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ECONOMIA
HUAMBO
de Gestão de Empresas
Registo Nº.______/2019
FACULDADE DE
ECONOMIA
HUAMBO
de Gestão de Empresas
Setembro, 2019
Agradecimento
Conteúdo
1.1 Objetivos .................................................................................................................. 3
4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 43
6- Conclusões ...................................................................................................................... 57
I
Bibliografia .............................................................................................................................. 59
II
Lista de Quadro
Tabela 2: Fatores que incentivam e deixam de incentivar as inovações nas empresas. ....... 20
III
Lista de Gráficos
IV
Lista de Símbolos, Abreviaturas e Siglas
V
Resumo
VI
Abstract
VII
Introdução
1
Hoje, ter qualidade em produtos, serviços e processos não é mais fator diferencial
das empresas, mas, sim, fator de sobrevivência, pois esse é o preço para a entrada
nos mercados. Embora as organizações não sobrevivam sem qualidade, esta não é
mais suficiente para conquistar o reconhecimento do consumidor. A diferenciação só
é obtida pela inovação, que torna possível entregar novas soluções para as
necessidades dos consumidores e para as oportunidades identificadas no mercado de
atuação. (Hélio Gomes de Carvalho, 2011)
Segundo Hogan e Coote (2013, Apud Mendonça 2016) No atual cenário mundial
as rápidas mudanças no ambiente e nas organizações decorrentes de fatores políticos,
sociais e econômicos intensificaram-se por meio do processo de globalização. As
rápidas mudanças tecnológicas, novos processos, produtos e serviços obrigam as
organizações, especialmente as pequenas, a desenvolverem seus recursos humanos e
buscar novas práticas e estruturas para se adaptarem a esses novos eventos e às
alterações do ambiente externo. Neste contexto tornou-se importante o processo de
inovação, pois esta é a chave para a sobrevivência organizacional e um pré-requisito
para o sucesso em mercados cada vez mais dinâmicos e competitivos (MENDONÇA,
2016)
2
1.1 Objetivos
Para que se possa atingir o objetivo geral, faz-se necessário alcançar os seguintes
objetivos específicos:
3
1.3 JUSTIFICATIVA
A administração tradicional era voltada à eficiência, uma vez que as metas das
atividades eram estáveis, bem conhecidas e duráveis. A administração atual precisa
ser voltada para a eficácia, estar atenta as mudanças, satisfazer as necessidades do
mercado, e principalmente, aprender e corrigir os processos rápida e continuamente.
As empresas modernas precisam aprender a viver em um ambiente sujeito a mudanças
constantes. Para fazer isso, elas precisam desenvolver sua capacidade de gerar
inovações, não apenas em tecnologias, mas também em produtos e processos. Como
as inovações são feitas por pessoas, o principal recurso para a inovação é o
conhecimento. Para produzir valor, a empresa precisa introduzir mudanças no
processo do negócio. O primeiro passo é conhecer seus processos para saber como
podem ser melhorados. É preciso melhorar também a qualidade do produto, aumentar
a produtividade do trabalho, fazer parcerias estáveis com fornecedores, buscar a
excelência e a vantagem competitiva.
Por fim, a escolha do tema deste trabalho também se dá pela experiência vivida pelo
autor em sua dinâmica de trabalho real, fazendo parte hoje do processo de mudança
existente na EPASH-EP. Diante disso, existe uma preocupação na abordagem do tema
gestão da inovação, para que aspetos como capacitação, motivação, treinamento e
desenvolvimento do pessoal, além dos diferentes interesses pessoais dos membros
desta instituição sejam analisados e administrados com o cuidado necessário para
alcançar e manter os resultados de qualidade almejados.
4
2. RERÊNCIAL TEÓRICO
Ao responder a pergunta “quando inovar” Hélio Gomes de Carvalho et al, 2011 afirmam
dizendo:
5
Inovações são necessárias em qualquer organização, seja para melhorar
Adner (2012, apud Villela, 2013) ao afirmar, em seu livro “Sob a Lupa da
Inovação”, que a inovação se tornou um “problema para todo mundo, pois foi eleita a
panaceia da atualidade”. Ao considerar que panaceia é todo aquele remédio cujas
propriedades gerais servem para curar todos os males físicos e morais, MICHAELIS
(2012, apud 2013), então, realmente, a inovação é a panaceia da atualidade.
Justamente por estar em voga na última década e por vir despertando o interesse
tanto de governantes quanto de executivos e, também, de pesquisadores, é que as
abordagens sobre o assunto proliferaram, sendo associadas aos mais diversos
contextos e áreas do conhecimento. (Villela, 2013)
6
a inovação um dos principais meios para o alcance de vantagens competitivas;
inclusive fator-chave de sobrevivência. (Haddad, 2015)
De acordo com Hélio Gomes de Carvalho et all, (2011) a inovação pode proporcionar:
7
2.2 Definindo Inovação
Dado que vamos debruçar sobre inovações que ocorrem no âmbito das
organizações, convirá referir o conceito da mesma.
8
temporário. No entanto, a capacidade para criar continuamente inovações pode ser
uma fonte de vantagem competitiva sustentável. Essa capacidade é parte integrante
da natureza empreendedora das pessoas na organização, bem como dos sistemas e
processos que a empresa utiliza para incentivar o empreendedorismo.
10
2.3.1 Forças Internas:
Para Lacombe et al, as forças que mais exigem mudanças na organização são
as que vem de fora e não o que acontece dentro da organização. A maioria dos estudos
e teorias concentram-se nos princípios de funcionamento interno da empresa, como
se os problemas fossem independentes de mudanças no ambiente, ou não afetassem
a motivação e o moral das pessoas. As motivações para ampliar a integração e
coordenação são geralmente feitas para garantir a estabilidade, enquanto a chave
muitas vezes está na flexibilidade. (Lacombe & Heiborn, 2008)
11
É útil classificar as fontes de mudanças em externas ou internas. Forças externas
originam-se no ambiente da organização, além dos concorrentes e fornecedores, o
ambiente externo inclui clientes, conjuntura econômica, força de trabalho e base jurídica.
Mudanças em qualquer uma dessas características do ambiente externo podem exercer
grandes efeitos positivos ou negativos em uma organização. A ascensão e a queda dos
concorrentes apresentam implicações óbvias para o desempenho organizacional, o
mesmo ocorrendo com a cooperação e a qualificação dos fornecedores. Se as
preferências dos clientes mudam como resultados das alterações de gostos, uma linha
de produto pode ser afetada. Recessões, períodos de inflação e variações para melhor
ou pior na economia local ou nacional podem exercer influencias diretas ou indiretas nas
organizações. A educação, talento e as atitudes dos empregados potências também
desempenham um papel importante na estabilidade de uma organização. Mudanças
nessas facetas da força de trabalho podem resultar em uma falta ou em um excesso de
colaboradores qualificados.” (Vecchio, 2008)
12
A maior parte dos planos que os gestores desenvolvem exige mudanças. Quando
um administrador organiza e delega tarefas, frequentemente exige que os funcionários
façam algumas mudanças de rotina. A liderança inclui influenciar os funcionários
muitas vezes a se modificarem de alguma forma, e o controle dessas adaptações pode
exigir o uso de novos métodos ou técnicas. (Lussier, Reis, & A.Ferreira, 2010)
13
De acordo com Robert Hoskisson, (2009) o processo pelo qual as inovações
incrementais normalmente são geradas pode ser denominado comportamento
estratégico induzido. É um processo de cima para baixo por meio do qual a estratégia
e a estrutura atual da empresa incentivam as inovações do produto associadas de
perto a essa estratégia e estrutura. Nessa forma de iniciativa, a estratégia em vigor é
filtrada pela hierarquia estrutural existente da empresa. Ainda o mesmo autor acredita
que o comportamento estratégico induzido resulta, em essência, em inovação internas
que não alteram a estratégia atual da empresa. Muitas vezes as empresas que são
pioneiras no mercado continuam inovando valendo-se de um método induzido,
realizando somente inovações incrementais em seus produtos existentes. (Robert
Hoskisson, 2009)
Segundo a revista Ingepro (2011) organizações que geram inovação radical são
criativas e apresentam flexibilidade e espontaneidade e permitem ao colaborador
liberdade de criar e ter autonomia individual. A autonomia é definida como ter o
controlo sobre meios e os fins do próprio trabalho. (INGEPRO, 2011)
14
O ajuste à inovação incremental é como remar em águas calmas. Já a inovação
radical é como lidar com um ambiente dinâmico, cheio de incertezas e que exige
mudanças rápidas para reagir a eventos inesperados. (Lussier, Reis, & A.Ferreira,
2010)
1. Grau de mudança,
2. Mercado consumidor
3. Nível de risco envolvido. Como é ilustrado no quadro:
15
Aqueles que desejam implementar um processo consistente de inovação em
sua empresa devem cuidar para que todos na organização entendam que esse é um
processo que requer alto investimento a longo prazo. Para ilustrar o processo de
inovação, é similar ao garimpo, em que toneladas de rochas serão destruídas, para
que algumas gemas de valor sejam encontradas. Do mesmo modo, o retorno de um
processo de inovação bem conduzido é muito grande e compensador. (Rodriguez,
2008)
16
Inovação de marketing: “Uma inovação de marketing é a implementação de
um novo método de marketing com mudanças significativas na conceção do produto
ou em sua embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na
fixação de preços.” (OCDE, 2005)
De acordo com Romina dos santos Bolota, (2016) Por vezes, existem casos que
podem confundir-se com algum tipo de inovação, no entanto não podem ser
considerados como inovação os seguintes casos:
Em seu estudo Schumpeter (1988, apud Mendonça 2016) propôs uma relação de
vários tipos de inovações, como:
Introdução de um novo bem – ou seja, um bem com que os consumidores ainda não
estejam familiarizados – ou de uma nova qualidade de um bem;
Introdução de um novo método de produção, ou seja, um método que ainda
não tenha sido testado pela experiencia no ramo próprio da industria de
transformação que de modo algum precisa ser baseada numa descoberta
cientifica nova, e pode consistir também em uma nova maneira de manejar
comercialmente uma mercadoria;
17
Abertura de um novo mercado, ou seja, de um mercado em que o ramo particular da
indústria de transformação do país em questão não tenha ainda entrado, quer esse
mercado tenha existido antes ou não;
Conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens
semimanufaturados, mais uma vez independentemente do fato de que essa fonte já
existia ou teve que ser criada;
Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, como a criação de
uma posição de monopólio (por exemplo, pela trustificação) ou a fragmentação de uma
posição de monopólio”. (MENDONÇA, 2016)
18
De acordo Nirazawa et al (2015) existem três razões primordiais para que as
empresas adotem uma postura inovadora:
19
2.7 Fatores que incentivam e deixam de incentivar a inovação nas empresas
estabelecidas.
Tabela 2 Fatores que incentivam e deixam de incentivar as inovações nas empresas. Fonte:
(Robert Hoskisson.2009)
20
2.8 Princípios e requisitos da inovação:
22
reconhecem e não neutralizam as pressões internas ou externas que ameaçam sua
sobrevivência, ou quando não se adaptam a elas. Em outras palavras, o declínio ocorre
quando as organizações não reconhecem a necessidade de mudança. (Willians, 2011)
Dissolução pela venda de ativos para honrar compromissos com fornecedores, bancos
e credores.
23
Sendo que as inovações são resultados de mudanças que ocorrem dentro de
uma organização, não é demais dizer que nem sempre as iniciativas de mudanças para
gerar inovações são recebidas de braços abertos ou de bom grado pelos funcionários
de uma organização se instaurando deste modo a chamada resistência à mudança,
cuja mesma se traduzira num desafio para os gestores da alta administração em
administra-las e supera-las.
24
Enquanto a homeostasia garante a rotina do sistema; à adaptabilidade leva à
rutura, à mudança e à inovação, pois a adaptabilidade é a mudança do sistema no
sentido de ajustar-se aos padrões requeridos em sua interação com o ambiente
externo, alterando o seu status quo interno para alcançar um equilíbrio frente a novas
situações. (Chiavenato, 2003)
25
2.12 Motivos que levam as pessoas a resistirem as mudanças
As pessoas resistem a uma mudança porque acreditam que lhes tirara algo de
Interesse
valor
pessoal
Metas e Outra razão para a resistência a mudança é que as pessoas que serão afetadas
avaliações por uma inovação podem avaliar a situação de maneira diferente da de um
diferentes promotor de ideia ou de um novo grupo de empreendimento.
Temor de
perda Com a mudança, talvez haja desemprego
Temor de
perda de A mudança pode também resultar em perca real ou prevista de poder.
controlo
Tabela 4Motivos que levam as pessoas a resistirem as mudanças: Adaptado de Daft, (2010)
26
Chuck Williams (2011), Francisco lacombe e Gilberto Heiborn (2008) apresentam
os motivos da resistência as mudanças da seguinte forma:
28
Richard Daft (2010), em sua obra “administração”, aborda da “análise do campo
de força” como um modelo facilitador dos gestores no gerenciamento da resistência à
mudança da seguinte forma:
Análise do campo de força cresceu do trabalho de Kurt Lewin, que propôs que a mudança
era resultado da competição entre forças direcionadoras e forças de contenção. As forças
direcionadoras podem ser pensadas como problemas ou oportunidades que fornecem
motivação para a mudança dentro da organização. As forças de contenção as várias
barreiras à mudança tais como a falta de recursos, resistência dos gerentes médios ou
habilidades inadequadas dos funcionários. Quando uma mudança é introduzida, a
administração deve analisar ambas as forças que impulsionam a mudança (problemas e
oportunidades) assim como as forças que resistem a ela (barreiras à mudança).
Removendo seletivamente as forças que seguram a mudança, as forças direcionadoras
serão fortes o bastante para permitir a implantação. À medida que as barreiras são
reduzidas ou removidas, o comportamento mudará para incorporar as mudanças
desejadas.” (Daft, 2010)
A mudança é uma função das forças que promovem e das forças opostas que a retardam
ou a ela resistem. As forças da mudança conduzem a diferenças na forma, na qualidade
ou na condição de uma organização ao longo do tempo. As forças de resistência ao
contrário, tentam manter o status quo, isto é, as condições existentes nas organizações.
(Willians, 2011)
Uma das razões pelas quais as iniciativas de mudança organizacional falham é o fato de
serem orientados a atividades em vez de resultados. Em outras palavras, concentram-
29
se principalmente nas mudanças dos procedimentos da empresa, e da filosofia
administrativa ou dos comportamentos dos funcionários. Geralmente ocorre muita
divulgação e preparação na ocasião em que consultores são contratados, apresentações
são feitas, livros são lidos e funcionários e gestores são treinados. Há uma grande ênfase
em “fazer as coisas da nova maneira”, porém, com todo o foco em “fazer” quase
nenhuma atenção é dedicada aos resultados, a observar se toda essa atividade
realmente fez uma diferença. A mudança orientada a resultados, por outro lado suplanta
a ênfase na atividade por meio de um foco muito específico em avaliar e melhorar
rapidamente os resultados. Uma outra vantagem de mudança orientada a resultados, é
que os gestores introduzem alterações nos procedimentos, na filosofia ou no
comportamento somente se tiverem possibilidade de melhorar o desempenho avaliado.
Em outras palavras as mudanças são testadas para se para se constatar se realmente
fazem diferença. Uma terceira vantagem da mudança orientada a resultados é que as
melhorias rápidas e visíveis motivam os funcionários a continuar fazendo mudanças
adicionais para melhorar o desempenho sob avaliação. (Willians, 2011)
30
Para Chuk Williams (2011), D.O é uma técnica, com o objetivo de conseguir
implantar mudanças de forma eficaz. Trata-se de uma complexa estratégia
educacional, baseada na experiência, que emprega os meios mais amplos possíveis de
comportamento, e que tem por finalidade mudar as crenças, as atitudes, os valores e
as estruturas das organizações, de modo que elas possam se adaptar melhor aos novos
mercados, tecnologias e desafios e ao próprio ritmo vertiginoso de mudança. O D.O é
necessário sempre eu as instituições concorrem e lutam pela sobrevivência sob
condições de mudança crônica. A estratégia do D.O é a preparação de agentes de
mudanças, que são educados para treinar as pessoas da organização para as novas
condições do ambiente externo e preparar a organização para as inevitáveis
mudanças. Esses agentes de mudanças tanto podem ser empregados como
consultores externos. (Willians, 2011)
32
Os modelos de D.O se baseiam em quatro variáveis básicos: Ambiente,
Organização, Grupo e Individuo. Os autores exploram a interdependência dessas
variáveis para diagnosticar a situação e intervir em aspetos estruturais e
comportamentais para provocar mudanças que permitam o alcance simultâneo dos
objetivos organizacionais e individuais. (Chiavenato, 2003)
33
avaliado e reforçado. O agente de mudança fornece novos dados que mostram
mudanças positivas no desempenho. Os gerentes podem fornecer dados atualizados
para os funcionários que demonstram mudanças positivas em desempenho individual
e organizacional. Os altos executivos comemoram o sucesso e recompensam as
mudanças positivas no comportamento. Nesse estágio, as mudanças são
institucionalizadas na cultura organizacional, de modo que os funcionários começam a
vê-las como parte normal e integrante de como a organização opera. Eles também
podem participar em novos cursos para manter e reforçar os novos comportamentos.
(Daft, 2010)
De acordo Chuk Williams (2011) As intervenções do D.O têm por meta mudar
sistemas de grande porte, grupos pequenos ou pessoas. Mais especificamente a
finalidade a das intervenções em sistemas de grupos parte consiste em mudar a
natureza e o desempenho de uma organização. Uma unidade de negócios ou um
departamento. A intervenção em um pequeno grupo e em auxilia-lo a operar de modo
mais eficaz para cumprir suas metas. A intervenção focalizada na pessoa pretende
aumentar a eficácia interpessoal ajudando as pessoas a se tornarem conscientes de
seus comportamentos e atitudes e a adquirirem novos conhecimentos e habilidades.
e hábitos partilhado por membros de uma organização que interage com a sua
estrutura formal produzindo normais de comportamento. (Teixeira)
35
Chiavenato (2003) encara a cultura organizacional como um iceberg, em que na
parte visível destacam-se os aspetos formais, e na parte invisível os aspetos informais,
aqueles que são de difíceis perceção:
Tal como em um iceberg, os aspetos formais ficam na parte visíveis e envolvem políticas
e diretrizes, métodos e procedimentos, objetivo, estrutura organizacional e tecnologia
adotada. Os aspetos informais ficam ocultos na parte inferior do iceberg e envolvem
perceções, sentimentos, atitudes, valores, interações informais e normais grupais. Os
aspetos informais são mais difíceis de compreender e interpretar, como também de
mudar ou sofrer transformações. A cultura organizacional não é estática e permanente,
mas sofre alterações com o tempo, dependendo de condições internas ou externas.
Certas organizações conseguem renovar constantemente sua cultura mantendo sua
1. Poder e visão: até que ponto os valores organizacionais impelem as pessoas a serem
autónomas na solução dos problemas? Até que ponto eles são claros e induzem as
pessoas a adotar uma visão de futuro? –
2. Identidade e relacionamento: até que ponto os valores impulsionam o espírito de
equipa e o relacionamento entre as pessoas? Até que ponto os valores atuais
contribuem para que cada funcionário se identifique com a organização como um todo?
3. Comunicação, negociação e conflito: até que ponto os valores organizacionais
promovem a aceitação da diversidade de interesses e pontos de vista dos diferentes
stakeholders? Que comportamentos devem ser adaptados nas situações de conflito?
Como tornar as comunicações abertas, fluídas e eficazes?
4. Aprendizagem e avaliação: até que ponto os valores organizacionais apoiam a
aprendizagem, a honestidade, a amizade com os colegas e a avaliação do
desempenho? (Dias, 2008)
36
3- Caracterização da inovação tecnológica introduzida na EASH-EP no ano
de 2017
Suporte ao Cliente:
Atendimento:
37
Identificação online do status das reclamações (consulta de documento, seu
percurso e pareceres associados).
Clientes:
Leituras e Consumos
38
Controlo de cobranças e gestão do processo de gestão da dívida,
desencadeando ações em função do tipo de cliente e modalidade de
pagamento;
Inserção de conta cliente na fatura como elemento agregador de todos os
documentos por regularizar à data da emissão da fatura;
Possibilidade de emissão de fatura ou nota de crédito;
Possibilidade de emissão de apenas uma fatura para dois contadores, do mesmo
cliente e no mesmo local (água para consumo humano e água de rega, por
exemplo);
Envio eletrónico de fatura e faturação eletrónica.
Com base num portal web, o sistema disponibiliza ainda indicadores que
permitem efetuar a gestão estratégica e medir a performance da entidade.
Principais Funcionalidades
Principais Funcionalidades
40
Controlo da totalidade de locais, independentemente de ter contrato e contador
instalado
Interfaces
41
Interface com o ERP – Enterprise Resource Planning
42
4. METODOLOGIA
Regina Fonseca (2012) ao abordar dos tipos de pesquisa científica, divide ela em
quatro grupos como:
43
Quanto ao ponto de vista de abordagem do problema: Pesquisa quantitativa e pesquisa
qualitativa
44
significativo de participantes para que se possa produzir dados. A pesquisa
quantitativa procura estabelecer uma regra, um princípio, algo que reflita a
uniformidade do fenômeno (ou parte dele), preocupando-se com o que é à maioria
das situações, sendo adequada para a regularidade de um fenômeno e não as suas
possíveis exceções. (Fonseca, 2012)
45
5- Análise e discussão dos resultados
Caraterização da EASH-E.P
Objeto Social
Missão
Visão
46
Valores
47
Resultados.
Pagamentos
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Atendimento diário:
49
O parâmetro atendimento diário representa o número de clientes atendidos durante
um dia de trabalho no período sem inovação e, com inovação, conforme a ilustração
gráfica.
Atendimento Diário
140
120
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
50
Atendimento por hora
20
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Faturação
51
Faturação
12
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
52
ANÁLISE EM VALORES ABSOLUTOS
Atendimento por
Pagamentos Atendimento diário hora Faturação
Parâmetro
Sem Com Sem Com Sem Com
Inovação Inovação Inovação Inovação Inovação Inovação Sem Inovação Com Inovação
Tamanho
(n) 16 16 16 16 16 16 16 16
Correlação Pagamentos/Faturação
Para vermos até que ponto os pagamentos do período afetam a faturação, achou-se
a correlação dos mesmo que obteve-se: r= 0,953467
53
Assim podemos ver que a faturação tem uma correlação positiva quase perfeita com
os pagamentos, pois a faturação é em função dos pagamentos efeituados durante o
período.
Cadastramento
54
Desta feita de acordo com os dados de cadastramento da EASH-EP de 2018
podemos verificar a evolução do mesmo na tabela.
Nº de
Período cadastro Percentagem
(2018) (V.absoluto) (%)
Janeiro 16.306,00 4,60
Fevereiro 16.320,00 4,61
Março 27.039,00 7,63
Abril 27.072,00 7,64
Maio 33.018,00 9,32
Junho 33.011,00 9,32
Julho 32.979,00 9,31
Agosto 32.807,00 9,26
Setembro 32.954,00 9,30
Outubro 34.446,00 9,72
Novembro 34.451,00 9,72
Dezembro 33.904,00 9,57
TOTAL 354.307,00 100
Tabela 7:Cadastramento da EASH-EP de 2018
55
Cadastro 2018
35,000.00
30,000.00
25,000.00
20,000.00
15,000.00
10,000.00
5,000.00
56
6- Conclusões
“Quais são os impactos que o processo de inovação organizacional pode ocasionar nas
diferentes culturas organizacionais, e até que ponto o mesmo pode afetar direta ou
indiretamente na eficiência e eficácia das organizações?”. Tal questionamento foi o
ponto de partida do presente trabalho, e para ser respondido levou a revisão de
literaturas disponíveis a respeito de inovação para compreender á influência desta nas
organizações.
57
da eficiência e eficácia, com manutenção e controlo sistemático dos recursos (humanos
e físicos), destinando-se especificamente para empresas gestoras de água,
saneamento e resíduos sólidos, apresentando características funcionais e técnicas,
denominada de Aquamatrix.
Por fim, o terceiro objetivo específico foi a mensuração dos efeitos do impacto das
inovações tecnológicas nos domínios de cadastramento e faturação da EASH-EP, onde
por intermédio de uma análise comparativa nos resultados de faturação, da unidade
da Centralidade do lossambo, e cadastramento, foi possível ver com maior clareza os
benefícios proporcionados pelas inovações, destacando os seguintes:
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Bibliografia
Alyni Nomoto Nirazawa, B. S. (2015). Inovação nas Organizações. São Paulo.
Bériot, D. (1992). Mudança Na Empresa Uma Abordagem Sistémica. Lisboa: Instituto Piaget.
Lacombe, F., & Heiborn, G. (2008). Administração: Princípios e Tendências (2ª ed.). São
Paulo: SARAIVA.
59
Lussier, R. N., Reis, A. C., & A.Ferreira, A. (2010). Fundamentos da Administração (4ª ed.).
São Paulo: CENGAGE Learning.
Marcel de Sousa, S. S. (2014). Gestão de Mudança Organizacional: uma revisão teórica. Rio
de Janeiro.
Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
ATLAS.
OCDE. (2005). Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação
Tecnológica. FINEP.
60
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