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O mitraísmo (em persa: )مهرپ ر س تیfoi uma religião de mistérios nascida na época
helenística (provavelmente no século II a.C.) no Mediterrâneo Oriental, tendo se difundido
nos séculos seguintes pelo Império Romano.
Alcançou a sua máxima expansão geográfica nos séculos III e IV d.C., tendo se tornado
um forte concorrente do cristianismo. O mitraísmo recebeu particular adesão dos soldados
romanos. A prática do mitraísmo, assim como de outras religiões pagãs, foi declarada
ilegal pelo imperador romano Teodósio I em 391.
Índice
1História
o 1.1Origens do mitraísmo
o 1.2O mitraísmo no Alto Império Romano
o 1.3O mitraísmo no Baixo Império
o 1.4Fim do mitraísmo
2Ritual, práticas e dias sagrados do mitraísmo
o 2.1Mitreu
o 2.2Mitologia e iconografia
o 2.3Níveis de iniciação
o 2.4Os rituais
3Bibliografia
O culto de Mitra era realizado em templos denominados mitreu (palavra em latim cujo
plural é mithraea). Estes espaços começaram por ser cavernas naturais; mais tarde,
optou-se por construções escuras e sem janelas que imitavam as cavernas naturais. Os
templos eram de capacidade limitada; a maior parte deles não podia receber mais do que
trinta ou quarenta pessoas.
No mitreu podiam distinguir-se as seguintes partes:
A antecâmara;
O spelaeum ou spelunca (caverna), uma sala rectangular decorada com pinturas e
com dois bancos posicionados junto a cada uma das paredes onde se faziam os
banquetes sagrados;
O santuário, no extremo da caverna, onde estavam o altar e a imagem
(pintura, baixo-relevo ou estátua) de Mitra matando um touro.
Encontraram-se vários mitreus em territórios que pertenceram ao Império Romano, alguns
dos quais foram transformados em criptas de igrejas cristãs. A maior concentração destes
edifícios encontra-se em Roma, mas também se descobriram em locais como o norte
da Inglaterra e a Palestina. A sua distribuição na antiga área do Império Romano encontra-
se relacionada com a localização de quartéis e de instalações militares.
Corax (corvo).
Cryphius (oculto). Para alguns autores este nível seria Nymphus (esposo).
Miles (soldado). Tinha como insígnias a coroa e a espada.
Leo (leão). Durante os rituais oferecia a Mitra as oferendas.
Perses (persa).
Heliodromus (emissário solar). As suas insígnias eram a tocha, o chicote e a coroa.
Pater (pai). As suas insígnias - o barrete frígio, o bastão e o anel - fazem lembrar
as do bispo.
Durante os rituais os iniciados levavam máscaras dos animais relacionados com o seu
nível de iniciação, dividindo-se em dois grupos: os servidores, que eram os que se
encontravam abaixo do grau leo, e o restantes.
História da Civilização Ocidental, "Do Homem das Cavernas até a Bomba Atômica". Edward
McNall Burns, editora globo,1971, página 107.
CAMPBELL, Joseph - The Masks of God: Occidental Mythology, vol III. Arkana, 1991.
ELIADE, Mircea: História das Crenças e das Ideias Religiosas. Volume II. Porto: Rés.
VV.AA: Historia de las religiones antiguas: Oriente, Grecia y Roma. Madrid, Cátedra, 1993.
VV.AA: Las religiones en el mundo mediterráneo y en el Oriente Próximo I. Formación de
las religiones universales y de salvación. Col. Historia de las Religiones. Madrid: Siglo XXI,
1993 (sexta edição). ISBN 84-323-0353-8. (título original: Histoire des Religions 2. Encyclopédie
de la Pléiade, Gallimard, 1972).
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