

CDU- 70
64 A INCLUSÃO DE PÚBLICOS
ESPECIAIS EM MUSEUS: O
PROGRAMA EDUCATIVO
a Manda Fonseca toJal PARA PÚBLICOS ESPECIAIS
DA PINACOTECA DO
Margarete de oliveira ESTADO DE SÃO PAULO

Maria christina da silva costa


saBrina denise riBeiro

introduÇão

evidente, hoje, a progressiva conscientização e a implantação por parte dos


museus brasileiros de políticas de ação educativa dirigidas aos públicos específicos,
considerando o importante papel social desempenhado por essas instituições como
espaços de referência da identidade cultural e autorreconhecimento dos cidadãos em
sua comunidade. Essas novas posturas afirmam um dos mais importantes objetivos
da nova museologia e das tendências do pensamento da contemporaneidade, o da
responsabilidade social, que, em parceira com as iniciativas pública, privada e do
terceiro setor, buscam garantir o respeito e a qualidade de vida dos cidadãos.

Cabe, portanto, aos museus, bem como a todas as instituições culturais, estar em
sintonia com o pensamento contemporâneo de respeito e reconhecimento da
diversidade cultural e social, trabalhando a favor, não somente da comunicação de seus
objetos culturais, sob o ponto de vista multicultural, como também contribuindo para a
democratização social e cultural por meio dos processos de inclusão social.

museus e PÚBLicos esPeciais

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial


apresenta algum tipo de deficiência, o que representa aproximadamente 610
milhões de pessoas com deficiência no mundo, das quais 386 milhões fazem parte da
população economicamente ativa e 80% do total dessas pessoas vive em países em
desenvolvimento.

No Brasil, dados estatísticos apurados pelo Censo Demográfico de 2000, realizado


pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atestam a existência de 24,5
milhões de pessoas cadastradas portadoras de algum tipo de deficiência (pessoas com
deficiências físicas, neuromotoras, intelectuais, auditivas e visuais), numa população
geral de 169.799.170 habitantes, o equivalente a 14,5% da população brasileira.

Trata-se, portanto, de um universo expressivo de pessoas, agravado pelo fato de


o Brasil estar entre os países com os maiores índices de acidentes de trabalho e de
violência urbana, o que amplia significativamente esse número, principalmente de
indivíduos jovens com essas características.

Dentro desse quadro de referências, o museu, como instituição pública, deve ter por
objetivo não somente a preservação do patrimônio cultural nele abrigado, mas também
o importante papel de promover ações culturais, enfocando o seu potencial educacional
e de inclusão social.
Exemplificando esse relevante papel social que o museu pode e deve cumprir, a 65
equipe de educadores do Programa Educativo para Públicos Especiais (PEPE) da
Pinacoteca do Estado de São Paulo propõe um relato de sua experiência com esse
público-alvo e as ações que permeiam seu trabalho educativo, referência para novas
práticas e ações multiplicadoras em museus e instituições culturais de todo o país.

ProGrama educativo Para PÚBLicos esPeciais

A Pinacoteca do Estado de São Paulo tem como uma de suas prioridades a ampliação
de ações educativas que possam aprofundar a compreensão das obras de seu acervo a
públicos cada vez mais amplos, iniciativa esta reveladora de uma visão contemporânea
da museologia, que defende a necessidade de tornar os acervos cada vez mais acessíveis
ao público.

Assim, com essa orientação, no ano de 2003 foi implantado o Programa Educativo
para Públicos Especiais (PEPE) como parte das iniciativas da ação educativa da
instituição1.

Esse programa visa atender grupos especiais, compostos por pessoas com deficiências
sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais, físicas e com transtornos emocionais, como
também grupos inclusivos, compostos por pessoas com e sem essas deficiências, tendo
como objetivo incentivar e ampliar o acesso desse público ao importante patrimônio
artístico e cultural brasileiro, representado pelo acervo da Pinacoteca.

O programa desenvolve também cursos de formação para educadores e profissionais


das áreas de museus e saúde e para os próprios trabalhadores do museu, por meio
do programa Consciência Funcional, tendo por objetivo a recepção e orientações
preliminares ao público-alvo.

O Programa Educativo para Públicos Especiais (PEPE) desenvolve as seguintes ações:

1. Atendimentos aos públicos especiais e inclusivos

Visitas educativas previamente agendadas, nas quais o público-alvo, acompanhado


por educadores especializados (pertencentes à equipe do programa)2, explora e conhece
obras de arte selecionadas do acervo, de forma não somente visual, mas também
sensorial, por meio dos sentidos do tato, audição e olfato.

Uma educadora surda especializada também integra essa equipe, com a função de
realizar visitas educativas para o público surdo, levando em consideração o interesse e
as necessidades desses participantes no universo da arte, por meio da comunicação em
Libras (Língua Brasileira dos Sinais). Durante as visitas educativas são disponibilizados os
seguintes recursos multissensoriais:

1.1. Liberação para apreciação sensorial por meio do toque de obras tridimensionais
originais, principalmente para pessoas com deficiências visuais, acompanhadas pela
equipe de educadores do programa.

Foram selecionadas, junto à equipe de profissionais do Núcleo de Conservação e


Restauro, 30 esculturas de bronze, obras adequadas ao reconhecimento pelo toque,
segundo os critérios de tamanho, segurança e diversidade de formas e texturas,
possibilitando uma leitura histórica do desenvolvimento estético de esculturas (nacionais
e internacionais) dos séculos XIX e XX, destacando a figura humana, tendo em vista a
66 predominância dessa temática na coleção de esculturas em
bronze do acervo.

1.2. Recursos para apreciação sensorial de obras bi e


tridimensionais que, por serem inadequadas ao toque, são
complementadas por materiais multissensoriais de apoio
como:

1.2.1. Reproduções em relevo de obras de arte3


elaboradas em resina acrílica aproximando a produção
da obra original por meio de formas e texturas, incluindo
reproduções em relevo4 elaboradas em borracha
texturizada sobre fundo contrastante, representando os
elementos mais destacados de cada composição, tais como
figuras, objetos, formas e esquemas de figura e fundo.

O uso desses materiais tem por objetivo auxiliar a


compreensão e fruição das obras bidimensionais,
principalmente das pessoas cegas ou com baixa visão,
como também proporcionar uma enriquecedora forma de
experimentação e reconhecimento tátil de imagens cuja
apreciação é predominantemente visual às demais pessoas
com e sem deficiência.

Foram reproduzidas 30 pinturas seguindo o critério de


obras de destaque do acervo e a sua importância dentro do
panorama histórico brasileiro, representado por artistas dos
séculos XIX e XX, presentes na coleção.

1.3. Jogos sensoriais e maquetes articuladas5


que, de forma exploratória e interativa, estimulam o
reconhecimento e a percepção dos elementos formais e
interpretativos presentes nas obras de arte.

Esses materiais tridimensionais englobam a


complexidade da percepção multissensorial, isto é, o
reconhecimento feito a partir do estímulo e da exploração
dos diversos sentidos (visual, tátil, auditivo, olfativo e
sinestésico6), ampliando o reconhecimento e a fruição de
obras bi ou tridimensionais ao propor, no caso das obras
bidimensionais (pinturas), uma transferência dos elementos
representados de forma plana para a representação
espacial, tendo por objetivo, além do reconhecimento dos
elementos formais apresentados de maneira mais próxima
do real, estimular o conhecimento e a percepção de
profundidade e perspectiva (característica da construção
pictórica, muitas vezes complexa e de difícil tradução,
principalmente para as pessoas com cegueira congênita).

Além das características e especificidades acima


1. Almeida Junior “Caipira Picando
Fumo”, 1893. Reproduções em relevo descritas, o emprego desses materiais ou recursos de apoio
(Foto Alfonso Ballestero) multissensoriais possui também a função de possibilitar
uma melhor memorização, assim como instrumentalizar 67
atividades de interpretação e recriação das obras originais,
ao propor, durante a exploração, uma articulação e
reconstrução dos elementos formais tridimensionais, bem
como sua localização no espaço, concebido como um
cenário de proporções reduzidas.

Foram elaborados 30 materiais tridimensionais


(maquetes, indumentárias de época e jogos articulados)
seguindo o mesmo critério de seleção das reproduções
das obras bidimensionais (pinturas) realizadas em relevo,
sendo que, por questões da diversidade técnica, muito
representativa na produção artística da segunda metade do
século XX, também foram acrescentados a esses materiais
maquetes e jogos articulados referentes a esculturas e
objetos tridimensionais do acervo representativo desse
período.

1.4. Sonorização de obras do acervo7, recurso


constituído a partir da edição de fragmentos sonoros de
músicas instrumentais e sons da natureza, espaço urbano
e cotidiano, com o intuito de complementar e introduzir
também a percepção por meio do sentido da audição
durante a apreciação das obras.

1.5. Maquetes visuais e táteis8 de reconhecimento do


edifício da Pinacoteca e seus arredores, incluindo a planta
baixa de localização da exposição de acervo do museu.

Material de grande importância, principalmente para


o público com deficiências visuais, devido ao fato de ser a
única forma de apreensão espacial do edifício do museu,
patrimônio arquitetônico da cidade.

Durante os atendimentos realizados visando à


exploração dessas maquetes são fornecidos, além de
informações técnicas e estéticas sobre a arquitetura da
época, dados sobre a história da região e da utilização do
edifício desde a sua inauguração em fins do século XIX.

Todos esses recursos multissensoriais podem ser


utilizados separada ou simultaneamente, de acordo com
a avaliação da equipe do programa em conjunto com os
educadores dos grupos interessados em realizar visitas, a
partir da análise de suas especificidades.

2. Publicações especializadas

Encontram-se à disposição do público folhetos 2. Tarsila do Amaral “São Paulo”, 1924


informativos sobre o programa e catálogos em dupla Maquete tátil e jogo articulado
leitura, incluindo CD de áudio, distribuídos gratuitamente (Foto Alfonso Ballestero)
aos visitantes com deficiências visuais e às instituições 3. Maquete Tátil. Edifício da
Pinacoteca do Estado de São Paulo
participantes desse programa. (Foto Kika Costa)
68 Os catálogos contendo respectivamente obras pictóricas
e escultóricas foram elaborados com o intuito de fornecer
informações históricas sobre o museu, artistas e obras
selecionadas do acervo, contendo textos e imagens
adaptados à leitura de pessoas cegas ou com deficiências
visuais, bem como para pessoas com comprometimentos de
compreensão de leitura.

Ainda desenvolvemos o Guia de Visitação para o Público


Surdo ao Acervo da Pinacoteca do Estado, a partir das
experiências das visitas realizadas pelo programa para
esse público específico, com a finalidade de orientar e
acompanhar o visitante surdo que quiser optar por uma
visita autônoma, sem o acompanhamento de educadores
nessa exposição.

3. Galeria Tátil de Esculturas Brasileiras do Acervo da


Pinacoteca do Estado

Implantada em 2009, a Galeria Tátil de Esculturas


Brasileiras tem por objetivo oferecer a possibilidade de
visitação autônoma ao público cego ou com deficiências
visuais à Pinacoteca do Estado.

Essa exposição permite que o público-alvo possa


explorar e reconhecer, por meio do toque, doze esculturas
de bronze pertencentes ao acervo do museu, apresentadas
segundo um criterioso padrão de acessibilidade e
complementadas por outros recursos de apoio, como piso
tátil, textos, mapa e etiquetas em dupla leitura (tinta e
Braille), folheto informativo e catálogo em dupla leitura
com imagens em relevo, incluindo CD de áudio.

O público não vidente poderá também se utilizar de um


audioguia, especialmente desenvolvido para fornecer
orientações sobre o percurso9, textos descritivos e também
exploratórios sobre as obras da exposição, com o intuito de
instigar o visitante cego a reconhecer e interpretar as obras
selecionadas, bem como as suas temáticas e narrativas.

A seleção das obras foi realizada considerando a


indicação do público cego e com deficiências visuais que
participou de visitas orientadas ao acervo do museu nos
últimos cinco anos. Além disso, fatores como a dimensão,
forma, textura e diversidade estética, que facilitam a
compreensão e apreciação artística dessas obras ao serem
tocadas, também foram adotados como critérios para a
escolha das esculturas.
4. Galeria Tátil de Esculturas
4. Cursos, Parcerias e Assessorias
Brasileiras. Exploração Tátil de
Escultura. Bruno Giorgi
Prometeu Acorrentado, sem data Com o intuito de capacitar profissionais das áreas de
(Foto acervo PEPE) museus, artes, educação inclusiva e saúde, como também
estabelecer parcerias com instituições culturais, sociais e educacionais, o PEPE oferece 69
cursos, palestras e consultorias como forma de desenvolver metodologias de ensino da
arte na educação inclusiva e a elaboração de projetos de acessibilidade e ação educativa
e cultural inclusivos, tendo como referência a experiência desenvolvida nesse programa.

Entre as parcerias efetuadas, cumpre destacar as que foram realizadas entre a SMPED
(Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida) do Município de
São Paulo, bem como a parceria com a UPPM (Unidade de Preservação do Patrimônio
Museológico) da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, implantando o Programa
de Formação em Acessibilidade e Ação Educativa Inclusiva em Museus, tendo por objetivo
oferecer subsídios para a formação técnico-especializada de educadores e funcionários
de museus, principalmente aqueles pertencentes à rede de museus da UPPM, localizados
tanto no interior como também na capital do Estado.

Por outro lado, acreditando que um programa dirigido a um público específico deva
ser compartilhado por todos que direta ou indiretamente se relacionem com o público
frequentador dessa instituição, o PEPE realiza periodicamente encontros de Consciência
Funcional para recepcionistas, vigias de sala, seguranças e outros funcionários do museu.

consideraÇÕes adicionais

Desde 2003, quando se iniciou o atendimento permanente às escolas e instituições


especializadas na Pinacoteca do Estado, o Programa Educativo para Públicos Especiais
vem atendendo semanalmente e de forma permanente grupos especiais e inclusivos,
além de realizar encontros periódicos com funcionários e educadores do museu,
estudantes e profissionais das áreas de artes, educação e saúde, interessados em
programas de arte que levem em consideração a diversidade e necessidades especiais de
seus alunos, públicos ou pacientes.

Os levantamentos de frequência desses públicos durante o período de 2003 a 2009


demonstram uma média de 1,2 mil visitantes com deficiências ao ano, destacando que
esses atendimentos são realizados somente para grupos reduzidos, com o máximo de
15 pessoas, com direito de permanecer com a equipe de educadores do programa, de
acordo com o interesse e as necessidades de cada público, durante todo o período da
manhã ou da tarde.

Finalmente, importa também frisar a importância do estabelecimento de parcerias


e apoios com as instituições culturais, a iniciativa privada e o terceiro setor em torno
de projetos comuns, cujo objetivo esteja pautado pela consciência da necessidade
do compromisso com a responsabilidade social em nosso país, parceria essa que pode
assegurar a qualidade e a permanência de programas dirigidos aos públicos, muitas
vezes menos reconhecidos e excluídos em nossa sociedade, bem como contribuindo para
o desenvolvimento e a permanência dessa política cultural inclusiva, fazendo com que
a Pinacoteca do Estado se torne uma referência tanto em suas ações educativas como
também no cenário museológico brasileiro.v
70

N O TA S E R E F E R Ê N C I A S
1. O P E P E f o i i m p l a n t a d o n a g e s t ã o d o d i r e t o r M a r c e l o M a t t o s A r a ú j o, s e n d o
co o rdenado r a do Núcleo de Ação Educati v a M ila Chiov atto.
2 . Fa z e m p a r t e a t u a l m e n t e d a e q u i p e d o P E P E : A m a n d a F o n s e c a To j a l (c o o r d e n a d o r a),
M a r g a r e t e d e O l i v e i r a (a s s i s t e n t e d e c o o r d e n a ç ã o), M a r i a C h r i s t i n a C o s t a (e d u c a d o r a),
S a b r i n a R i b e i r o (e d u c a d o r a i n t é r p r e t e d e L i b r a s) e N a t a l i C o u t i n h o d e S o u z a
(e s t a g i á r i a) .
3 . P r o j e t o e r e a l i z a ç ã o d e A l f o n s o B a l l e s t e r o, c o m a s s i s t ê n c i a d e J o ã o B a t i s t a d e
O li veir a.
4. I de m.
5 . P r o j e t o e r e a l i z a ç ã o d e D a y s e d e A n d r a d e Ta r r i c o n e, c o m a s s i s t ê n c i a d e M a g d a
P ian ow sk i.
6. Sin e s te s ia: co m binação d e d u a s o u mais s e n s açõ e s p r o ced e nte s d e dife r ente s
d o m í n i o s s e n s o r i a i s c o m o, p o r e x e m p l o, m ú s i c a s , a r o m a s o u p a l a d a r e s q u e p r o v o q u e m
a a s s o c i a ç ã o c o m i m a g e n s , f o r m a s o u s e n s a ç õ e s r e l a c i o n a d a s c o m o s s e n t i d o s d a v i s ã o,
t a t o, g o s t o, a u d i ç ã o e o l f a t o .
7. P r o j e t o e r e a l i z a ç ã o d e I z a b e l B e r t e v e l l i .
8 . P r o j e t o e r e a l i z a ç ã o d e D a y s e d e A n d r a d e Ta r r i c o n e e R e g i n a M a r t i n e l l i .
9. P r o d u ç ã o e n a r r a ç ã o d o a u d i o g u i a : H é l i o Z i s k i n d c o m a p o i o d a e q u i p e d o P E P E .

# C H I O VAT T O, M i l a M i l e n e e A I D A R , G a b r i e l a . P i n a c o te c a e E d u c a ç ã o : u m a r e l a ç ã o
f e c u n d a . I n : P i n a c o t e c a d o E s t a d o : a h i s t ó r i a d o m u s e u . S ã o P a u l o : E d . A r t e m e i o, 2 0 0 7.
# M u s e u s e A c e s s i b i li d a d e. L i s b o a : I n s t i t u t o P o r t u g u ê s d e M u s e u s ( I P M ), 2 0 0 4 . C o l e ç ã o
Te m a s d e M u s e o l o g i a . D i s p o n í v e l e m: h t tp://www.i pmuseus . p t /
# T O J A L , A m a n d a P i n t o d a F o n s e c a . P o lí t i c a s p ú b li c a s c u lt u r a i s d e i n c l u s ã o d e p ú b li c o s
e s p e c i a i s e m m u s e u s . Te s e ( D o u t o r a d o e m C i ê n c i a s d a I n f o r m a ç ã o) – E s c o l a d e
C o m u n i c a ç õ e s e A r t e s , U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o, S ã o P a u l o

Você também pode gostar