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1|ÍÍ1
N.»
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
SECRETARIA-GERAL
de m a r ç o de 1 9 7 4 .
B r a s í l i a , em 15 de m a r ç o de 1 9 7 4
AO
I ( S E C R E T O
S t C R t i
- 2 -
• IS £ C R E í
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E C R Í T O)
S E C R E T O
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A Exposição de M o t i v o s n ° 0 5 3 / 7 4 , de 0 4 de a g o s t o de 1 9 7 4 , acima
transcrita, mereceu do Exm9 S r P r e s i d e n t e da República o seguinte
despacho: "Aprovo. Em 04 Ago 74". Após a aprovação f o i expedido
a todos os S e n h o r e s Membros do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , i n -
clusive o M i n i s t r o da Previdência e Assistência Social, um Aviso
Circular r e m e t e n d o um exemplar d a mesma. —
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PRESIDENTE DA RI
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
4 ÜoG*vQ
MINISTRO DA JUSTIÇA
ISTW DO EXÉRCITO
J MINISTRO 4 o s T R A
' ESPORTES
MINISTRO DA SAÚDE M I N I S T R O DA L W D Ú S T R I A E DO
COMÉRCIO
M I N I S T R O DAS COMUNICAÇÕES M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A A
, ASSISTÊNCIA S.0C^AL
^ M I N I S T R O CHEFJ I N I S T R O CHEFE DA
GABINETE^fíVIL S E C R E T A R I A DE PLANEJAMENTO
SECRE
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[ N I S T R O / C H E F E DO SERVIÇO M I N I S T R O C H E F E DO
'NACIONÀE DE I N F O R M A Ç Õ E S ESTADO MAIOR DAS F O R Ç A S ARMADAS
C R B T A R I O - G E R A L DO CONSELHO^
DEII SEGURANÇA NACIONAL
\
SECRETO
N.° b rlè / /
ATA DA T R I C É S I M A O I T A V A CONSULTA
AO
- 2 -
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s
S E C R E l OI
_ 4 _
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- in -
S E C R E Í OI
~ ——'— — .,,
a Antártida e â f o r m u l a ç ã o , ao e s t u d o e â recomendação aos Gover-
nos de m e d i d a s concretizadoras dos princípios e o b j e t i v o s do T r a t a
do, inclusive as normas relativas ao: a ) u s o da Antártida somente
para fins pacíficos; b ) facilitaçao de p e s q u i s a s c i e n t í f i c a s n a An
tãrtida; c ) facilitaçao da cooperação i n t e r n a c i o n a l n a Antártida;
d) facilitaçao do e x e r c í c i o de d i r e i t o s de inspeção p r e v i s t o s no
artigo V I I do T r a t a d o : e ) questões relativas ao e x e r c í c i o de jurij;
dição n a A n t á r t i d a : f ) p r e s e r v a ç ã o e conservação dos r e c u r s o s v i -
vos n a Antártida. 42. A amplitude d a s atribuições cometidas ã Reu
niao de C o n s u l t a pode i n c l u s i v e dar lugar a que d e l a emanem propôs^
tas de e m e n d a s ao c i t a d o a t o jurídico m u l t i l a t e r a l , que, nos ter-
mos do s e u A r t i g o X I I , "pode s e r m o d i f i c a d o ou emendado a qualquer
momento p o r a c o r d o unânime das P a r t e s Contratantes, cujos represen
tantes estejam autorizados a participar de t o d a s a s reuniões pre-
vistas no A r t i g o IX". 4 3 . A próxima Reunião de C o n s u l t a , c u j a agen
da não f o i d i v u l g a d a , se segue â V I I Reunião de C o n s u l t a , realiza-
da em W e l l i n g t o n , em o u t u b r o / n o v e m b r o de 1 9 7 2 . No caso d a Reunião
de Oslo, c a b e r i a a c r e s c e n t a r que o r e f e r i d o encontro vem s e n d o pre_
p a r a d o , -há a l g u m tempo, p e l o s Estados-Membros do T r a t a d o , seja atra
v é s de c o n v e r s a ç õ e s informais com a participação de representantes
das Partes Contratantes, seja por contatos bilaterais visando â
harmonização de p o s i ç õ e s , i n s e r i n d o - s e n e s s e último exemplo os e n -
tendimentos argentino-chilenos. 4 4 . No contexto dos t r a b a l h o s p r e
paratõrios da V I I I Reunião de C o n s u l t a , com p a r t i c i p a ç ã o generali-
zada dos membros do T r a t a d o , foram bastantes significativas as a t ^
vidades de um grupo informal, reunido na C a p i t a l norueguesa em f e -
vereiro último, a b r a n g e n d o matéria relativa ao D i r e i t o do M a r , Mar
Territorial e Z o n a s Econômicas n a Antártida. Nessa oportunidade,a
Gra-Eretanha, que t r a d i c i o n a l m e n t e se i n c l u i u entre o s países que
reivindicam direitos de s o b e r a n i a territorial n a Antártida, teria
proposto a c r i a ç ã o de uma autoridade supranacional para o controle
dos recursos n a t u r a i s antárticos. Ainda que a i n i c i a t i v a britâni-
ca possa ser interpretada restritamente, isto é, l i m i t a d a a "auto-
ridade supranacional" aqueles países membros do T r a t a d o d a AntãrtjL
da, a referida a t i t u d e nao d e i x a de c r i a r um p r e c e d e n t e a f a v o r das
teses de " i n t e r n a c i o n a l i z a ç ã o " o u de um "condomínio m u l t i n a c i o n a l "
para o Continente Austral. 45. A postura britânica, que s e vem
delineando de há m u i t o , poderia estar relacionada com as conclu-
sões do r e c e n t e trabalho realizado pela Universidade de Birmingham,
que apontam p a r a a existência de r i c a s jazidas de p e t r ó l e o na re-
gião d a s M a l v i n a s e, mais diretamente, âs i n f o r m a ç õ e s que transpi-
raram sobre a viagem realizada, há d o i s anos a t r á s , â região antãr
p fc C K E T O
SE CR íí
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assinatura do T r a t a d o d a A n t ã t i d a , no s e n t i d o de r e s t r i n g i r a par-
ticipação d o s d i v e r s o s países n a Antártida. A s u a r e d a ç ã o , de i n ^
piração a r g e n t i n a , f o i , segundo pode o I t a m a r a t y v e r i f i c a r , muito
atenuada pelas autoridades chilenas, que l o g r a r a m diluir a propos-
ta inicial da A r g e n t i n a que " i a m u i t o alem do q u e e f e t i v a m e n t e cons
tou da declaração, p r e t e n d e n d o instaurar um s i s t e m a de consulta
mais estrito nesse campo". 5 1 . Conforme Vossa Excelência se digna
rã v e r i f i c a r , a s t e s e s a r g e n t i n o - c h i l e n a s de " e x c l u s i v i d a d e " em as^
suntos antárticos p a r a o s membros do T r a t a d o , nao c o l i d e m , em prin
c í p i o , com a posição dos demais signatários q u e , em uma negociação
global, poderiam v i r , conjuntamente, a criar no f u t u r o restrições
ao i n g r e s s o de n o v o s m e m b r o s ao já tão e x c l u s i v o "Clube P o l a r " . 52.
Nao seria, aliás, e s t a a p r i m e i r a v e z em q u e uma composição de i n -
teresses n a região antártica v i e s s e a p r e v a l e c e r sobre agudas diver
gências, c u m p r i n d o recordar, a respeito, a própria negociação do
Tratado da Antártida. Naquela o c a s i ã o , em troca do "congelamento"
das reivindicações t e r r i t o r i a i s , de q u e s e b e n e f i c i a r a m , em alguma
medida, o s p a í s e s de p o s i ç ã o " t e r r i t o r i a l i s t a " , como a A r g e n t i n a e
o Chile, os E s t a d o s Unidos obtiveram o estabelecimento de um verda
deiro condomínio n a r e g i ã o , e m b o r a de f o r m a exclusiva para o s mem-
bros do T r a t a d o , assegurado pelo amplo sistema de i n s p e ç ã o , a l i
previsto, que f a c u l t o u inclusive a designação de " o b s e r v a d o r e s " aia
torizados a t e r acesso "em qualquer momento e a q u a l q u e r setor da
Antártida". 5 3 . X l u z de t o d a s essas observações, pode-se prever
que a VIII Peunião de C o n s u l t a do T r a t a d o da Antártida deverá ocu-
par-se de i m p o r t a n t e s assuntos de i n t e r e s s e a n t á r t i c o , a q u e me r«:
feri anteriormente, preparando eventualmente o caminho para algu-
mas futuras modificações da m a i s alta relevância política e econô-
mica para o e s t a t u t o do C o n t i n e n t e Austral. 54. Caso a adesão do
Brasil ao T r a t a d o da Antártida v e n h a a ser decidida a curto prazo,
deverá o I t a m a r a t y c o n s i d e r a r a p o s s i b i l i d a d e , junto a o s m e m b r o s do
Tratado d a A n t á r t i d a , de c o n s i d e r a r a p a r t i c i p a ç ã o brasileira na
VIII Reunião de C o n s u l t a , p r e v i s t a para o m ê s de j u n h o p r ó x i m o , de
vez que d i f i c i l m e n t e poderão s e r cumpridos, até a q u e l a data, todos
os requisitos internos exigidos pela nossa legislação para a rati-
ficação do a t o n e l o Poder E x e c u t i v o . Nesse s e n t i d o , poderá a argu
mentaçao b r a s i l e i r a s e r c a l c a d a n a Convenção de V i e n a sobre o Di-
reito dos T r a t a d o s , já p o r n o s a s s i n a d a , a q u a l e s t a b e l e c e que a
subscrição de um ato internacional já t o r n a o E s t a d o implicitamen-
te c o m p r o m e t i d o , e m b o r a não o s e j a de p l e n o direito. V ) P r o j e t o de
e s q u e m a de adesão ao T r a t a d o da Antártida 55. Caso Vossa Excelên-
cia h a j a p o r bem determinar a adesão do B r a s i l ao T r a t a d o d a Antár
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S E O
SECRETO
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A Exposição de M o t i v o s n ° 0 3 5 / 7 5 , de 16 de m a i o de 1 9 7 5 , a c i m a trans
crita, mereceu do E x m ? S r P r e s i d e n t e d a R e p ú b l i c a o seguinte des-
pacho: "Aprovo. Em 16 M a i o 75". Apôs a aprovação f o iexpedido a
todos o s S e n h o r e s Membros do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , u m AvjL
so remetendo um exemplar d a mesma. '
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
MINISTRO DO INTERIOR
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S~?—7 \
I N I S T R O C H E F E DO / S E R V I Ç O MINISTRO CHEFE DO
NACIONAL DE INFORMAÇÕES E S T A D O - M A I O R D A S F O R Ç A S /RMADAS
—
CHEF/F/DO E S T A D O - M A I O R DA Í - G E R A L DO C O N S E L H O
AERONÁUTICA :GURANÇA NACIONAL
i-
S E C k E í Oi
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
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Uf
]
- 4
SECRE
S E C REI O
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longa, deixando
forneça e l e m e n t o s
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também de s e r uma d e f i n i ç ã o
a c i d e n t a i s do t e r m o R E S E R V A .
real,
Ü 1
N.°
I
descritiva,
(A
E , no a r t i g o
que
29, a
definição é i m p e r f e i t a , conceituando estoque como s e n d o demanda,nao
sendo lógica, p o r t a n t o . Nos d o i s casos, a d e m a i s , n a o e s t a bem e x -
plicada a natureza das c o i s a s d e f i n i d a s , nem bem i n d i c a d a a e s s ê n -
cia d a s mesmas. E , f i n a l m e n t e , no a r t i g o 2 9 , a oração subordinada
deve s e r obíeto de p a r á g r a f o . 3. No a r t i g o 39 c o n v i r i a d e i x a rc i a
ro que deverão ser revistos trienalmente", a partir da data
de publicação desse decreto, eliminando-se, por c o n s e g u i n t e , oes-
clarecimento final desse dispositivo. 4. P a r a maior clareza, con-
vém q u e o a r t i g o 49 d i s p o n h a exclusivamente sobre a incumbência dji
da ã CNEN " d e e x e r c e r o c o n t r o l e d a R E S E R V A e do E S T O Q U E , de que
trata o presente decreto", d a n d o , em p a r á g r a f o ú n i c o , a competên
cia que terá a NUCLEBRÃS n a formação e administração do ESTOQUE.
Ou, e n t ã o , em c o n f o r m i d a d e com o a r t i g o 15 d a L e i n 9 6 . 1 8 9 , de 16
de d e z e m b r o de 1 ° 7 4 , q u e d i g a simplesmente q u e a CNEN c o n t r o l a r á o
estoque e r e s e r v a de que t r a t a o presente decreto, e , em s e u p a r á -
grafo único, a competência dada ã NUCLEBRÃS. 5. R e p o r t a n d o - m e ao
item 4, a c i m a , opino pelo emprego dos t e r m o s RESERVA e ESTOQUE, no
singular, em t o d o o t e x t o do p r o j e t o de d e c r e t o . 6. P a r e c e também
convir q u e o s t e x t o s do a r t i g o 4 9 e do s e u s u g e r i d o parágrafo úni-
co sejam precedidos de r e f e r ê n c i a a atribuições dadas ã CNEN e ã
NUCLEBRÃS, c o n s t a n t e s das L e i s n 9 s 6 . 1 8 9 , de 16 de dezembro de
1974 e 5 . 7 4 0 , de 0 1 de d e z e m b r o de 1 9 7 1 , r e s p e c t i v a m e n t e , ( a ) PAU-
LO DE A L M E I D A MACHADO."
MINISTRO C H E F E DO G A B I N E T E CIVIL - Do A v i s o n 9 3 7 1 , de 0 6 de m a i o
de 1075 (SECRETO).
Senhor M i n i s t r o , Em r e s p o s t a ao A v i s o n 9 1 3 1 , de 25 de a b r i l de
1975, venho m a n i f e s t a r minha concordância com o p r o j e t o de decreto
encaminhado pelo Ministério das Minas e Energia sobre r e s e r v a s de
minérios n u c l e a r e s e estoques de c o n c e n t r a d o s de u r â n i o . Permito-
me sugerir, ao mesmo tempo, s e j a liberada a pesquisa n a área dos
minérios radioativos, quanto ã identificação de o c o r r ê n c i a novas.
Aproveito a oportunidade para renovar a V o s s a Excelência protestos
de alta estima e consideração, ( a ) M i n i s t r o G O L B E R Y DO COUTO E S I L
VA, C h e f e do G a b i n e t e Civil".
MINISTRO CHEFE DO SERVIÇO NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S - Do A v i s o n9
060/SI-Cab, de 08 de m a i o de 1 9 7 5 ( S E C R E T O ) .
Senhor Secretãrio-Geral. Em a t e n d i m e n t o ao A v i s o n 9 1 3 3 / 7 5 , de 25
de abril de 1 9 7 5 , d e s s a Secretaria, tenho a honra de t r a n s m i t i r a
V.Exa. as seguintes observações sobre o p r o j e t o de d e c r e t o que se
destina a fixar a r e s e r v a e estoque de m a t e r i a l n u c l e a r : 1 . nao a l
tera o exercício do m o n o p ó l i o , p e l a U n i ã o , de q u e t r a t a o Art. 19
Departamento de Imprensa Nacional — „ , „„„„ u r r „ „ „ ,, .,, .
l ¥ l u
SECRETO
S E C R E I ü
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da L e i n ? 4 . 1 1 8 , d e 27 Ago 6 2 ; 2. c o n s t i t u i - s e em regulamentação
das disposições legais c o n t i d a s nos a r t i g o s 1 3 , 14 e 15 d a L e i n 9
6 . 1 8 9 , de 16 D e z 7 4 ; 3. a s s e g u r a a necessária flexibilidade para
atualização d o s níveis de R e s e r v a s e Estoques necessários ao PRO-
GRAMA NACIONAL DE E N E R G I A N U C L E A R ; e 4. do p o n t o - d e - v i s t a de I N -
F O R M A Ç Õ E S , realça a necessidade de atualização do P N I , com vistas
a orientar o esforço de b u s c a em n í v e l compatível com a importan—
cia atribuída, p e l o I I PND, ã P o l í t i c a Científica e Tecnológica. -
Aproveito a oportunidade para renovar a V.Exa. o s p r o t e s t o s de m i -
nha perfeita estima e consideração. ( a ) General-de-Divisão JOÃO
BAPTISTA DE O L I V E I R A FIGUEIREDO".
M I N I S T R O C H E F E DO ESTADO-MAIOR DAS F O R Ç A S ARMADAS - Do A v i s o n9
067-FA-3-273, de 0" de m a i o de 1975 ( S E C R E T O ) .
Senhor Secretario-Oeral. Tenho a honra de d i r i g i r - m e a V E x a ares
peito do A v i s o n 9 1 3 4 / 7 5 , d e 25 de a b r i l de 1 ° 7 5 , d e s s a Secretaria
Geral, r e f e r e n t e ao p r o j e t o d e d e c r e t o que fixará a r e s e r v a e esto
que de m a t e r i a l nuclear, previstos n a L e i n 9 6 . 1 8 9 , de 16 d e d e z e m
bro de 1 9 7 4 . 2. L e v a n d o em c o n s i d e r a ç ã o os termos da r e f e r i d a L e i
n9 6 . 1 8 9 , d e 16 d e d e z e m b r o d e 1 9 7 4 e o t e x t o d e p r o j e t o d e d e c r e -
to considerado, submeto â consideração de V E x a a s o b s e r v a ç õ e s a-
diante especificadas, que t r a d u z e m o parecer deste Estado-Maior a
respeito do a s s u n t o em c a u s a . 3. I n i c i a l m e n t e cabe a s s i n a l a r que,
efetivamente, e imprescindível a definição dos c o n c e i t o s de esto-
que e reserva de m a t e r i a l n u c l e a r , a f i m de q u e p o s s a m ser divida-
mento cumpridos os a r t i g o s 1 3 , 1 4 , 15 e 16 d a m e n c i o n a d a L e i n9
6 . 1 8 9 , d e 16 de d e z e m b r o de 1 9 7 4 . 4. A d o t a n d o - s e a seqüência em
que o assunto ê tratado na citada L e i n 9 6 . 1 8 9 , d e 16 de dezembro
de 1974, parece conveniente abordar primeiramente o conceito de e j ;
toque. 4 . 1 - A definição proposta no a r t i g o 2 9 do p r o j e t o d e de-
creto em c a u s a a f i g u r a - s e como a c e i t á v e l n o q u e t a n g e ao c o n c e i t o
de que o e s t o q u e é a quantidade necessária ao c o n s u m o p a r a o desen
volvimento d a s a t i v i d a d e s do P r o g r a m a N a c i o n a l de E n e r g i a Nuclear
em um d e t e r m i n a d o anto e que deverá e s t a r disponível no ano ante-
cedente. De f a t o , este c o n c e i t o permitirá que o e s t o q u e satisfaça
duas preocupações fundamentais, quais sejam: - permitir o atendi-
mento integral das necessidades de consumo p a r a o desenvolvimento
das a t i v i d a d e s do P r o g r a m a N a c i o n a l de E n e r g i a N u c l e a r ; e - evi-
tar a acumulação excessiva d e m a t e r i a i s n u c l e a r e s , com o s conse—
quentes problemas e ônus de n a t u r e z a técnica, econômica e financejL
ra decorrentes dessa acumulação excessiva. 4.2 - No q u e d i z res-
peito aos m a t e r i a i s a acumular, todavia, o conceito expresso no a r
tigo 2 9 do r e f e r i d o p r o j e t o de d e c r e t o merece s e r r e c o n s i d e r a d o . Ê*
que o artigo 1 3 d a L e i n 9 6 . 1 8 ° , d e 16 d e d e z e m b r o de 1 9 7 4 r e f e r e -
St C K E \
N.o
- o -
- 10 -
L:
Minérios N u c l e a r e s ' e o t e x t o do mesmo P r o j e t o a p e n a s
1
faz referen-
cia a "Reserva de Minérios de U r â n i o " , e a f.im de p r o t e g e r os i n -
teresses n a c i o n a i s quanto ao r e s g u a r d o de n o s s a s r e s e r v a s de tório,
proponho as s e g u i n t e s alterações: l a . - Alterar a ementa para:
"Estabelece r e s e r v a s de m i n é r i o de u r â n i o , e s t o q u e s de concentra-
dos de urânio e dã o u t r a s p r o v i d e n c i a s " : o u , então: 2a. - Manter
a ementa t a l como c o n s t a ; e a c r e s c e n t a r a expressão "e de tório"
nos artigos 19 e 29 o s q u a i s passaria a t e r a seguinte redação:
"Art. 19 - C o n s i d e r a - s e como R E S E R V A n e c e s s á r i a ao P r o g r a m a Nacio_
nal de E n e r g i a N u c l e a r , a t o t a l i d a d e d a s r e s e r v a s m i n e r a i s de ura.
nio e de tório atualmente conhecidas e medidas e a s de u r â n i o que
vierem a s e r encontradas e m e d i d a s n a s ãreas do P l a n a l t o de Poços
de Caldas e de F i g u e i r a s , bem como, 80% ( o i t e n t a por cento) das r e
servas de m i n é r i o de u r â n i o e de tório que v i e r e m a ser encontra-
das e medidas em outras regiões do T e r r i t ó r i o Nacional". " A r t . 29
- Considera-se como E s t o q u e de u r â n i o e de tório n e c e s s á r i o ao P r o
grama N a c i o n a l de E n e r g i a N u c l e a r a d e m a n d a de um determinado ano,
disponível no ano que o a n t e c e d e r , a c r e s c i d a de 1 0 % ( d e z p o r cento)
como m a r g e m de s e g u r a n ç a . " Parece ainda a este Estado-Maior, ser
pertinente, que a s ãreas d e f i n i d a s n o s §§ 19 e 29 o f o s s e m pelos
meridianos e paralelos que a s l i m i t a m ou p e l a s coordenadas de seus
quatro vértices. Assim aqueles §5 p o d e r i a m t e r a seguinte reda-
ção: B
J 19 - A ãrea do P l a n a l t o de P o ç o s de C a l d a s é compreendida
entre os p a r a l e l o s e meridianos: L a t i t u d e S u l 21954' e 22900'; Lon
gitude 0este46945' e 46930 ; 1
ou, ainda: "§ 19 - A ãrea do Planalto
de Poços de C a l d a s é definida pelos pontos de c o o r d e n a d a s : 25954'
Sul e 46945' Oeste; 22900' S u l e 46930' Oeste; 25954' Sul e 46930'
Oeste; e 22900' S u l e 46945' Oeste." Do mesmo modo s e r i a alterado
o § 29. Aproveito a oportunidade para renovar a V.Exa. os p r o t e s -
tos de e l e v a d a estima e distinta consideração, ( a ) Almirante-de-Es_
quadra C U A L T E R MARIA MENEZES DE M A G A L H Ã E S , C h e f e do Estado-Maior
da Armada".
ESTADO-MAIOR DO E X E R C I T O - Do Ofício n9 1 2 5 - E 4 . , de 26 de m a i o de
de 1975 ( S E C R E T O ) . •
"1. Tenho a honra de d i r i g i r - m e a V E x a acusando o recebimento do
Aviso n 9 1 3 6 / 7 5 , de 25 de a b r i l de 1 9 7 5 , no q u a l Ó solicitado pare
cer deste Estado-Maior sobre o projeto-de-decreto que f i x a r a reser
va e estoque de m i n é r i o s n u c l e a r e s . 2. E s t e 0"rgão, após e s t u d a r o
assunto e considerando a carência de m a t e r i a l físsil com q u e s e de_
fronta o país, a p e s a r das c o n t i n u a d a s pesquisas q u e vêm sendo rea-
lizadas, 0 de p a r e c e r que o a r t i g o 3 1 d a L e i n 9 4 . 1 1 8 , de 27 de A-
gosto de 1 0 6 2 , d e v e s e r mantido não se d i s p e n s a n d o , assim, por an-
t e c i p a ç ã o , 2 0 % d a s r e s e r v a s que v i e r e m a s e r encontradas. 3. Por
Departamento de Imprensa Nacional ~
SE CR £ | Q
- 12 -
^ t
SE C R E
Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l " .
Projeto de D e c r e t o de q u e t r a t a a Exposição de M o t i v o s n ? 037/75 ,
de 28 M a i 75 ( S E C R E T O ) , acima transcrita, está a s s i m r e d i g i d a : "Dje
creto n ? .... de de Estabelece reserva de miné-
rios nucleares, ou d e s e u s concentrados, o u de c o m p o s t o s químicos
de e l e m e n t o s n u c l e a r e s , dispõe sobre estoque de m a t e r i a l fértil e
físsil e s p e c i a l e dá o u t r a s providências. 0 PRESIDENTE DA REPÚ-
BLICA, usando d a atribuição que l h e c o n f e r e o Artigo 8 1 , item III
da Constituição, e tendo em v i s t a a L e i n ° 6 . 1 8 9 , d e 16 de d e z e m - -
Departamento de Imprensa Nacional —
S Ü C K t i O
S E C R E T O
- 14 -
dezembro de 1 9 7 4 , n e c e s s á r i a ao p r o g r a m a n a c i o n a l de e n e r g i a nucle
ar, será c o n s t i t u í d a : I - d a t o t a l i d a d e do m i n é r i o n u c l e a r , ou
dos concentrados ou c o m p o s t o s químicos dele resultantes, que for
extraído das j a z i d a s atualmente conhecidas e m e d i d a s n a s áreas de
Poços de C a l d a s e de F i g u e i r a s , bem como d a s que v i e r e m a s e r en-
contradas e medidas naquelas á r e a s ; e I I - de 8 0 7 ( o i t e n t a por cen
to) do m i n é r i o n u c l e a r , ou d o s c o n c e n t r a d o s ou c o m p o s t o s químicos
dele resultantes, que f o r extraído de n o v a s jazidas que v i e r e m a
ser encontradas e medidas em o u t r a s regiões do T e r r i t ó r i o Nacional.
§ 1 9 . A área do P l a n a l t o de P o ç o s d e C a l d a s é aquela d e l i m i t a d a pe_
los seguintes paralelos e meridianos: L a t i t u d e S u l 21954' e 22900'
e Longitude Oeste: 46945' e 46930'. § 2 9 . A área de F i g u e i r a s é
aquela delimitada pelos seguintes paralelos e meridianos: Latitude
Sul 23945' e 24930' e Longitude Oeste 50915' e 51900'. A r t . 29. 0
estoque necessário ao p r o g r a m a n a c i o n a l de e n e r g i a n u c l e a r , a ser
estabelecido p e l a Comissão N a c i o n a l de E n e r g i a N u c l e a r , nos termos
do A r t i g o 1 3 d a L e i n 9 6 . 1 8 9 , de 16 d e d e z e m b r o de 1 9 7 4 , d e v e r á s e r
calculado anualmente e não p o d e r á s e r m e n o r que a d e m a n d a de mate-
riais férteis e físseis especiais, prevista para o ano subseqüente,
acrescida de 1 0 % ( d e z p o r c e n t o ) , como m a r g e m de s e g u r a n ç a para e-
ventuais perdas no p r o c e s s o de t r a n s f o r m a ç ã o . Parágrafo único. 0
referido estoque poderá s e r formado e mantido através da u t i l i z a -
ção d a r e s e r v a e s t a b e l e c i d a no a r t i g o anterior. A r t . 39. Os per-
centuais, margens de s e g u r a n ç a e p r a z o s de q u e t r a t a m os Artigos
19 e 29, deste Decreto,deverão ser revistos t r i e n a l m e n t e , ou antes
deste período, se necessário, v i s a n d o a atender a evolução do pro-
g r a m a n a c i o n a l de e n e r g i a n u c l e a r . 4 9 . Cabe ã C o m i s s ã o N a c i o n a l de
Energia Nuclear e x e r c e r o c o n t r o l e da r e s e r v a e do e s t o q u e de que
trata o presente Decreto e ã Empresas Nucleares Brasileiras S.A. -
NUCLEBRÃS - incumb i r - s e d a formação e administração do c i t a d o estn
que. A r t .59. E s t e Decreto entrará em v i g o r n a d a t a de s u a p u b l i -
cação revogadas a s disposições em contrário. B r a s í l i a , em .... de
VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA
<AA. ^
2
RO CHEFE NISTRO CHEFE DA
GABINETE ARIA DE PLANEJAMENTO
- 16 -
SE CR E T O I
S E C R E T O
AO
Ao p r i m e i r o d i a do m ê s de j u l h o de hum m i l nove
centos e setenta e cinco, f o irenetido a cada um d o s membros do
CONSELHO DE SEGURANÇA N A C I O N A L , Aviso Secreto cujo teor é o seguin
te: "Senhor Vice-Presidente ( M i n i s t r o , Chefe) - Tenho a honra de
dirigir-me a V o s s a Excelência, r e l a t i v a m e n t e ã representação do Se_
nhor M i n i s t r o de E s t a d o da Justiça para aplicação d a s sanções pre
vistas no a r t i p o 4 9 do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 13 de dezembro
de 1968, aos s e g u i n t e s c i d a d ã o s : - WILSON DE O U E I R O Z CAMPOS, Sena
dor pela legenda d a ARENA, E s t a d o de PERNAMBUCO; - ROMERO DO REGO
BARROS ROCHA; e - CARLOS A L B E R T O MENEZES DE SÃ. 2. S o b r e o assun
to em questão, t e n d o em v i s t a o disposto no a r t i g o 89 do Decreto-
lei n9 1 . 1 3 5 , de 3 de d e z e m b r o de 1 9 7 0 , i n c u m b i u - m e o Excelentíss_i
mo Senhor P r e s i d e n t e da R e p u b l i c a de s o l i c i t a r o parecer de Vossa
rxcelência. Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Excelen
cia meus protestos de e s t i m a e distinta consideração. ( a ) General
de-Divisão HUGO DE ANDRADE A B R E U - S e c r e t a r i o - O e r a l do CONSELHO
DE SEGURANÇA NACIONAL.
0 expediente acima transcrito originou-se da Exposição de Motivos
n9 0 5 2 , de 19 de j u l h o de 1 ^ 7 5 , do S e c r e t a r i o - O e r a l do C o n s e l h o de
Segurança N a c i o n a l , que r e c e b e u do Exm9 Sr Presidente da República
o despacho "Submeta-se a audiência d o s S e n h o r e s ' e m b r o s do
T
Conse
lho de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . Em 19 de j u l h o de 1 0 7 5 . " , e está assim
redigida: "EXCELENTÍSSIMO SENHOR P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A . Tenho a
honra de d i r i g i r - m e a V o s s a Excelência a r e s p e i t o da representação
em q u e o S e n h o r M i n i s t r o de E s t a d o d a Justiça solicita a cassação
do m a n d a t o eletivo f e d e r a l e suspensão dos d i r e i t o s políticos pelo
Departamento de Imprensa Nacional ~
JS E~C R £ J Qj
S E C R E T O
- 2 -
- 3 -
J . . U — .
STRO / A ^ A E R O N Ã U T I CA
A
MINISTRO DA SAÚDE DA I N D U S T R I A E DO
COMÉRCIO
f ou. ^
M I N I S T R A C F E F E DO MINISTRO CHEFE DA
GABINETE C I V I L S E C R E T A R I A DE PLANEJAMENTO
0.\
MINISTRO CHEFE DO/SERVIÇO M I N I S T R O C H E F E DO
NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S ESTADO-MAIOR DAS F O R C A / ARMADAS
òL C/f OMMl
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA C H E F E DO
ARMADA ESTADO-IMAIOR
EX ÉRCITO DO
? C V» K £ i O
SE CR E
AO
L
SECRETO
- 2 -
I f * mm ^
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KJ
S E C R E T O
- 4 -
- 6 -
S E C RE Tol
S E C R E T O
- 7 -
AZEREDO DA SILVEIRA.
P R O J E T O D E PROTOCOLO A D I C I O N A L AO TRATADO DE L I M I T E S DE 2 1 DE MAIO
DE 1^27. Os G o v e r n o s da República F e d e r a t i v a do B r a s i l e d a Repú_
blica do P a r a g u a i , CONSIDERANDO que a s d i s p o s i ç õ e s constantes do
Tratado de L i m i t e s , complementar ao de 1 8 7 2 , a s s i n a d o n o R i o de J a .
neiro a 2 1 de m a i o de 1 9 2 7 , não foram cumpridas até a p r e s e n t e da-
ta, p o r nao terem sido c o n c l u s i v a s as t e n t a t i v a s dos demarcadores
brasileiros e paraguaios no sentido d a adjudicação da i l h a conheci
da como P o r t o Murtinho ou Banco de T r ê s B a r r a s (pelo B r a s i l ) e co-
mo ilha Margarita (pelo Paraguai) e da i l h a do C h a p é u o u Sombrero;
CONSIDERANDO o r e c e n t e levantamento hidrográfico do r i o P a r a g u a i ,
executado em todo o trecho fronteiriço entre os d o i s países, pelo
aviso " C a r a v e l a s " , da M a r i n h a do B r a s i l , com o p l e n o assentimento
de ambos os Governos; CONSIDERANDO que o l e v a n t a m e n t o acima mencio
nado fornece base suficiente para a adjudicação das i l h a s do r i o
Paraguai; CONSIDERANDO q u e , de a c o r d o com d a d o s técnicos irrefutá
v e i s , o c a n a l de m a i s fácil e f r a n c a n a v e g a ç ã o , no trecho em que
está s i t u a d a a r e f e r i d a Ilha de P o r t o Murtinho ou B a n c o das Três
Barras, como c o n h e c i d a pelo Brasil, e M a r g a r i t a , pelo Paraguai, ê
o que c o r r e j u n t o ã margem esquerda do r i o ; CONSIDERANDO q u e , s e -
gundo d a d o s técnicos igualmente i r r e s p o n d í v e i s , n o que d i z r e s p e i -
to ã Ilha do Chapéu ou S o m b r e r o , não e x i s t e c a n a l de n a v e g a ç ã o e n -
tre t a l ilha e a margem esquerda do r i o P a r a g u a i ; ANIMADOS, outros
sim, do t r a d i c i o n a l espírito de c o o p e r a ç ã o que c a r a c t e r i z a a fra-
terna amizade e os vínculos de b o a v i z i n h a n ç a que unem os d o i s p a i
ses, acordam o presente Protocolo A d i c i o n a l ao T r a t a d o de L i m i t e s
de 2 1 de m a i o de 1 9 2 7 : Artigo I - Para efeito da adjudicação das
ilhas do r i o P a r a g u a i , o s G o v e r n o s do B r a s i l e do P a r a g u a i decla-
ram aceitar o levantamento hidrográfico realizado recentemente pe-
lo Aviso " C a r a v e l a s " como e l e m e n t o de b a s e suficiente para o cum—
Departamento de Imprensa Nacional ~~
S E C R E T O
- 8 -
cumprimento d o s A r t i g o s I I e I I I do T r a t a d o de L i m i t e s , complemen-
tar ao de 1 8 7 2 , a s s i n a d o a 2 1 de m a i o de 1 9 2 7 n o R i o de Janeiro.
Artigo I I - Em v i r t u d e do e x p o s t o no A r t i g o I do p r e s e n t e Protoco-
lo, a ilha conhecida como P o r t o Murtinho, ou B a n c o d a s Três Barras,
pelos brasileiros, e denominada Ilha Margarita, pelos paraguaios ,
situada na f r o n t e i r a constituída p e l o r i o P a r a g u a i , no trecho com-
preendido entre a f o z do r i o A p a e o d e s a g u a d o u r o d a Baía Negra,
fica adjudicada ã" s o b e r a n i a paraguaia. A r t i g o I I I - Em v i r t u d e do
exposto no A r t i g o I do p r e s e n t e Protocolo, a ilha do C h a p é u ou Som
hrero, s i t u a d a igualmente na f r o n t e i r a constituída p e l o r i o Para-
guai, no t r e c h o compreendido entre a f o z do r i o A p a e o desaguadou
ro da Baía N e g r a , fica adjudicada a soberania b r a s i l e i r a . A r t i g o IV
levantamento geomorfolõgico."
Os d e m a i s S e n h o r e s Membros do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , opi-
naram favoravelmente a o P r o j e t o de P r o t o c o l o proposto pelo Ministé
rio d a s Relações Exteriores.
Os p a r e c e r e s recebidos foram analisados pela Secretaria-Geral do
Conselho de Segurança N a c i o n a l , q u e após consolidá-los submeteu â
consideração do E x c e l e n t í s s i m o Senhor P r e s i d e n t e da R e p u b l i c a a Ex
posição de M o t i v o s n 9 0 9 1 / 7 5 , de 0 1 de d e z e m b r o de 1 9 7 5 , S E C R E T A ,
assim r e d i g i d a : "EXCELENTÍSSIMO SENHOR P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A -
Tenho a honra de d i r i g i r - m e a V o s s a E x c e l ê n c i a a propósito da Expo
siçao de M o t i v o s n9 D F / D A M - I / 3 6 1 / 2 1 0 ( B 4 6 ) ( B 4 4 ) , S E C R E T A , de 18 de
novembro de 1 9 7 5 , que v e r s a s o b r e a soberania de i l h a s , no r i o PA-
Departamento de Imprensa Nacional ~~
S E C R £1 Oj
- 10 -
- 0 Exm9 S r V i c e - P r e s i d e n t e da R e p u b l i c a e M i n i s t r o da Justiça b a -
searam seus pareceres - favoráveis ã adjudicação da i l h a MARGARITA
- no m o t i v o de jã v i r o P A R A G U A I e x e r c e n d o soberania de f a t o sobre
aquela ilha. - Os E x m 9 Sr M i n i s t r o da M a r i n h a e C h e f e do Estado-
Maior da Armada, alem de r a t i f i c a r e m o parecer técnico contido no
Relatório do A v i s o "CARAVELAS", a f i r m a m que o " c a n a l p r i n c i p a l do
rio, n a s adjacências da i l h a MARGARIDA, é o que f i c a a l e s t e da ilha
(margem e s q u e r d a do r i o ) " . Além d i s s o , r e s s a l t a m q u e uma outra i -
lha, d e n o m i n a d a MARIA, ã s e m e l h a n ç a do q u e a c o n t e c e com a s i l h a s MAR
G A R I D A e do C H A P É U , t e m a s u a situação p e r f e i t a m e n t e definida,o que
permitiria incluí-la, p a r a efeito de a d j u d i c a ç ã o ã soberania brasi-
leira, na proposta que f o s s e feita ao G o v e r n o p a r a g u a i o . Os Exm9
Sr Min Exército e Chefe do E s t a d o - M a i o r do E x é r c i t o fazem as seguin
tes ponderações: - a d m i t i n d o - s e como v á l i d o o parecer técnico do Co
mandante do A v i s o Hidrográfico "CARAVELAS", t e r i a ficado destacado
no mesmo r e l a t ó r i o que " a i n d a nao f o i d e f i n i d o o c a n a l principal
do r i o P A R A G U A I " ; - seria conveniente que f o s s e m encarados os as-
pectos políticos que e n v o l v e m o problema, inclusive aqueles que po-
deriam distorcer os e l e v a d o s propósitos do S e n h o r Presidente da Re-
pública; - d e v e r i a m s e r apreciados com m a i o r profundidade os aspec-
tos militares da posse da i l h a de PORTO MURTINHO, uma v e z que a r e -
gião d e s t e nome s e r i a o pórtico de a c e s s o ao Sul-matogrossense.
SEC R E1 o
S E C R E i O
- 12 -
€p
.1* ' ^
3
SE C R í
- 13 -
NISTRO CHEFE DA
T A R I A DE PLANEJAMENTO
MINISTRO/CHEFE SERVIÇO D 0
'NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA /
ARMADA
C P F F j r DO E S T A D O - X A I O R DA Ti Í R T Q ^ G W R A L DO CONSELHO
AERONÁUTICA DE ! E G U R A N Ç A NACIONAL
AO
- 2 -
S E C R t f O
SECRETO
- 4 -
Revolução, na forma r e c o m e n d a d a p e l o A r t 4° do A t o I n s t i t u c i o n a l n9
5, de 1 3 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 . Sirvo-me da o p o r t u n i d a d e para reno
var a V o s s a E x c e l ê n c i a meus p r o t e s t o s do m a i s profundo respeito.(a)
ARMANDO F A L C Ã O .
Procedida a consulta todos os s e n h o r e s membros do C o n s e l h o de Segu-
rança N a c i o n a l f o r a m unânimes em concordar com a aplicação das me-
didas s u g e r i d a s p e l o Ministério da Justiça. No d i a 0 5 de janeiro
de 1976, o P r e s i d e n t e d a República, no u s o d a s atribuições que l h e
confere o artigo 4 9 do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 13 de d e z e m b r o de
1968, tendo em v i s t a o artigo 182 d a Constituição e apôs audiência
do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , s a n c i o n o u d e c r e t o c a s s a n d o o man
dato eletivo e suspendendo pelo prazo de 10 ( d e z ) a n o s , os direitos
políticos, dos s e g u i n t e s c i d a d ã o s : A L B E R T O MARCELO GATO, Deputado
Federal - São P a u l o e NELSON F A B I A N O S O B R I N H O , Deputado Estadual -
São P a u l o .
VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA
Departamento de Imprensa Nacional —
ATA DA QUADRAGgSIMA T E R C E I R A CONSULTA
AO
- 3 -
S Eí
S EC R í í O
- A -
FALCÃO - M i n i s t r o da Justiça".
Procedida a c o n s u l t a , todos os senhores membros do C o n s e l h o de S e -
gurança N a c i o n a l foram u n â n i m e s em c o n c o r d a r com a a p l i c a ç ã o das
medidas sugeridas pelo Ministério da Justiça. No d i a 2 9 de março
de 1 9 7 6 , o P r e s i d e n t e da República, no u s o d a s atribuições que lhe
confere o artigo 49 do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 13 de dezembro
de 1 9 6 8 , tendo em v i s t a o artigo 182 da Constituição e apôs audien
cia do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , s a n c i o n o u decreto cassando
o mandato eletivo e suspendendo pelo prazo de 10 ( d e z ) a n o s , os di_
reitos políticos, dos s e g u i n t e s c i d a d ã o s : NADYR R O S S E T T I e AMAURY
MÜLLER, Deputados Federais pelo MDB do R i o G r a n d e do S u l .
ESIDEÍU*-TTA REPUBLICA
S E C R E T O
N.° 0 3 7
- 5 -
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
M I N I S T R O DA JUST^A M I N I S T R O DA MARINHA
MINITS/TRO DO EXÉRCITO
DA A G R I C U L T U R A MIN I S T R O DA E D ^ CAÇÃO
CAÇÃ E CULTURA
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
- 6 -
CHEFE DO E S T A D O - M A I O R DA ( h /CHEFE
C H E F E DO
DO (|ESTAIiO-MAIOR
ESTAIlO- DO
ARMADA EXÉRCITO
^5
CH^FE DO ESTADO-MAIOR DA
ECI.EIXRSO-GERAL DO CONSELHO
TI£A 1)E SEGURANÇA NACIONAL
5w V*. o
ATA DA QtTADRAGflSIMA QUARTA CONSULTA
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACION/T
Ao p r i m e i r o d i a do mês de a b r i l de hum m i l n o v e c e n -
tos e setenta e seis, f o iremetido a cada um dos membros do Conse-
lho de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , Aviso Secreto cujo teor ê o seguinte: "Sj;
nhor Vice-Presidente (Ministro, Chefe). Tenho a honra de dirigir-
me a V o s s a Excelência, r e l a t i v a m e n t e a representação do S e n h o r Mi-
nistro de E s t a d o da Justiça p a r a aplicação d a s sanções p r e v i s t a s no
artigo 49 do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 13 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 , ao
Deputado F e d e r a l , pelo MDB do R i o de J a n e i r o , L Y S Â N E A S DIAS MACIEL.
2. Sobre o assunto em questão, t e n d o em v i s t a o disposto no artigo
89 do D e c r e t o - l e i n 9 1 . 1 3 5 , de 3 de d e z e m b r o de 1 9 7 0 , i n c u m b i u - m e o
Excelentíssimo Senhor P r e s i d e n t e da República de s o l i c i t a r o pare-
cer de V o s s a E x c e l ê n c i a . Aproveito a oportunidade para renovar a
V o s s a E x c e l ê n c i a meus p r o t e s t o s de e s t i m a e distinta consideração,
(a) General-de-Divisão HUGO DE ANDRADE A B R E U - M i n i s t r o de Estado,
Secretãrio-Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . "
0 expediente acima transcrito originou-se da Exposição de Motivos
n9 1 . 0 6 7 , de 19 de a b r i l de 1 ^ 7 6 , do M i n i s t r o d a J u s t i ç a , que rece-
beu do E x c e l e n t í s s i m o Senhor Presidente da República o despacho:"Ã
Secretaria-Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . Em 19 de abril
de 1976", e estã assim r e d i g i d a : "EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE
DA REPtÍBLICA. Apoiado nas d i r e t r i z e s com que V o s s a E x c e l ê n c i a orien
ta o Governo Revolucionãrio, v i - m e compelido, recentemente, a repre
sentar no s e n t i d o de que s e s u s p e n d e s s e m os d i r e i t o s políticos e
fossem cassados os mandatos eletivos de d o i s parlamentares, de acor
do com o q u e dispõe o A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5. Moveu-me o entendi--
Departamento de Imprensa Nacional — I i i
SECRETO
- 2 -
j*'.* .... ^
V K C
SE CR E r o
- 4 -
J
N.o 04
- 5 -
do A t o C o m p l e m e n t a r n 9 3 9 , de 20 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 .
Procedida a consulta todos os s e n h o r e s membros do C o n s e l h o de Segu-
rança N a c i o n a l f o r a m unânimes em concordar com a a p l i c a ç ã o das me-
didas s u g e r i d a s p e l o Ministério da Justiça. No d i a 19 de a b r i l de
1976, o P r e s i d e n t e d a República, no u s o d a s atribuições que l h e c o n
fere o artigo 4 9 do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 13 de d e z e m b r o de
1968, tendo em v i s t a o artigo 182 d a Constituição e após audiência
do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , s a n c i o n o u decreto cassando o man
dato eletivo e suspendendo pelo prazo de 10 ( d e z )anos, os direitos
políticos do D e p u t a d o Federal, p e l o MDB do R i o de J a n e i r o , LYSÃNEAS
DIAS MACIEL.
S E C R E i o
- 6 -
MINISTRO DO EXÉRCITO
ÍINISTRO DO TRABALHO
2^ • *
M I N I S T A Q - B A S MINAS E E N E R G I A
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E
ASSISTÊNCIA SOCIAL _
MINISTRO CHEFE D O / S E R V I C X M I N I S T R O C H E F E D(
NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S ESTADO-MAIOR DAS F O R Ç A ^ ARMADAS
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA ÀDO-MAIOl
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO
ARMADA EXÉRCITO
- 8 -
ATA DA QUADRAGÉ*SIMA QUINTA CONSULTA
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
- 3 -
A Secretaría-Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , a p o s m i n u c i o _
so estudo do a s s u n t o , c o n c o r d o u plenamente com as medidas propos-
tas pelo Ministro de E s t a d o da Justiça, e l a b o r a n d o a Exposição de
Motivos n ° 3 0 , de 28 de j u l h o de 1 9 7 6 , d e v i d a m e n t e aprovada pelo
Excelentíssimo Senhor Presidente d a R e p ú b l i c a , que s u g e r e ouvir o
Conselho de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , de a c o r d o com o a r t i g o 59 do Ato
C o m p l e m e n t a r n9 3 9 , de 20 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 , e c u j a transcrição
completa ê a seguinte: "EXCELENTÍSSIMO SENHOR P R E S I D E N T E DA REPU-
BLICA. Tenho a honra de d i r i g i r - m e a V o s s a Excelência a respeito
da representação do S e n h o r Ministro de E s t a d o da Justiça quanto ã
cassação do m a n d a t o e l e t i v o federal e suspensão dos d i r e i t o s polí-
ticos pelo prazo de d e z ( 1 0 ) a n o s do s e n h o r NEY L O P E S DE SOUZA, Ve
putado Federal pela legenda da ARENA, E s t a d o do R i o G r a n d e do Nor-
te, e a suspensão dos d i r e i t o s políticos dos s e n h o r e s JOSÉ CORTEZ
PEREIRA DA A R A Ú J O , BENVENUTO P E R E I R A DE A R A Ú J O N E T T O , ARIMAR FRAN
ÇA, TARCÍSIO P E R E I R A DE A R A Ú J O e A L C I M A R DE A L M E I D A E S I L V A , nos
termos do a r t i g o 29 do A t o C o m p l e m e n t a r n 9 39 , de 2 0 de d e z e m b r o de
1968. 2. E s t a Secretaria-Geral, após p r o c e d e r a minucioso estudo
do a s s u n t o , c o m p u l s a n d o o p r o c e s s o n9 431/76 da SCGI/RN, concluiu
pela inteira procedência das medidas propostas. 3. N e s t a s condjL
ções peço v ê n i a s u g e r i r que, ouvido o CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIO-
N A L , de a c o r d o com o a r t i g o 59 do A t o C o m p l e m e n t a r n9 3 9 , de 20 de
dezembro de 1 9 6 8 , s e j a m suspensos os d i r e i t o s políticos pelo pra-
zo de d e z ( 1 0 ) a n o s e cassado o mandato eletivo federal do senhor
NEY L O P E S DE SOUZA, e s u s p e n s o s , também p o r d e z a n o s , os direitos
políticos dos s e n h o r e s J O S É CORTEZ PEREIRA DE A R A Ú J O , BENVENUTO P E
REIRA DE A R A Ú J O N E T T O , ARIMAR FRANÇA, TARCÍSIO P E R E I R A DE A R A Ú J O e
A L C I M A R DE A L M E I D A E S I L V A , consoante dispõe o a r t i g o 49 do Ato
Institucional n 9 5 , de 13 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 . Aproveito a oportjj
nidade para r e i t e r a r a V o s s a E x c e l ê n c i a meus protestos da mais a l -
ta estima e profundo respeito. ( a ) General-de-Divisão HUGO DE AN-
DRADE A B R E U - S e c r e t á r i o - G e r a l do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . "
Procedida a consulta todos o s s e n h o r e s membros do C o n s e l h o de Segu
rança N a c i o n a l f o r a m unânimes em concordar com a a p l i c a ç ã o d a s me-
didas s u g e r i d a s p e l o Ministério da Justiça. No d i a 4 de a g o s t o de
1976, o Presidente da República, tendo em v i s t a o artigo 182 da
Constituição e no u s o d a s a t r i b u i ç õ e s que l h e c o n f e r e o a r t i g o 49
do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 13 de d e z e m b r o d e 1 9 6 8 , após a au-
diência do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , s a n c i o n o u d e c r e t o cas-
sando o mandato eletivo e suspendendo, pelo prazo de d e z ( 1 0 ) a n o s ,
os direitos políticos do cidadão NEY LOPES DE SOUZA, D e p u t a d o Fed£
ral - R I O GRANDE DO N O R T E ; e s u p e n d e n d o os d i r e i t o s políticos pelo
- A -
RE S I D E l T T i r l f A R E P ÚB L I C A
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
MINISTlRO DOS -T R A N S P O R T E S
Ml/lSTRO DA A G R I C U L T U R A M I N I S T R O DA></EDUCAÇÃO
E CULTURA
\ K
1
MINISTRO DO TRABALHO MINISTRO DA AERONÁUTICA
M I N I S T R O -DAS-M I N A S E E N E R G I A MINISTRO C H E F E DA S E C R E T A R I A
DE PLANEJAMENTO
E C R £ j o
SECRETO
. -(
M I N I S T R O DO INTERIOR MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E /
ASSISTÊNCIA SOCIAL
.7
ÍINISTRO C H E F E DCX S E R V I Ç M I N I S T R O C H E T E DO
NACIONAL DE INFCRMACÔ* ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS
(Li/" í^fr^Ul
C H E F E DO ESTADO-MAI OR DA / DO ESTADO-MAIOR
ARMADA
CRE T Ã R I O - G E R A L DO CONSELHO
DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
ARMANDO F A L C Ã O - M i n i s t r o da J u s t i ç a . "
A Secretaria-Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , apôs minucio
so estudo do a s s u n t o , c o n c o r d o u plenamente com a s m e d i d a s propostas
pelo Ministro de E s t a d o da Justiça, e l a b o r a n d o a Exposição de Moti
vos n 9 0 4 9 , de 02 de d e z e m b r o de 1 9 7 6 , d e v i d a m e n t e aprovada pelo
Excelentíssimo Senhor Presidente da R e p u b l i c a , que d e t e r m i n o u ou-
vir o Conselho de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , de a c o r d o com o a r t i g o 5 9 do
Ato C o m p l e m e n t a r n 9 3 9 , de 20 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 , e c u j a transcri
ção c o m p l e t a ê a seguinte: "EXCELENTÍSSIMO SENHOR P R E S I D E N T E DA RE
PÚBLICA: Tenho a honra de d i r i g i r - m e a V o s s a Excelência a respei-
to da Representação do S e n h o r Ministro de E s t a d o da Justiça quanto
à" c a s s a ç ã o do m a n d a t o e l e t i v o estadual e suspensão dos d i r e i t o s po
líticos p e l o p r a z o de 10 ( d e z ) a n o s , do s e n h o r LEONEL JÚLIO, Depu-
tado Estadual pela legenda do MDB, Estado de São P a u l o , n o s termos
do a r t i g o 29 do A t o C o m p l e m e n t a r n 9 3 9 , de 2 0 de d e z e m b r o de 1968.
2. Esta Secretaria-Geral, após p r o c e d e r a m i n u c i o s o estudo do as-
sunto, compulsando os relatórios de a u d i t o r i a s procedidas, peloT r i
bunal de C o n t a s do E s t a d o de São P a u l o , n o s d o c u m e n t o s r e l a t i v o s ãs
despesas de m a i o e j u n h o deste ano, l e v a d a s 5 conta d a v e r b a de r e
presentaçao geral da Presidência da Assembléia, c o n c l u i u pela i n -
S E C
- 3 -
PRESIDENTE DA/R*HTB"LIJ?A
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A* AAtrtv* s
/ MINISTRO D A x r fUSTIÇA
uST MINISTRO DA MARINH
M I N I S T R O DA FAZENDA TRANSPORTES
SECRETO
- 4 -
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E MINLSTRO CHEFE DO
ASSISTÊNCIA S O C I A L ^GABINETE C I V I L
AC-
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA C H E f E DO ESTADO-MAIOR
-MAK DO
ARMADA EXÉRCITO
S E C R E T Ã R I O ^ G F R A L DO CONSELHO
DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
SECRETO!
S E C R E T O ]
N.° 0 4 7
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
1968,
e cassado
sejam suspensos
o mandato eletivo
- 3 -
os d i r e i t o s políticos pelo
m u n i c i p a l do s e n h o r
N.° 0 4 8 \
prazo
ml \ r 1A 1
de d e z a n o s
GLÊNIO MATHIAS GO-
MES P E R E Z , consoante dispõe o artigo 49 do A t o I n s t i t u c i o n a l n9 5,
de 1 3 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 . A p r o v e i t o a o p o r t u n i d a d e para reiterar
a Vossa E x c e l ê n c i a meus p r o t e s t o s da m a i s alta estima e profundo
respeito. ( a ) General-de-Divisão HUGO DE ANDRADE A B R E U - Secreta
rio-Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . "
Procedida a consulta todos os s e n h o r e s membros do C o n s e l h o de S e g i i
rança N a c i o n a l foram unânimes em c o n c o r d a r com a a p l i c a ç ã o d a s me-
didas s u g e r i d a s p e l o Ministério da Justiça. No d i a 02 de feverei-
ro de 1 9 7 7 , o P r e s i d e n t e d a R e p ú b l i c a , t e n d o em v i s t a o artigo 182
da Constituição e no u s o d a s a t r i b u i ç õ e s que l h e c o n f e r e o artigo
49 do A t o I n s t i t u c i o n a l n 9 5 , de 1 3 de d e z e m b r o de 1 9 6 8 , após a a i i
diência do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , s a n c i o n o u decreto cas-
sando o mandato e l e t i v o e suspendendo, pelo prazo de d e z ( 1 0 ) anos,
os direitos políticos do cidadão G L Ê N I O MATHIAS GOMES P E R E Z , Verea
dor p e l o MDB, de PORTO A L E G R E - RS.
VICE-PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A
E CULTURA
- 4 -
-—h-t
MINISTRO DO TRABALHO NISJRO DA/AERONÁUTICA
"3^
MINISTRO DAS MINAS E ENERGIA
4
MINISTRO C H E F E DA S E C R E T A R I A
LANEJAMENTO
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E MINISTRO CHE
ASSISTÊNCIA SOCIAL GABINE-TfT^IVIL
-d
M ^ Í I S T R O C H E F E DO S E R V I Ç O M I N I S T R O CP •E DO
A C I O N A L DE INFORMAÇÕES E S T A D O - M A I O R D A S F( | R Ç A S ARMADAS
5 £ C Rv t I E
ATA DA Q U A D R A G É S I M A OITAVA CONSULTA
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
- 2 -
mk
n
N.° 050 / r\ i
- 3 -
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
SECRETO
—'
MINISTRO DA SAÜDE M I N I S T R O DA I N D U S T R I A E DO'
r-COMÊRÇIÍ
27"
MINISTRO DO INTERIOR MINISTRO DAS COMUNIÇOES
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E
ASSISTÊNCIA S O C I A L
TÃRIOMJERAL DO CONSELHO
SEGURANÇA NACIONAL
S E C R ET
DO
Ao p r i m e i r o d i a do mês de a b r i l do ano de m i l n o v e -
centos e setenta e s e t e , às o i t o h o r a s , no Palácio do P l a n a l t o , na |
cidade de B r a s í l i a , D i s t r i t o Federal, realizou-se a quinquagesima
segunda sessão do CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL, sob a Presidência
do E x c e l e n t í s s i m o Senhor General-de-Exército ERNESTO G E I S E L , Presi_
dente da R e p u b l i c a , e contando com a p r e s e n ç a dos s e g u i n t e s mem-
bros: General-de-Exército ADALBERTO PEREIRA DOS SANTOS, V i c e - P r e s i -
dente da República; D o u t o r ARMANDO R I B E I R O F A L C Ã O , M i n i s t r o da J u s -
t i ç a ; A l m i r a n t e - d e - E s q u a d r a GERALDO AZEVEDO HENNING, Ministro da
Marinha; General-de-Exército SYLVIO COUTO COELHO DA F R O T A , Ministro
do E x é r c i t o ; E m b a i x a d o r ANTÔNIO F R A N C I S C O AZEREDO DA SILVEIRA, Mi-
nistro d a s Relações E x t e r i o r e s ; P r o f e s s o r MARIO H E N R I Q U E SIMONSEN,
Ministro da F a z e n d a ; General-de-Exército D Y R C E U A R A Ú J O N O G U E I R A , Mi.
nistro dos T r a n s p o r t e s ; Professor ALYSSON P A U L I N E L L I , M i n i s t r o da
Agricultura; Senador NEY AMINTHAS DE BARROS BRAGA, M i n i s t r o da Edu-
cação e C u l t u r a ; D e p u t a d o ARNALDO DA COSTA PRIETO, M i n i s t r o do Tra-
balho; Tenente-Brigadeiro JOELMIR CAMPOS DE A R A R I P E MACEDO, Minis-
tro da Aeronáutica; D o u t o r PAULO DE A L M E I D A MACHADO, M i n i s t r o da
Saúde; D o u t o r  N G E L O CALMON DE S à , M i n i s t r o d a Indústria e do Comêjr
cio; Doutor SHIGEAKI UEKI, Ministro das Minas e Energia; Professor
JOÃO PAULO DOS REIS VELLOSO, M i n i s t r o Chefe d a S e c r e t a r i a de Plane-
jamento; Doutor M A U R Í C I O RANGEL REIS, Ministro do Interior;Capitão-
de-Mar-e-Guerra EUCLIDES QUANDT DE O L I V E I R A , M i n i s t r o das Comunica
ções; D o u t o r L U I Z GONZAGA DO NASCIMENTO E SILVA, Ministro da Previ-
dência e Assistência Social; General-de-Divisão HUGO DE ANDRADE
- 2
- 4
da Justiça.
M I N I S T R O DA JUSTIÇA; Senhor P r e s i d e n t e , S e n h o r e s membros do Conse-
lho de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . 0 Senhor P r e s i d e n t e , praticamente, esgo
tou o assunto n a exposição que f ê z , no t o c a n t e ao p r o b l e m a da refor
ma d a J u s t i ç a , como e l a s e vem p r o c e s s a n d o a partir do momento em
que S. E x a . , v i s i t a n d o o Supremo T r i b u n a l Federal, em abril de 1 9 7 4 ,
pediu que a q u e l e õrgão fizesse o que s e chamou o d i a g n o s t i c o dos
problemas d a Justiça. Em seguida, conforme S. E x a . jã e x p l i c o u , o
então P r e s i d e n t e do S u p r e m o , M i n i s t r o E L O Y DA ROCHA, fêz um levanta
mento de t o d a p r o b l e m á t i c a , i n c l u s i v e se deslocou para os Estados,
ouviu os T r i b u n a i s da Justiça E s p e c i a l , d a J u s t i ç a Comum, t u d o r e —
sultando, conforme acentuou o Senhor Presidente, num trabalho que
estã contido em n o v e n t a e quatro pastas, que acompanham este Relato
rio do S u p r e m o T r i b u n a l Federal. Conforme estã d i t o n o seu encami-
n h a m e n t o , no O f í c i o de 17 de j u n h o de 1 9 7 5 , c o n t o u com a aprovação
unanime do S u p r e m o T r i b u n a l Federal. De acordo com e s s e trabalho e
segundo, rigorosamente, a orientação do S e n h o r P r e s i d e n t e da Repú-
blica, no M i n i s t é r i o da Justiça o r g a n i z o u - s e uma pequena Comissão,
constituída do M i n i s t r o RODRIGUES ALCKMIN, o que t i n h a sido relator
do d i a g n ó s t i c o do S u p r e m o e q u e p o r e x p r e s s a autorização do Presi-
dente do S u p r e m o p a s s o u a trabalhar diretamente conosco, e com o
Procurador-Geral da República, e m a i s pequena a s s e s s o r i a técnica do
Ministério d a J u s t i ç a , daí r e s u l t a n d o a Emenda C o n s t i t u c i o n a l que
foi afinal enviada ao C o n g r e s s o N a c i o n a l pelo Senhor Presidente da
Republica, no d i a o i t o de n o v e m b r o de m i l n o v e c e n t o s e setenta e
SECRETO
- 5 -
N.°
L
seis. Ainda antes do e n c a m i n h a m e n t o d a emenda e a p a r t i r do momeri
to que e l a c h e g o u no C o n g r e s s o N a c i o n a l a s lideranças do Governo,na
C â m a r a e no S e n a d o , i n i c i a r a m d e m a r c h e s com a s l i d e r a n ç a s e a presi^
d ê n c i a do P a r t i d o d a O p o s i ç ã o , com o b j e t i v o de s e f a z e r uma vota-
ção t r a n q ü i l a de uma m a t é r i a q u e , c o n f o r m e consta d a própria Exposi^
ção de M o t i v o s de S. E x a . , e n c a m i n h a d a ao C o n g r e s s o Nacional, éi n -
teiramente neutra e , como d i s s e o S e n h o r Presidente, uma matéria
técnica, que não e n v o l v e nenhum a s p e c t o p a r t i d á r i o o u mesmo p o l í t i -
co. Mas, desde o início, desde os p r i m e i r o s contatos, sentia-se
que a* O p o s i ç ã o iria transformar o problema da reforma do P o d e r Judi^
ciário em q u e s t ã o p o l í t i c a . Tanto que e l a d i z i a , desde o primeiro
momento, q u e não admitia discutir o projeto sem q u e o G o v e r n o aquies
cesse em dois pontos: o restabelecimento do q u e e l a c h a m a de garan
tias da m a g i s t r a t u r a e a restauração do " h a b e a s corpus" em termos
integrais para os chamados crimes políticos. Essa idéia d a Oposi-
ção f o i r e c h a ç a d a . Desde os p r i m e i r o s contatos e l a , aparentemente,
recuara. Apresentou-nos uma série de e m e n d a s , a l g u m a s d a s q u a i s fc>
ram aceitas, para depois, jã no final, quatro ou c i n c o dias atras,
através do S e n a d o r PAULO B R O S S A R D , d i z e r que a c e i t a r i a a reforma
tranqüilamente, desde que o G o v e r n o aprovasse ou a d m i t i s s e aprovar
uma emenda r e s t a b e l e c e n d o o "habeas corpus" integral, desde que i m -
petrado perante o Superior Tribunal Militar para os c r i m e s que t i —
vessem que s e r j u l g a d o s pela Justiça M i l i t a r . Isto, também, f o i re
chaçado. Afinal, entrou-se no p r o c e s s o de v o t a ç ã o e o resultado
foi o que s e v i u . Uma pequena m i n o r i a , na m i n o r i a , a frouxidão e a
covardia e a confusão n a d i r e ç ã o do P a r t i d o d a O p o s i ç ã o , e até a
idéia de q u e p o r m o t i v o s e x t e r n o s , nós não d e v e r í a m o s agir interna-
mente com a liberdade e a independência que f a z e m p a r t e de n o s s a s£
berania. A Oposição terminou por d e r r o t a r o p r o j e t o , porque n o s te_
mos maioria, tanto que o p r o j e t o f o i aprovado por duzentos e quareii
ta e um v o t o s contra cento e cinqüenta e s e i s , mas não obtivemos os
dois terços, quorum e s p e c i a l , introduzido n a Constituição em vigor.
Criou-se um impasse e verificou-se a impossibilidade da r e f o r m a da
J u s t i ç a q u e , como d i s s e o S e n h o r Presidente GEISEL, tem n e s s a emen-
da c o n s t i t u c i o n a l apenas o seu passo inicial. Está a c e n t u a d o na
Exposição de M o t i v o s do P r e s i d e n t e ao C o n g r e s s o q u e , após a aprova-
ção d a e m e n d a , o u t r a s medidas s e i m p u n h a m através de l e i s complemen
tares e de l e i s comuns p a r a completar o elenco de p r o v i d ê n c i a s des^
tinadas a modernizar a Justiça tornando-a, em p o u c a s palavras, uma
justiça fácil e barata. Simultaneamente a o s esforços que s e v i n h a m
fazendo para obter maioria de d o i s terços em torno d a votação da
reforma do P o d e r Judiciário, o S e n a d o r PETRÕNIO PORTELA, na quali-
d a d e de P r e s i d e n t e do C o n g r e s s o N a c i o n a l e com o c o n h e c i m e n t o do
1
iSECREí j
- 6 -
8 -
S E C R £ I O
SECRETO
- 9 -
- 10 -
S E C R E T O
SECRETO
sãrias.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA: S e n h o r M i n i s t r o d a Saúde ...
M I N I S T R O DA SAÚDE: Senhor P r e s i d e n t e , senhores membros do Conselho.
A seriedade e a cautela, com q u e o G o v e r n o elaborou o projeto, rigo
rosamente c e r t o e jurídico, não m e r e c e u razões de v i s t a s da Oposi^
çao. De fato, a Oposição não q u e s t i o n o u aspectos técnicos e jurí-
d i c o s , mas assumiu uma atitude de d e s a f i o f r o n t a l ao G o v e r n o da Re-
volução. A Oposição não c o n t e s t a o mérito, c o n t e s t a o r e g i m e . Se-
melhante contestação c o i n c i d e , no t e m p o , com o u t r a s manifestações
ocorridas em Sao P a u l o . A coincidência sugere a existência de uma
coordenação s u p e r i o r das d i f e r e n t e s manifestações de d e s a f i o ao Go_
verno da Revolução. 0 interesse público exige a reforma da Justiça.
0 povo também p r e c i s a d a g a r a n t i a d a p e r m a n ê n c i a do r e g i m e . Esse re
gime que p e r m i t e condições de t r a b a l h o e de a t i v i d a d e s p e r m a n e n t e s .
Então p a r a assegurar ã população a necessária t r a n q ü i l i d a d e , não p£
de o Governo prescindir de c o l o c a r o C o n g r e s s o em r e c e s s o .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A : S e n h o r M i n i s t r o d a Indústria e do C o m é r -
cio .. .
M I N I S T R O DA I N D Ú S T R I A E DO COMÉRCIO: Senhor Presidente, senhores
membros do C o n s e l h o . E u a c h o q u e já está b a s t a n t e claro, como dis-
s e r a m o M i n i s t r o FALCÃO e d e m a i s m i n i s t r o s que a a t i t u d e da Oposi-
ção f o i r e a l m e n t e de c o n t e s t a r o r e g i m e . Eles não foram contra os
detalhes técnicos e jurídicos do p r o c e s s o . Eles insistiram em pon-
tos considerados básicos p e l o regime revolucionário, c o n t r a a sua
Departamento de Imprensa Nacional —
| 'c G R f r rs
SECRETO
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S E C ~ t To
SECRETO
{ C' "
S E C R E 1 O
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S E C R E T O
SECRETO
NA 0 5
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da decretação do r e c e s s o do C o n g r e s s o .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A ; Senhor M i n i s t r o d a Previdência e Assistên
cia S o c i a l ...
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E ASSISTÊNCIA SOCIAL; Senhor P r e s i d e n t e , se
n h o r e s membros do C o n s e l h o . Eu estou, inteiramente, de a c o r d o com
a colocação feita pelo Ministro QUANDT DE O L I V E I R A . Nos estamos
diante de um momento j u r í d i c o e político. Nos e s t a m o s d i a n t e de uma
decisão que tem n a t u r e z a , nitidamente, revolucionária. 0 embasamen
to c o n s t i t u c i o n a l do a r t i g o 1 8 2 d a C o n s t i t u i ç ã o , p e r m i t e de f a t o o
uso do A t o I n s t i t u c i o n a l n° 5, m a s , i n d i s c u t i v e l m e n t e , a retomada
do p r o c e s s o legislativo p o r V. E x a . , t e m o caráter de um a t o r e v o l i i
c i o n ã r i o , de uma u t i l i z a ç ã o de um i n s t r u m e n t o revolucionário. Jul-
go, t a m b é m , como d i s s e o Ministro QUANDT DE O L I V E I R A que, t a l v e z , a
rejeição do p r o j e t o , q u e r e e s t r u t u r a o P o d e r J u d i c i á r i o , não f o s s e ,
em s i mesma, s u f i c i e n t e para justificar essa r e t o m a d a , já que a
orientação governamental tem s i d o no s e n t i d o d a distensão progressjL
va e c r e i o que s e j a desejo de t o d o s nós que e s s a distensão prossiga.
Mas estamos de f a t o , d i a n t e de uma a t i t u d e c o n t e s t a t õ r i a , no senti-
do de c o n t e s t a ç ã o a Revolução. Creio que e s s a atitude manifestada
pelo MDB ao r e j e i t a r a emenda c o n s t i t u c i o n a l , que p r o p u n h a a refor-
ma do j u d i c i á r i o , n ã o s e a t e v e a o s méritos ou deméritos da reforma.
Ainda que justificáveis certos aspectos d e c r í t i c a ao p r o j e t o , pois
devemos considerar que o l e g i s l a t i v o tem o d i r e i t o de c r í t i c a , o que
Departamento de Imprensa Nacional — n „ „ ,
M
S E C R E i O
-le-
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importantes do e l e i t o r a d o . De m a n e i r a q u e , p o r um m o t i v o doutriná-
rio e por motivo prático, podíamos andar ligeiro e em s e g u r a n ç a . E u
creio que devíamos aproveitar a oportunidade e fazer tudo o que f o r
necessário para assegurar uma p e r s p e c t i v a mais ampla ã r e v o l u ç ã o po_
litica do P a i s . E r aisso que eu t i n h a a dizer.
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A : Senhor M i n i s t r o - C h e f e do S e r v i ç o N a c i o n a l
de Informações ...
M I N I S T R O - C H E F E DO S E R V I Ç O NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S : S e n h o r Presiden-
te, s e n h o r e s membros do C o n s e l h o . Eu c r e i o , Senhor P r e s i d e n t e , que
nada mais resta dizer depois das palavras dos s e n h o r e s membros do
Conselho q u e me a n t e c e d e r a m . Creio que r e a l m e n t e não r e s t a a V.Exa.
outra alternativa senão decidir pela terceira solução. Não o fazen
do, será p a r a mim a c e i t a r p a s s i v a m e n t e o f i m da Revolução. Vale d^
zer, permitir que o p r o c e s s o político b r a s i l e i r o , por curto prazo,
sem que possamos obstaculizar, sem q u e t e n h a m o s m e i o s de d e f e s a , t o
me r u m o s q u e a n o s s a consciência democrática repele. As possíveis
conseqüências, a que a l u d i u o Sr Ministro S I L V E I R A , das medidas na
área e x t e r n a , creio que v a l e m bem o s a c r i f í c i o de d a r s e q ü ê n c i a na
perseguição daqueles objetivos a q u e n o s p r o p u z e m o s , em 3 1 d e m a r ç o
de 1964. Para não d i z e r mais nada, Senhor Presidente, pois já f o i
dito por todos o s membros do C o n s e l h o q u e me a n t e c e d e r a m , ê a única
alternativa que r e s t a a V. E x a . p a r a q u e p o s s a m o s prosseguir em p a z
e em o r d e m . Ê sõ.
PRESIDENTE DA R E P U B L I C A : Senhor M i n i s t r o - C h e f e do E s t a d o - M a i o r d a s
Forças A r m a d a s ...
MINISTRO-CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS F O R Ç A S ARMADAS: S e n h o r Presiden-
te, s e n h o r e s membros do C o n s e l h o . Vários governos d a Revolução vêm
sofrendo, de q u a n d o em v e z , d e s a f i o s contestatõrios como e s s e agora
do MDB. Em t o d a s as oportunidades esses governos tiveram uma res-
posta firme, serena, enérgica e a d e q u a d a . Nesse momento, eu julgo
que ao Governo caberia adotar a linha de ação três, i s t o é, decre-
tar o recesso do C o n g r e s s o , pelo prazo julgado necessário para pro-
duzir todas a s r e f o r m a s q u e p o s s a m , como bem d i s s e o Ministro GOLBE_
RY, institucionalizar a nossa revolução. E l a não p a r o u , e l a tem
que prosseguir. Assim s o u favorável a linha de ação três.
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A : Senhor Chefe do E s t a d o - M a i o r d a A r m a d a ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA: Senhor Presidente, senhores mem-
bros do C o n s e l h o . A O p o s i ç ã o , no meu modo de v e r , f e s t i v a m e n t e , c o n
tribuiu p a r a a situação atual. 0 assunto f o ib a s t a n t e debatido e
todas posições, a q u i c o l o c a d a s , m u i t o boas. Como m i l i t a r , preocupo
me um p o u c o m a i s com a p a r t e de s e g u r a n ç a e gostaria de l e m b r a r o
aspecto d a América do S u l , o n d e com o e n d u r e c i m e n t o do r e g i m e d a Ar_
gentina, do C h i l e e do U r u g u a i , t o d o s aqueles nossos banidos subver
Ç-C /* D E f
subversivos foram para a Europa. E tenho informações do q u e estão
fazendo; estão p r o c u r a n d o sentir o terreno para, pouco a pouco, r e -
gressarem ao P a i s . E u acho que e s s a posição do MDB f o i uma contes-
tação a Revolução. F o i um balão de e n s a i o , uma sondagem p a r a ver
como o G o v e r n o reagiria. E como r e v o l u c i o n á r i o , e u a c h o que deve_
mos correr qualquer risco para m o s t r a r que a Revolução está viva.
Estou inteiramente de a c o r d o com a t e r c e i r a alternativa.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Senhor Chefe do E s t a d o - M a i o r do Exercito..
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO: S e n h o r Presidente, s e n h o r e s mem-
bros do C o n s e l h o . Pelas exposições feitas e pelos pontos de vista
expostos não tenho a m e n o r d u v i d a em julgar que a t e r c e i r a alterna-
tiva deve s e r a d o t a d a , p o r um tempo j u l g a d o suficiente, p o r V. E x a . ,
para outras medidas, possíveis e oportunas. Tudo ligado ã consecu-
ção d o s g r a n d e s objetivos d a R e v o l u ç ã o , como bem f o isalientado pe-
los Ministros GOLBERY, F I G U E I R E D O , POTYGUARA e o u t r o s . Era o que
tinha a dizer.
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA: Senhor Chefe do E s t a d o - M a i o r d a A e r o n á u t i -
ca ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA A E R O N Á U T I C A : Senhor Presidente, senhores
membros do C o n s e l h o . S o u favorável ã terceira linha de a ç ã o , expos_
ta p o r V. E x a . e , p e r f e i t a m e n t e , de a c o r d o com o p e n s a m e n t o do Mi-
nistro GOLBERY.
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA: A g o r a eu p e d i r i a ao S e n h o r Vice-Presidente
da R e p u b l i c a , por f a v o r , que n o s d e s s e também a s u a opinião, o seu
ponto de v i s t a , em relação ao problema.
VICE-PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A : Senhor Presidente, senhores membros
do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l . 0 Senhor Presidente da Repúbli-
ca, por motivo de s e u s u b c o n s c i e n t e m i l i t a r , deixou para dar a opi-
nião em último lugar o Vice-Presidente. Ê* q u e n a s F o r ç a s Armadas,
quando s e f a z uma v o t a ç ã o , c o m e ç a - s e p e l o m e n o s graduado para que
ele não seja influenciado pelo Chefe ou p e l o s m a i s graduados. Eu f a
lo n a q u a l i d a d e de V i c e - P r e s i d e n t e , mas falo, também, n a qualidade
de r e v o l u c i o n á r i o , que também tem família. Um ligeiro histórico,
muito breve. Eu, pelas funções que t e n h o exercido, tomei parte em
quase todos o s a s p e c t o s p o r que p a s s o u a Revolução. Em 3 1 de m a r ç o
de 1 9 6 4 , eu e r a Comandante da 6 a . Divisão de I n f a n t a r i a , com sede
em P o r t o A l e g r e . Como d i s s e uma o c a s i ã o ao S e n h o r Chefe d a C a s a Mi_
litar d a P r e s i d ê n c i a , lã e u t i v e o p o r t u n i d a d e de a g i r revolucionã-
riamente. T e n h o até um d o c u m e n t o , que ê c o n s i d e r a d o o p r i n c i p a l d£
cumento da Revolução. Abre o l i v r o que, na n o i t e de 3 1 de m a r ç o , o
General CASTELO mandou um o f i c i a l , ao meu Quartel-General,entregar.
Nesse documento o G e n e r a l CASTELO d a v a a finalidade da Revolução.
D e p o i s , no d e c o r r e r d a r e v o l u ç ã o , e u também tive que t o m a r parte em
Departamento de Imprensa Nacional — _ „
SE CR E I O
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N.< 06:
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íH
institucional seria um a t o r e v o l u c i o n á r i o , sem d ú v i d a , mas n a o t e -
ria o reconhecimento legal. Vejam q u e em t o d a s a s c o n s t i t u i ç õ e s , e_
ditadas depois d a R e v o l u ç ã o , t e m um artigo que r e v a l i d a o s a t o s ins^
titucionais e todas as medidas decorrentes. O r a , s e eu tenho um
processo legal para resolver a questão, porque vou a p e l a r para um
processo ilegal. Alegava-se q u e um n o v o ato institucional evitaria
esse traumatismo do r e c e s s o do C o n g r e s s o . Eu acho que e s s e trauma-
tismo perderá a s u a significação s e a questão f o r devidamente esclja
recida. Ninguém está p u n i n d o o Congresso. A medida de colocá-lo
em r e c e s s o não s i g n i f i c a uma p u n i ç ã o , mesmo porque a m a i o r i a do Coti
gresso participou ativamente do e s t u d o dessa matéria. E l a consti-
tui uma m e d i d a , um r e c e s s o , p a r a que o P o d e r Executivo possa adqui
rir o direito de l e g i s l a r . f por i s s o q u e , e m b o r a não s e d i g a a du
ração do r e c e s s o do C o n g r e s s o , d e v e m o s r e d u z i - l o ao m e n o r tempo pojj
s í v e l , não só p a r a que o C o n g r e s s o não s e s i n t a punido, como também
para evitar maiores repercussões, i n c l u s i v e em o u t r a s áreas e nas
áreas externas. Quero i n f o r m a r , também, a g o r a que o a s s u n t o já f o i
por demais debatido, que e u r e u n i , no p r ó p r i o d i a que a emenda f o i
rejeitada, no meu G a b i n e t e , o P r e s i d e n t e do S e n a d o F e d e r a l , o Presi_
dente da Câmara d o s D e p u t a d o s , dois líderes d a ARENA e da Câmara, o
Presidente do P a r t i d o , o S e n h o r M i n i s t r o d a Justiça e os senhores
Chefes da C a s a Civil e Militar para análise do C o n g r e s s o . Análise
do q u e t i n h a havido no C o n g r e s s o e como se t i n h a processado a atua-
ção do P a r t i d o d a O p o s i ç ã o . Nessa ocasião, eu a v e n t e i a possibili-
dade de a d o t a r e s s a solução que n ó s , h o j e , e s t a m o s c h a m a n d o de a l -
ternativa número três e a n a l i s a m o s também as o u t r a s alternativas.
Eu me julguei no d e v e r de f a z e r esse t r a b a l h o preparatório para não
surpreender os companheiros q u e a t u a m no C o n g r e s s o e que a p o i a m o
Governo e apoiam a Revolução. E r a meu d e v e r informá-los, auscultã-
los e sentir como p o n d e r a v a m o p r o b l e m a e devo declarar que todos
eles, também foram de p a r e c e r q u e a solução deveria s e r essa - col£
car o Congresso em r e c e s s o . Então a minha decisão v a i s e r a d e , ho_
je mesmo, b a i x a r um A t o C o m p l e m e n t a r colocando o Congresso em rece£
so, a partir desta data. Esse a t o será r e f e r e n d a d o por todos o s mi^
nistros. Quanto âs d e m a i s m e d i d a s , a aprovação d a e m e n d a do judi-
ciário e outras q u e s e t e m de a d o t a r , vamos estudá-las, vamos deba-
ter e então d e c i d i r o que t e r e m o s de f a z e r . Mas e u e s t o u pronto, a
qualquer momento, para receber sugestões de q u a l q u e r membro do C o n -
selho de S e g u r a n ç a que t e n h a idéia a s e r i n t r o d u z i d a e q u e i r a tra-
zer a s u a colaboração. Alguém m a i s deseja fazer uso da p a l a v r a ?
Quem q u i z e r d e b a t e r algum assunto tem p l e n a liberdade para fazê-lo.
|S E C R t v
O
L i
í
SECRETO
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S E G R £ f O
S E C R r
I
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ís i
S E C R E T O
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MINISTRO DO EXÉRCITO
•JUU
—± C ^ ' ^
MINISTRO DA SAÜDE ISTRO DA I N D Ú S T R I A E DO /
COMÉRCIO
MINISTRO MINAS E E N E R G Í A S T R O - C H E F E DA S E C R E T A R I A
DE PLANEJAMENTO
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E M I N I S T R # - C H E F E DO
ASSISTÊNCIA SOCIAL GABltíETE CIVIL
tr i
M I N I ST R O - C H E F E DO SEjRVIÇO MINISTRO-CHEFE DO
NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S ESTADO-MAI^R DAS F(|F\ÇAS ARMADAS
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO
ARMADA EXÉRCITO
V
DO ESTADO/MAIO ECRETÃ*RId)-GÈRAL DO CONSELH
AERONÁUTICA DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
C R
ATA DA QUADRAGÉSIMA NONA CONSULTA
AO
- 2 -
ÍL 4~
/MINISTRO"DA AGRICULTURA M I N I S T R O DA E D U C A Ç Ã O
E CUL^RA
MINISTRO DO TRABALHO /
• CL,
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E :NISTRO-CHEJ
ASSISTÊNCIA SOCIAL GABINETÍ-^CIVIL
M I N I S T R O - C H E F E DO SERV/ÍÇO M T N I: S T R O - C H E F E DO
NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S E S T A D O - M A I O R DAS F O R Ç A S ARMADAS
w l 1/
C H E F ? / D O E S T A D J ^ - M A I O R DX ) SECRETÃRTO-^ER-ÂL DO C O N S E L H O
AERONÁUTICA DE SEGURANÇA NACIONAL
ATA DA Q U I N Q U A G É S I M A CONSULTA
AO
CONSELHO DE S E G U R A N Ç A NACIONAL
5 P r P & t ri I
SECRETO
- 2 -
nistro da Justiça."
A Secretaria-Geral do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , após minucio-
so estudo do a s s u n t o , c o n c o r d o u plenamente com a s m e d i d a s propostas
pelo Ministro de E s t a d o d a J u s t i ç a , e l a b o r a n d o a Exposição de M o t i -
vos n9 026/77, de 3 0 d e j u n h o de 1 9 7 7 , d e v i d a m e n t e aprovada pelo
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, que d e t e r m i n o u ouvir
os membros do C o n s e l h o de S e g u r a n ç a N a c i o n a l , de a c o r d o com o arti-
go 59 do A t o C o m p l e m e n t a r n 9 3 9 , de 2 0 d e d e z e m b r o de 1 9 6 8 , e cuja
transcrição completa é a seguinte: "EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDEN-
T E DA R E P U B L I C A . Tenho a honra de d i r i g i r - m e a V o s s a E x c e l ê n c i a ,re_
S E C R E T O
SECRETO
PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
— '
INISTRO DA JjrSTIÇA MINISTRO DA MARIN
E T O
S E C R E T O
- 4 -
MINISTRO DO EXÉRCITO
lílN I S J R O DÁ A G R I C U L T U R A M I N I S T R O DA Eme*
0UCAÇAO
E CULTURA
Jl^c—,
M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
M I N I S T R O - C H E F E DO SERVIÇO
NACIONAL DE I N F O R M A Ç Õ E S ESTADO-MAIOR DAS F O R Ç A S ARMDAS
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO
ARMADA EXÉRCITO
C D
Departamento de Imprensa Nacional —
- 6 -
ATA DA Q U I N Q U A G É S I M A TERCEIRA SESSÃO
DO
- 2 -
ao Sr Vice-Presidente da República.
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Sr Presidente. E u já t i n h a conheci
m e n t o de p a r t e destas modificações, que V o s s a Excelência mesmo me
havia comunicado. Já m e d i t e i sobre elas e estou de a c o r d o . Apenas,
a respeito do A r t i g o 158, s o l i c i t a r i a um esclarecimento. A l i diz
que o Presidente da República, o u v i d o o Conselho Constitucional,
quer dizer, não o u v e o Congresso N a c i o n a l , mas ouve este Conselho
que ê criado também ...
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - 0 Conselho Constitucional é um Conselho
restrito. É constituído do P r e s i d e n t e do S e n a d o e d a C â m a r a e é tam
bém o único responsável pela decisão de a p l i c a r o E s t a d o de Emergên
cia. Para não tornar este Conselho muito grande c o l o c o u - s e um Mi-
nistro R e p r e s e n t a n t e d a s F o r ç a s A r m a d a s , mas a L e i admite que pode_
rã t e r um m a i o r n ú m e r o de m e m b r o s . Esta d i s p o s i ç ã o , no f u n d o , tem
um d u p l o objetivo: não apresentar o Presidente da República como um
homem de a r b í t r i o e a participação dos P r e s i d e n t e s do S e n a d o e da
C â m a r a , o q u e trás um m a i o r suporte legal porque, de c e r t a forma, o
Poder Legislativo estará p a r t i c i p a n d o , n a o com todo seu Corpo, mas
através das duas Presidências que, normalmente, são c o n s t i t u i d a s por
homens de c o n f i a n ç a do P o d e r Executivo, como sempre tem s i d o . Ha um
ponto ainda do q u a l me esqueci de e s c l a r e c e r e de que, t a m b é m , desejo
dar conhecimento aos S r s . Na e l a b o r a ç ã o e n a análise d e s s a Emenda
Constitucional participou nosso candidato a Presidente da República
e futuro Presidente JOÃO BAPTISTA DE O L I V E I R A FIGUEIREDO que, não só
tomou p a r t e n a redação,como também está de p l e n o acordo com o pro
cesso p a r a vê-la em execução. Os S r s compreendem que n a o p o d e r i a me
lançar n e s t e problema em f i m de meu governo, sem p r e v i a m e n t e ouvir
aquele q u e também v a i t e r e , p o r m u i t o tempo, a r e s p o n s a b i l i d a d e da
condução dos p r o b l e m a s nacionais. E r a um d e v e r de é t i c a e além àis_
so e r a uma ação o b j e t i v a porque, do c o n t r á r i o , p o d e r i a parecer uma
- 5 -
* " ""
{" c> C
í E 1 O
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA
SEN ...
M I N I S T R O DA FAZENDA - E s t o u de p l e n o acordo com a s alterações pro-
postas. Gostaria apenas de f a z e r a Vossa Excelência uma pergunta
p a r a me esclarecer. Qual é o âmbito p e r m i t i d o n a s M e d i d a s de Emer-
gência? Assim, a primeira leitura,parece que q u a l q u e r medida que
não fira a Constituição p o d e s e r M e d i d a de E m e r g ê n c i a .
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - As Medidas de E m e r g ê n c i a podem inclusive
adotar uma série d a s que estão no E s t a d o de S i t i o .
M I N I S T R O C H E F E DA S E C R E T A R I A DE PLANEJAMENTO - Devem s e r medidas do
Estado de S i t i o . Todas ou a l g u m a s delas ...
M I N I S T R O DA FAZENDA - São as enumeradas no E s t a d o de S i t i o , Artigo
155?
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - A u t o r i z a d o s os l i m i t e s fixados no parãgra
go 29 do A r t i g o 1 5 6 , como está d i t o no cabeçalho d a página seis. --
MINISTRO DA FAZENDA - A p e n a s p a r a meu e s c l a r e c i m e n t o : então no Estji
do de E m e r g ê n c i a , a s m e d i d a s de e m e r g ê n c i a podem s e r a d o t a d a s inde-
pendentemente da decretação do E s t a d o de S i t i o .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Ah! Simi São coisas diferentes. Porque
o que v a i c a r a c t e r i z a r as Medidas de E m e r g ê n c i a , é a n e c e s s i d a d e de
a p l i c a ç ã o mas em locais determinados e restritos. Quer d i z e r , eu
posso a m a n h a t e r um p r o b l e m a d e n t r o da c i d a d e de São P a u l o , n a área
metropolitana de São P a u l o . Então, d e c r e t o Medidas de Emergência
para aquela área. A característica das medidas ê que e l a s sempre
sao p r o n t a s , r á p i d a s , mas aplicadas em áreas limitadas, restrítas.-
M I N I S T R O DA FAZENDA - 0 C o n g r e s s o , evidentemente, não p o d e espe-
rar .. .
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Não, apenas em 48 h o r a s tenho que comuni-
car ao C o n g r e s s o e dizer quais são a s m e d i d a s .
M I N I S T R O DA FAZENDA - E n t ã o , me parece q u e , do p o n t o de v i s t a prãtjL_
co, talvez isto seja uma p r o n t a resposta. Na r e a l i d a d e as Medidas
de Emergência estão s u f i c i e n t e m e n t e n a mão do P o d e r E x e c u t i v o para
evitar abusos, subversão. S e i q u e , n a prática, t a l v e z jamais venha
ocorrer nem o Estado de E m e r g ê n c i a nem o Estado de S i t i o , a não s e r ,
evidentemente, num caso extremo. Não s e i s e e s t o u entendendo bem.-
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Está c e r t o . Eu, durante muito tempo,acha
va que e r a r e d u n d a n t e t e r Medidas de E m e r g ê n c i a e E s t a d o de Emergên
cia, mas depois e u me rendi, aceitei isto. Acho que f o i bom, por-
que as medidas são em áreas restritas. 0 Estado de E m e r g ê n c i a é
coisa mais grave; é de m a i o r duração; é m a i s drástico. Mas a s Medi^
das de E m e r g ê n c i a s a o úteis p o r q u e e l a s , bem aplicadas e com oportu-
nidade, vão i m p e d i r que s e r e c o r r a ao E s t a d o de S i t i o . Quer dizer,
o Estado de S i t i o , o Estado de E m e r g ê n c i a f i c a m mais como espanta-
- 8 -
espantalho.
M I N I S T R O DA FAZENDA - E x a t a m e n t e . Parece o entendimento que e u que
ria. Muito obrigado*.
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A - Sr Ministro dos T r a n s p o r t e s , DIRCEU NO-
GUEIRA ...
M I N I S T R O DOS TRANSPORTES - S r P r e s i d e n t e , acho que o G o v e r n o e o
Brasil estão de p a r a b é n s , p o r q u e a s Constituições b r a s i l e i r a s , nor-
m a l m e n t e , são f e i t a s de um b l o c o sõ e a g o r a o S r estã p r o c u r a n d o exa
tamente aperfeiçoar a que tem. Tenho uma dúvida. Neste Conselho
chamado C o n s t i t u c i o n a l não h ã r e p r e s e n t a ç ã o do P o d e r Judiciário;não
sei se s e r i a o caso, apenas uma lembrança ...
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - A razão de não incluir o Poder Judiciário
e a s e g u i n t e : as medidas que d e p o i s forem adotadas, em determinadas
circunstancias, poderão t e r recursos aquele Poder; então não s e q u i z
envolvê-lo p a r a que e l e t e n h a p o s s i b i l i d a d e de j u l g a r . Pensou-se co
locar o P r e s i d e n t e do S u p r e m o T r i b u n a l Federal, mas ele ficaria en-
gajado a priori. Se amanha t i v e s s e que j u l g a r uma questão envolven
do órgão do P o d e r E x e c u t i v o de r e l e v â n c i a , p o d e r i a f i c a r inibido.
Esta ê a razão b á s i c a p o r q u e o Poder Judiciário não f o icogitado pa
ra t o m a r p a r t e no C o n s e l h o Constitucional; não f o io menosprezo,foi
consideração para r e s g u a r d á - l o n a s u a função j u d i c a n t e .
M I N I S T R O DOS TRANSPORTES - Ê", p o d e r á resguardá-lo futuramente em
qualquer questão. 0 outro problema, Sr Presidente, é constituido
por uma pergunta muito delicada: esta Emenda, passando pelo Congres_
so seria sancionada por Vossa Excelência. Quando entraria em execu
ção?
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - A Emenda não v a i s e r s a n c i o n a d a . A Emen-
da, se f o r aprovada pelo Congresso, independe de s a n ç ã o , d a i o cui-
dado que nós temos que t e r p a r a q u e e l a n ã o seja d e f o r m a d a no Con-
gresso. Agora, hã o s e g u i n t e : a q u i estã p r e v i s t o , n u m último artigo,
que e l aentraria em v i g o r no d i a 15 de m a r ç o do a n o q u e v e m . Tam—
bem tenho escrúpulo neste sentido. Ê minha intenção m o d i f i c a r o
Projeto de E m e n d a p a r a fazê-la v i g o r a r a partir de 19 de janeiro,
de modo q u e , a i n d a d u r a n t e d o i s meses e meio do n o s s o Governo, essa
Emenda p o s s a ser testada.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Sr Ministro da A g r i c u l t u r a , Ministro PAU-
LINELLI ...
MINISTRO DA A G R I C U L T U R A - P r e s i d e n t e ! Estamos plenamente de acordo
com a evolução q u e nós j u l g a m o s estar sendo p r o p o s t a para a Consti-
tuição. Agora, se f o s s e possível, P r e s i d e n t e , eu g o s t a r i a de fazer
uma pergunta. 0 problema de e l e i ç õ e s não e s t ã , n a t u r a l m e n t e , defi-
nido nessa reformulação mas h o j e constitui um p o n t o b a s t a n t e sensí
vel, principalmente perante a opinião pública. Gostaria, Presiden-
S E C
SE CR O
clarece a s u a indagação.
M I N I S T R O DA A G R I C U L T U R A - E s t o u de a c o r d o .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - S r M i n i s t r o d a Educação e Cultura, MinÍ£
tro EURO B R A N D Ã O ...
M I N I S T R O DA E D U C A Ç Ã O E CULTURA - Manifesto a minha concordância, S r
Presidente.
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - S r M i n i s t r o do T r a b a l h o , D r FURTADO ...
M I N I S T R O DO TRABALHO - 0 M i n i s t r o ARNALDO P R I E T O se encontra em Ge-
nebra, n a Reunião da Organização Internacional do T r a b a l h o (OIT).
Coloquei S u a Excelência a p a r das modificações e e l e me autorizou a
dar sua plena concordância.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - S r M i n i s t r o d a A e r o n á u t i c a , M i n i s t r o ARA-
RIPE ...
M I N I S T R O DA A E R O N Á U T I C A - P r e s i d e n t e , e u sõ t e n h o uma o b s e r v a ç ã o ou
talvez um p e d i d o de e s c l a r e c i m e n t o . F o i c r i a d o uma figura nova que
é o Ministro Representante d a s Forças A r m a d a s . E u nao s e i s e nesse
caso seria melhor definir logo como o M i n i s t r o C h e f e do EMFA,ou i n -
Departamento de Imprensa Nacional —
incluir os M i n i s t r o s Militares, o que me parecfe poder ser demais.—
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - A razão porque nao se d e f i n i u q u a l era of
Ministro ê que a C o n s t i t u i ç ã o não os r e l a c i o n a . Isto é, não discai
mina a s f u n ç õ e s , de M i n i s t r o d a J u s t i ç a , do M i n i s t r o do Exército
etc. SÓ f a l a em M i n i s t r o s . Então, t a l f a t o impediu que s e definis_
se qual seria o Ministro. Assim, quando s e r e f e r e ao M i n i s t r o i n -
cumbido dos A s s u n t o s d a J u s t i ç a , não cita explicitamente o Ministro
da Justiça que , amanhã,pode t e r uma outra denominação.
M I N I S T R O DO EXÉRCITO - Isto só a p a r e c e no D e c r e t o - l e i 200'.
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A - E x a t a m e n t e ! Sao as l e i s .
M I N I S T R O DA A E R O N Á U T I C A - Obrigado, Sr Presidente.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - E s t a é a razão. Completando, g o s t a r i a de
acrescentar q u e não colocamos todos os M i n i s t r o s Militares porque
iríamos transformar este Conselho num F ó r u m com uma conotação exces_
sivamente m i l i t a r , quando este problema de s u b v e r s ã o e segurança in_
teressa a todos.
M I N I S T R O DA A E R O N Á U T I C A - Dentro da minha idéia, o r e p r e s e n t a n t e se
rã o C h e f e do EMFA.
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - S i m , mas a m a n h ã , um n o v o Presidente d a Re_
pública pode p r e f e r i r um outro Ministro Militar. 0 Presidente da
R e p ú b l i c a p o d e r á , t a m b é m , como e s t á p r e v i s t o num parágrafo deste ar
tigo, aumentar o número de M i n i s t r o s . Mas v e j a bem, a razão bási-
c a p o r q u e não se d e f i n i u o M i n i s t r o é porque a Constituição não e x -
plicita a denominação dos M i n i s t r o s .
M I N I S T R O DA A E R O N Á U T I C A - Muito obrigado'.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Sr Ministro d a S a ú d e , D r PAULO ...
M I N I S T R O DA SAÚDE - S r P r e s i d e n t e , a s únicas dúvidas que e u tinha
já f o r a m levantadas pelo Sr Ministro do E x é r c i t o e pelo Sr. Já e s -
tão p e r f e i t a m e n t e e s c l a r e c i d a s e estou plenamente de a c o r d o .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Sr Ministro d a I n d ú s t r i a e do Comércio,
ÂNGELO CALMON DE SÁ ...
MINISTRO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO - Sr Presidente, eu e s t o u de
acordo. SÓ t i n h a uma p e q u e n a dúvida. Ê" que a redação é idêntica a
que temos h o j e n a C o n s t i t u i ç ã o , no c a s o do E s t a d o de Sítio e que diz
que será s u b m e t i d a ao C o n g r e s s o . •
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Quando é submetido, depende da aprovação
do C o n g r e s s o .
M I N I S T R O DA I N D Ú S T R I A E DO COMÉRCIO - S i m , há p o s s i b i l i d a d e do Con-
gresso nao a p r o v a r o Estado de S í t i o . Se e s t a h i p ó t e s e ocorrer ele
seria concretizado o u a idéia é a p e n a s de e n c a m i n h a r ao Congresso.-
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Não. 0 Estado de SÍtio depende do voto
do C o n g r e s s o . 0 Congresso pode n a o v o t a r .
MINISTRO DA I N D Ú S T R I A E DO COMÉRCIO - Sim. É como e s t á hoje na
c
SECRETO
N.° 0 7 5
Constituição.
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Justamente porque o Congresso p o d e aor^nhã
não v o t a r é q u e f o i i n c l u i d o o Estado de E m e r g ê n c i a , q u e e n c e r r a o
assunto. E , mesmo p o r q u e , o E s t a d o de S i t i o é para fazer face a
uma coisa muito grave. 0 Governo JOÃO G O U L A R T , numa c e r t a época,
chegou a redigir uma E x p o s i ç ã o assinada pelos M i n i s t r o s pedindo o
Estado de S i t i o . Mandou p a r a o Congresso e retirou porque nao i a
passar. Por outro l a d o , o G o v e r n o ARTHUR BERNARDES que h o j e em d i a
é considerado um dos G o v e r n o s m a i s liberais, governou A anos debai-
xo do E s t a d o de S i t i o . Ha p o u c o tempo, o C o n g r e s s o c o m e m o r o u o Ceri
tenario de ARTHUR B E R N A R D E S , que f o i o m a i o r homem do mundo. Gover
nou 4 anos debaixo do E s t a d o de S i t i o , desde o p r i m e i r o ao último
dia.
M I N I S T R O DA I N D Ú S T R I A E DO COMÉRCIO - S r P r e s i d e n t e , eu p e n s e i que
a idéia t i n h a s i d o de m u d a r e s t e s e n t i d o . 0 da Constituição atual
é mantido. 0 Sr falou no começo que h a v e r i a m três m e d i d a s : o Esta-
do de S i t i o , como p r e v i s t o n a Constituição, as Medidas de Emergêii
cia e o Estado de E m e r g ê n c i a . Mas, r e a l m e n t e a única diferença e n -
tre o q u e jã e x i s t e hoje n a C o n s t i t u i ç ã o , em termos de E s t a d o S i -
tio, é a inclusão do i t e m " e " q u e e s t a b e l e c e a intervenção nas enti^
dades representativas de c l a s s e d a c a t e g o r i a de p r o f i s s i o n a i s .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Isto depende. 0 Estado de S i t i o ficou na
Emenda à Constituição porque ê um instrumento tradicional. Nós acha
mos que,como instrumento tradicional, q u e vem d e s d e a Constituição
de 1891, seria muito difícil levar o Congresso a s u p r i m i r a f i g u r a jã con_
sagrada do Estado de S í t i o , mas é uma fórmula q u e t e m p a r a nós ejs
se inconveniente. Depende de a p r o v a ç ã o do C o n g r e s s o . Nao só fica
na dependência de aprovação o u n ã o , mas o que é p i o r , e l e muitas ve
zes d e i x a de s e r t e m p e s t i v o porque essa aprovação demora e o Gover
no tem que a g i r . Então, a s Medidas de E m e r g ê n c i a e o E s t a d o de Emejr
g ê n c i a poderão permitir uma ação i m e d i a t a ao G o v e r n o q u e , em poucas
horas, depois do p r o b l e m a surgir, pode d e s e n c a d e a r as novas medidas
concebidas, ao p a s s o q u e , no E s t a d o de S í t i o , e l e t e m q u e s e r subme
tido a aprovação do C o n g r e s s o . Se o C o n g r e s s o estiver em recesso,o
Governo tem que convocá-lo e isso leva dias. Durante esses dias a
subversão continua a lavrar ou o p r o b l e m a que e x i s t e a se agravar.-
M I N I S T R O DA I N D Ú S T R I A E DO COMÉRCIO - É, agora ficou bem claro ...
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A - P o i s bem, eu acho que o E s t a d o de Sítio é
; 'SECRETO
S E C
- 12 -
I \ J
S E C R E T O
N.° 07 7
-16 —
S S? C B P r o l
SECREi'0
- 18 -
S EC Rt i Q
Chefe do E s t a d o - M a i o r d a s Forças A r m a d a s m a n i f e s t e m i n h a total apy
vação e me c o n g r a t u l e com V o s s a E x c e l ê n c i a p o r t a o c o r a j o s o e d(
sivo passo.
P R E S I D E N T E DA REPUBLICA - S r Chefe do E s t a d o - M a i o r da Armada, S r Al^
mirante ESPELLET ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA - De a c o r d o , Sr Presidente!
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - S r Chefe do E s t a d o - M a i o r do E x e r c i t o , Ge-
neral ARIEL PACCA ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO - Existem tres pontos, Sr P r e s i —
dente, que g o s t a r i a que f o s s e m esclarecidos, ou m e l h o r , sobre os
quais desejava fazer observações. 0 p r i m e i r o se r e f e r e ao Artigo
32, parágrafo 39 - o n d e é t r a t a d o do f l a g r a n t e de c r i m e inafiançá-
vel. Os autos serão r e m e t i d o s dentro de 4 8 h o r a s â Câmara respecü
va para que r e s o l v a sobre a prisão e autorize o u não a formação de
culpa. Eu penso o s e g u i n t e : no caso de f l a g r a n t e de c r i m e inafian-
çável, somente crime comum, a C â m a r a p o d e r á ou não a u t o r i z a r a for
mação de c u l p a do r e p r e s e n t a n t e do P o d e r L e g i s l a t i v o . Isto nao exis
te em n e n h u m o u t r o poder. Acho que o s a u t o s , n e s t e caso, deveriam
ser remetidos ao S u p r e m o T r i b u n a l Federal, dentro de um determinado
prazo - e de um p r a z o c u r t o - p a r a que e l e f o s s e pronunciado pelo prõ
prio Supremo T r i b u n a l Federal. Penso que é uma regalia proporciona
da em demasia ao r e p r e s e n t a n t e do P o d e r L e g i s l a t i v o q u e não ê dada
a nenhum r e p r e s e n t a n t e de o u t r o Poder.
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Vamos examinar. Vou v e r i f i c a r ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO - Este é um p o n t o . 0 outro ponto
que eu q u e r i a salientar, t a m b é m , é no A r t i g o 1 5 9 , q u a n d o diz quais
os membros natos do C o n s e l h o Constitucional. Em s e u parágrafo úni-
co, admite-se a designação de o u t r o s membros natos ou e v e n t u a i s . Eu
penso q u e o s membros natos deviam ser fixados no a r t i g o e os even-
tuais é que p o d i a m s e r t r a t a d o s no p a r á g r a f o . Os n a t o s deviam ser
fixados em lei, desde já. Os e v e n t u a i s é que são v a r i á v e i s com as
circunstâncias. 0 outro aspecto, Sr Presidente, naturalmente f o i
bem pensado por Vossa E x c e l ê n c i a , é no q u e t a n g e ao c a s o da e n t r a d a
em v i g o r da emenda. Eu penso que V o s s a Excelência é o f i a d o r des-
sas modificações na n o s s a Constituição. Então, j u l g o que entrando
em v i g o r apenas a 15 de m a r ç o , e l a v a i p a s s a r a v i g o r a r justamente
na d a t a em q u e o n o v o G o v e r n o assume o poder. Pela Constituição, o
Congresso Nacional reunir-se-ã anualmente de 19 de m a r ç o a 30 de
junho, e de 19 de a g o s t o a 5 de d e z e m b r o . Eu penso, como V o s s a E x -
celência está p r o p o n d o , e é o f i a d o r dessas modificações, que esta
emenda d e v i a e n t r a r em v i g o r antes de V o s s a Excelência deixar o man
dato. Como a 5 de d e z e m b r o o C o n g r e s s o entra em r e c e s s o , eu propo-
nho que f o s s e a n t e c i p a d a a d a t a de e n t r a d a em v i g o r da Emenda para
- 20 -
5 de d e z e m b r o o u 19 de j a n e i r o , como já f o i v e n t i l a d o a q u i , porque
o Congresso só v a i v o l t a r a funcionar a 19 de m a r ç o , 1 5 d i a s antes
da posse do n o v o Governo. Seria um prazo mínimo p a r a s e r testadodu
rante o recesso do C o n g r e s s o e durante esses 15 d i a s q u e precede-
riam ã assunção do n o v o Governo. Apenas uma l e m b r a n ç a q u e a 19 de
j ane i r o ...
P R E S I D E N T E DA REPUBLICA - 19 de j a n e i r o é uma data que p o d e r i a ser
pensada ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO - Acho que e s t a d a t a f o i bem pen-
sada por Vossa Excelência e s e u s a s s e s s o r e s que t r a b a l h a r a m no Pro
jeto, mas eu p r o p o r i a uma antecipação justamente por s e r Vossa Ex-
celência o fiador dessas reformas para que e l a s não fossem v i g o r a r ,
a p e n a s , no o u t r o Governo.
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Eu estou de p l e n o acordo com o S r . Acho
inclusive q u e é um dever moral meu. Ficaria mal para mim s e a emeii
da só e n t r a s s e em v i g o r a partir de 1 5 de m a r ç o .
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO - Eram as minhas sugestões, Sr
Presidente.
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Muito obrigado! Sr Chefe do Estado-Maior
da Aeronáutica, T e n e n t e - B r i g a d e i r o LUCENA...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA A E R O N Á U T I C A - De p l e n o acordo, Sr Presiden
te. Entretanto, gostaria de l e v a n t a r uma dúvida. Na interpretação
do A r t i g o 39 q u e r e v o g a os A t o s Institucionais e Complementares,que
contrariam a Constituição, r e s s a l v a d o s os e f e i t o s dos a t o s pratica
dos com b a s e n e l e s até a data da vigência d e s s a Emenda. Eu creio
que isto dá uma dupla interpretação. Até a data da vigência desta
Emenda, s a o os e f e i t o s ou o s A t o s ? Eu acho q u e a idéia é q u e os
efeitos continuem até se e x a u r i r e m . Eu p r o p o r i a ...
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Os a t o s praticados com b a s e neles até a
data da vigência d e s s a Emenda, porque até a data da vigência d a Emen
da eu posso aplicar o AI-5. Então, todos os a t o s que e u praticar
até a d a t a da vigência estão e x c l u i d o s de a p r e c i a ç ã o judicial.
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA A E R O N Á U T I C A - Perfeito, S r P r e s i d e n t e , mas
eu digo os e f e i t o s ! Eu p r o p o r i a retirar a expressão "até a data da
vigência da emenda". Porque já está r e v o g a d o em cima. 0 S r já r e -
vogou os a t o s logo no início. Pode h a v e r uma dupla interpretação,
certo? São o s a t o s o u são o s e f e i t o s ?
M I N I S T R O DA FAZENDA - É um p r o b l e m a de redação ...
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA A E R O N Á U T I C A - M a s , um problema de redação
que qualquer jurista corrige. Tenho uma sugestão: Sao r e v o g a d o s a
partir da d a t a da vigência dessa Emenda os A t o s Institucionais, em
vez d e , até a d a t a da vigência. Deve ser dito que a p a r t i r da v i -
gencia da Emenda e que s a o r e v o g a d o s os A t o s , mas o s e f e i t o s conti
[s E C R i ~ 7o j
N.o 0 8 0
continuam.
P R E S I D E N T E DA REPUBLICA
mos rever essa parte .. .
C H E F E DO ESTADO-MAIOR DA A E R O N Á U T I C A - Outro assunto, Sr Presiden
te, qual a s e g u r a n ç a que t e m o s que e s t a proposta passe tranqui1amen
te no C o n g r e s s o sem a c r é s c i m o s , com v i s t a s a anistia ampla e irres-
trita, etc.
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Este é um p r o b l e m a que e x i s t e realmente.
Eu não p o s s o t e r certeza de q u e o P r o j e t o passe no C o n g r e s s o como
ele está e q u e não tenha e m e n d a s que p o s s a m m o d i f i c á - l o ou d e t u r p a r ,
aquilo que s e p r e t e n d e . Isto f o i uma h i p ó t e s e que s e considerou.
É uma hipótese válida. 0 p r i m e i r o problema é uma arregimentação de
adeptos, problema p o l í t i c o , em que e u e s t o u e m p e n h a d o e e s t o u em-
penhando os d i r i g e n t e s da ARENA, p a r a o b t e r o v o t o d a ARENA q u e e
maioria no C o n g r e s s o . Pode-se, inclusive, admitir q u e o MDB feche
a questão, d e f o r m e ou q u e i r a deformar o Projeto através de emendas.
Uma d a s fórmulas que s e a d m i t e é que o G o v e r n o , a liderança, o rela
tor não p e r m i t a d e s t a q u e s , não p e r m i t a v o t a r a emenda a o s pedaços;
tem que s e r v o t a d a como um todo, ou a c e i t a toda ou r e j e i t a toda.
Pode s e r apresentado um substitutivo; neste c a s o , haverá a votação
da e m e n d a de um l a d o e, s e e l a f o r r e j e i t a d a , a do s u b s t i t u t i v o . Mas
existe s e m p r e um r e c u r s o de q u e e u lançarei m ã o em u l t i m a instân-
cia; eu l h e s peço q u e g u a r d e m sigilo sobre isto. Se amanhã se v e n
ficar, pelas formas com que o p r o b l e m a s e a p r e s e n t a , que o Projeto
vai s e r reformado ou d e t u r p a d o , eu r e t i r o o Projeto. Quer dizer,co
mo o projeto é de i n i c i a t i v a governamental, o Governo pode retirar
o projeto e justificar porque retira. A Í , então, v o l t a m o s a estaca
zero e vamos t e r que e x a m i n a r o que i r e m o s fazer. Ê evidente que
não v o u p e r m i t i r , não v o u a c e i t a r que e s s e projeto que f o i f e i t o com
o espírito m a i s s a d i o p o s s í v e l , com a m e l h o r d a s intenções e no i n -
teresse do p a í s , seja deformado, seja deturpado e se transforme
num "bumerangue", v i r a n d o c o n t r a aquilo que j u s t a m e n t e nós pretende
mos. Eu pretendo u s a r o s meus recursos políticos e tenho em última
instância e s t a possibilidade d e , n a i m i n ê n c i a de v e r i f i c a r a detur-
pação do P r o j e t o , retirá-lo e justificar porque retirei. Então,irei
justificar perante a N a ç ã o , através d a televisão, p o r q u e estou proce
dendo assim.
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A - E u agradeço a s o p i n i õ e s , a c o l a b o r a ç ã o que
me trouxeram. Ha a l g u n s pontos que e u v o u r e e x a m i n a r com m a i s c a l _
ma, mas v e j o q u e de uma m a n e i r a geral todos nós e s t a m o s de acordo
que t e m o s q u e d a r um p a s s o , que t e m o s que e v o l u i r . 0 Brasil já é
Departamento de Imprensa Nacional — „, , I V M m m
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S E C R E T O
- 22 -
INISTRO DA AERONÁUTICA
M I N I S T R O DA SAÚDE INISTRO DA I N D Ú S T R I A E DO
COMÉRCIO
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T R O DAS MINAS E E N E R G I A TRO C H E F E DA S E C R E T A R I A
DE PLANEJAMENTO
M I N I S T R O DAS COMUNICAÇÕES
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M I N I S T R O DA P R E V I D Ê N C I A E
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AERONÁUTICA
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3 -
S E C R t:
S E C R E T O
Relações Exteriores. •
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES - Eu estou também de p l e n o acordo
com a e x p o s i ç ã o sobre a a n i s t i a que V o s s a E x c e l ê n c i a n o s f e z .
P R E S I D E N T E DA REPÚBLICA - Muito obrigado. Senhor M i n i s t r o da F a z e n
d a.
MINISTRO DA FAZENDA - P l e n o a c o r d o . ;
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acordo.
P R E S I D E N T E DA R E P U B L I C A - Senhor Ministro Chefe do E s t a d o - M a i o r d a s
Forças A r m a d a s .
M I N I S T R O C H E F E DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS - P l e n o a c o r d o Se
nhor Presidente.
P R E S I D E N T E DA R E P U B L I C A - Senhor Ministro Chefe da Secretaria de
P l a n e j amento.
M I N I S T R O CI1EFF. DA S E C R E T A R I A DE PLANEJAMENTO - De a c o r d o .
PRESIDENTE DA R E P Ú B L I C A - Senhor Ministro Chefe da S e c r e t a r i a de Co
municaçao Soei
MINISTRO C H E F E DA S E C R E T A R I A DE C O M U N I C A Ç Ã O SOCIAL - P l e n o acordo.-
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A - Vamos ouvir agora os Senhores Chefes de
Estado-Maior. Com a p a l a v r a o Senhor Chefe do E s t a d o - M a i o r da Arma
M I N I S T R O DA MARINHA
~7
M I N I S T R O DO TRABALHO MINI/SVTRO DA AERONÁUTICA
M I N I S T R O DA SAÚDE M I N I S T R O DA I N D Ú S T R I A E DO
COMÉRCIO
M I N I S T R O DAS MINAS E E N E R G I A
SE C R EA O
N.? 0 85
- 7 -
9*^-C—
MIJO: S T R O C H E F E DO M I N I S T R O C H E F E DA S E C R E T A R I A
E S T A D O - M A I O R DAS F O R Ç A S ARMADAS DE PLANEJAMENTO
/-.««
M I N I S T R O " C H E F E DA S E C R E T A R I A CHEFE DO E S T A D O - M A I O R DA
DE COMUNICAÇÃO S O C I A L ARMADA
CHEFE DO CHEFE DO E S T A D O - M A I O R DA
XERCITO V AERONÁUTICA
à ti/Io j/li'/iiyfn't
S E C R E T A R I O - G E R A L DO C O N S E L H O
DE S E G U R A N Ç A N A C I O N A L